Implacável destino escrita por J S Dumont


Capítulo 18
Capitulo 18 - Gale Hawthorne II


Notas iniciais do capítulo

Olá amores, voltei!!! com mais um cap. para vocês, estamos perto de chegar a reta final da história, então em breve teremos muitas emoções, garanto que muitas coisas serão esclarecidas, não deixem de comentar, quanto mais rápido comentarem, mais rápido posto, bgs



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18. Gale Hawthorne II

Katniss Mellark

Tudo parecia mágico demais, estar com Peeta era como sentir a vida me dando uma nova chance, ele já havia me demonstrado que era um homem bom, me tratava muito bem, sempre muito carinhoso e também muito romântico, ele parecia se preocupar comigo em todos os sentidos, e sempre parecia estar querendo me agradar.

Lógico que Cato por algum tempo também agiu assim comigo, então fora difícil, aprender a confiar em outro homem novamente. Mas pouco a pouco, conhecendo cada vez mais Peeta, eu fui vendo que ele era digno de confiança, pois parecia estar mesmo sendo sincero. Eu sabia que tinha que lhe dar um voto, ele merecia, então fora o que fiz, aprendi a confiar nele e deixei que o tempo falasse se eu estava certa ou não.

Tudo parecia que estava indo muito bem. Até que, algo de estranho começou a acontecer de repente, primeiro Peeta começou a agir de uma forma estranha, seu olhar começou a ficar vago, ele começou a ficar meio distante e logo comecei a pensar que ele estava me escondendo alguma coisa. E isso já começou a me preocupar, embora eu preferisse me manter em silencio. Pois, de inicio até pensei que era apenas impressão minha, mas de repente Peeta chegou em mim e me perguntou quem era Gale Hawthorne. 

Fora a primeira vez que escutei aquele nome. Definitivamente, eu não conhecia nenhum Gale Hawthorne, mas Peeta me garantiu que ele estava ligando na mansão e me procurando, dizendo que queria falar comigo, e claro, aquilo começou a me preocupar ainda mais, pois logo pensei que era alguém mandado por Cato.

E foi então que eu comecei a me dar conta de que fora muita inocência minha acreditar que Cato havia realmente ido embora e aceitado que havia perdido. Pelo que ele havia me demonstrado até agora, é que isso não era de seu perfil, parecia que ele não aceitava perder facilmente.

Logo notei que tinha algo por trás disso tudo, e Cato era a única explicação plausível para o que estava acontecendo. De inicio, a única ideia que tive é ignorar esse tal Gale Hawthorne, na esperança de que uma hora ele fosse parar de ligar.

Mas além de ligações, ele foi mais longe e também chegou até a me enviar flores, Peeta pareceu ficar nervoso e com razão, com certeza ele estava começando a ficar desconfiado de mim e queria que eu atendesse o tal de Gale. Mas confesso que eu ficava com medo, me dava pânico toda vez que eu ouvia o telefone tocar, afinal, se fosse algum plano de Cato, eu sabia que Gale poderia através da ligação plantar alguma duvida em Peeta. Talvez fosse essa a intenção de tanta e tanta insistência de Gale em me perseguir, e ainda fingir que me conhecia. A única explicação que parecia existir é que aquilo era apenas para deixar Peeta confuso, apenas para enganá-lo, pelo menos essa era a única teoria que eu tinha no momento.

Por mim eu continuaria ignorando. Mas depois da insistência de Peeta, eu fui obrigada a atender uma das ligações de Gale, e foi ai então que eu tive a certeza absoluta de que Cato estava mesmo por trás disso tudo, pois pelo que Gale falou, pela forma que me tratou, fingindo me conhecer, falando coisas sem sentido. Tudo parecia que era planejado, que eles quiseram jogar uma, acreditando que Peeta estaria ouvindo toda a conversa.

Gale começou a falar de um jeito que desse a entender de que eu não passava de uma golpista, e o pior é que eles estavam certo. Peeta estava ouvindo tudo.

Aquilo me desesperou, desliguei o telefone, mas logo percebi que minha atitude só iria fazer Peeta desconfiar ainda mais de mim, ele tinha muitas e muitas razões para acreditar que eu era a culpada. Afinal, eu havia caído ali de paraquedas, começamos nossa relação na base da mentira. Eu não fazia ideia de como provar a Peeta de que eu não conhecia o tal de Gale, embora a todo o momento ele me tratou bem e com toda paciência do mundo, mesmo depois de minha atitude de desligar o telefonema.

Mas ainda assim eu conseguia ver nos olhos dele que existiam duvidas. Mesmo que ele tentasse disfarçar. Mas não, eu não o culpava, talvez no lugar dele eu também estaria desconfiada. Tudo levava a crer que eu era a “golpista” da história, e eu sabia que eu estava competindo com o irmão de sangue dele. Ele já havia até acreditado demais em minhas palavras, sem provas alguma.

Assim que Peeta viajou, eu comecei a pensar mais no assunto, ás vezes eu ficava por horas me perguntando aonde Cato poderia estar... Será que ele estava aqui perto? Será que esse Gale era realmente algum conhecido dele? Será que esse tal Gale Hawthorne poderia em algum momento aparecer na mansão e continuar com esse teatro todo fingindo até ser o meu “cúmplice”?

Me apavorava só de pensar na vergonha que eu sentiria de ser expulsa da mansão sendo chamada de golpista, isso caso Cato e Gale não conseguissem até mesmo piorar ainda mais a situação, de uma forma, em que Peeta até mesmo tivesse a certeza de que eu o enganei, a ponto de me mandar até mesmo para cadeia. Pelo menos, até onde toda a história estava indo, era até mesmo capaz de acontecer isso.

 Fazia algumas horas que Peeta havia viajado, o dia havia amanhecido, quando, acordei com o barulho do meu celular tocando, me sentei na cama, cocei os meus olhos, enquanto pegava o celular e olhava o numero. Era um numero privado, e aquilo já me deixou nervosa. Logo o primeiro nome que venho em minha mente foi: Gale Hawthorne.

Respirei fundo, e então, atendi a ligação:

— Alô? – falei.

— Katniss... – ele disse, era a voz dele, na hora eu reconheci.

— Gale Hawthorne! – respondi. – Quem é você e o que você quer? – perguntei.

— O que eu quero é que você caia fora dessa mansão, já passou da hora, eu acho que você já fez até hora extra, ai dentro... – ele falou.

— Você foi mandado pelo Cato, não foi? – perguntei, e então apenas ouvi uma risada.

— O que você está falando? Quem é Cato? – ele disse, numa voz cínica. E aquilo apenas me irritou.

— Você está mentindo! – eu falei.

— Ooh... – ele fez, novamente escutei uma risada. – Você quer pagar para ver Katniss até onde você vai conseguir ir dentro dessa mansão? – ele perguntou e na hora desliguei o telefone, agora com o coração mais acelerado do que antes.

Novamente o telefone tocou, joguei-o para o lado e passei a mão em meu cabelo, num gesto nervoso. Lágrimas começaram a brotar de meus olhos, o infeliz poderia não confirmar, mas eu sabia que Cato estava sim por trás disso tudo.

***

Eu não tive mais a coragem de atender as ligações, mas ainda Gale ligou algumas vezes, eu não tive a coragem de contar para Peeta que Gale estava me ligando no telefone celular, na verdade eu já estava começando a ficar com muito medo, e eu sabia que Gale poderia conseguir o que queria, e se eu fosse burra era capaz que eu fosse parar até mesmo na cadeia, afinal, eu era o lado mais fraco da história.

 Mesmo não querendo, eu sabia que os fatos pareciam estar levando tudo para o lado contrario. Gale e Cato pareciam estar criando uma história, causando situações da qual seria impossível Peeta não acreditar que eu era a “mentirosa” de toda a história. E o que mais me preocupava, é que eu não tinha provas nenhuma de que Gale estava mentindo. Somente teorias. Mas eu não sabia qual poderia ser o próximo passo deles.

— Eu acho que temos que ir embora da mansão! – avisei a Prim, virando na direção dela, ela havia acabado de entrar em meu quarto, ela ficou meio confusa, afinal, fora a primeira coisa que falei para ela assim que a vi.

— Como? – ela perguntou. Bufei, e então escutei meu celular vibrar, o peguei de cima da cômoda e mostrei para ela.

— É a terceira vez que ele está me ligando nessa ultima hora!

— Ele? – ela falou, arqueando as sobrancelhas.

— Gale Hawthorne! – respondi.

— A gente não sabe quem é Gale Hawthorne! – ela falou. – Manda ele para o inferno!

— Vai adiantar alguma coisa? – falei.

— Se você for embora, você vai fazer o que Cato quer, com certeza ele está fazendo isso na intenção de você se separar do Peeta, você não já se deu conta de que se pisarmos o pé para fora dessa mansão, ele vai nos perseguir, quer dizer, vai fazer um inferno na sua vida?...

— Ele já está fazendo Prim! – falei, com os olhos marejando. – Não vou ser feliz com Peeta dessa forma, o nosso relacionamento é cheio de duvidas, ele nunca vai conseguir acreditar em mim com o Cato fazendo isso... – afirmei, e uma lágrima caiu dos meus olhos, limpei-a rapidamente com o dedo e olhei para baixo. – Não tenho como provar que estou falando a verdade, até mesmo o juiz que fez nosso casamento sumiu, não encontramos ninguém no apartamento do Cato que pudesse falar que o viu por ali, ele teve cuidado com tudo Prim, se nós continuarmos aqui, é capaz deles armarem um plano que faça Peeta ter a certeza que nós somos golpistas, nós podemos ir parar na cadeia e até mesmo sermos acusada de termos planejado o acidente dele!

 Prim discordou com a cabeça.

— Não Katniss... Não pense nisso, tente confiar no Peeta, vocês se amam, ele não faria isso. – ela falou, pegando na minha mão, eu a olhei, e mais uma lágrima caiu dos meus olhos.

Eu realmente amava Peeta, mas eu não sabia até onde mais eu poderia levar a nossa relação.

— Prim, não seja inocente, eles são perigosos, e eu já notei que se eles quiserem armar tudo para sairmos como culpadas de toda a história, eu já me dei conta de que infelizmente eles vão conseguir...

***

Annie me ligou para que eu fosse com ela experimentar o seu vestido de noiva, confesso que eu estava um pouco nervosa para sair da mansão, mas, ela era tão gentil que fora impossível dizer “não” para ela. E também, eu logo imaginei que isso poderia me ajudar a me distrair um pouco. Pois, se eu continuasse pensando em tudo o que estava acontecendo, era capaz de em algum momento eu acabar enlouquecendo. Eu precisava realmente tentar, esquecer um pouco isso tudo.

Mas parecia que esquecer era uma palavra que se tornou impossível, mesmo eu estando indo para a loja de noivas, meus pensamentos continuavam concentrados com o que estava acontecendo naquela mansão.

— E você e o Peeta não têm vontade de se casar na igreja? – Annie perguntou para mim de repente, me fazendo voltar em mim e olhar para ela com os lábios entreabertos. Annie estava dirigindo o carro em direção a loja de vestidos de noivas, e eu estava sentada no banco do motorista e até o momento não havíamos conversado, bom, até ela começar a puxar assunto.

— É... Ainda não estamos conversando sobre isso, mas sempre tive o sonho de me casar na igreja! – respondi, sorrindo forçadamente para ela.

— Você com certeza vai ficar linda de noiva! – ela disse sorrindo para mim. – Tem um rosto tão dócil, como de uma boneca...

— Que isso, eu sou tão normal, agora você, tenho certeza que vai sim ficar lindíssima! – falei, e ela sorriu para mim. Depois de sua pergunta, até comecei a pensar se ainda existiria a possibilidade de um dia Peeta e eu nos casarmos na igreja, mas, com tudo que estava acontecendo, isso parecia estar ficando apenas mais longe.

Dali em diante, eu tentei disfarçar o meu desanimo, afinal, Annie não tinha nada haver com que estava acontecendo, e eu sabia que aquele momento era especial para ela, então eu tentei ser uma boa companhia, e sorrir mesmo sem estar com vontade. Ajudei Annie a colocar o vestido de noiva, e realmente vi o quanto ele era lindo, combinava bem no corpo dela, afinal, destacava a sua cintura fina e era um tomara que caia que valorizava e muito os seios fartos dela. O vestido era comprido, ia até a altura dos pés. E realmente até mesmo me emocionei, enquanto a observava.

Talvez esse sonho de um dia vestir um vestido parecido, talvez nunca irá ser realizado...

— O que achou? – Annie perguntou, virando o corpo em minha direção e olhando para mim. Sorri forçadamente para ela.

— Está linda, de verdade! – falei, sentindo os meus olhos marejar.

— Ahh... Você está chorando? – ela perguntou assim que viu a primeira lágrima caindo dos meus olhos, ela prontamente veio na minha direção, e então me deu um abraço.

— É... Que... É que... Eu me emociono quando vejo noivas, ainda mais, com um vestido tão lindo assim! – falei, enrolando-me nas minhas próprias palavras.

— Ah, mas que fofa! – ela exclamou toda sorridente, me abraçando mais forte, e então rapidamente eu limpei as minhas lágrimas.

***

Realmente eu estava com um pressentimento estranho, eu até mesmo não sentia vontade de voltar para mansão. Mas, eu sabia que eu não tinha muitas escolhas, então logo quando sai da loja de noivas, Annie me levou de volta para mansão. Assim que entrei nela, já vi algo que não me agradou muito, Madge estava na sala de estar, conversando com Valerie. Assim que me viu, ela logo veio me cumprimentar, mas eu não quis muito papo com ela, afinal, ela nunca me passou boa impressão e eu sei que ela gosta de Peeta, com certeza se pudesse faria de tudo para nos separar.

Enquanto subia as escadas, deparei com Prim fora do quarto, ela estava no corredor, prestes a descer a escadaria e ir para sala de estar. Eu suspirei, então, logo me aproximei dela:

— Você viu quem está lá embaixo? – perguntei para Prim.

— Madge? Ah sim, quando eu estava entrando no meu quarto, eu deparei com ela no corredor, ela estava saindo do banheiro e logo perguntou de você... – Prim respondeu. – Ai eu disse que você tinha saído...

— E... Você sabe o que ela veio fazer aqui? – perguntei.

— Deve estar atrás do Peeta! – ela disse, dando de ombros. Bufei, e então revirei os olhos, preferindo não me aprofundar naquele assunto, eu já estava nervosa demais para ficar pensando em Madge, alias, com os problemas da qual eu estava, o fato dela gostar de Peeta, acabou se tornando algo bem pequeno, definitivamente, eu tinha coisas mais importantes para me preocupar.

Eu me despedi de Prim e então entrei em meu quarto, logo pensei em abrir a gaveta da cômoda para pegar o meu celular para ver se Gale novamente tinha ligado, mas, logo depois acabei desistindo. Afinal, eu estava cansada de pensar no assunto, eu preferi ir para o banheiro, tomar um banho, na tentativa de esfriar um pouco a cabeça, e tentar mais uma vez esquecer esse tal de Gale Hawthorne, pelo menos por alguns minutos.

Mas só foi eu sentir a água quente caindo em meu corpo, para novamente os pensamentos me enganarem outra vez, e fazer eu novamente me lembrar de tudo que está acontecendo. Eu sabia que logo Peeta estaria em casa, e eu tinha que me decidir o que iria fazer. Eu falaria que Gale está me ligando? Eu arriscaria e falaria o que ele me falou? Eu tinha como confiar em Peeta, mesmo sabendo que uma hora ou outra as coisas ficariam tão difíceis ao ponto, de eu acabar me dando mal na história?

Eu ainda não sabia, só sei que fiquei por muitos minutos pensando e pensando no assunto, depois que se tornou impossível continuar ali, eu terminei o meu banho e vesti uma roupa limpa, sai do banheiro, secando os meus cabelos com a tolha, quando, avistei a porta do quarto se abrindo, e então eu avistei Peeta, ele me olhou com um olhar sério, e só então me dei conta de que a mala dele estava na cama, aberta.

— Peeta, já faz tempo que chegou? – perguntei, voltando a olhar para ele.

Ele continuou me olhando, com um olhar sério, e permaneceu calado. Parecia que estava com o pensamento longe, como se estivesse em outro lugar. E então, logo comecei a pensar, se algo mais havia acontecido, algo que eu ainda não soubesse.

Continua...


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