Os Descendentes escrita por Sak


Capítulo 33
Pontos


Notas iniciais do capítulo

Boa noite gente!!!
Tô feliz de estar mantendo minha promessa de atualização de 2 vezes por mês, eu estava me programando e vi q isso dá mais ou menos sábado sim e sábado não, então fiquem na torcida por mim!!!



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— Licença, você tem tempo agora? Eu queria falar sobre algo – Sakura bateu na porta da sala da Fada Madrinha.

— Entre – ela apontou a cadeira a sua frente. – Vamos lá, sobre o que quer conversar?

— Quem é Baba? Ou quem foi, sei lá – Sakura se sentou.

Tsunade estranhou a pergunta.

— Malévola nunca lhe falou sobre ela?

— Nunca – Sakura suspirou. – E eu só fiquei sabendo da existência dela por causa de um trabalho que o Naruto e o Sasuke fizeram.

— Ela foi uma grande fada – a Fada madrinha se apoiou em sua poltrona. – Até hoje, uma das mais respeitadas e lembradas fadas.

Tsunade suspirou.

— Baba foi minha irmã – respondeu ela. – Nascemos ao mesmo tempo, do mesmo botão de flor, da mesma risada de um bebê, mas... – a Fada Madrinha se perdeu em pensamentos.

Sakura esperou.

— Baba cresceu muito rapidamente para uma fada, mais rápida do que eu que era sua irmã. Já soube que ela foi a fada mais poderosa de todos os tempos? – Sakura assentiu. – Baba era forte, inteligente e extremamente sensível a todos ao seu redor – Tsunade voou em suas memórias sobre a irmã. – Quando Malévola nasceu... foi um susto. Ela se parecia demais com o povo dos Mors, já ouviu falar sobre eles?

— Não... – murmurou Sakura.

— Eles vivem numa das alas mais escuras e profundas da Floresta Proibida. Todos os seres já ouviram falar nas criaturas, elas são os pesadelos das nossas histórias de ninar, e quando digo nossa, quero dizer o povo das fadas.

'Não nego que temos muitos defeitos. As fadas são orgulhosas e caprichosas, prezam mais a aparência do que tudo. Temos uma escola de magia para fadas, apenas as fadas puras podem frequentar, essa é uma regra que eu gostaria de mudar, mas ainda não posso; não seria bem aceito e tudo o que não precisamos no momento é de mais conflitos. O príncipe Itachi ainda não foi proclamado rei e isso seria um problema.

'Bem, voltando a escola de magia das fadas... Baba já era diretora quando sua mãe nasceu; minha irmã, diferente de todas as outras fadas, acolheu Malévola e a criou como se fosse sua própria filha. Eu tinha ciúmes da forma como minha irmã protegia Malévola, isso não é algo do qual eu me orgulhe. Não sabe como eu me arrependo do meu comportamento. Se eu pudesse voltar ao passado... – ela suspirou. – Mas não posso...

'Sua mãe não teve uma estadia muito fácil na escola, sendo excluída por todas as outras fadas, ela se voltou aos estudos e se tornou a melhor aluna que a escola poderia ter, sendo comparada até mesmo a minha irmã. Quando já havia aprendido tudo o que a escola podia oferecer... Ela seguiu por outros caminhos para buscar e aprender mais... A Floresta Proibida a chamava, eu me lembro de minha irmã tendo pesadelos com isso quando ficou a beira da morte.

'Veja bem, minha irmã amadureceu rápido demais para uma fada, isso quer dizer que ela morreu mais cedo do que a maioria deveria. Baba era o único ser que se importava com Malévola, então... Quando ela se foi... as coisas se complicaram...

'Minha irmã tinha aprovado que Malévola fosse a representante da Floresta Proibida, desde que cumprisse as regras, eles já a chamavam então e clamavam por ela, mas sua mãe não concordava com o tratado de paz entre os reinos e seus representantes.

'Nosso mundo dos contos de fadas se divide em seis: a realeza, representados pelo rei e pela rainha; a plebe, representado pelo conselheiro real; o povo das fadas, atualmente eu sou a representante; o povo do mar, Melody, filha da Ariel e do rei Erick, é a atual representante; o fundo do mar sombrio e a floresta proibida. Esses dois reinos estão sem representantes no momento, a floresta proibida por causa de Malévola e o mar sombrio quem representava era a Úrsula.

'Houve uma guerra logo após a morte da minha irmã. Como Malévola e Úrsula nunca se deram bem, os dois reinos ficaram em desvantagem. A Floresta Proibida perdeu muito dos seus e se fechou, desde então qualquer um que entre ali nunca mais retorna. O mesmo para o mar sombrio. Malévola e Úrsula seguem sendo as únicas representantes até então.

'Mas há uma coisa que eu sempre quis saber sobre Malévola: como foi que ela perdeu as asas? Eu me lembro de tê-la visto sem elas logo após a guerra. Sua mãe estava muito diferente, parecia ter restado apenas ódio dentro dela.

— A minha mãe tinha asas? – questionou Sakura, mas parecia mais retórico do que tudo. Sua mente estava longe absorvendo tudo o que tinha acabado de ouvir.

— Tinha sim – Tsunade respondeu de qualquer maneira. – Todas as fadas puras têm asas.

— Ela nunca me contou nada disso – Sakura balançou a cabeça. – Por quê?

— Eu sinceramente não sei – disse a Fada Madrinha sentindo pena da jovem. – Posso perguntar como é a relação de vocês?

"Péssima" Sakura respondeu em pensamentos.

— Como pode perceber: não muito esclarecedora – foi tudo o que respondeu. Sakura então resolveu mudar de assunto. – Como é que toda essa história não é abordada pela professora Shizune em aula? – arqueou a sobrancelha. – Isso dos reinos e seus representantes?

— Porque isso é matéria de Princesologia com a professora Rin e Treinamento de Heróis.

— Mas eu estou fazendo Treinamento de Heróis com o professor Jiraya e até agora ele não falou nada – apontou a jovem.

A Fada Madrinha suspirou.

— Cada professor tem uma didática diferente e eu não posso interferir – ela explicou. – Os representantes têm a missão de manter tudo na mais perfeita ordem e paz, mas principalmente: jamais interferir no mundo humano, os seres de lá acham que somos contos de fadas e é assim que tem que continuar a ser.

Sakura saiu da sala da Fada com a cabeça cheia. Eram muitas informações e descobertas de uma vez.

Pensou em Ino, tinha certeza que a Rainha Má nunca dissera nada a amiga sobre o passado dela. Sobre a terra que Ino deveria ter por direito de sangue e que provavelmente estava abandonada há anos.

— Ei – Sasuke apareceu em seu caminho. – Eu estava te esperando – disse constrangido. – Eu vi quando entrou na sala da Fada Madrinha. Está tudo bem? – perguntou ele cauteloso.

Sakura não soube dizer o que sentiu, apenas que teve a necessidade de um abraço de Sasuke e foi o que fez, se atirou nos braços dele o apertando forte. Sasuke retribuiu o abraço na mesma intensidade.

— Calma, seja o que for – ele a confortou. – Vai ficar tudo bem, acredite.

Sakura queria mesmo acreditar.

— Obrigada – ela agradeceu se separando dele.

— Por que você não me conta o que está acontecendo? Sou o seu namorado, caso não se lembre – ele sorriu leve.

— Claro que eu me lembro que você é o meu namorado – ela tentou devolver o sorriso a ele, mas não deve ter sido muito convincente já que ele tornou a abraçá-la. – Eu só estou com a cabeça cheia e preciso falar com a Ino – murmurou.

— Não se esqueça de que eu estou aqui para o que precisar – ele murmurou no ouvido dela antes de soltá-la.

— Obrigada – ela murmurou de volta antes de caminhar em direção ao quarto.

Iria esperar pela amiga lá.

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.

.

— Bom dia, flor do dia – Sakura despertou com a voz da amiga.

Havia caído no sono na noite anterior e nem havia percebido.

— Bom dia – bocejou a filha da Malévola.

— Vamos levantando porque daqui a pouco temos aula e você ainda nem tomou café da manhã – informou Ino.

Sakura se levantou meio desorientada.

— Eu precisava conversar com você – disse para a loira.

— Fala – Ino estava terminando de colocar a roupa.

— É melhor deixar pra depois – pensou melhor ao ver a hora –, o assunto é longo e não temos tempo no momento.

A filha da Malévola se arrumou rapidamente e correu em direção ao refeitório para tomar o café da manhã. Como tinha ficado tão cansada no dia anterior? Sequer havia ido jantar.

.

.

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Treinamento de Heróis segundo tempo

Sakura praticava a sequência de golpes que o professor Jiraya havia acabado de passar aos alunos quando Sasuke a abordou.

— Ei, bom dia – desejou ele ao seu lado. – Bom dia meninas – ele desejou as garotas que estavam ao lado de Sakura.

— Bom dia príncipe Sasuke – elas devolveram o cumprimento.

— Temari – o príncipe chamou a atenção da garota. – Não gostaria de trocar de posição comigo?

A filha do Aladdin e da Jasmine observou que a posição onde estava Sasuke ficava próxima a Shikamaru e concordou.

— Bom dia príncipe Sasuke – comentou Sakura com ironia.

— Vejo que está melhor – ele comentou com um sorriso de lado. – Isso é bom.

— Não vai treinar, não? – ela retrucou devolvendo o sorriso ainda praticando os golpes com a espada.

Não falaram mais nada até quase o fim da aula quando Neji jogou a espada no chão causando um enorme barulho, isso chamou a atenção de todos.

— Algum problema Neji? – perguntou o professor.

— Isso é uma palhaçada! – atirou o garoto.

— O que é uma palhaçada? – Jiraya perguntou cruzando os braços.

Sakura viu o filho da Rapunzel olhar para si e depois para Kiba e Shikamaru.

— Desde que esses filhos dos vilões vieram pra cá que está tudo errado e parece que ninguém percebe – reclamou ele.

Sakura sentiu seu corpo tencionar. Seus amigos vieram para o seu lado imediatamente.

— A começar pelas garotas – ele apontou ao redor. – Vocês deveriam ser proibidas de pegar em uma espada ou qualquer outra coisa que é considerado de cavalheiros. É assim que começa! Daqui a pouco vão querer governar sozinhas e isso é errado!

— Por que é errado? Quem te disse isso? – Sakura não se controlou e questionou o garoto. Queria saber se essas referências que ele tinha era dos pais dele.

— Sabe por que é errado? – ele se aproximou dela. A maioria dos alunos segurou as espadas firmes em mãos. – Porque os maiores vilões são mulheres – cuspiu. – Úrsula, Cruella De Vil, Rainha Má, Malévola... – disse de forma maldosa. – Todas tiveram o que mereciam e agora estão presas e ao invés de aprendermos com os nossos erros do passado... mas não! Temos que dar mais uma chance para que elas venham e transformem tudo outra vez. A começar por esta aqui – apontou para Sakura. – Ela é igualzinha a mãe e não vai demorar para nos apunhalar pelas costas, ou ela vai ser ainda pior do que a mãe e vai nos apunhalar pela frente mesmo – riu em escárnio.

Sakura sentiu a raiva invadir seu peito.

— Cala a boca! – mandou ela. – Você é filho de um vilão tanto quanto eu!

— Mentira! – gritou ele.

— Podem parar os dois! – o professor ordenou. Mas os dois o ignoraram.

— Seu pai é o tal José Bezerra, não é mesmo? Ou melhor dizendo: o ladrão Flyn Rider – Sakura provocou.

Viu o garoto tencionar e riu.

— Você também é filho de um vilão, não é nem um pouco diferente de mim – riu na cara dele.

— Não ouse falar do meu pai! – Neji avançou, mas alguns dos outros garotos o seguraram, Sasuke e Naruto se interpuseram no caminho.

— Mas você pode falar da minha mãe? – rebateu Sakura.

— E seu pai, hein? – o garoto ainda tentou sair por cima. – Aposto que deve ser tão pior quanto sua mãe para aceitaram... A dar a luz a você – riu ele.

Sakura viu um brilho verde escuro no olhar dele e tremeu, mas foi tão rápido que duvidou. O que havia sido aquilo?

— Cala a boca Neji – todos se surpreenderam quando Tenten se manifestou. – Cala a merda dessa boca.

— E o que você vai fazer? – o garoto ainda tinha um olhar estranho no rosto.

— Eu desafio você para um duelo – disse a filha da Mulan.

O filho da Rapunzel parou em seu lugar surpreso e riu em escárnio mais uma vez.

— Você não é digna – disse ele.

Tenten não esperou e avançou com a espada, o filho da Rapunzel só teve tempo de reagir no reflexo e se defender.

— Você que não é digno de carregar o Reino de seus pais nas mãos – ela começou uma sequência de golpes. – Eu acho bom você começar a respeitar as mulheres, a minha mãe, por exemplo, ela salvou nosso país – Neji não estava conseguindo se defender dos ataques dela.

Tenten mostrava de quem era filha, pois lutava muito bem. Sakura reparou no modo como a garota tinha a postura de um general, era capaz de apostar que Tenten havia aprendido com os pais.

O sinal de fim de aula foi anunciado e não demorou muito para que Ino aparecesse atrás das garotas com Hinata logo a acompanhando. As duas pararam perto da arquibancada assim que perceberam que estava tendo uma luta. Hinata ofegou ao ver o estado em que o irmão estava e com as palavras que saiam da boca dele. Não sabia porque ainda se surpreendia, seu irmão já não era seu irmão há tempos. Aquilo não passava de uma casca na aparência de Neji.

Se lembrou de quando tudo mudara entre eles.

Estavam brincando de esconde-esconde pela Vila no Reino de Corona com Hanabi, tinham fugido do Palácio para brincar e ficavam se escondendo dos guardas. Os gêmeos faziam isso quando criança e queriam que a irmã mais nova também experimentasse a brincadeira. Em dado momento Neji se separou delas para despistar os guardas, foi quando surgiu o alarme de invasão. As meninas correram em busca de Neji, mas não o encontraram e os guardas as levaram de volta para o Palácio. Ao final da tarde Neji havia sido encontrado e o tal alarme foi dado como falso.

Mas Hinata sabia que tinha acontecido alguma coisa com o irmão, afinal, ele nunca mais foi o mesmo desde então.

Tenten atacava e se defendia com extrema cautela. Ela havia se tornado uma exímia espadachim. Enfim ela o havia o derrubado.

Mas Neji não estava conformado e a atacou novamente mesmo do chão. O golpe assustou Tenten, que em reflexo quase o acertou no pescoço com a espada, mas o golpe só atingiu um cordão que ele usava e que foi jogado para longe.

Imediatamente parecia que tudo havia recebido algum tipo de sobrecarga. Sakura não foi a única a sentir o ar pesar em volta. Como se algo muito obscuro tivesse acabado de escapar.

— Hina – puderam ouvir Neji murmurar antes de apagar por completo. – Cuidado...

Hinata correu imediatamente para o lado do irmão.

— Neji – chamou o tocando e avaliando pra ver se não estava ferido. – O que você fez com ele? – ela gritou enfurecida para Tenten.

Isso podia ter assustado os outros alunos se eles mesmos não tivessem começado a entrar em brigas sem fundamento uns com os outros.

Sakura estranhou a postura e o comportamento de todos. Tudo havia começado depois que... A filha da Malévola olhou em volta em busca do tal colar e encontrou Karui quase o pegando.

— Não toque nisso! – mandou uma magia de afastamento em direção a ela.

Sakura correu para o colar e cuidadosamente fez um pequeno escudo de magia para abrigar o colar em mãos.

Com a esfera de magia contendo o colar protegido e abafado, todos os alunos voltaram ao normal. Mas Sakura sentia o poder que aquilo tinha em mãos. Era perverso de tal forma que a garota nunca havia visto antes.

O que era aquilo? Ou melhor, de quem era aquilo?

 

 


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Espero q sim!

Notas:
♦ Explicações sobre o reino e o passado da Malévola: eu usei informações q já têm por aí, mas também tirei da minha cabeça mesmo, espero q não se importem...
♦ Sasuke sendo um fofo, repararam em como ela tá se apegando a ele? ... ♥
♦ Sakura logo mais conversa com Ino sobre a terra q ela tem direito, eu citei lá no começo da fic, ñ sei se vcs vão se lembrar...
♦ E reviravoltas: Neji estourando do nada, Tenten se impondo (palmas pra ela q ela merece), mas atenção: o q é esse colar de poder estranho???

Pra saber mais fiquem ligados, kkkkk
Beijinhos e até o próximo capítulo ♥



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