MacGyver escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 9
Mary, Rainha da Escócia


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/nSQl8E7I4FI- Magia da Melissa



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P.O.V. Mary.

Os guardas não encontraram quem quer que fosse a pessoa que burlou a segurança. Eu encontrei. E não era nada do que eu esperava.

Encontrei, uma criança assustada e chorosa abraçada a um coelho de pelúcia.

—Como você entrou aqui criança?

—Foi sem querer, Princesa. Eu brinquei com o livro da minha mãe e agora eu to aqui.

Princesa?

—Qual é o seu nome?

—É Melissa. Melissa Bishop MacGyver.

—Mas, que vestes são estas?

—É o meu pijama. Eu uso pra dormir. Não devia ter mexido nas coisas da mamãe, ela vai ficar muito brava. Vou ficar de castigo, mas é melhor que deixar o homem da lança me pegar.

O homem da lança.

—Vossa mãe lhe mandou aqui?

—Não. Eu não devia estar aqui. Só estou aqui, porque eu mexi nas coisas da minha mãe e... deu errado.

—O que deu errado?

A garotinha não respondeu.

—Responda-me.

—Não grita comigo. Você não é a minha mãe e nem o meu pai.

O guarda chegou.

—Sua Majestade. Oh, a intrusa. Você será julgada e terá a mão cortada sua meliante.

—Eu quero a minha mãe.

O guarda tentou se aproximar da criança, mas ela se levantou.

—Eu sou uma Bishop. Eu sou uma bruxa Bishop. Eu não tenho medo.

A menininha tirou uma correntinha do pulso e atacou o guarda.

—Você não vai cortar a minha mão. Seu feio.

O guarda começou a sufocar em sangue. 

—Mamãe ensinou feitiços elementais, esse eu aprendi sozinha. Se você tentar me machucar, eu vou machucar você de volta.

—Meu Deus!

—Eu também acredito em Deus, Princesa. E Deus criou todas as coisas, mas foi a sua gente que decidiu o que era errado.

—Eu sou Mary, A Rainha da Escócia e da França.

—Mary Stuart. Você é casada com Francis de Valois, ele vai morrer em cinco de dezembro de mil quinhentos e sessenta.

—Como pode saber?

—Eu estudei história. Elizabeth ganha. Os Red Coats tomam conta da Escócia. Depois de você, um Stuart nunca mais vai ascender ao Trono.

—Quantos anos tendes? Realmente.

—Sete. E eu só matei o cara da lança, porque ele me atacou e disse que ia cortar a minha mão.

—O que mais pode fazer?

—Eu nem sempre consigo controlar direito, ás vezes as coisas saem do controle. Especialmente quando estou brava. Quando gente como eu fica muito brava mesmo, vilarejos inteiros, reinos inteiros podem queimar. Ás vezes, nós não queremos fazer aquilo... não queremos que aconteça, só... meio que acontece.

—A vossa mãe lhe ensinou isto?

A garotinha ainda estava abraçada ao seu coelho de pelúcia e fez que sim com a cabeça.

—Como pode uma criança fazer o que você fez?

—Não é o que a senhora pensa. Você passou a vida ouvindo que as bruxas são malvadas, pactos com o diabo e coisas assim. É tudo mentira. Bruxas são servas da natureza, a magia está no nosso sangue, mas o verdadeiro poder vem da natureza. Água, fogo, terra e ar. Podemos sifar, canalizar, etc. As bruxas nascem bruxas. Ou você é ou você não é.

—Pode me mostrar?

—Você não vai me jogar na fogueira, vai?

—Não.

Eu levei a criança para dentro do Castelo. Ela veio carregando sua sacola colorida e seu coelho.

—Mary, de onde saiu essa menina?

—Por favor, senhor meu marido. Apenas, permita que ela demonstre.

—O que?

—Por favor. Mostre-me.

Ela começou a tirar algumas velas dos candelabros e as espalhou pela sala.

—Pode por favor me trazer uma tigela com água e sal? A água tem que ser separada do sal.

Um criado trouxe o que ela pediu. Ela tirou mais algumas velas dos candelabros e as colocou de modo que formasse um círculo perfeito e dentro do círculo de velas ela fez um de sal. E a tigela d'água no meio daquilo.

A garotinha tirou sua pulseira e cantava enquanto fazia aquilo, então se ajoelhou. Fechou os olhos e estalou os dedos. Num estalar de seus dedinhos infantis, todas as velas da sala acenderam-se.

Com uma faca ela furou o dedo, o sangue pingou na água onde ela começou a esfregar uma planta e a recitar um encantamento.

—Mãe? Mamãe?

—Mel? Melissa! Onde você está?

—Eu não sei. Acho que na Escócia ou na França.

—Na Escócia ou na França?

—Estamos na Escócia ou na França?

—França.

—França.

O reflexo na tigela de água não era o dela. Era uma mulher, seus cabelos eram negros na raiz e louros nas pontas.

—Fique onde está. Estou indo buscar você.

—Tudo bem. Eu te amo mamãe.

—Também te amo querida. Se alguém te atacar, revide. Com a sua melhor cartada.

—Tudo bem.

—As artes negras devem ser usadas apenas como ferramenta de defesa e...

—Como último recurso. Eu sei.

As chamas das velas iam nas alturas. Atingiam uma altura que eu jamais pensei que fosse possível.

—Tchau querida, vejo você em breve.

—Tchau mamãe.

Então, as velas se apagaram e o reflexo sumiu.

—Era isso o que você queria?

Perguntou a menina.

—Era.

—O que é isto Mary?

—To cansada e com fome. Quero dormir e comer, não necessariamente nesta ordem.

—Sim. Claro. Judith, prepare uma refeição para a pequena Melissa e um quarto para que possa repousar.

—Sim, majestade.

—Obrigado.

Depois que elas se retiraram, Francis começou a fazer perguntas.

—O que diabos foi aquilo?

—Uma bruxa. A criança é uma bruxa. De alguma forma, ela invadiu o Castelo. Creio que ela nem saiba como.

—Mary, se ela é uma bruxa...

—Senhor meu marido, ela é uma criança. Quando a encontrei, ela estava sozinha, assustada, chorando. Chamava pela mãe.

—É um engodo Mary.

—É uma criança, Francis. Apenas uma garotinha assustada e sozinha.


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