OMG! Meu Pai é um deus escrita por Sunny Spring


Capítulo 17
Capítulo XVI - A falsa feiticeira


Notas iniciais do capítulo

Ooi, gente" Tudo bem??

Muito obrigada IsaahFumagalli por favoritar ♥ ♥ ♥

Obrigada também Peh M. Barton, Bubsbispo, Wallace Meirelles, Read Writer, Gislane Brito, Tharine Lillena e GongDahyunson por comentarem ♥ ♥

Espero que gostem. Boa leitura. Bjs *.*

P.S.: Em breve... Capítulo especial de Halloween.



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Evie

 

—Você me desobedeceu! - Loki dava alguns passos de um lado para o outro, visivelmente inconformado, com uma mão na cintura, como se estivesse dando bronca em uma criança se cinco anos. Sim. Às vezes eu me comportava como uma. Me encolhi na poltrona onde estava, ainda na torre Stark. - Você trapaceou! - Acusou, enquanto meu tio apenas observava seu ataque de histeria, saboreando um donuts. - Você me põe em um dilema ESTRESSANTE! - Falava mais para si mesmo do que para mim. - Como deus da trapaça, eu fico feliz, mas como pai… - Ele fechou a cara.

—Hipnotizou funcionários… - Interrompeu Sr. Stark me encarando. Ele não estava tão transtornado quanto meu pai, apesar de estar bem sério.

—Espera, ela não tem culpa se os humanos bobos estavam lá… Pedindo para serem controlados! - Loki me defendeu e recebeu uma carranca do sr. Stark como resposta. Lembrei de como tinha demorado para tomar a decisão e hipnotizá-los. Eu não queria, mas eles não iriam me deixar passar, então, prometi que os traria de volta à consciência assim que saísse da reunião.

—Burlou o código de segurança do prédio…- Sr. Stark voltou a me encarar. - O que me leva a crer que teve ajuda de algum hacker! - Completou entre dentes. Peter se encolheu na poltrona ao meu lado. Entrar na torre tinha sido um trabalho ardiloso e eu tive um grande trabalho para convencer Peter a me ajudar. E, tinha valido a pena, afinal. Eu tinha ficado a par de tudo que estava acontecendo, e seria bem mais fácil de descobrir alguma coisa. Sr. Stark encarava Peter de braços cruzados e com os olhos semicerrados.

—Ela me ameaçou com feitiçaria asgardiana! - Peter me acusou de uma vez só. O encarei, boquiaberta. Como ele realmente podia ser o homem-aranha sendo dedo-duro desse jeito?

—Fofoqueiro! - Resmunguei baixinho. Loki me encarou contendo uma risadinha. Ele sabia que eu não conhecia nada de feitiçaria asgardiana.

—Ameaçou ele com feitiçaria? - Perguntou sr. Stark, incrédulo. Mordi o lábio inferior tão forte para não rir que quase me machuquei.

—Espera - Interrompeu meu tio ainda com a boca cheia. - Mas a Evie nem conhece…- Loki fez um sinal com o dedo para que Thor se calasse, mas não funcionou. - feitiçaria asgardiana! - O silêncio se espalhou por alguns segundos, até que Peter gritou:

—Você me enganou! -Ele estava pasmo.

—Eu mereço! - Sr. Stark revirou os olhos, impaciente, e saiu de perto. - Loki, precisamos conversar! - Pediu, já estando fora de nossas vistas.

—Nossa conversa ainda não acabou! - Disse Loki me encarando, antes de acompanhar o sr. Stark.

—Uh, parece que alguém foi enganado! - Thor cantarolou em um tom brincalhão para Peter, antes de acompanhar os outros. Não pude conter uma gargalhada. Peter estava chateado, no entanto, e mal me olhava.

— Ah, desculpa! - Pedi o encarando, mas ele virou o rosto. Estava de braços cruzados e com a cara emburrada, o que o deixava mais parecido com uma criança de 6 anos do que com um adolescente da minha idade. - Poxa, Peter, você deveria ficar aliviado… Não machucaria você! - Continuei, mas ele continuou com a mesma carranca, me tratando como se eu não estivesse ali. - Peter? Desculpa. -  O cutuquei no ombro várias vezes para que ele se virasse, mas não adiantou.

— Por sua causa me meti numa baita confusão e ainda levei uma bronca do Sr. Stark. - Ele deu um longo suspiro. Encostei na minha poltrona, em silêncio. Não imaginava que ele fosse ficar tão chateado assim. Tudo que eu queria era saber o que realmente estava acontecendo e ajudar. Senti uma pontinha de culpa. - Tudo bem, vai! - Peter quebrou o silêncio depois de alguns minutos e finalmente me encarou. - O Sr. Stark vive me dando bronca mesmo e eu entro em confusões sem ajuda! - Deu um sorriso fraco.  Não pude conter um sorriso também.

— Feitiçaria Asgardiana. - Comentei rindo depois de um tempo. - Queria ter visto a sua cara, Peter!

— Haha, não foi engraçado. - Respondeu mal-humorado, fazendo uma careta.

— Foi sim. - Rebati, ainda rindo.

— Evie, por favor, já que está aqui, pode vir aqui por um momento? - Pediu sr. Stark pacientemente e nós o acompanhamos até a mesa onde estavam os outros. Loki estava sentado ao lado de Thor, com uma expressão difícil de decifrar. - Evie, pode nos contar o que houve no museu? - Perguntou por fim. Encarei cada um daquela sala. Todos me olhavam fixamente e Natasha deu um breve sorriso quando meus olhos passaram por ela. Loki se mexeu na cadeira, desconfortável.

Apesar de não sentir mais medo ao me lembrar, pelo que meu pai tinha feito na minha mente, ainda sentia uma sensação estranha ao falar sobre o assunto. Mas, se eu estava ali, precisava ajudar.

— Estávamos no salão dos mamíferos americanos. - Comecei e dei uma olhada rápida para Peter, que parecia estar se lembrando do dia. Todos estavam atentos escutando cada palavra minha. - Então… - Hesitei. O professor Santiago. Loki me encarou como se quisesse me falar para não mencionar isso. Em nossa conversa, ele tinha deixado bem claro que eu não devia contar sobre isso para ninguém.  

— Então? - Perguntou sr. Stark me tirando do transe completamente.

— Então, eu tive vontade de ir ao banheiro. - Menti. Tive a impressão de ver Loki suspirar aliviado. - Só, que eu me perdi, e logo a energia do museu acabou! - Acrescentei. - E então, o ser mascarado me atacou e eu desmaiei!

— Só não consigo entender o porquê dela não ter sido levada. - Disse o Capitão, sério. Era isso que eu também queria entender.

— Talvez quem atacou a Evie soubesse que ela era filha do sr. Loki! - Peter exclamou, fazendo todos o encararem. - Pode ter ficado com medo de alguma represália! - Meu pai franziu o cenho.

— Peter pode estar certo. - Dr. Banner tomou a palavra. - Talvez, quem a atacou tenha percebido isso depois e resolveu não levá-la para não causar problemas com alguém problemático! - Completou.

— Poucas pessoas sabem que a Evie é filha do Loki. - Respondeu meu tio, perdido em pensamentos. - Deve ser alguém conhecido! - Ele deu dois tapas no ombro do meu pai, que permaneceu em silêncio. - E, com certeza, não é um de seus inimigos. Caso contrário, teriam torturado minha sobrinha até a morte! - Concluiu. Senti minhas pernas tremerem um pouco por causa disso. Loki o encarou com uma carranca.

— Eu vou investigar isso. - Disse meu pai rapidamente. - Eu vou descobrir os responsáveis por esses ataques! - Dei um sorriso fraco.

***

O caminho até em casa foi curto. Mas, tive que escutar Loki resmungando e dando longo sermão durante todo o percurso por causa da minha “desobediência”, que eu não devia ter ido a reunião e que aquilo não era assunto para “crianças”. Também disse que eu tinha sido “irresponsável e impulsiva”, mas que estava feliz por eu ter ameaçado Peter com feitiçaria asgardiana e que podia fazer isso mais vezes. Quando finalmente chegamos em casa, achei que o assunto finalmente estava encerrado. Porém, eu estava completamente enganada.

— Hey, hey, parada aí, criança tola! - Ele disse quando eu ia para o meu quarto. - Ainda não acabei. - Dei um suspiro. Ele fez um sinal para que eu me sentasse no sofá. Apenas obedeci. - Está… - Loki estava relutante em completar sua fala. - Está de castigo! - Anunciou.

— Mas… - Tentei responder mas ele me interrompeu.

— E sem reclamações!

— Certo! - Murmurei, cruzando os braços, mal-humorada.  - E eu posso usar internet? - Perguntei por fim. Ele franziu o cenho.

— Certamente. - Respondeu por fim.

— E posso assistir TV e usar qualquer tipo de tecnologia? - Arqueei uma sobrancelha. Ele deu de ombros e assentiu com a cabeça.

— Certo. - Respondi com cautela, tentando entender aquela situação um tanto esquisita. - E eu posso sair quando eu quiser?

— Sim!

— É, qual é o castigo exatamente? - Perguntei por fim. Loki franziu o cenho, confuso. Talvez ele não entendesse muito bem o conceito de castigo e suas limitações. De qualquer forma, não era eu quem iria explicar isso para ele. Principalmente quando eu era a pessoa a ser castigada.

— Não sei. Esses castigos midgardianos nem parecem castigos! - Respondeu pensativo. Contive um sorrisinho.



—________________________________________

Laboratório Voom Don, Nova York

 

Mary estava deitada na maca, na sala de testes do laboratórios. Seus braços e suas pernas estavam muito bem presos ao equipamento. Não conseguia se mover e sentia seu corpo queimar como se estivesse exposta à brasa. A substância mutante estava fazendo efeito e seu corpo estava começando a reagir. Sentia uma espécie de eletricidade correndo por suas veias, mas não era uma boa sensação. Não era como se fosse natural. Era doloroso demais.

Ao redor dela, em outras macas, haviam outras pessoas, na mesma situação. Porém, poucas estavam conscientes como ela. Mary acreditava que aquilo pudesse ser alguma forma de castigo que o universo estava lhe mandando pelo o que ela tinha feito com Evie. Mas, ela não sentia culpa. Ela acreditava que tinha o direito de fazer justiça, mesmo sabendo que Evie não tinha nada a ver com o que tinha acontecido. Não era dela que Mary queria se vingar.

O professor Santiago entrou na sala calmamente. Examinando cada pessoa que estava ali. Todos estavam reagindo bem à substância, apesar de tudo. Logo, todos estariam prontos para serem treinados como um exército imbatível. Mary sentiu seu corpo contrair, por medo.

— Olá, Mary. - Disse Enrico ao se aproximar da garota, que trincou os dentes. - Como se sente? - Ela não respondeu. Enrico deu um suspiro e pegou um copo d’água para dar à menina, mas ela virou o rosto.

— Não quero. - Respondeu seca.

— Mary, se ficar rebelde, será pior. - Avisou o professor pacientemente. Ele sabia que os que se revoltassem seriam submetidos aos chips de controle mental. Mary o encarou. - Logo, logo, você poderá sair dessa maca. Mas, precisa colaborar com a gente!

— O que vocês querem? - Perguntou por fim. Ele esboçou um sorriso.

— Queremos que se junte à nós!

***

Loki adentrou no laboratório em mais uma de suas ilusões, observando tudo. Seus sócios, inclusive o professor Santiago, estavam à sua espera. Todos sentados em seus lugares, Victor esboçou um sorriso quando viu o deus.

— Por favor, Loki, junte-se à nós. - Victor pediu e Loki se aproximou deles. O professor Santiago tremeu um pouco. Era péssimo em esconder seu medo e era difícil controlar a personalidade do parasita ao mesmo tempo.

— Como vão as coisas? - Loki perguntou, monótono.

— Muito bem! Os humanos têm reagido positivamente à substância. - Respondeu Enrico tentando fazer o menor contato visual possível.

— Então, você é o famoso professor Santiago. - Loki comentou com um sorriso sarcástico. - Sabe, a Evie desconfia de você! Mas, eu não o culpo. - Acrescentou. - Humanos são naturalmente incompetentes! E, é claro, que a Evie é bem mais esperta que você! - Sorriu.

— Então, ela desconfia? - Jöhann franziu o cenho, preocupado. - Ela contou a mais alguém?

— Só ao garoto inseto! - Respondeu com desdém.

— O garoto que quase arruinou nossa visitinha ao museu? - Perguntou Jöhann. Loki apenas assentiu. - Não acho que ele seja um problema para nós!

— Peter é inteligente! Precisamos tomar mais cuidado com ele. - Enrico alertou e Victor pareceu concordar.

— Inteligente e bem inconveniente às vezes. - Loki falou mais para si mesmo do que para os outros. - Mas isso não importa!

— A propósito Loki, você está demorando muito para falar com sua filha. - Disse  Victor e o deus fechou a cara em uma carranca.

— Como ousa me apressar? - Perguntou irritado. - Já disse que não vou envolver a Evie diretamente nisso! Vai ser do meu jeito! - Exclamou.

 

— Tudo bem, tudo bem. - Victor respondeu com suas mãos levantadas, em forma de rendição. - Mas não se esqueça que, de um jeito ou de outro,  ela vai ter que saber!


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