Pequenas Possibilidades escrita por max


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Oi! Então, eu finalizei a terceira temporada de boku no hero recentemente e decidi tentar escrever algo sobre esses dois anjos.

Não foi lá exatamente como eu queria, mas como eu já escrevi eu fiquei "poxa não vou desperdiçar, vai que alguém goste" husahusah

Boa leitura.



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Momo bufou pela décima vez naquela única noite; dormir estava se tornando impossível e a cada vez que chegava perto do sono aquela maldita imagem formava-se em sua cabeça. Se perguntava o que sua mente tanto tinha contra o ato de dormir e, principalmente, por que a imagem dele piscava em sua cabeça, fazendo-a se sentir como se inúmeros fogos de artificio explodissem dentro dela. 

 

Era incomum distrair-se ou focar em coisas das quais não eram necessárias no momento, mas tinha de admitir que Todoroki-san era peculiar demais para que simplesmente não o fizesse. Não somente era extremamente poderoso e inteligente, como também incrivelmente bonito e singular, Momo jamais havia se encantado por alguém como ele. 

 

Aquilo a incomodava. Não era certo se distrair com a imagem dele quando deveria priorizar qualquer outra coisa. Em momentos como aquele, sua mente a traia. 

 

Era exatamente por motivos como este que Momo Yaoyorozu caminhava às escuras até o pátio, em busca de ar fresco, ainda que fosse estritamente proibido – e, bem, Momo não era exatamente o tipo de pessoa que quebrava regras, mas lá estava ela. 

 

Suspirou fundo quando a brisa bateu em seu rosto, lhe acalmando de todos os pensamentos que tanto pareciam consumi-la. 

 

— Yaoyorozu — a voz assustou-a o suficiente para que quase caísse para trás. Por um momento, pensou que talvez Aizawa-sensei estaria ali, mas a voz era outra. Inconfundível. 

 

— Todoroki-san! — as mãos pararam em seu peito automaticamente, seu coração batia desenfreado.  

 

— Não quis te assustar — murmurou, sentado no degrau de mármore. 

 

— Não consegue dormir também, Todoroki-san? — aproximou-se vagarosamente, sentando-se ao lado de seu colega de classe e, agora, o homem que deixava um nó em sua cabeça. 

 

— Pesadelos — disse ele, sem retirar o olhar do nada. 

 

— Entendo. 

 

Sentiu as mãos suarem e perguntou-se porque era tão difícil manter um diálogo com Todoroki quando ela o conhecia há meses. Poderia falar sobre qualquer coisa; aulas, as provas malucas, a mudança para os dormitórios ou até mesmo o fato de Endeavor ser agora o herói número um — mas sentia que nenhum dos tópicos era de interesse a ele naquele momento. 

 

— Todoroki-san... Não se sinta culpado por não ter conseguido sua licença provisória — sentiu-se surpreendida quando as palavras saíram de sua boca de forma automática, mas Todoroki parecia duas vezes mais surpreso que ela. 

 

— O que te faz pensar que estou me sentindo culpado? — sua voz possuía um tom curioso, mas seu rosto continuava impassível, com as mechas tipicamente caindo sob os olhos magnéticos. 

 

— Bem, eu posso perceber pela forma que você olha para todos desde que o exame ocorreu — mordeu o lábio inferior, se perguntando se não estava abusando de seu relacionamento com ele. 

 

— Então você vem me observando — concluiu Todoroki, deixando-a envergonhada. 

 

— E-eu...! Não é- — calou-se, porém, quando o sorriso de Shoto chegara a sua visão, era pequeno e claramente indicava um tom de diversão do qual pouco enxergava no garoto. 

 

— B-bom, você não precisa se sentir culpado, sabe, Todoroki-san... Todos nós cometemos erros, mesmo que às vezes sentimos que não deveríamos, principalmente porque almejamos ser heróis e, bem, heróis não devem cometer erros, não é? — brincou com os cabelos a medida que as palavras se desenrolavam, por que estava sendo tão difícil expressar o que pensava e sentia? — Eu não acho que isso seja verdade, porém. Até mesmo grandes heróis como All Might erram. A diferença está entre aprender sobre os erros ou continuar se lamentando, sabe?  

 

Sentiu que os olhos de Todoroki agora estavam focados em observá-la e não soube pensar o quão estranha sentia-se em relação a isso. 

 

Ousou retribuir o olhar, com um sorriso grande em seu rosto, demonstrando a ele que sempre haveria o apoio dela para com ele, mesmo que Todoroki não precisasse. 

 

— Obrigado, Momo — sentiu a bochecha esquentar de repente, dessa vez não de vergonha, mas sim devido ao toque inusitado dos lábios de Shoto em sua bochecha direita. 

 

Escutou os passos se distanciarem à medida que o tempo passava, não soube exatamente por quanto tempo passou sentada na escada de mármore, mas soube que seus dedos não deixariam a região da bochecha por um longo tempo. Seus pensamentos também não deixariam de jogar a imagem de Todoroki-san sorrindo, o que provavelmente dificultaria seu sono dez vezes mais. 

 

De qualquer forma, sentiu que deveria tomar um ar fresco mais vezes e, quem sabe, pudesse ter momento íntimos como aqueles constantemente — era uma ideia pouco provável, mas havia uma mínima possibilidade, e algo lhe dizia que Todoroki Shoto gostava de pequenas possibilidades. 


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler ♥



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