The Melting Snow escrita por honeychurch


Capítulo 1
prólogo


Notas iniciais do capítulo

eu não sei o que me deu, mas essa ideia apareceu e eu resolvi tentar ;*



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O clima era firme e a carruagem aconchegante, mesmo assim Sansa mantinha o capuz de seu manto sobre os cabelos. Ela não queria admitir, mas se sentia protegida com todo aquele pano em torno dela, por isso se abraçava e trazia o manto para mais perto, ainda que um veio se suor começasse a brotar em sua nuca.

                — Estamos entrando nas terras da tempestade — A velha senhora diante dela ergueu o dedo indicador de maneira tímida na direção da janela da carruagem — aqui é mais bonito do que as terras da coroa, mas espere até chegarmos à Campina.

                Sansa sorriu um sorriso cortês, mas não olhou para fora, ao invés disso se afundou ainda mais encolhida em seu assento. Um terror gélido atravessava sua espinha, o terror de que a apressada comitiva de Lady Olenna fosse interceptada por guardas da rainha. Eles a arrastariam de volta para Porto Real, para o lado de seu horrendo marido, e a culpariam pelo o que houve com Joffrey. Sansa já tinha suportado demais, e agora que respirava pela primeira vez o ar longe de seus captores, ela descobriu que estava cansada de suportar horrores.

                — Durma um pouco criança, não vai querer chegar em Jardim de Cima com um rosto arrasado.

                A rainha dos espinhos fechou os olhos pregueados, e em menos de dois minutos estava roncando baixinho, tão docilmente que era difícil de acreditar que tivesse recebido um apelido tão mordaz. Sansa olhou para as mãozinhas macias da matriarca Tyrell, e se lembrou de Joffrey engasgando em desespero, e do modo como lady Olenna agarrara sua mão pedindo ajuda, “Ajudem o rei” ela dizia sem forças, quase caindo no chão, e para Sansa ela implorou em um sussurro “Me leve até o meu quarto criança, eu não poderia ir sozinha”. Um dos gêmeos Redwyne ergueu a delicada senhora em seus braços, mas a mão de Sansa nunca foi solta.

                Ela caminhou aos tropeços pela fortaleza, enquanto Lady Olenna segurava firmemente sua mão, até que uma súbita melhora tomasse a rainha dos espinhos quando se encontravam no pátio. Em um rompante ela declarou que não poderia ficar mais naquela cidade, que os meistres não eram tão bons quantos os da Campina, e que precisava de ar fresco. Com as forças restauradas ela mandou que aprontassem sua carruagem, e como se esta já estivesse pronta há muito tempo, os criados a trouxeram em uma batida de coração.

                — É uma longa viagem — Lady Olenna disse ainda no colo de seu guarda Redwyne, parecendo tão inocente quanto um recém-nascido  — E seria terrível fazê-la sem companhia, por favor minha doce criança, venha comigo. Logo você estará de volta ao seu amado marido.

                Quando Sansa aceitou e entrou na carruagem Tyrell, ela encontrou um manto de brocado verde e dourado esperando por ela.


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