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— Lá. O laboratório de Suchong. Lá você vai encontra-la. – Booker apontava para uma sala distante. Era tão distante e claríssima com uma luz vermelha que Elizabeth pensou se fosse seguro.
— Mas como eu... Eu... Booker? Booker? Não! Não! Booker!? Não me deixe aqui Booker...
A garota procurou desesperadamente por Dewitt com o olhar descontrolado e assustado, embora pudesse fazer todo aquele trabalho que fizera antes sozinha, não podia negar que a companhia –totalmente imaginável- de Booker a faria falta. E que talvez, ela não conseguisse sem ser guiada por sua voz. Mesmo que Booker não fosse Booker. Mesmo se ele se quer estivesse ali, naquele rádio. O que não estava.
— Aqui. Elizabeth. –O homem possuía uma voz calma e despreocupada. Elizabeth, após caça-lo desesperadamente, o encontrara ao lado de uma fenda. A moça não pensou duas vezes e pousou delicadamente sua mão na de Dewitt que a estendia diante dela.
— Aonde vamos? Eu... Eu não tenho tempo... Preciso...
— Não vai demorar. Eu prometo.
Ambos entraram na fenda, onde um clarão a fez forçar os olhos para mantê-los fechados.
— Estamos em...
— Columbia. –Ele a poupou.
— O que fazemos aqui? Booker, eu não tenho tempo.
— São apenas segundos, Elizabeth. Milésimos de segundos.
Ambos chegaram a uma faixada, onde se podia ver a maior parte daquela cidade flutuante. Elizabeth, não imaginou que Columbia poderia ser tão linda se olhada adequadamente. Não poderia julgar aquela incrível cidade apenas pelo o homem que a criou e porque esteve em fuga por todo o tempo em que esteve ali. Se é que esteve realmente ali.
— Eu sei o que acontece agora. – Ele disse no momento em que parou a frente de Elizabeth.
— O que quer dizer?
— A carta na manga. É tudo que Atlas precisa para...
— Para? –Booker não a respondeu, o que de certa forma a deixou triste. – Booker, o que acontece depois que... Eu vou morrer? É isso? –ele apenas a olhava
— Hora, eu já estou morta, não estou? Lembra-se? Aquela... Aquela coisa me matou... Logo depois que... Que... matou você. Eu... Eu... Não entendo. Eu... Isso é o futuro? Booker, estamos no futuro?
— Me responda você, Elizabeth.
—... “Constantes e variáveis”.
— Essas são as possibilidades?
— Booker.
— Não entregue.
— O que? Mas... Mas... Eu só estou nisso por...
— Não entregue.
— Eu só entrei nisso pela Sally. Eu preciso voltar. Preciso entregar a carta para Atlas e acabar com isso. Preciso...
Elizabeth viu uma forte luz atrás de Booker. Certamente a mesma que enxergou quando entrou pela fenda. E agora, ambos estavam em Paris.
— Paris... – Ela não evitou sorrir quando avistou o lugar onde sempre sonhou estar. Ficou admirada –novamente- com todas as cores e pessoas por ali. Era o lugar onde nunca deveria ter saído. Mas, de certa forma, ela nunca esteve lá.
— Elizabeth.
A moça virou-se para Dewitt após admirar o lugar por alguns segundos.
— Não posso ficar. Só estou nisso...
— Pela Sally. –ele completou.
— Sim.
Ela aproximou-se de Booker, levou sua mão até o seu rosto, onde tocou sua pele cerrada devido à barba mal cortada.
— Não entregue.
— Eu preciso.
Booker fechou os olhos devido ao doce toque da garota.
— Eu abrirei uma fenda, no futuro. E você estará lá, esperando por mim. E todas as irmãzinhas estarão a salvo. Booker, estaremos em Paris, em breve.
Uma fenda logo se abriu ao lado de Dewitt. Elizabeth a encarou, e deu lentos passos até ela e parou a frente.
— Esse é o seu último adeus? –Dewitt possuía uma voz rouca.
— Não. É claro que não... Você irá me resgatar novamente. Não vai? –Ela sorriu. - Eu estarei na torre. Aquela, bem alta e trancada a sete chaves. Você sabe qual. Já esteve lá. –Elizabeth fez uma longa pausa. Depositou delicadamente um beijo na testa do homem.
— E, mais uma coisa. Pode me chamar de Anna. Anna Dewitt.
Então, Elizabeth se viu em um corredor escuro, mas logo á frente viu três sombras parecidas com a de homens, e uma delas possuía uma garotinha, e então, sabia em que direção seguir.