Somos sete. E apesar de virmos aqui mais vezes do que se pode guardar na memória sempre nos calamos ao passar pela mansão queimada. O tom da fundação que restou misturado ao negro do queimado é quase fatíloquo. Como se tudo ao redor estivesse destinado a queimar e só não tivesse atingido seu destino ainda.

Aceleramos um pouco nossos passos enquanto o vento se intensifica arrastando o que pode. Uma folha de jornal para nos pés de Lis e me distraio analisando a machete: Casa em condomínio de luxo arde em chamas e mata duas pessoas.

Faz exatamente três anos hoje.