This Is Us escrita por Rayanne Reis


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, tudo bem?
Gostaria de agradecer a todos que estão acompanhando e espero que gostem do capítulo.



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—Ei, Tyler. - o olheiro aproximou dele e o garoto estendeu a mão para cumprimentá-lo. Os colegas do time comentaram que o homem estava ali para vê-lo jogar. Sem saber se era ou não verdade, ele resolveu dar tudo de si no jogo e fez sua maior pontuação em um jogo e também a da temporada do time. - Que jogo! - comentou empolgado. - Você arrasou lá, parabéns! - aplaudiu o garoto e ele sorriu tímido. - Seus pais estão por aqui? Gostaria de conversar com eles.

—Estão sim. Eles vêm em todos os meus jogos. - acenou e os pais se aproximaram dos dois. - Esses são os meus pais. - o homem olhou confuso e Tyler riu. Todo mundo tinha a mesma reação quando ele falava quem era os pais dele. - Sou adotado. - explicou e Bella e Edward bufaram juntos. Não gostavam quando as pessoas agiam daquela forma. Eles sabiam que muitos não faziam por mal, mas algumas eram preconceituosas e olham torto para eles.

Tyler era um garoto negro que foi adotado por uma família branca. Eles não viam nada demais naquilo, mas infelizmente, nem todos pensavam daquela forma e faziam vários julgamentos.

—Ele é nosso filho. - Edward colocou a mão no ombro dele e o homem pigarreou.

—Desculpe, não quis ofender ninguém, só fiquei surpreso. - gaguejou.

—Tudo bem. - Bella respondeu e abraçou o marido pela cintura. - Você é…?

—Meu nome é Bill Watson. - estendeu um cartão para eles. - Sou olheiro do UCLA Bruins. - Bella olhou sem entender, mas Edward que amava jogos de basquete sabia muito bem de onde ele era. Da Universidade da Califórnia, que tinha um dos melhores times de basquete universitário do país. - Estou impressionado com o filho de vocês, ele é incrível e temos interesse em tê-lo em nossa equipe. - os três olharam espantados para ele. Sabiam que Tyler era bom, mas não imaginavam que já teria universidades de olho nele, tinha apenas 14 anos.

—Isso é ótimo. - Edward gaguejou puxando o filho para perto. - Estamos muito felizes com isso.

—Ficaremos de olho nele e esperamos que nos considere como opção. Temos um programa excelente e tenho certeza de que vão gostar. - sorriu para os três.

—Agradecemos a oferta e pensaremos no assunto. - Edward agitou o cartão e Bill assentiu despedindo deles. - É isso aí. - ele e Tyler tocaram as mãos animados. Bella também estava animada, mas como não entendia do esporte, não demonstrou tanta empolgação, pois não sabia ao certo o que aquilo significava.

—Eles são bons?

—Mãe, eles são demais e preciso muito entrar para o time. Nem acredito que estão de olho em mim. - agitou as mais sem conseguir conter a alegria.

—Calma, campeão. Ainda tem muito tempo e mais universidades surgirão. Por enquanto, continue se divertindo. - deu um tapinha nas costas dele. - Agora vamos comemorar. - anunciou acenando para os filhos aproximarem. Ele tinha muito orgulho dos filhos, de cada um deles. E agora estava muito feliz por Tyler que contava as novidades para os irmãos. Ao vê-lo sorrir daquela forma, nem parecia com o garoto que havia esbarrado nele e pedido por comida.

[...]

—Estou dizendo, Jackson, precisamos pedir mais. Nosso produto é muito bom e não podemos deixá-los abaixar o preço. Ou pagam o que queremos ou vendemos para outros. - Edward estava irritado com o novo cliente deles. Ele e Jasper estavam na fila para comprar cachorro quente, quando sentiu algo o puxar pela calça.

—Pode comprar um para mim? - ele olhou para baixo e viu um garotinho magro, com as roupas sujas, olhar para ele em súplica.

—Cadê os seus pais? - colocou a mão no ombro dele e olhou em volta procurando por algum adulto desesperado com o sumiço do filho.

—Estou com fome. - choramingou levando as mãos a barriga.

—Será que devemos? - perguntou olhando para Jasper. - E se ele for alérgico?

—Não podemos deixá-lo com fome.

—Tem razão. - pediu um lanche para o garoto que olhou fixamente para o vendedor e sorriu ao receber a comida. Edward e Jasper acompanharam o garoto devorar o cachorro quente e depois erguer os olhos em um pedido silencioso por mais. - Coma devagar. - pediu não querendo que ele passasse mal.

—Vamos ajudar você a encontrar os seus pais. - Jasper garantiu e o garoto estremeceu. - Como eles chamam?

—Não tenho mãe. - respondeu passando a manga da camisa no nariz. - Meu pai está longe. - completou e os dois homens trocaram um olhar confuso. Era melhor chamar a polícia. O garoto claramente estava perdido e parecia desnutrido. Pela forma que ele devorou o lanche, ele não comia há dias.

—Qual o seu nome? - Edward o puxou para sentarem em um banco.

—Tyler. - respondeu com medo do que ele poderia fazer.

—Eu sou o Edward. - estendeu a mão e o garoto apertou, ainda incerto se deveria correr ou ficar. Os olhos dele baixaram e ele encostou em Edward, não teria forças para correr, queria dormir num lugar quente e comer mais um pouco.

—Quantos anos você tem? - o garoto estendeu as mãos e mostrou seis dedos e depois voltou a encostar mais em Edward e ele passou os braços em volta do garoto. Ele estava gelado, por isso tirou o paletó e envolveu um Tyler sonolento nele.

—Pode ficar tranquilo, vou cuidar de você. - garantiu e o pegou no colo. - Vai ficar tudo bem, meu pequeno. - ele costumava dizer aquilo para Henry quando o filho estava com medo ou se machucava. Edward não sabia exatamente o que fazer, mas sabia que precisava proteger Tyler e era aquilo que ele faria, custe o que custar.

—A mãe dele faleceu tem dois anos e o pai foi preso há menos de dois meses. Tentamos colocá-lo num lar provisório, mas ele fugiu do último e temos procurado por ele desde então. - a assistente social explicou. Edward havia levado Tyler para o hospital e após algumas ligações, conseguiram identificar o garoto.

—O pai vai ficar preso por muito tempo? - ele deveria ter deixado Tyler aos cuidados dos médicos e da assistente social, mas algo o fazia ficar e garantir que o garoto estava bem.

—Provavelmente. Foi preso por tráfico de drogas e não foi a primeira vez. A pena dele deve ser longa.

—E o que acontece com o Tyler?

—Vai para um lar provisório e depois teremos que achar um permanente para ele.

—Não podem deixá-lo com algum parente? - a ideia de ele ficar sendo jogado de casa em casa, não o agradava nenhum pouco.

—Os parentes dele não tem a menor condição de cuidar de uma criança. Tyler precisar de um bom lar e pessoas que cuidem dele. Você viu o estado dele. Estou surpresa dele não ter nenhuma doença grave. O pai foi muito negligente com a saúde e educação dele. - balançou a cabeça desapontada.

—Posso ficar com ele? - perguntou de supetão. Não sabia o que o fez tomar aquela atitude, ainda mais sem consultar Bella, só sentiu o desejo de proteger o garoto e que aquela era a coisa certa a ser feita.

—Bem… - o olhou espantada. - Tem alguns procedimentos a serem feitos…

—É só dizer o que precisa e faremos. Você nos conhece e sabe que somos ótimos pais para a Agnes. - ela era a mesma assistente social que cuidou do processo de adoção de Agnes. - E seremos ótimos para o Tyler também. Ele estará em boas mãos, posso garantir isso.

—Certo, Sr. Cullen. Sente-se e vamos passar o que precisam fazer, mas antes, tem certeza disso? É melhor falar com a sua esposa.

—Verdade. - sorriu meio envergonhado e saiu para ligar para esposa.

[...]

—Eu te ajudo, mãe. - Tyler largou a bola de basquete e correu para socorrer a mãe com as várias sacolas.

—Obrigada, meu anjo. - suspirou aliviada por ele ter aparecido. Não queria fazer várias viagens e não tinha sido uma boa ideia levar tudo de uma vez. - Acaba de me salvar. Estava treinando? - eles construíram uma pequena quadra de basquete para que ele pudesse treinar e brincar com os irmãos e amigos.

—Sim. Depois do que aquele olheiro disse, preciso intensificar meus treinos. - colocou as sacolas sobre a bancada.

—Vá com calma, você já é muito bom e não quero que se desgaste atoa e nem que fique preocupado em fazer parte de um time agora.

—Eu sei mãe, mas a oportunidade é muito boa e eu gosto de treinar. - ela sorriu para ele. Ele era muito determinado e esforçado e ela sabia que ele teria um futuro brilhante se continuasse assim.

—Certo. Mas não se canse demais e aproveite um pouco também. - ele a olhou de lado, queria perguntar algo, mas estava um pouco constrangido. - O que foi? - ele nem se espantava mais com a capacidade da mãe em saber quando eles queriam algo.

—Mês que vem vai ter um baile na escola e queria convidar uma menina da minha sala, mas não sei como e nem se ela vai aceitar. - Bella deixou as sacolas de lado e olhou para o filho. Quando ele tinha crescido tanto para já estar indo a bailes e convidando garotas para sair? Se Edward era ciumento com as meninas, ela era com os meninos e só de imaginar seu garotinho namorando causava um aperto no coração dela.

—Sua namorada é? - esperava que Edward já tivesse tido “a conversa” com ele. Ela havia lidado com Agnes e agora a responsabilidade era dele.

—O quê? - arregalou os olhos e começou a gaguejar. - Não! Claro que não. Ela é só uma amiga. Uma colega de turma. Só isso. - ela o olhou com desconfiança, mas não o pressionaria por informações, embora estivesse muito curiosa para saber mais sobre a garota. - Todo mundo vai ao baile, tenho que ir também e não posso ir sozinho. - quase riu do nervosismo do filho. - Quer saber? Esquece. - já ia sair da cozinha, mas Bella segurou a mão dele.

—Está tudo bem, querido. Sabe que pode falar qualquer coisa comigo. Sente aqui e me fale mais sobre o baile. - Ele pensou um pouco e acabou aceitando a ajuda da mãe. Ele preferia falar com o pai sobre esse tipo de assunto, mas ele não havia ajudado muito e ele claramente precisava de ajuda.

—Não é nada demais. Só quero convidar alguém para ir ao baile. - deu de ombros menosprezando o assunto.

—Então a convide. Tem o telefone dela? - ele assentiu. - Ligue e a convide, antes que outro faça isso. Bailes são uma loucura.- sorriu nostálgica e depois bufou lembrando que nunca realizou o sonho de ir ao baile com Edward.

—Assim do nada? - perguntou a trazendo de volta ao presente.

—É claro. Qual o nome dela?

—Natalie.

—Pegue o telefone, ligue e diga: Natalie, quer ir ao baile comigo? - ele riu. Quem dera fosse tão fácil assim.

—E se ela disser não? - aquele era o maior medo dele. Levar um fora da menina mais bonita da sala.

—Só se ela for doida de te rejeitar. Você é lindo, inteligente, engraçado, dança muito bem, é educado e gentil. Ela deveria de se sentir honrada por você querer ir ao baile com ela.

—Você é minha mãe, claro que vai achar isso. - resmungou. - Todos os meninos querem sair com ela, a concorrência é apertada.

—Filho. - colocou a mão sobre a dele. - Você é incrível e não é uma garota que vai dizer o contrário. Se ela não quiser ir com você, azar o dela. Convide outra que te valorize e enxergue como você é maravilhoso. - levantou e deu um beijo na testa dele.

—Obrigado, mãe. - sussurrou emocionado.

—Só falei a verdade. - começou a guardar as compras.

—Não só por isso, mas por tudo. Por terem me acolhido e por serem meus pais. Vocês são os melhores. - ela sorriu para ele.

—Você é nosso filho e nada mais importa. - fungou impedindo que as lágrimas rolassem. - Anote no quadro para irmos comprar um terno para você. - com seis filhos e vários compromissos, eles haviam colocado um quadro gigante na cozinha e nele anotavam tudo, assim ninguém se esquecia de nada.

—Ela ainda nem aceitou.

—Mas você vai assim mesmo. Nem que a Agnes ou eu tenhamos que ir com você.

—Já disse que é a melhor mãe de todo o mundo? - ela soprou um beijo para ele. - Bem que o papai poderia ter agido assim, mas ele falou sobre não ser um babaca e aceitar o convite quando seu pai te pedir para ir ao baile com a filha do sócio dele. Eu não entendi nada, até porque o sócio do papai é o tio Jasper e ele não tem filha. Aí ele falou também que ela poderia ser a mãe dos meus filhos e eu perderia muito tempo com uma vida sem sentido e depois teria que me casar apenas para irritar os meus pais. - ele olhou para mãe em busca de uma possível explicação para toda aquela confusão. - Era algum tipo de metáfora? Porque eu não faço a mínima ideia do que ele estava falando.

—Que bom que veio conversar comigo, então.

—Também estou muito feliz. Acho que vou ligar para Natalie. - pegou o celular, ainda em dúvida.

—Se ela o magoar, me avise que dou um jeito nela. - ele gargalhou do olhar psicopata dela.

—O papai cuida das meninas e você dos meninos? - perguntou ainda rindo.

—Se você acha que o seu pai tem bons planos, é porque nunca viu os meus. Só preciso do Fish II emprestado e coloco qualquer um que trate os meus filhos mal, para correr.

—Mãe, eu te amo, mas você é doida. - deu um beijo estalado na bochecha dela e depois saiu correndo. Ele precisava tomar coragem e fazer o convite. E se ela recusasse, iria com outra pessoa ou sozinho. O importante era ser feliz, não era isso que os pais sempre diziam?


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Notas finais do capítulo

Não é só o Edward que é ciumento com os filhos, a Bella também é e pode ser até pior. Ninguém mexe com os filhotes dela não.
Tyler é um fofo e arrasa no basquete.
Próximo capítulo é sobre a Hayley e preparem os lencinhos.

Comentem, palpitem, indiquem e recomendem a vontade.

Bjs e até mais.