Aos 13, ele é fascinante. É dois anos mais velho. É intrigante. É o melhor amigo do meu irmão. É sonserino. É artilheiro de quadribol. É cabelo loiro claro bem arrumado. É gravata verde e prata. É bonito. É um pouco altivo. É implicância com minhas sardas. É impaciência com minha curiosidade. É gelo. É puro gelo.

Aos 14, ele é desinteressante. É frio e distante. É um conhecido. É poucas palavras trocadas. É metido. É um rosto na mesa das serpentes. É um simples cumprimento quando está com Albus. É o principal adversário da Grifinória. É muito bom em poções. É ainda melhor em duelos. É esnobe. É quase esquecido.

Aos 15, ele é insuportável. É arrogante. É um pé no saco. É um olhar reprovador para minhas novas roupas. É platéia para o meu destempero. É insolente. É campeão de quadribol. É adorado por todos. É sedutor. É presunçoso. É amassos nos armários de vassouras. É amassos em qualquer lugar. É convite para festas. É uma fama que o cerca. É quebrar as regras. É imprudente. É egocêntrico e inconsequente. É sorriso convencido. É a soberba de saber que é querido.

Aos 16, ele é um mistério. É mudança inesperada. É comportamento diferente do normal. É protetor. É uma briga por minha causa. É a minha preocupação ao ver um olho roxo. É aproximação. É andar distraído com as mãos nos bolsos. É um aceno de cabeça e curvar torto dos lábios no corredor. É um copo de café sempre entre os dedos. É conversas casuais quando meus primos se reúnem. É observador e reservado. É um desviar de rosto quando é flagrado. É eletricidade quando nossas mãos se tocam por acaso. É confusão.

Aos 17, ele é veterano. É o tempo em Hogwarts se acabando. É capitão do time de quadribol. É cheiro de fumaça de cigarro. É tatuagem de serpente. É um pouco mais consciente. É uma amizade de um jeito diferente. É sapos de chocolate num domingo a tarde. É provocação. É o que me tira a paciência. É risada da minha cara. É a razão das minhas bochechas coradas. É terno caro na festa de fim do ano. É convite para dançar. É perfume forte e marcante. É mãos na minha cintura. É o motivo da palpitação no meu peito. É desejo. É um instante. É algo que não acontece.

Aos 18, ele é inesquecível. É presença constante em meus pensamentos. É a razão dos meus suspiros. É a minha ansiedade para as férias de natal. É um convidado para a ceia. É uma barba bem feita e cabelo cortado. É mais alto e mais forte. É sorriso discreto ao me ver. É estagiário no Ministério da Magia. É inúmeros olhares por segundo. É a vontade de ficar a sós. É bem educado e interessado ao ouvir. É uma risada que eu não conhecia. É olhos cinzas que me prendem. É vontade. É toque suave. É respiração na minha pele. É lábios macios. É beijo lento e quente. É o começo de algo surpreendente.

Aos 19, ele é gelo derretido. É apaixonado. É divertido. É namorado. É vontade de ficar sempre perto. É borboletas no meu estômago. É inseguro e nervoso antes de falar com meu pai. É romance água com açúcar. É dedos entrelaçados. É cheiro que não desgruda. É a surpresa na minha janela no meio da noite. É promessa. É futuro. É sexo forte e dormir fofinho. É o ronco ao meu lado na cama. É um ninho de passarinho no lugar do cabelo. É pele macia sob os meus dedos. É com quem eu quero construir uma família. É meu porto seguro. É companheiro. É Scorpius. É amor. É amor verdadeiro.