Inevitable Curse escrita por Asiral
Notas iniciais do capítulo
Esta fanfic foi um presente ♥
Também foi postada no site Social Spirit c:
Espero que gostem!
"I walk the path of supreme conquest,
and it is power that will reveal the way for me."
— Sesshoumaru, InuYasha.
Silencioso, ele subia as quase intermináveis escadas de seu castelo, fitando de forma vazia a construção de mármore em tons de bege, ignorando completamente a beleza arquitetônica presente naquele lugar. Escutando o calmo bater de seus pés elegantemente vestidos, o jovem lorde e senhor daquelas terras encontrava-se distraído, mergulhado em pensamentos tão complexos quanto a sua rica e bela aparência. Eram tantos conflitos internos que nem ele, o poderoso Sesshoumaru sabia como interpretar.
Sentia-se frustrado. Confuso. Tudo havia acontecido tão sutilmente, que mal pôde perceber que estava discretamente sendo rodeado e encurralado por aquela presença a qual inicialmente demonstrava-se tão inofensiva, minúscula diante da grandiosidade e do orgulho dele. Um ser tão pequeno, carente de qualquer poder.
As escadas já haviam se tornado um vasto salão horizontal, luxuosamente decorado com a tapetaria mais cara, os quadros mais belos e os objetos mais raros. Uma visão que facilmente encantaria o mais rico dos reis e que gananciosamente tentaria o homem mais justo que já existiu. Um tesouro em forma de aposento. Porém para Sesshoumaru tudo aquilo era apenas mais um cômodo em sua gigantesca e vazia mansão.
A única coisa que conseguira roubar a sua preciosa atenção fora as grandes janelas abertas, exibindo o entardecer como se fosse uma pintura e deixando a brisa quase noturna sorrateiramente adentrar, acariciando a pele e os longos cabelos prateados do demônio. Quase que melancolicamente, permitiu que seus olhos dourados fitassem a paisagem, aproximando-se sem pressa da abertura, apreciando a natureza sem interferir na expressão serena de seu rosto.
“Será que esta é a minha maldição?” Questionava-se em pensamentos, refletindo sobre tudo que tivera ocorrido com ele e imediatamente a imagem de um homem que compartilhava de semelhantes feições que o jovem lorde lhe veio à mente. “Oh, mas é claro.” Murmurou para si, finalmente compreendendo a possível raiz daquele problema mergulhado em um tabu perigoso. “Então era isso o que o senhor queria dizer, pai? Realmente acreditas que mereço isso?” Perguntava-se ironicamente, fechando os olhos quanto um leve arco nascia de seus finos lábios.
Maldito feitiço. Uma terrível maldição que o fazia desejar conquistar tudo. Subjugar seus diversos inimigos, exibir sua superioridade e ser o senhor de tudo. Uma ganancia sutil encravada em seu orgulho, apenas enriquecida pelo seu código de honra e pelos incontáveis estudos que tivera quando era criança, escutando a todos dizerem que deveria ser o melhor, o mais forte. Pelo menos era isso que ele pensava.
Nunca imaginou que tal odioso encantamento o cegaria e o fizesse passar a almejar por outras coisas além de terras e batalhas. Estava regredindo, descendo, caindo ao nível de seu pai e isso o incomodava. Sempre fora ensinado por sua mãe a ser mais do que aquilo, aprendera desde cedo que aquelas criaturas repugnantes eram nada mais do que simples insetos criados para servi-lo. Todavia lá estava ele a mercê de uma daqueles seres minúsculos, completamente fascinado e intrigado. Curioso em saber até aonde ela iria.
“A hipocrisia é odiosa.” Comentava silenciosamente, balançando minimamente a cabeça para os lados, repreendendo-se de tamanha tolice e arrogância. “Talvez eu devesse ter tentado lhe compreender, pai. Quem sabe eu, Sesshoumaru, devesse ter prestado mais atenção e então não estaria tão confuso e perdido.” Falava mentalmente consigo mesmo, aconselhando-se a não cometer mais tal erro perigosamente proibido enquanto voltava a caminhar pelo cômodo. Interrompeu o seu andar ao encontrar a porta de entrada para o seu quarto, o local onde tais censurados erros costumavam a se repetir diariamente.
“Contudo acredito que era inevitável.” Suspirou discretamente, permitindo-se aceitar aquela deliciosa derrota. “Se minha maldição é conquistar, então conquistarei.” Decidiu-se enquanto girava a dourada maçaneta, abrindo a porta calmamente.
E lá dentro, deitada em sua enorme e luxuosa cama, coberta por lençóis de ceda, estava a razão de toda a sua distorcida maldição. Uma mulher de longos cabelos castanhos e alegres olhos que compartilhavam da mesma cor. Ela sorria ao encontrar os sérios orbes dourados do platinado, cumprimentando-o gentilmente: “Bem-vindo, senhor Sesshoumaru.”.
Ah, como ele adorava escutar a voz dela chama-lo daquele jeito. Parecia uma sereia tentando hipnotiza-lo suavemente. Era errado... uma loucura, um absurdo. Porém ele havia aprendido que não possuía qualquer força perante ela, havia sido amaldiçoado e estranhamente estava gostando daquilo. Mal podia esperar para novamente conquistar aquele território que teimava em modificar-se com o passar dos dias. Rolar as ladeiras que eram as curvas dela, embriagar-se com cheiro adocicado presente naquela pele macia e mergulhar nos maravilhosos sons que ela emita sempre que era tocada pelas demoníacas mãos do lorde.
Se ele tinha que descer ao nível de seu pai e ser submetido a aquilo, então ele o faria. E aproveitaria cada segundo que seu corpo colidisse com aquela criatura que nunca deixava de surpreende-lo. A única digna de chamar o tão temido e poderoso lorde Sesshoumaru de amado, uma mulher envolvida em mistérios os quais o platinado não hesitava em desejar descobrir, Rin.
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Espero que tenham gostado ♥
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