A princesa proibida escrita por Helena Melbourne


Capítulo 4
Princesa?


Notas iniciais do capítulo

Olá seus lindos, aqui está mais um capítulo. Queria agradecer imensamente à Viúva Negra que recomendou a fic nos seus poucos capítulos. Fiquei mega feliz!



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— O que é? -ela ofendeu-se com o afastamento repentino.

— Você é a princesa! A filha de Simba! -constatou. Ela riu de leve, achando graça em sua reação.

— Sou eu. -ela confirmou sorrindo. Ele engoliu em seco. Se sua mãe soubesse que salvou a filha de Simba...

— M-mas o que faz fora dos portões do castelo? Ouvi dizerem que era a única membra da família real que nunca saíra. -atrapalhou-se com as palavras, confuso.

Era óbvio que a menina pertencia à realeza. Seu vestido com babados lilás e faixa de cetim, mesmo estando em péssimas condições pela aventura que passaram, já era uma prova suficiente. Além do penteado com fitas no cabelo e a pele bem cuidada, branca como porcelana, ao contrário das de camponeses e exilados, que eram ou morenas ou levemente bronzeadas por trabalharem ao sol.

— Sim... essa é a primeira vez em que saio do castelo. Na verdade, eu fugi. -ela respondeu meio sem graça pelo o que tinha feito. -Mas quando eu fizer 18 anos, papai me prometeu que irá, como presente de aniversário, me deixar sair sozinha neste dia. Ninguém que não seja da realeza me conhece, então não tenho perigo de ser reconhecida. -confidenciou-lhe. -Quer dizer... agora você me conhece. -constatou tímida.

— É verdade. -ele sorriu cúmplice, satisfeito por saber de algo que ninguém mais sabia fora dos muros reais. De repente, mais no intuito de quebrar a tensão, a jovem princesa tocou-lhe o braço e saiu correndo.

— Peguei! Sua vez! -Kiara disse animadamente. Kovu, no entanto, arqueou uma sobrancelha, buscando interpretar o que ela quis dizer e o que significava seus gestos. -Peguei! Sua vez! Sua vez! -ela repetiu o ato rindo e correndo de um lado para o outro, até perceber que ele não se moveria. -Alô! Você corre e tenta me pegar, entendeu? -explicou com certa frustração, como se fosse óbvio. Ele continuava estático, sem compreender. -O que houve? Você não sabe brincar? -O menino já estava um pouco velho, nos seus 14 anos, para brincar de pega-pega. Além disso, exilados não tinham a tradição de brincadeiras desse tipo, sem propósito. Por isso, ele não entendia o intuito daquilo. -Ah! Já sei! -viu um pedaço de pau caído no chão e quebrou-o em dois, oferecendo uma parte ao outro. -Angar! -gritou atacando-lhe.

Aquele tipo de brincadeira Kovu estava acostumado. Porém, para exilados, aquilo não se chamava brincadeira, e sim, treino. Precisavam treinar para um dia recuperarem a terra que era deles por direito. A terra em que prometiam o fazer rei e, para isso, precisavam matar Simba e seus filhos. Estava “brincando de lutar” contra a menina com quem, talvez, um dia precisasse duelar de verdade entre vida e morte. A garota que lhe salvara de ser picado por uma serpente e que ele também salvara duas vezes naquele dia, era a mesma que o impedia de ter o título de “príncipe”, pois era ocupado por ela. Só que ali, só os dois, Kovu não conseguia pensar na dimensão daquilo tudo. Apenas gostaria de aproveitar ao máximo a companhia da nova amiga.

Após passarem aquele restinho de tarde “brincando”, os dois caíram exaustos, mais uma vez naquele dia, na grama macia e um pouco incômoda por pinicar. Kovu pegara leve com ela por ser mais nova e, claramente, pior em combate, ele apenas se defendia contra suas péssimas investidas. Porém, fora divertido fazer aquilo sem ter um adulto mandão supervisionando a “brincadeira” e corrigindo cada passo errado que dava.  Ambos se sentiam livres ali, deitados lado a lado. Livres de controle, conduta e de seus deveres no papel de seus povos. Justamente na companhia do inimigo, eles sentiram alívio. Ali não era príncipe dos exilados e princesa das terras do Reino. Eram penas Kovu e Kiara.

— É lindo, não é? -Kiara observou, tirando o menino de seus devaneios. Ele a encarou, sem saber a que ela se referia. Percebendo que Kovu não entendeu, completou. -O pôr-do-sol.

Kovu olhou para o horizonte e viu a grande esfera alaranjada esconder-se por detrás das montanhas. Estava um crepúsculo particularmente bonito naquele dia:  o céu ficara colorido em várias tonalidades diferentes de azul, roxo, laranja e rosa. Ele, pela primeira vez em sua existência, estava parando para analisar o pôr-do-sol. Nunca ligou para aquelas pequenas coisas de seu dia a dia. Entretanto, agora via como aquilo era bonito e trazia-lhe uma espécie de paz? Sim, a paz que ele nunca sentira ao apreciar um momento banal e não ter que pensar em nada grandioso. Somente admirar. 

—Sim, muito bonito. -confirmou.

— Você acha que vamos nos ver de novo, Kovu? -a menina perguntou, repentinamente preocupada.

— Eu não sei dizer, Kiara. Mas espero que s... -sua fala foi cortada pela presença de uma figura que não poderia estar ali naquele pôr-do-sol de verão. Não naquele momento e com a companhia da nova amiga. Sua mãe.


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Notas finais do capítulo

O capítulo está curtinho, eu sei. Mas eu amei escrever esse momento fofo dos dois. Espero que tenham gostado também.
O que acharam? Dúvidas? Reclamações? Estou aberta sempre a críticas construtivas.
Fiquei meio triste que poucos comentaram até agora... tem muitos leitores fantasminhas kk.
Como sempre digo, quanto mais vocês comentarem, mais me sentirei disposta e incentivada para postar capítulos mais rápido. Então, por favor, comentem.



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