Estações escrita por Lady Jées


Capítulo 4
Primavera


Notas iniciais do capítulo

E aqui estamos com o último capítulo dessa coletânea. Provavelmente todas as ones terão continuação, só que serão separadas e não em uma fanfic só.
Como podem ver, acabei por mudar o nome da coletânea para Estações e bem provável que a sinopse ira mudar tbm. Espero que gostem do capitulo pq eu dei muita risada quando escrevi auhsuash



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Primavera –

Suspirou enquanto olhava a paisagem passar. A primavera havia chegado e com ela, um novo começo. Desde que acordara naquela manhã, Levy McGarden sentia-se, de certa forma, animada. Não sabia o porquê, mas algo dizia que teria um dia agradável.

Na noite anterior havia combinado com seus amigos da faculdade que passariam o dia no parque, iria acontecer ali, um festival para celebrar o solstício de primavera e Levy não conseguia conter a empolgação. Amava os festivais de Magnólia, e amava mais ainda os que envolviam sua estação favorita. Não tardou em se arrumar e pouco depois, estava dentro do ônibus que a levaria até o lugar. Contemplou a paisagem do lado de fora daquelas janelas, Magnólia sabia como saudar as estações.

No rosto dos habitantes, a alegria expressada contagiava Levy como se fosse uma criança, se encantando com o mais simples balançar das flores. E assim permaneceu, olhando pela janela e se perdendo em pensamentos quando, de repente, sua atenção é subitamente roubada. Em pé, perto de uma das portas de saída, havia um rapaz de aparência intrigante. Seu longo cabelo negro, caiam livremente pelas costas como cascatas revoltosas. Usava uma camisa branca, a qual deixava parte do peitoral a mostra, acompanhando de uma calça jeans escura. Levy observou o rosto masculino, os vários piercings espalhados tornava-o, de certa forma, harmonioso. E como se não bastasse o tamanho do rapaz – que era praticamente duas vezes maior do que ela -, o que mais a surpreendeu foi que ele carregava um livro nas mãos. Estava completamente imerso na leitura e totalmente absorto ao olhar curioso de Levy.

Era incrível a capacidade de Levy de se apaixonar por qualquer um que possuísse um livro em mãos. Como se não bastasse a forma que ela o olhava, a azulada procurava, de todas as formas, descobrir qual livro era o alvo de tamanha concentração. Observou tanto que até as pessoas sentadas a sua volta começaram a olhar a cena. Ela forçava os olhos, deixando-os meio fechados, em vã tentativa de fazer a visão alcançar as letras diminutas da capa. Se inclinou para frente, virou a cabeça para o lado, cogitou até perguntar para a pessoa que se sentava na frente, mas acabou desistindo quando a jovenzinha que estava ao lado soltou uma pequena risada. A azulado corou, sequer percebeu que chamava a atenção de todos, menos do brutamontes que era alvo de seus olhares.

Mas Levy McGarden não conhecia a palavra desistir. Como se o universo conspirasse a seu favor, uma velhinha entrou e Levy logo tratou de ceder seu lugar para ela, aproveitando assim, a oportunidade de se aproximar do rapaz. Precisava se apressar pois logo chegaria no ponto que deveria descer e não faria isso sem, pelo menos, conseguir o nome do livro. Chegou perto, muito perto na verdade. Tão perto que Levy esquecera-se por completo do livro quando uma brisa soprou pela janela, trazendo o cheiro do perfume amadeirado que ele usava. Ela o encarou por longos segundos até perceber o que fazia.

Ah, foda-se o livro.

Ele a encarou. Levy desejou se enterrar em qualquer lugar naquele momento. Virou para frente e deu o sinal para descer, sabia que seu rosto estava muito mais do que vermelho e quando o ônibus, enfim, parou, correu para o mais longe que conseguiu. Por sorte, o lugar era perto do parque e assim tratou de caminhar lentamente até lá. Depois de ter se acalmado, Levy percebeu o quando seu coração batia acelerado no peito. Ela reconheceu dois sentimentos dentro de si: alivio e tristeza. Alivio, pois sabia que não voltaria a encontrar o rapaz e tristeza pelo mesmo motivo. Admitiu que a imagem imponente dele a encantara mais do que a de qualquer outro e o livro não passara de um mero pretexto. Respirou fundo, sorrindo minimamente. De certa forma, não queria que fosse uma simples paixão passageira.

Por fim, decidiu abandonar os devaneios e seguir em frente, passando a caminhar até encontrar seus amigos. Logo os viu, sentados embaixo da maior cerejeira de Magnólia e rindo como um bando de retardados que eram. Ela riu com a cena, adorava vê-los assim. Se aproximou e não demorou a puxar assunto com as meninas do grupo, estava prestes a relatar sua pequena experiência quando a voz de Gray se sobressaltou sobre as outras.

Gajeel, achei que não fosse mais vir.

A atenção da azulada foi tomada pela curiosidade e acabou virando em direção a nova presença do grupo. Ali, parado com toda elegância do mundo, o mesmo rapaz que vira dentro do ônibus se encontrava. Como um tique, lembrou-se de Juvia dizer que um amigo de Gray estaria com eles, mas nem sequer imaginava que o amigo seria ele. Gajeel a encarava descaradamente enquanto sorria e, como se fosse para lembra-la do que fez mais cedo, não tardou em responder o amigo.

Foi mal, acabei me distraindo com uma pequena smurf.

E pela segunda vez naquela manhã, Levy desejou se enterrar em um buraco.          


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Notas finais do capítulo

Bjiiiiiiiiiiiins :)



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