60 Minutos de Paixão escrita por Lara


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Oi Cupcakes ♥! Estou voltando com a segunda temporada de uma Oneshot graças a Feh, minha cunhadinha, que desejou tanto. Eu não sei bem o que esperar dessa história que é Universo Alternativo. Espero que gostem e se divirtam tanto quanto eu.



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 PRÓLOGO

...{♕}...

 Eu sempre sonhei em ser a protagonista de uma linda história de amor. Assim como os livros e os filmes de romance clichê, onde a mocinha encontra o homem da sua vida, eles se apaixonam e vivem felizes para sempre, eu esperava que um dia a vida pudesse me trazer um cara lindo, romântico, carinhoso, atencioso e completamente apaixonado por mim.

E de todos as histórias de amor que eu lia – e olha que eram muitas! -, o enredo que eu sempre mais admirei foi o amor entre melhores amigos. Um casal de amigos que cresciam juntos, contavam seus segredos somente um para o outro e no fim, em determinado momento percebem que eles eram perfeitos um para o outro, acabam se confessando e vivem felizes para sempre.

Talvez, o motivo desse enredo me atrair tanto fosse por causa de meus pais. Ally Dawson e Austin Moon eram melhores amigos desde sempre e acabaram se apaixonando. Meu pai foi quem criou coragem para revelar a minha mãe seus sentimentos, já que a mesma parecia não enxergar o que sempre esteve a sua frente.

Todas as vezes que eu encarava meus pais agindo de forma tão atenciosa e amorosa como acontecia nesse momento, tudo que eu conseguia fazer era me perguntar quando seria a minha vez. Quando eu viveria o meu verdadeiro amor e seria a protagonista do meu tão sonhado conto de fadas.

— Jenny!

Grita meu irmão em meu ouvido, trazendo-me de volta a realidade. Respiro fundo, tentando manter a calma e não jogar meu copo de suco em sua cabeça. Ele sorri irônico e me encara desafiador. Meus pais nos encaram confuso, despertando também do mundinho deles.

— O que foi, Josh? – Resmungo, pegando um pouco mais de ovos para comer.

— Para de ficar sonhando e se apresse ou eu farei questão de te deixar para trás e terá que ir para escola de ônibus. – Responde, levantando-se da mesa de jantar.

Estremeço apenas ao considerar ir para a escola de ônibus. A parada ficava a uma boa distância de nossa casa e ainda demorava uma eternidade para chegar a escola. Lanço um olhar raivoso para meu irmão gêmeo, que dá de ombros e segue para seu quarto, provavelmente indo buscar sua mochila.

— Ele é tão irritante! – Balbucio, apressando-me a terminar meu café da manhã. Meus pais me encaram, segurando o riso. Eu sabia que eles se divertiam com as minhas brigas com meu irmão.

— Como está se sentindo para o primeiro dia de aula, querida?

Com seu sorriso gentil, minha mãe me encarava com um olhar preocupado. Ela sabia que apesar de amar estudar, eu não me dava muito bem com meus colegas de sala. Eu vivia um pouco isolada e se não fosse pelo meu irmão, Júlia, a namorada de Josy, Melissa e Ian, meus melhores amigos, eu provavelmente ficaria sempre sozinha na imensa escola.

— Eu estou bem, mãe. Não se preocupe.

Minha afirmação não parece deixar dona Allycia feliz, mas era o bastante para ela não insistir. Minha mãe me entendia bem. Meu pai sempre dizia que eu era quase a cópia da esposa na adolescência. A timidez e a falta de habilidades para ter contato com outras pessoas que não fosse a família dificultava e muito a nossa vida social.

— Sabe que se precisar, nós sempre estaremos aqui, Jen. – Afirma meu pai, dando um sorriso amável, enquanto aperta a minha mão sobre a mesa.

— Eu sei, pai.

Antes que a conversa se prolongasse, meu adorável irmão – note a ironia -, retorna à sala de jantar com a mochila nas costas para se despedir de nossos pais, sem esquecer, é claro, de deixar um tapa de leve em minha nuca. Viro-me para bater nele, mas o garoto já estava ao lado de nossa mãe com um sorriso provocativo em seu lábios.

— Vai ficar para trás! – Alerta Josh, divertindo-se com a minha irritação.

— Pare de provocar sua irmã. – Repreende meu pai e Josh dá de ombros, sabendo que meu pai acabava se divertindo com suas brincadeiras irritantes.

Sem alternativas, ajeito o óculos de lentes relativamente grossas em meu rosto e vou em direção ao meu quarto para pegar meus materiais e ir para a escola. Olho meu reflexo no espelho e observo minha aparência, deixando um suspiro insatisfeito escapar de meus lábios. Por que eu não podia ser tão bonita quanto minha mãe, meu pai e meu irmão gêmeo? Fala sério, Josh e eu nascemos da mesma mãe, tivemos o mesmo período gestacional, mas ele tinha que ser o bonito e atleta, enquanto eu, apenas a nerd sem sal.

Nada em frente ao espelho me agradava. Os olhos castanhos sem graça escondidos por detrás dos óculos grandes de armações preta, os cabelos loiros presos em um rabo de cabalo e o rosto branco demais para o meu gosto junto ao uniforme horrível da escola contribuíam para que revelasse de cara a minha nerdisse. Como eu conseguiria fazer o meu príncipe encantado notar a minha presença se eu só parecia mais uma garota sem grandes atrativos e comum demais?

— Jenny! É sério! Eu vou te deixar para trás! A Júlia já está nos esperando. Vamos logo!

Meu irmão me apressa, gritando da porta da sala. Suspiro, dando de ombros. Por mais que odiasse minha aparência, não tinha muito o que fazer. Coloco minha mochila nas costas e corro para a garagem, onde meu irmão já esperava dentro do carro. Assim que entro no carro, ele dramatiza, levando as mãos para cima, como um agradecimento divino.

— Até que fim!

— Deixa de ser chato e dirige! – Respondo, revirando os olhos. Ele repete o gesto, ligando o carro. Abaixo o vidro e me viro para meus pais, que nos encaravam com sorrisos doces em seus lábios. – Tchau, pai! Tchau, mãe!

— Tchau meus amores! Boa aula! – Despede-se minha mãe, acenando.

— Divirtam-se, mas com responsabilidade! – Responde meu pai, dando um sorriso encorajador para nós.

Josh seguiu em direção a casa da namorada, enquanto no rádio passava uma música qualquer. Eu me perdia em pensamentos, relembrando dos últimos dias de férias. Eu observava a paisagem pela janela do carro e sentia meu coração bater descompassado ao lembrar que teria que enfrentar mais um ano de isolamento e pensamentos assassinos contra meus colegas de escola.

— Aposto que você está pensando que esse ano vai ser péssimo.

O comentário de Josh me faz despertar de meus pensamentos e encará-lo, dando de ombros. Apesar de estarmos sempre nos provocando e tirando a paciência um do outro, nós nos conhecíamos mais do que qualquer outra pessoa. Não que eu acreditasse nessa história de ligação de gêmeos, mas Josh conseguia ser sempre a pessoa que eu mais amava, confiava e odiava ao mesmo tempo.

— O que é verdade. – Respondo por fim e ele ri, negando.

— Não é muito do seu feitio ser negativa, maninha. – Fala, olhando brevemente para mim. – É o último ano da escola. O último ano em que estudaremos juntos. Por que não tenta fazer algo diferente ao invés de ficar se escondendo atrás desses seus livros de romance e mundos imaginários? Fazer novos amigos, quem sabe...

Suspiro. Não era que eu não quisesse me aventurar e curtir a vida como meu irmão. Eu apenas não conseguia ser tão corajosa quanto ele para sair da minha zona de conforto e deixar que pessoas novas se aproximem. É algo que eu geralmente não me sinto à vontade. Josh sorri compreensível e empurra minha cabeça levemente antes de voltar a prestar atenção no trânsito.

Não demoramos muito a chegar na casa de Júlia. A garota já nos esperava no lado de fora de casa mexendo em seu celular. Assim que notou a presença do carro, a namorada de Josh guarda o celular dentro da mochila e se aproxima. Abro a porta para que ela ficasse ao lado de meu irmão e vou para o banco de trás.

— Bom dia, linda. – Cumprimenta meu irmão, dando um beijo rápido na namorada.

— Bom dia, amor. Bom dia, Jenny. Pronta para mais um ano de tortura? – Pergunta Júlia, olhando-me com compadecimento.

— Não tanto quanto eu gostaria, Juju. – Confesso e ela sorri fracamente. Ela entendia o meu sofrimento. Júlia também não era a pessoa mais sociável do mundo, ainda que não fosse pior do que eu. – Mas vamos sobreviver.

— Sim. – Júlia suspira, desanimada.

— Falando assim, até parece que vocês estão indo para uma câmara de tortura. – Reclama meu irmão e nós nos encaramos cumplices.

— Mas nós vamos. – Respondemos juntas, gargalhando em seguida, enquanto Josh revirava os olhos e dirigia rumo a escola.

Eu adoro Júlia. De todas as namoradas que meu irmão já teve – e olha que não foram poucas -, ela de longe é a mais divertida e adorável. Apesar de tímida, Júlia é o tipo de garota que depois de conseguir quebrar a barreira da timidez, você consegue conversar sobre qualquer assunto. E acho que é por causa dessa personalidade fácil de lidar que fez meu irmão se apaixonar perdidamente por ela.

Assim, enquanto Júlia e eu conversávamos e meu irmão dirigia, fazendo alguns comentários vez ou outra, nós chegamos a escola. Meu coração se apertou e o mau pressentimento subiu pela minha espinha. Suspiro pela centésima vez no dia e desço do carro com Josh e minha cunhada. Havia muitos adolescentes espalhados pela entrada e ainda que raros, havia alguns rostos novos pelo local.

Seguimos direto para a sala de aula. Apesar de termos nos visto ontem, eu estava ansiosa para encontrar com meus amigos. Em especial, o garoto que conseguia arrancar alguns suspiros meus e fazer com que eu sonhasse com o meu conto de fadas em segredo. Eu sempre fui muito boa para esconder meus sentimentos, então, com exceção de Josh e minha mãe, ninguém mais desconfiava dos meu sentimentos por Ian, meu melhor amigo.

Quando entramos na sala, não consigo evitar o sorriso, no entanto, olho confusa para os dois. Melissa e Ian estava sentados próximos, mas não se encaravam. Pareciam tensos e nervosos. Não conversavam e nem se encaravam, mas havia algo no ar que os deixavam inquietos.

Ignorando, apenas por hora, o comportamento de meus melhores amigos, corro de encontro a Melissa, que assim que percebe a minha presença, se levanta e me abraça forte, como se não nos víssemos há anos. Ian nos encarava com um sorriso debochado no rosto, acostumado com os nossos dramas. Mel e eu não conseguíamos ficar mais do que dois dias sem nos ver ou conversar. Até mesmo quando brigávamos, não demorava mais do que algumas horas para estarmos conversando normalmente. Éramos grudadas como carne e unha. Ela sorri e eu logo me sinto mais animada para lidar com o ano que está por vir.

Os olhos pretos e puxados, destacando sua descendência taiwanesa, davam um ar angelical ao sorriso doce e as bochechas avantajadas. Os cabelos negros e lisos iam até o meio das costas. Não era apenas por ser minha melhor amiga, mas Mel é a garota mais bonita e incrível que eu conheço. Tanto a personalidade quanto a beleza que davam um ar angelical a garota a faziam ser alguém realmente brilhante.

— Uau! Faz realmente muito tempo que vocês não se veem. Acho que foi tipo ontem. – Brinca Ian, rindo. Mel revira os olhos e ri forçado, enquanto continuava a me abraçar de lado.

— Oi Ian. – Cumprimento ao rapaz com um sorriso leve nos lábios, enquanto ainda apertava minha melhor amiga com força. Ele ri e balança a cabeça, negando.

— Oi Jenny. Quando você e Mel vão parar de agir como se não se vissem há séculos? Estou começando a ficar envergonhado. – Brinca, enquanto trocamos um rápido socos de mão, antes de voltar a abraçar Melissa.

— Como você é engraçado. Hahaha. – Fala Melissa com ironia. Josh e Júlia se aproximam de nós após cumprimentar alguns amigos. – Oi Juju. Oi Josh.

— Ei, meleca. – Cumprimenta meu irmão, bagunçando o cabelo de minha melhor amiga. Ela resmunga, insatisfeita tanto pelo apelido que meu irmão insistia em usar nela e pelo ninho que fez nos cabelos incrivelmente lisos e brilhosos de Melissa.

— Oi Mel. – Fala Júlia, abraçando nós duas ao mesmo tempo. Josh e Ian trocam um toque somente deles e sorriem animados, começando uma conversa sobre como estavam ansiosos para o campeonato que irá acontecer no meio do ano. – Parece que o basquete é mais importante para eles do que nós.

— Nenhuma novidade. – Respondo e elas riem, concordando.

Nós conversamos mais um pouco, enquanto eu encarava Ian sutilmente. Os olhos cor de mel, os cabelos encaracolados e a pele levemente bronzeada eram a combinação perfeita para mim. O garoto possuía uma presença marcante e ainda que fosse um dos jogadores principais do time de basquete, ele conseguia ser a pessoa mais gentil e divertida que eu já conheci na minha vida.

Eu, Mel e Ian nos conhecemos desde que éramos crianças que mal sabiam falar direito. Desde então, junto de Josh, nós não conseguimos nos desgrudar. E por sermos tão próximos, eu esperava que ele conseguisse me notar e quem sabe assim, vivermos nossa história de conto de fadas, assim como meus pais.

— Jenny, posso falar um pouquinho com você? – Sussurra Mel, olhando-me com um brilho apreensivo em seus olhos.

— Claro. – Concordo usando o mesmo tom de voz. Eu conhecia minha melhor amiga o suficiente para saber que a conversa seria séria. Observo brevemente Júlia, Josh e Ian conversando. – Nós vamos ao banheiro e já voltamos.

Júlia sorri concordando e volta a conversa com os garotos, enquanto eles apenas dão de ombros sem se importar. Melissa pega em minha mão e me guia para algum lugar onde pudéssemos conversar sem que alguém nos atrapalhasse. Quando enfim chegamos ao pátio, nós nos dirigimos até a árvore que ficava ao fundo.

— O que aconteceu?

A minha pergunta parece deixar Mel ainda mais tensa. Ela mexia nervosamente as mãos e eu conseguia ver o quanto seus olhos se esforçavam para me encarar. Ela parecia se sentir culpada. Por fim, Melissa respira fundo e parece reunir toda sua coragem para me contar o que estava acontecendo que a deixou tão apreensiva.

— Jenny, eu vou te contar logo, porque nós sempre fomos sinceras uma com a outra e eu jamais gostaria que você soubesse disso por outra pessoa. Nunca houve segredo entre nós e acho que de alguma forma, ele vai acabar te contando. Se for para você saber, eu quero que seja por minha boca, porque em seu lugar, eu gostaria do mesmo.

— Fala logo, Mel, que você já está me deixando nervosa. – Apresso e ela balança a cabeça, concordando.

— Ontem, depois de sairmos de sua casa, Ian resolveu me levar até em casa. Você sabe que ele sempre fez isso e é caminho, então não me importei. Mas ele estava estranho. Parecia querer me falar alguma coisa, mas não tinha coragem. Permaneci calada, esperando que ele falasse por conta própria. Em certo momento, ele me parou e disse que tinha que conversar comigo.

Melissa suspira e vejo um brilho de decepção em seus olhos. Eu observava minha melhor amiga e vê-la tão triste me fazia criar inúmeras teorias nada agradáveis em minha mente. Ela parecia se esforçar para não chorar – Mel sempre foi muito emotiva -, e parecia se sentir cada vez mais culpada. Respirando fundo, a taiwanesa resolve soltar a verdade de uma vez por todas.

— Jenny, o Ian disse que gosta de mim muito mais do que como amiga.

— O quê? – Balbucio, sem saber como reagir a sua declaração. Os olhos de Melissa se enchem de lágrimas e ela fazia um grande esforço para não se entregar. A apreensão em sua expressão mostrava o quanto ela estava com medo de como eu reagiria, provavelmente temendo que eu a odiasse por isso.

De repente, vários momentos em que me sentir fora do mundo dos meus melhores amigos invadem a minha mente. Ian sempre pareceu olhar diferente para Melissa. Eu sabia disso. Mas insistia que era apenas sua forma de cuidar da garota. Ele também sempre foi mais ciumento com Mel do que comigo. Então, para ser sincera, eu não estava tão surpresa assim.

— Mas eu o rejeitei. Eu juro, Jenny. Eu jamais faria isso com você. Eu disse que não podíamos ficar juntos, então não aconteceu nada entre nós. – Continua minha melhor amiga, um pouco desesperada. – Jenny, me desculpa.

— Por que você está se desculpando? Ian e eu somos só amigos. – Reúno todas as minhas forças para forçar um sorriso e tentar tranquilizar minha melhor amiga.

— Por favor, não mente para mim. Eu sei que você gosta dele.

— Eu não-

— Gosta sim, Jenny. Eu vejo como você olha para ele. Confesso que só percebi isso há pouco tempo, mas tenho certeza de que você gosta do Ian. – A sinceridade de minha melhor amiga deixa claro que ela realmente sabia que eu gostava dele. – Mas não se preocupe. Eu não vou ficar com ele.

Observo Melissa por alguns instantes. Ela estava sofrendo. Mais do que deveria, então não demoro a entender o que estava acontecendo. Apesar de não ter ficado com Ian, ela se sentia culpada. Não somente pela declaração de nosso melhor amigo, mas pelos próprios sentimentos.

— Você gosta dele, Mel. – Afirmo e ela me olha assustada. Vejo que ela estava prestes a negar, mas eu balanço a cabeça, impedindo que continuasse. – Está tudo bem. Você gosta dele. Não é sua culpa.

Não demora para que as lágrimas molhasse o delicado rosto de minha melhor amiga. Ela chorava com tanta culpa e eu me sentia péssima por causar tanto sofrimento a garota. Sem esperar, eu a abraço apertado e passo a acariciar suas costas, sentindo meu coração se partindo.

— Me desculpa, Jenny. Eu sou uma péssima amiga. Mas não se preocupe. Eu não vou ficar com ele. Eu vou esquecer o Ian e vou te ajudar a ficar com ele. Vocês serão o melhor casal de todos. Eu prometo que não irei atrapalhar. Então me perdoa e não me odeie, por favor!

A dor e sinceridade em suas palavras fazem eu me sentir ainda pior. A garota que me abraçava apertado já havia me dado tanto apoio e feito tanto por mim. Como ela poderia ser uma péssima amiga por algo que ela não tinha controle? Ela havia até mesmo aberto mão de seu amor por Ian apenas por saber que eu gostava dele. Aperto-a ainda mais, segurando o choro preso em minha garganta.

— Não tem o que perdoar, Mel. Não é sua culpa e eu jamais te odiaria. Eu te amo. Você é a minha melhor amiga e quero que seja feliz, por isso, não posso permitir que você desista de Ian. – Digo, afastando a garota para olhar em seus olhos.

— Não, Jenny...

— Mel, não se preocupe comigo. Eu vou ficar bem. – Afirmo, dando um fraco sorriso. – Antes de ser o cara que eu gosto, Ian também é meu melhor amigo. Eu não estou mentindo quando digo que quero que vocês sejam felizes. Eu posso superar esse sentimento que tenho por ele, mas jamais me perdoaria se eu impedisse a felicidade de vocês dois. Não se pode controlar o amor. Ainda que você não fique com Ian, do que isso iria adiantar? Não pode forçar ele a gostar de mim, quando ele ama você.

— Mas Jenny...

— Eu sei que você não quer me machucar e que se preocupa comigo, mas você merece ser feliz. Então pela primeira vez na vida, pare de colocar as necessidades e desejos dos outros na frente dos seus e siga seu coração. Seja feliz, Mel. – Digo com sinceridade.

Ela me abraça apertado, ainda chorando. Suspiro e correspondo o abraço com intensidade. Meu coração estava machucado. Descobrir que Ian não me ver da mesma forma que eu o vejo, com certeza havia sido um baque. Mas não havia o que ser feito, além de seguir em frente.

E enquanto consolava o coração dividido de minha melhor amiga, eu só conseguia sentir que esse ano seria completamente diferente de qualquer outro. Respiro fundo e fecho os olhos, sem saber se isso seria algo bom ou ruim. Por fim, concentro-me em Melissa e decido que deixaria o que tivesse para acontecer nas mãos do destino.

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Notas finais do capítulo

O que acharam? Gostaram da ideia? Algum erro ou sugestão?

Eu irei deixar o link de 20 Segundos de Coragem logo abaixo, junto com o link do grupo dos meus leitores. Quem quiser entrar, será muito bem-vindo. Espero que possam continuar acompanhando e que você esteja gostando, Feh! Beijos e até mais!


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