Fanfiction II - Em Busca da Ficwriter escrita por Missy Saxon


Capítulo 3
Uma Vida Diferente


Notas iniciais do capítulo

Quase esqueci, mas aqui está! A profissão da Missy foi ideia da Duda Campos, aquela fofa.

Boa leitura!



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Era de manhã. O Doutor e Missy tomavam café juntos. Eles viviam num ótimo apartamento de Londres. O Doutor era professor de filosofia numa das melhores universidades do país, e Missy era advogada. Os dois amavam o que faziam.

— Missy, acho que talvez fosse bom procurarmos ajuda de um especialista para resolver nosso problema. – O Doutor sugeriu.

— As vezes você não acha que tem algo errado? – Ela mudou de assunto.

— Tipo o que?

— Como se estivéssemos num mundo errado. – Ela explicou.

— Quase sempre. – Ele respondeu. – Mas não queria te preocupar com isso, vai que você ficasse mais louca.

— Hey! Está me chamando de louca? Não fui eu que larguei a medicina para dar aulas de filosofia!

— Eu precisava de mais tempo com você depois do que aconteceu. Não queria que você ficasse só, tive medo que cometesse uma loucura, talvez seja por isso que você tenha pesadelos constantes.

— Senhor John Smith, perder nosso filho já foi difícil, mas sentir sua pena por mim, é pior. – Ela se levantou da mesa. – Acho que já vou para o escritório.

— Poderiamos ter tentado de novo. – Ele falou. – Mas você nunca quis.

Missy não disse nada e saiu.

— Você não devia ter tocado nesse assunto. – Nardole comentou quando ela saiu.

Nardole trabalhava com os Smith desde antes da gravidez de Missy, por isso tinha total conhecimento da situação.

— Ela nunca quis ter filhos, mas ficou tão abalada com a perda do nosso filho. Nunca sei como tocar no assunto. – John contou ao Nardole.

— Só dê tempo a ela.

Escritório de Missy...

— Como você perdeu um caso, senhor Steve? – Missy perguntou a um de seus empregados. Estava muito irada com ele. – Sabe que meu escritório é tão famoso por nunca perder um caso, e você perde um caso. Duas vezes! O que eu devo fazer com você, senhor Steve?

— Senhora Saxon, eu peço desculpas pela falha, mas juro que não vai se repetir. – Ele tentou.

— Diga algo bonito, para que eu te demita. – Missy pediu.

— A senhora não iria me demitir, não é? Sou seu melhor advogado.

— É mesmo? Então como perdeu um caso? – Missy alterou seu tom de voz. – Ah, quer saber, acho que não preciso mais de você. Pegue suas coisas e saia do meu escritório.

— Senhora Saxon... – Iniciou.

— Você ainda está aqui? Suma da minha frente! – Missy ordenou.

O homem saiu de sua sala e ela se pôs a pensar no que tinha ocorrido a alguns anos. Fazia tanto tempo, mas ela não conseguia superar.

Missy nunca quis ter filhos, mas por um deslize tinha engravidado, teve complicações na gravidez, que não havia nem passado dos quatro meses, e isso a fazia se sentir mal, porque sabia o quanto John queria um filho. Nunca quis tentar de novo por medo de fracassar e sentir de novo a pena no olhar de John para com ela. Mas algo nessa história, nesse sentimento, parecia ser tão falso, tão inexistente em sua vida. Mas por que se lembrava e se sentia assim?

O toque do telefone de sua sala a tirou de seus devaneios, era sua secretária. Atendeu.

— O que aconteceu, Sara?

— Senhora Saxon, um cliente a espera.

— Pode mandar entrar. – Pediu.

Universidade St Luke...

O Doutor tinha dado uma palestra sobre a mudança de realidade, sentia que era importante. Tinha falado em sua aula sobre multi-universos, para ele teria alguma relação com sua vida.

Ao fim do dia, Bill foi a sala do Doutor para tirar certas dúvidas sobre a aula que ele deu e ela pode assistir.

— Acha mesmo que poderíamos estar num universo alternativo? – Ela questionou achando estranho. – Isso é impossível. Pode até ter um universo paralelo, mas um universo alternativo dentro de um universo principal é loucura.

— Tenho quase certeza que há algo de errado neste universo. Sinto que falta algo na minha vida. Não sou simplesmente mais um humano nesta terra. Essa não é a minha história. – Ele explicou andando de um lado para o outro.

— Está certo, e com isso você quer enlouquecer a todos?

— Enlouquecer? Não! Quero que vejam. Prestem atenção! Pensa Bill, o que há de errado nesse mundo? – Perguntou com as mãos nos ombros dela.

— Não sei. Parece tudo normal.

— Não. Não está tudo normal, e me sinto péssimo por não saber o que falta.

— Acho que você não está bem. – Bill disse. – Aconteceu algo?

— Eu e Missy temos sonhos sobre uma outra vida e sentimos que essa não é nossa vida. Há algo de errado, e não sabemos o quê.

— Vocês levam uma ótima vida, o que muitos sonham e nunca conseguem. O que há de errado?

— Essa vida toda está errada.

— Acho que li uns livros que me lembra muito vocês dois, e inclusive tem uma personagem como eu. Idêntica. Acha que tem alguma relação?

— Seria intrigante se tivesse. – Ele ficou intrigado com o que Bill tinha dito.

Mais tarde...

— Missy, e se realmente estivermos num universo alternativo a nossa vida? – O Doutor perguntou a ela.

Missy estava terminando de se arrumar para se deitar ao lado de John.

— Deveria ter alguém controlando tudo, e com certeza não nos permitirá descobrir a verdade tão fácil. – Ela disse. – Mas porque não deixamos esse assunto de lado e fazemos algo mais divertido. – Ela se deitou indo de encontro ao corpo dele e o beijando.

...

Missy já estava com pouco mais de 4 meses. Sentia como se estivesse maior que um Dalek. Estava no closet da Tardis procurando o que vestir.

Vestiu um vestido amarelo longo de cintura alta e longas mangas com uma fenda que ia de abaixo dos seios até os pés mostrando a segunda camada do vestido.

— O que está fazendo, Missy? – O Doutor perguntou estranhando a mudança de roupas dela.

— Estou enorme, me pareço até um Dalek de tão gorda.

— Não seja dramática! Você está ótima. Mal dá pra notar que você está grávida.

— Mas as minhas roupas notaram. E conforme li nos livros de Gallifrey, ficarei ainda maior. Um Dalek será um palito ao meu lado. Vou parecer um sliten disfarçado. Vendo por esse lado, aquele carequinha também pode estar esperando um bebê, não acha?

O Doutor ria do que Missy dizia, era engraçado o desespero dela e seus comentários.

Ela voltou a procurar uma roupa. Vestiu um vestido simples de alta cintura e babados na barra e por cima um casaco de cor ocre de mangas longas.

— O que achou? – Ela perguntou a ele.

— Gostei mais do outro.

— Mas aquele não combina comigo.

— O que dizia os livros de Gallifrey sobre isso, Missy? – O Doutor se sentiu curioso pelo assunto dos livros de seu planeta.

— Dizia que vou ficar enorme, pode me dar umas reações estranhas... Mas em nenhum livro dizia que era possível uma simples fanfic me deixar grávida. – Alterou o tom de voz.

— Eu não poderia prever isso. – Ele se justificou.

— Acha mesmo que não ficou boa essa roupa? – Missy mudou de assunto.

— Se vai ficar confortável, está ótimo.

— Isso não é o suficiente. Não quero, além de ficar maior que um planeta, ainda ficar ridícula. – Missy voltou a procurar o quê vestir.

Missy acordou. Era um sonho bem estranho dado as circunstâncias. Aquela lembrança nunca tinha acontecido de verdade.

— Missy? – John a chamou. – De novo aquele pesadelo?

— Não. Dessa vez foi algo estranho. Sobre minha... Gravidez. Eu estava com você em um lugar que eu nunca tinha visto... Parecia tudo bem...

Ele a abraçou.

— Missy, talvez seja melhor considerar a terapia. – Ele sugeriu.

Missy aceitou fazer a terapia que John tinha sugerido, iam fazer juntos.

Estavam esperando a terapeuta na sala.

— Eu devo estar louca por ter aceitado isso, John. – Missy disse.

— Você vai ver que depois disso nossas vidas vai mudar.

Logo após entrou uma moça, com aparência jovem de pele morena e cabelos ondulados.

— Olá, eu sou Nyara, a terapeuta de vocês. Vocês são John e Missy, certo? – disse de início se sentando numa cadeira diante dos dois.

— Sim. – O casal respondeu juntos.

— Estão com problemas no casamento, certo? Suponho que tenha haver com a perda do bebê. – Nyara disse surpreendendo Missy e John.

— Como sabe? – Missy perguntou.

— Talvez porque sou a terapeuta. Ou porque eu controlo este universo. – Disse com uma expressão serena e olhar demoníaco. – E para o consolo de vocês, eu posso lhes dar outro filho, assim vocês esqueceriam o primeiro. O que acham?

Agora tudo estava claro de novo. Aquela sensação de estarem num outro universo era certa.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Mas uma coisa que eu odeio, é descrição de roupa, gente, eu sinto coisas com isso, mas esse capítulo me implorou pra fazer isso, aí tive que fazer...

Agr foi tudo esclarecido, Nyara arquitetou tudo.
E aí, o que acharam?