Te Amo escrita por Mellanie


Capítulo 1
E ela diz: Eu te amo


Notas iniciais do capítulo

Daqui a pouco vou levar um chute com o tanto de UlquiHime que tenho postado. Mas quer saber? Don't care.
Melhor ship existente, e já que o Kubo não me ajudou, eu me satisfaço com fanfics. SHAJKFAJF

Escrevi essa Oneshot baseada na música Te Amo, da Rihanna e vou colocar o link nas notas finais.

Boa leitura. ♥



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Orihime gemia ofegante enquanto sentia os toques do espada acima dela. Não sabia a quanto tempo já havia perdido sua racionalidade, mas Ulquiorra era o maior culpado daquilo. Era a primeira vez que tinha contato com ele em muitos meses desde que foi salva por Ichigo em Las Noches. Os dedos pálidos do espada percorriam sua barriga, enquanto ele deixava beijos no pescoço daquela mulher. Seus olhos verde-esmeralda totalmente embriagados por desejo focados naquela mulher que estava embaixo dele. Ela tinha sentido muita, muita falta de Ulquiorra e queria bater nele por nunca mais ter vindo lhe visitar, mas naquele momento, preferia apenas aproveitar os minutos ou horas que teria com Schiffer antes que ele tivesse que ir embora.


Ela tocou no rosto de Ulquiorra e traçou suas marcas que o faziam ser tão diferente. Ele fechou seus olhos com cuidado, aceitando o toque daquela mulher que era tão especial para ele enquanto Orihime sussurrava palavras doces em seu ouvido. Algo que combinava com ela. Ulquiorra conseguia sentir que mesmo que Orihime estivesse ao máximo tentando aproveitar seus momentos com ele, sua voz escondia uma tristeza e que a culpa daquilo era dele.


Te amo, te amo, ela diz pra mim
Eu ouço a dor em sua voz
Então nós dançamos sob o candelabro
Ela conduz
Foi quando eu vi em seus olhos, acabou


Enquanto ela tocava em seus cabelos negros delicadamente, os olhos esmeraldinos de Ulquiorra focaram nos acinzentados dela e ele deu um pequeno sorriso de satisfação ao ver que aquela mulher estava envergonhada. Se moveu saindo de cima dela, até que Orihime lhe surpreendeu abraçando-o por trás, enquanto ele se sentava na cama. Os cabelos ruivos dela tinham cheiro de baunilha e suas mãos delicadas abraçavam o corpo magro e pálido do espada com cuidado, enquanto ela sussurrava palavras que Ulquiorra aprendeu depois, eram relacionadas ao coração. A coisa que ele mais demorou para entender.


— Te amo. - Ela dizia, enquanto o segurava com força para que ele não fosse embora, e o espada se mantinha sentado sem saber o que fazer, relutante.


Então ela disse: Te amo
E colocou sua mão em torno de minha cintura, eu lhe disse não
Ela gritou: Te amo
Eu lhe disse: Eu não vou fugir, mas me deixe ir


— Não quero que você vá, Ulquiorra-kun. - Orihime falava enquanto o homem se virava para ela e lhe dava um beijo delicado em seus lábios, a deitando novamente, dando se por vencido.


Ulquiorra Schiffer não sabia o que "te amo" queria dizer, e talvez nunca soubesse, mas, mesmo não entendendo, seu peito ardia com algo que ele não compreendia e ele queria retribuir aquilo para aquela mulher. Disse o mesmo para ela e a fitou sério. Inoue entendeu que não deveriam estar fazendo aquilo, mas quem se importava? Ela queria aproveitar o tempo em que poderia ter aquele homem só para ela. Era muito mais do que óbvio o fato de que o Espada estava usando o tempo que ele não tinha para estar ali com ela e que logo aqueles momentos ficariam gravados apenas na memória de ambos. Ela sentiu quando Ulquiorra entrou nela pela segunda vez naquela noite e gemeu alto seu nome, enquanto o Arrancar deixava marcas em seu corpo, marcando posse. Encarou-o o tempo inteiro durante o ato, arranhando as costas dele com suas unhas. A pele branca de Ulquiorra ficou vermelha com facilidade e ele não pareceu se importar. Sentiu tanta firmeza no toque de Ulquiorra que aquilo parecia pesar em seu coração.


Diálogos não eram necessários entre os dois. Era muito mais do que visível que nenhum deles queria ir embora naquela noite. Quando ambos chegaram ao ápice mais uma vez, ela selou seus lábios nos dele e sentiu Ulquiorra entrelaçar sua mão com a dele. Sua mão gelada mostrava que ela estava nervosa e ele deu um beijo delicado nela.


Ouça, nós podemos dançar
Mas você tem que vigiar suas mãos
Observe-me a noite toda
Estou me movendo sob a luz porque eu entendo
Que todos nós precisamos de amor, e eu não estou com medo


O Arrancar se levantou com um pouco de pressa e procurou por suas roupas no quarto, enquanto notava que as de Orihime em sua maior parte estavam rasgadas. Colocou sua roupa característica para voltar para Las Noches. Já havia passado o tempo livre que lhe restava. Algo dentro de sua mente lhe incomodava dizendo que não veria aquela mulher tão cedo a partir do momento em que voltasse para Hueco Mundo. Ela correu até ele mais uma vez enquanto ele se aproximava da janela, enrolada na roupa de cama, corada e ofegante. Abraçou-lhe com força como se estivesse pedindo para que por favor ficasse ali com ela, e Ulquiorra deu um beijo na cabeça da mulher.


— Eu posso te dar o que você precisa, Ulqui-kun. - Ela falou suavemente enquanto sentia aquele homem lhe beijar os cabelos. Orihime queria realmente dar o que ele precisava para mantê-lo ali, mas sabia que o que tinham era proibido e que se Kurosaki soubesse de seus encontros com o Arrancar ele provavelmente não poderia voltar nunca mais em Karakura. Na verdade, Ichigo já havia lhes proibido, afirmando que o Arrancar era perigoso para Inoue.


Ele fechou os olhos apreciando aqueles segundos ali com ela, e segurou o queixo dela, fitando-a nos olhos: — Você tem meu coração, mulher. Não é necessário me dar mais nada. Notou o olhar de Orihime vacilar, enquanto ela dava um pequeno sorriso com o canto dos lábios e corava suas bochechas.


Sem questionar, eu disse: Te amo
Queria que alguém pudesse me dizer o que ela disse
Não significa: Eu te amo?
Acho que significa: Eu te amo


Os cabelos negros balançavam com o vento da noite que entrava pelas janelas do quarto daquela mulher. Ele se soltou dela, tocando uma última vez em sua mão e quando Orihime piscou, Ulquiorra já tinha ido. Procurou por ele ou algum sinal do Espada em seu quarto, mas não havia nada ali.


Enquanto isso, Ulquiorra mantinha seu olhar melancólico de sempre refletindo o que aquela mulher havia lhe dito:


"Te amo".


Não tinha certeza se havia entendido o que ela queria dizer, mas, enquanto escondia-se nas sombras daquela rua para que Inoue não lhe encontrasse, algo dentro de si dizia que sentia o mesmo. Ouviu o choro da mulher vindo de seu quarto, baixinho, e seu peito doeu. Queria poder voltar e abraçar Orihime dizendo que nunca mais iria embora, porém sua racionalidade martelava em sua mente que aquilo era o melhor para ambos.


 Mas, o que doía mesmo em seu peito era que, não importava se aquilo que Orihime dizia sentir fosse recíproco, eles não poderiam ficar juntos. E Ulquiorra também não tinha como fazer uma estimativa de quando "ficar juntos" seria possível. Mesmo que ele quisesse muito ficar.


Conviver com aquela mulher havia lhe ensinado muitas coisas, e sentir era uma delas.


Infelizmente, ir embora era tudo o que ele conseguia fazer em tais circunstâncias.


E ele foi.


Te amo, te amo
Não significa: Eu te amo?

 


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Notas finais do capítulo

Te Amo, Rihanna: https://www.youtube.com/watch?v=uagufW76mYc
Obrigada pela leitura!



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