Roupa velha, amarrotada, com alguns pingos de tinta. Olhar concentrado, mordendo o lábio, com as mãos ocupadas em colocar na tela o que eu sentia. Era assim que tentava extravasar a minha confusão momentânea embora sem muito sucesso. 

Na tela os traços desenhados ora lembravam Antônia ora lembravam a desconhecida e o ciclo de sentimentos contrastantes voltava me deixando sem saber o que fazer. Era coisa fastidiosa não poder aproveitar meu hobby por conta daquelas dúvidas, por isso tomei uma decisão. 

“Amanhã irei até ela e pedirei que se desculpe, Balão, depois é torcer para que esse tormento acabe.”