Pelo arrepiado, garras afiadas, olhar desafiador. Olhos fixos, dentes a mostra, corpo pronto para o pulo. Bigorna, o gato que tinha acabado de resgatar da rua, não gostou de Balão logo de cara e o sentimento foi recíproco.   

“Sabia que uma das condições obrigatórias para ser a tia solteirona dos gatos é ser solteira?”

Fazia três anos que estávamos casadas, era o terceiro gato que eu trazia para casa e já não tínhamos espaço para o segundo. Apesar da bronca implícita sua voz denotava bom humor e leveza.

Não era quedinha que eu tinha por ela, era queda alcantilada.