Rainy Days escrita por Emily Jobs


Capítulo 5
Capítulo 5




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Era como nos velhos tempos. Olhava em seu relógio de cinco em cinco minutos para ter certeza de que não iria perder as horas. Abriu a garrafa e lambia seus lábios só de ver a bebida caindo no copo.

— Mônica!

No começo, quando conheceu ele, tinha problemas para dar os primeiros goles e agora se orgulhava de conseguir beber mesmo com ele longe. Acendeu o cigarro e tragou devagar, pensando se alguém na sala tinha um barato melhor para ela experimentar.

Não precisava se preocupar muito, só aceitava tudo que era dado para ela. E quando viu alguém abrir um pacote e fazer uma linha reta com o pó, não pensou duas vezes antes de...

— Mônica! – e seus olhos abriram imediatamente. – Nossa, que susto. Pensei que não ia acordar. Você estava se mexendo tanto aí, tava falando sozinha...

Engoliu em seco e tudo que viu na sua frente a deixou confusa. Viu Magali jogada no final da cama e Marina vestia uma blusa sua que estava jogada no chão desde que tinha chegado.

— Você não acredita no que eu fiz, Mô... – ela engoliu em seco. – Se a Denise estava lá, aquilo vai virar a conversa da escola.

— Vamos pra sala. – Mônica já se levantava animada. – Não vamos acordar a Magali.

Chegaram na cozinha, com Mônica a frente conseguiu pegar o broche e escondê-lo antes que Marina o visse.

— Beijei o Cascão. – Aquilo fez Mônica parar e arregalar os olhos.

— O QUE?

— Sim. – Marina baixou a cabeça. – Eu estava com raiva, e quando eu vi ele e Cascuda juntos, não pensei...

— Você beijou ele quando Cascuda estava perto? – Mônica bateu palmas. – Uau.

— Uau nada. – Marina se sentou na bancada da cozinha. – Eu descobri em casa que estava sendo traída. Ele descobriu comigo contando. Se eu estou me sentindo um lixo, imagina ele.

— Ah, é verdade. – abriu a geladeira e pegou um suco. – Mas foi assim que aconteceu, não tem como mudar agora.

— Vou pedir desculpas para ele na faculdade. – Marina olhou para o lado e viu a garrafa de whisky e os cigarros. – Nossa! E eu pensava que você não bebia.

Mônica riu nervosa.

— É... Isso é para emergências.

— Sei! – Marina pegou a garrafa e o líquido âmbar se movimentou na garrafa. – E que emergências, hein.

— Mas eu não bebo não – Ela se esclareceu. – Comprei mais pela aparência que deixa no apartamento.

— Tá bom. – porém era óbvio que ela não estava convencida. – Também não vou falar nada sobre os cigarros.

— Eu só queria ter visto você beijando-o. – Ela riu. – Qual foi a cara da Cascuda?

— Ela pareceu um fantasma! – Marina riu e depois olhou para o lado. – Ai eu vi vocês saindo e fui atrás. Nem fiquei pra ver a briga dos dois.

— Agora me arrependi de ter saído naquela hora. – ela comentou. – Será que teve briga?

— Eu também queria saber isso... Tenho certeza que eu vi Denise lá, mas ela não postou nada!

— Quem é essa? – Mônica indagou curiosa.

— Ela é a pessoa mais perigosa de toda faculdade. – Marina sorriu. – Você não pode contar nada para ela! Ela tem um instagram só para cuidar da vida dos outros.

— Nossa, falando em instagram, ontem a gente nem tirou foto. – Mônica murmurou triste.

— Você gosta de fotos? – ela acenou afirmativamente. – Eu não imaginava isso.

— Todo mundo fala isso mesmo. – riu.

As duas ficaram conversando até Magali acordar com muito mal humor, e as duas foram embora de Uber. Quando Mônica finalmente ficou sozinha, colocou o broche de volta no lugar onde estava e encarou a garrafa.

“Será se Marina imaginou alguma coisa?” pensou enquanto ia tomar banho.  Achava muito improvável, quem imaginaria que ela era uma alcoólatra? “Só o DC”, e a memória dele segurando sua mão e a protegendo de Toni invadiu sua mente. Ele não parecia ser do tipo super protetor igual ao Titi, mas gostou do jeito que ele o tentou impedir, mesmo que quem tivesse resolvido a questão fora ela.

Lembrou dos olhos negros a encarando no elevador, e do olhar complicado quando a entregou o broche. E concluiu que ele não era alguém que ela precisasse tomar cuidado.

.

O barulho do tênis no chão era tão alto que não era difícil para as pessoas que passavam em frente adivinharem que aquilo era quadra de basquete. Seu time estava ansioso para os jogos que estavam chegando e DC ofegava enquanto treinava fitas, que era driblar o adversário e o jump, pular para dificultar a chegada do adversário.

— Vamos, DC! – o treinador chegou perto irritado. – O que foi? Você não pode se dar ao luxo de estar de ressaca.

— Eu não tô de ressaca. – ele disse parando por um segundo.

— Então se concentra! – gritou. – Daqui a duas semanas são os jogos, meninos!

Deu seu melhor no treino, mas não conseguia tirar da cabeça a festa do outro dia.

— Ontem foi foda. – Jeremias comentou ao sentar-se no banco. – Você viu a briga do Cascão e Cascuda?

— Vi, cara. – DC riu. – Acho que eles nunca mais voltam.

— Só se o Cascão aceitar o chifre, mas eu duvido. E pro Franja ainda!

Riram enquanto entravam no vestiário. Seu corpo ainda estava quente do treino, então não sentia frio mesmo depois do banho e de se secar. Vestiu sua calça moletom cinza e uma regata preta, quando lembrou da novata com o Cebola. Não era para estar sentindo ciúme, e ele mesmo achava que aquilo não era ciúmes de verdade.

Mas o problema era que ele não a tirava da cabeça! Tentou dormir de madrugada, mas só conseguia pensar se ela tinha chegado em casa, se tinha bebido, do broche de sobriedade e do Cebola abraçando-a como se fosse sua namorada.

Quando viu o broche, pensou tê-la desvendado por completo, mas depois viu como ela imobilizou Toni e ficou chocado. Nunca tinha visto ninguém assim. E ainda tinha a aparência, que o deixava maluco.

Pensava que sempre tinha preferido as meninas de cabelo longo, mas quando a viu pela primeira vez, tão pequena e com o cabelo curto castanho, pensou ter visto uma miragem. E na festa teve que se controlar muito para não fazer algo idiota, como ficar encarando demais.

— O único que se dá bem nessa facul é o Cebola mesmo, já aceitei o fato. – Jeremias saiu do banho com a toalha enrolada na cintura. – Ele fica com a novata e depois ainda vai embora com a Carmen.

— Ele não ficou com ela. – DC murmurou baixo, mas ele ouviu.

— Tá, duvido que não tenha tirado casquinha enquanto tava lá abraçado com ela. – Jeremias afirmou com certeza na voz. – É do Cebola que estamos falando, Do Contra. O cara é uma lenda.

— Tanto faz.

Foi para casa e estacionou a moto do lado de fora. Morava a apenas duas ruas do apartamento de Mônica e pensava nisso enquanto entrava. Sua mãe e seu pai normalmente não estavam lá, pois viajavam muito e agora que estava crescido queriam aproveitar.

Olhou para a foto grande de sua família que estava na sala de estar e sorriu ao ver os pais abraçados e ele pequeno. Sabia que tinha dado muitos problemas a eles enquanto cresciam, por seu um menino muito confuso, mas eles o amavam do mesmo jeito.

Pegou seu celular e abriu no grupo da sala. Ninguém tinha mandado nenhuma mensagem, nem mesmo Denise tinha postado em algum lugar sobre a festa. Olhou os contatos e abriu o contato de Mônica. Seu ícone era uma foto dela mostrando a língua e de olhos fechados.

Enquanto estudava para a faculdade, pensava seriamente em ligar para ela e perguntar se tinha chegado bem, mas pensava que talvez ela fosse entender errado, como aquele comentário que ele fez no carro por pura espontaneidade, mas que ela levou a sério.

Também não sabia se ela gostava de ligações ou não, e estava disposto a descobrir.

.

— Alô? – Mônica atendeu sorrindo.

— Oi, gatinha. – disse Cebola com a voz suave. – Como você tá?

— Bem. – ela estava quase pulando por dentro. – E você?

— Mal! – o moreno exclamou. – Mal porque você simplesmente sumiu ontem, nem me deu tchau, nem um abraço nem nada!

Mônica se sentou no chão perto de sua cama e riu.

— Magali passou mal então a gente foi pra casa. – ela explicou enquanto olhava para a janela e via as nuvens começando a ficar mais escuras. – Me desculpa.

— Tá tudo bem. – Cebola a tranquilizou.

— E como está o Cascão?

— Ele não me falou nada ainda. Vamos ver segunda-feira.

Segunda-feira chegou mais rápido do que ela esperava, quando se viu sendo parada em frente a faculdade por vários grupos de pessoas com panfletos. Desviou de todos até achar Magali, usando boné e shorts branco.

— Amiga! – segurou ela pelos braços.

— O que está acontecendo hoje? – Mônica perguntou assustada. – Já é época de eleição?

— Não. – ela riu. – Acontece que esses grupos são todos de esportes da faculdade. Aparentemente, todo ano o grupo que trouxer mais gente para o esporte, ganha uma doação de cinquenta mil reais!

— E isso tudo é para...?

— Incentivar o esporte, claro. – Magali respondeu entregando panfletos para qualquer pessoa que passasse. – Você gosta de nadar?

— Não. – ela bufou e reclamou.

— Não gosta ou não sabe? – Magali olhou para a amiga.

— Difícil dizer. – Mônica riu enquanto explicava. – É uma mistura dos dois. Você está aqui há quanto tempo?

— Já tem mais de uma hora. – suspirou e olhou para o céu. – Pelo menos não está fazendo calor.

— Verdade.

Quando Magali achou que tinha entregado panfletos o bastante, entraram na faculdade e seguiram para o bloco.

— Você já pensou em algum esporte?

— Não sou muito fã. – Mônica respondeu. – Prefiro assistir ao jogar.

— Dependendo do esporte, você ganha pontos extras. – Magali confidenciou. – Eu faço natação, então se eu tirar uma nota ruim, as vezes o professor me deixa fazer outra prova, no lugar daquela para tentar recuperar.

— Isso então fica bem fácil.

— Não, nem tanto. A prova é dez vezes mais difícil, toda discursiva.

Foram interrompidas por uma menina de cabelo marrom preso, que as agarrou e puxou para um corredor não tão movimentado.

— Nossa, Denise! – Magali puxou seu braço e massageou. – Isso é realmente necessário?

— Sim! – ela pegou o celular e olhou para as duas. – Se vocês quiserem prezar pela reputação da amiga de vocês, é bom trazerem ela para a aula. Agora!

— O que? – Mônica não tinha entendido, porém Magali já discava um número no telefone.

— Faça-me o favor. – Denise a olhou com raiva. – Marina beijou o Cascão, isso é fato, todas sabemos. Mas Cascuda está na sala se fazendo de santa, e nem a Marina nem ele estão lá. O que as pessoas vão pensar?

— Mas ela foi quem traiu o Cascão! – ela explicou.

— Isso já é passado, querida. – Denise mandava mensagens enquanto digitava. – Agora, imagina a situação: eu traio meu namorado, mas outra menina chega e beija ele na maior cara de pau! Depois ele não vai a aula, o que você acharia?

— Que ele já estava me traindo antes. – Magali completou chocada. – Liguei para ela. Ela disse que está vindo. Mas isso é impossível, Cascão jamais trairia Cascuda, disso eu tenho certeza.

— Corta esse papo, Magali. Todas sabemos que ele é fiel. Vamos para a sala antes que chamemos atenção.

As três pararam em frente a sala, esperando o professor chegar. Mônica estava cansada de tanto andar, provável fruto da falta de atividades físicas nos últimos dezoito anos de sua vida. Viu Carmen chegando com seus incríveis cabelos loiros, um vestido florido azul e uma rasteirinha muito bonita da Dior.

— Vamos, Denise. – chamou-a como chamaria um cachorro.

— Acho que vou ficar um pouco aqui fora. – Denise falou sem a olhar.

Carmen, como se não tivesse ouvido, continuou parada.

— Tudo bem. – seus olhos azuis estavam amargos. – Fique onde você quiser.

— Vocês brigaram ou algo assim? – Magali perguntou curiosa. – Realmente é estranho você conversando com a gente.

— Não. – Denise disse com o orgulho um pouco ferido. – Só não quero falar com ela hoje.

— Ah ta. – Magali não acreditou muito.

Logo Marina chegou, estranhando Denise, porém não falou nada e entraram na sala. A primeira pessoa que chamou sua atenção foi Cebola, mas resolveu não conversar com ele, visto que Carmen estava do seu lado.

— Roubaram seu homem. – Denise sussurrou para Mônica rindo. – Não se preocupe, Carmen não é uma ameaça pra você.

— Por que acha isso? – Mônica perguntou para ela baixinho.

Ela riu e levantou uma sobrancelha, fazendo seus cabelos balançaram de um lado para o outro, como se a reposta fosse óbvia.

— Porque você é carne nova, oras.

Quando a aula acabou naquele dia, Mônica saiu da sala muito irritada pisando forte. Não queria conversa com ninguém, estava completamente farta de ouvir que Cebola não era bom para ela.

Passava pelos corredores rapidamente e só pensava em chegar em casa para o conforto de sua cama. Ouviu os passos rápidos antes de ouvir a voz da pessoa:

— Ei! – sabia que a pessoa estava perto, então parou de uma vez, virando para olhar. – Opa!

A pessoa não calculou que Mônica iria parar, então os dois trombaram e quase caíram. Ela sentia agora uma dor grande em seus olhos e seu nariz.

— Ai. – gemeu, ainda perto o bastante do menino para sentir um perfume fraco, porém agradável.

— Mil desculpas. – o garoto a segurou pelo ombro e a afastou. – Está machucada?

Talvez por não ter falado muito com DC, só foi perceber que era ele quando viu dois grandes olhos negros a observando atentamente, fazendo-a praticamente se jogar para trás.

— Não! – disse rapidamente. – Estou ótima.

— É, eu queria falar com você, mas você saiu correndo da sala. – ele riu sem graça.

— O que? – Mônica perguntou irritada ainda segurando o nariz.

— Eu só queria saber se chegou bem no sábado, como foi lá na festa... – o olhar de DC fez Mônica compreender a verdadeira pergunta que ele queria fazer.

Estava tão irritada antes, tão estressada que quando ele perguntou, sentiu sua raiva ficar bem pequena e até desaparecer. E foi então que ouviu um estalo na sua mente, pois pensava que estava no controle das suas emoções e viu que estava errada. Seus olhos encheram-se de água e teve que olhar para cima para elas não escorrerem.

 - Ah, deu tudo certo. – confidenciou. – Nada deu errado não, eu fiquei bem. Cuidei da Magali, a Marina deu a louca, mas foi bom.

Dc ouviu sua voz tremer e pensou se realmente foi tudo bem assim. Ela olhava para cima, em uma tentativa de esconder as lágrimas, e ele sabia disso.

— Está tudo bem. – ele deu um passo pra frente, a abraçando com força, fazendo-a levantar do chão uns dez centímetros. – Deve ter sido difícil.

Mônica então não conseguiu segurar o choro. Também não teve forças para lutar o abraço. Só percebeu que precisava de um enquanto ele esmagava suas costelas e ficaram assim vários minutos. Ela começou a se mexer em seu abraço quando ouviu passos, porém DC a abraçou mais forte.

— Do contra, eu... – falou abafado com a visão nublada por lágrimas. – É...

Ele não queria soltá-la. Afundou o nariz na curva de seu pescoço, fazendo-a se arrepiar. Mônica então quase se contorceu para conseguir sair, porém ele ao perceber o movimento a largou de imediato.

— Me desculpe. – DC disse sem graça. – Não queria fazer você ficar desconfortável.

— Tudo bem. – ela tentou o apaziguar. – Eu acho que precisava mesmo.

Ele estava tão desconcertado que olhava para qualquer direção, menos para o rosto de Mônica. Nunca tinha visto um garoto com tanta vergonha e tentou não rir enquanto falava.

— Eu estou indo agora. – Mônica deu um passo para trás, chamando sua atenção e sorriu. – Tenho que ir para casa.

— Eu posso te dar uma carona. – ele tentou pará-la. – Hoje eu vim de moto e...

— Eu tenho que passar em um lugar antes de ir para casa. – ela riu e foi embora.

Enquanto saía da faculdade, não conseguia parar de pensar naquele abraço e de como ele tinha sido prestativo se oferecendo para dar-lhe carona. Viu a moto preta estacionada, grande e reluzente. “Ainda bem que não aceitei.” Ser pega nos braços dele no corredor, no meio de um abraço emotivo tudo bem, agora aceitar carona e ficar coladinha com ele na moto, isso ela não teria como explicar para as amigas.

Parou algumas ruas antes, descendo do ônibus num pulo e acabou molhando seu tênis amarelo na poça de água. A chuva do dia anterior tinha passado, mas os ventos eram fortes e faziam as orelhas de Mônica quase ficarem surdas.

“Não menti para ele”, pensou enquanto entrava no mercado e comprava alguns legumes, pois aquela noite planejava cozinhar e assistir alguns filmes.

.

Cascão fazia flexões enquanto Cebola tentava tirar uma foto decente no espelho da academia.

— Eu ainda não acredito. – ele falou durante a primeira pausa.

— Eu acredito, cara. – Cebola parou quando pensou ter tirado uma boa o bastante. – Era sempre muito estranho vocês terminando e voltando...

— Eu sei! – Ele voltou aos exercícios com raiva.

— Cara, imagina se toda vez que vocês terminavam ela ficava com o Franja! Maluquice isso.

— Mas faz sentido. – Cascão se levantou. – Não duvido de mais nada.

—  Não precisa ficar desse jeito. – Ele tentou consolar o amigo. – As vezes isso só acontece para mostrar que coisas melhores virão.

— Tipo o que?

— Não sei.  – Cebola respondeu com sinceridade. – Quem sabe a Marina...

— Não, sem pensar. – Cascão baixou a cabeça e sentou no colchonete.

— Ela te beijou mesmo na frente da Cascuda?

— Foi. – fez cara feia para o amigo que ria baixinho. – Mas fez bem. Ela nem me ligou nem nada, acho que quer é distância de mim.

— Se eu fosse você, seguia em frente logo. – ele disse sem paciência. – Já estaria ligando para várias meninas, marcando encontros.

— No dia que você gostar tanto de alguém a ponto de nem pensar em outras, você vai entender.

— Pois então. – Cebola sorriu. – Nesse dia, não será eu no meu corpo. Ei, os meninos estão querendo ir para o bar hoje. Confirmados estão eu, Titi, Toni, Xaveco e DC.

— Não sei, mano... – Cascão murmurou. – Talvez essa não seja uma boa ideia. E eu achei que ia cuidar da sua irmã hoje.

— Ah, minha mãe decidiu ficar em casa. – Ele explicou. – Se você for é bom que me segura para não bater em ninguém. Você sabe que eu, Toni e DC no mesmo lugar sempre dá ruim.

— Vou ver, qualquer coisa apareço por lá.

Se despediram e Cascão dirigiu por bastante tempo até chegar em sua casa, e essa era uma desvantagem de morar no campo. Claro que ele não podia reclamar, sua família tinha uma casa bem grande, quatro vezes maior do que as de seus amigos.

.

DC não tinha paciência nenhuma com Toni. Odiava tanto ele que quase foi embora quando o viu dentro do bar, porém Titi estava conversando no celular do lado de fora.

— Você vai ficar em casa hoje, Ana. – ele estava desesperado. – Só porque eu vou sair, não quer dizer que você tenha que sair também.

Os ataques ciúmes de Titi sempre foi uma característica forte dele, desde que começou a namorar com Ana quando eram crianças. Do Contra sentia um pouco de pena da menina, que não podia fazer quase nada sem o namorado reclamar.

— E aí, DC. – os dois se cumprimentaram e entraram no bar. – Será se o Toni já está bêbado?

— Não duvido de nada. – ele murmurou enquanto sentavam na mesa.

— Olha só quem chegou. – Toni sorriu para os colegas e DC pôde ver que ele estava planejando algo.

Vinte minutos depois, todos estavam sentados e bebendo cerveja. Cebola conversava animadamente com Cascão e Xaveco e Toni estava distraído com alguma coisa em seu celular.

— No dia que o Xaveco desencalhar, eu vou assumir o namoro! – Cebola falou alto e todos riram.

— O pior que nem a nossa ajuda ele quer para encontrar mulher. – Cascão comentou e Titi deu um tapa nas costas de Xaveco.

— Parem. – ele pediu. – Não preciso de ajuda para nada.

— Quem está precisando de ajuda é o Cebola. – Toni pegou sua cerveja e sorriu. – Já tem uma semana e nada com a novata.

— Diferentemente de você, Toni – Ele cerrou os punhos. – Eu não vou atrás das garotas, elas que vêm implorando por mim.

— Disso eu duvido. – DC riu alto e Cebola o encarou. – Pelo menos o Cebola não ataca as garotas, não é mesmo, Toni?

— Sei lá. – ele murmurou baixo e bebeu mais. – Tá mais fácil o DC pegar a Mônica do que o Cebola.

— O que? – Titi perguntou rindo. – E o DC gosta de mulher?

— Vocês são idiotas. – DC disse ignorando o olhar desconfiado de Cebola.

— Relaxem, garotos. – Cebola abriu um sorriso de orelha a orelha enquanto mostrava a tela do celular para eles e viram a foto da menina ligando. – Mônica já é minha.


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Notas finais do capítulo

Desculpem os errinhos ! ♥



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