Mesmo sendo seu grande dia, Raquel não estava exatamente animada. Fosse honesta consigo mesma, admitiria que estava assustada como nunca antes. Seu professor favorito vivia comentando que a jovem possuía um futuro brilhante pela frente, porém o dizer fatíloquo estremecia diante da angústia interna de seu alvo. Prestes a deixar para trás todo o microuniverso do ensino médio, Raquel limpa as lágrimas decorrentes de seu sonho e, como em um lapso temporal, percebe-se recebendo o diploma, enquanto flashes de câmera atingem seu rosto tais quais relâmpagos. Experiencia, finalmente, um momento de paz quando abre o canudo e o encontra vazio.