Emmett chegou em casa feliz que aquela semana finalmente tinha acabado, estava destruído depois da correria em que o escritório tinha ficado por causa do contrato com uma importante multinacional. Tudo o que ele queria naquela noite era ficar quietinho no sofá junto com Rosalie e aproveitar para matar as saudades visto que mal tinham sem falado durante a semana toda, quando ele chegava em casa ela já estava dormindo e ela acabava saindo antes que ele tivesse despertado, parecia que nunca tinham tempo para se encontrar e aquela era uma das razões por ele estar prestes a soltar fogos pelo maldito contrato ter finalmente sido assinado.

Aquela iria ser uma noite romântica para o casal ou ele não se chamava Emmett Cullen. A caminho de casa passou numa loja de conveniências e comprou um vinho frutado que sabia que Rosalie adorava e depois dirigiu até o restaurante de comida oriental preferido dos dois encomendando Yakisoba e rolinhos primavera para viagem.

Assim que chegou em casa ele afrouxou a gravata jogando-a junto com a maleta em cima do sofá. Caminhou até a cozinha colocando o vinho na geladeira e as caixas de comida sobre a mesa.

— Rosalie, cheguei. – Avisou enquanto voltava para a sala encontrando a esposa lá vestindo calça jeans e um suéter amarelo, os cabelos loiros estavam meio úmidos como se fizesse pouco tempo que ela tivesse saído do banho e havia um rubor suave em suas bochechas. Ela estava simplesmente adorável. Emmett a abraçou e beijou seus lábios suaves, o contato o fazendo ainda mais consciente do quanto sentira falta da sua esposa.

—Boa noite. – Ela saldou envolvendo os suaves cachos na sua nuca e roçando a boca na sua discretamente.

—Boa noite.- Ele respondeu e sorriu. – Essa é a melhor recepção que eu poderia receber. Tenho uma surpresa para você. – Comentou enlaçando a cintura dela.

—É mesmo? Eu também.

Antes que ele pudesse perguntar do que se tratava uma figura pequena coberta com uma roupa esquisita que Emmett nunca vira antes surgiu no corredor e veio correndo de braços abertos.

—Tio Emmettt! – Renesmee se jogou em seus braços poucos segundos depois que ele se separou de Rosalie e se agachou para acolher a pequena, ele voltou a ficar de pé jogando-a para cima numa brincadeira que sempre fazia e que sabia que ela gostava.

— Olá princesinha, que surpresa te ver aqui. Como você está? – Ele a abraçou apertado, mas não com força suficiente para machucá-la.

—Tio, você ta me sufocando! - Ela gargalhou e tentou escapar dos braços fortes que a mantinham segura. – Socorro, Tia Rosalie! – Pediu quando seus esforços não deram resultados sendo retirada dos braços de Emmett pela loira. - Eu to bem, e o senhor? - Perguntou educadamente enquanto ajeitava o capuz da estranha roupa que usava. Emmett percebeu que tinha um chifre na coisa, parecia um macacão rosa, tinha também um capuz com olhos e orelhas e aquele chifre amarelo.

—Muito melhor agora que a minha sobrinha preferida está aqui. – Respondeu fazendo cócegas na barriga dela.

—Eu sou sua única sobrinha, tio Emm. – Murmurou gargalhando enquanto passava os braços ao redor do pescoço de Rosalie.

—Exatamente. – Ele respondeu dando um beijo estalado em sua bochecha. - Onde estão seus pais? E o que é isso que você está usando? Uma fantasia de cavalo com chifre? – Rosalie revirou os olhos porque apesar de Renesmee rir achando graça da brincadeira ela sabia que Emmett estava falando sério. Seu marido era um bobo algumas vezes.

—É um unicórnio, Emmett. - Ela disse não conseguindo controlar o sorriso.

—É tio Emm, não é um cavalo, é um unicórnio. Esse é o meu pijama especial! E papai e mamãe saíram para fazer coisas de gente grande e aí eu vou passar a noite todinha aqui! – Ela bateu palmas com alegria e Emmett desmoronou por dentro. Teve que se controlar para não deixar transparecer nada, uma parte dele estava feliz, afinal amava sua sobrinha e ter Nessie por perto era uma alegria, por outro lado tudo o que ele queria naquela noite era curtir um momento com Rosalie.

—Querida, porque você não vai buscar o seu ursinho de pelúcia para mostrar ao tio Emmett?- Perguntou Rosalie colocando-a no chão e acompanhando com o olhar enquanto ela sumia corredor a dentro correndo, o rabinho do Kigurumi se movendo a cada passo.

—Bem que você disse que tinha uma surpresa. – Emmett deixou escapar se deixando cair no sofá. Rosalie riu.

—Espero que você não se importe. Edward e Bella estão completando aniversário de casamento hoje e queriam sair para comemorar mas não tinham com quem deixar Nessie porque seus pais estão viajando e Alice e Jasper tinham um evento social do trabalho para comparecer. Então eu meio que nos ofereci para ficar com ela essa noite. – Disse em tom de desculpa, Rosalie o conhecia muito bem e podia ver o cansaço nos olhos do marido. Mas sabia que ele não se importaria, Emmett tinha um coração enorme e jamais faria questão de fazer um favor para o irmão, especialmente quando dizia respeito a cuidar da pequena que o tinha nas palmas das mãos.

—Está tudo bem, é claro que eu não me importo. - Ele disse segurando a mão dela e a puxando para mais perto. - Eu amo Nessie e sei que você teve a melhor das intenções. Vai ser divertido. – Ele a beijou querendo desfazer o vinco que marcava sua testa.

—Estraguei sua surpresa não foi? O que era? – Perguntou a loira agora curiosa com que ele tinha falado anteriormente e muito mais aliviada por ver que ele de fato não parecia se importar.

—Comprei um vinho e comida chinesa para gente. Pensei que podíamos ter uma noite romântica. Estava morrendo de saudades suas. - Emmett murmurou contra o pescoço dela e Rosalie sentiu o corpo se arrepiar com a carícia.

—Temos o final de semana inteiro. – Ela respondeu com dificuldade sentindo um formigamento familiar tomar conta do seu corpo nos lugares em que Emmett a beijava.

—TIA! - Uma vozinha gritou de um dos quartos e eles se afastaram rapidamente. - Eu não consigo achar!

—Deixa eu ir lá ajudar ela. - Rosalie passou as mãos pelos cabelos tentando deixá-los mais arrumados.

—E eu vou tomar um banho. - Emmett falou. – Um banho bem gelado. - Falava mais para si mesmo do que para a esposa, mesmo assim conseguiu fazê-la rir.

—Certo. - Rosalie se preparava para ir encontrar Renesmee enquanto Emmett recolhia a maleta e a gravata que deixara espalhada, mas a mulher voltou a falar chamando sua atenção. – Ah! Eu quase me esqueci de avisar, depois que você tomar banho pode ficar de olho em Nessie? Eu preciso ir na mercearia. Renesmee me disse que hoje é festa do pijama e algumas coleguinhas dela vão vir para passar a noite, vou fazer algumas compras para preparar cachorros quentes e providenciar waffles para o café da manhã.

Emmett empalideceu visivelmente.

—Amiguinhas? Quantas?

—Umas três ou quatro, eu acho. Não devem ser muitas. - Emmett ficou mais aliviado. Não deveria ser difícil dar conta de quatro ou cinco crianças.

—Claro.- Murmurou com confiança. – Pode ir sossegada.

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Depois de devidamente limpo e cheiroso, Emmett vestiu uma calça de moletom e uma camiseta regata e voltou para sala onde Renesmee estava sentada no sofá assistindo um desenho infantil, Rosalie se despediu prometendo que voltava logo e ele lhe disse para ir tranquila. Ficaria esperando as amiguinhas de Nessie e as distrairia enquanto ela não voltasse. Podiam fazer aquilo dar certo.

Quando a esposa saiu do apartamento Emmett se sentou ao lado da sobrinha no sofá vendo que ela segurava um unicórnio de pelúcia no colo. Não sabia que a pequena tinha tanto apreço por aqueles seres. Não demorou para que Renesmee se aconchegasse do seu lado.

—Você é quentinho, tio. - Ela riu. – Eu e o Torrão gostamos de titios quentinhos. - Disse a pequena apontando para o boneco. – Fala “oi”, Torrão. – Pediu e então com uma voz fininha que deveria ser a imitação que ela fazia do boneco disse: - Oi Titio Emmett.

—Olá Borrão. – Emmett segurou uma das patas do animal sacudindo para cima e para baixo fazendo a baixinha rir.

—É Torrão, tio. Com T, igual torrão de açúcar porque ele é um doce. - Ela falou com simplicidade e ele não pode deixar de admirar o quanto sua sobrinha era inteligente.

Naquele momento a campanhia tocou.

—Minhas amigas! Me leva até a porta tio, me leva de cavalinho! Por favorzinho açucarado e com mel.- Pediu fazendo o bico mais fofo do mundo e  Emmett como o bom tio babão que era virou de costas deixando que a sobrinha subisse em suas costas ficando pendurada como um filhotinho de macaco. Levantou sem dificuldade e prendeu as pernas de Renesmee com suas mãos para evitar que ela caísse, então caminhou até a porta e a abriu. Foi por pouco que ele não desmaiou ali mesmo quando cerca de dez meninas todas vestidas com pijamas similares ao de Renesmee entraram correndo dando gritinhos de alegria.

Ele reconheceu a mulher que as acompanhava como Ângela Webber. E ela parecia muito divertida com o evidente desespero em seu rosto.

—Fiquei responsável por trazê-las hoje à noite, amanhã Jessica é quem vem buscá-las as 09. Boa noite e boa sorte. – Ela disse antes de se afastar sorrindo. Emmett fechou a porta e se virou para encarar as garotas que pulavam atrás dele deixando bolsas espalhadas pela sala.

—Me põe no chão tio, me põe no chão. – Pediu Renesmee se esforçando para ir para baixo ao não ser prontamente atendida. Ainda atônito Emmett deixou que ela escorregasse por suas costas até ouvir o som de pés pequenos batendo no chão.

Seus olhos percorreram a sala se deparando com um guaxinim, uma girafa, uma gata, um urso panda , havia também um Stitich e um Banguela de Como Treinar Seu Dragão. E outros personagens e animais que ele não conseguiu reconhecer imediatamente. Conhecia algumas daquelas meninas, a filha de Sam e Emily Uley, bem como a de Leah e Jacob Black, a filha da própria Ângela e também uma menininha chamada Claire cujos pais ele não conhecia mas sabia ser sobrinha de Emily. O restante ele não fazia ideia de quem eram e também nunca imaginou que crianças pudessem fazer tanto barulho.

Um puxão em sua calça chamou sua atenção.

—Por que você não ta de pijama? – Lhe perguntou o Guaxinim, quer dizer, Claire.

— Eu estou de pijama. – Respondeu divertido.

—Não, tio Emmett. A Claire tá certa. Você precisa de um pijama assim igual ao da gente. - Nessie pareceu pensar por um minuto e então correu para o quarto o deixando sozinho com o restante das crianças. Emmett riu de nervoso.

—E então.... Quem quer água? – Perguntou encarando aqueles dez pares de olhos que pareciam examiná-lo da cabeça aos pés.

— A gente quer ver Televisão! - Falou uma delas de repente.

—E brincar de pique- esconde! – Gritou a outra.

— E fazer guerra de travesseiro. - Aquela última estava vestida de Leitão e quando terminou de falar todas as outras gritaram em coro confirmando. Um sonoro “ ÊÊÊÊ” foi ouvido fazendo Emmett engolir em seco. Onde estava Rosalie que não voltava nunca?

Renesmee voltou do quarto puxando uma estranha roupa laranja.

—Aqui tio, é pra você. O papai que mandou. Ele disse que era um presente e que sabia que você ia amar. - Emmett pegou  a peça em mãos já imaginando do que se tratava. Era um Kigurumi de adulto no tamanho exato de Emmett. Era laranja   e lembrava muito o personagem Hamtaro. Emmett quis amaldiçoar em voz alta porém se controlou por causa das crianças. Maldito Edward. A próxima vez que o visse iria lhe dar um soco no meio da cara.

—É muito lindo, Nessie, mas o titio prefere ficar assim mesmo. Esse pijama aqui ta bom.

—Não, titio você tem que vestir pra gente ficar igual. Todo mundo tem que tá assim na noite do pijama. Veste titiozinho! – Emmett piscou aturdido ao ver aqueles grandes olhos castanhos como os de Bella lhe pedindo para vestir. Ainda recusou mais uma vez porém as crianças lhe rodearam e começaram a pular e sacudir as mãos gritando:

—Veste, veste, veste, veste, veste. - A gritaria estava o levando a loucura e ele ainda levou a mão aos ouvidos tentando abafar o som fazendo elas gritarem mais alto.

—Está bem! – Se rendeu e vestiu o maldito kigurumi por cima das roupas que usava. As meninas deram viva e então logo se dispersaram querendo explorar o apartamento.

Emmett ficou horrorizado enquanto via duas ou três garotas pulando em seu sofá ao mesmo tempo em que outras cinco se espalharam correndo enquanto uma sexta tentava pegá-las e no processo esbarrava no vaso chinês que Rosalie recebera de sua chefe no último natal. Outra já estava na cozinha e tentava alcançar alguma coisa na bancada se pendurando sobre um banco bambo de madeira que parecia que ia derrubá-la ao qualquer minuto.

Emmett correu tirando a menina de cima do banco e dizendo-lhe que não subisse mais, em seguida tirou as outras três de cima do sofá avisando que não deveriam pular ali, ouviu um grito e seguindo o som encontrou as outras em seu quarto pulando em sua cama e batendo umas nas outras com seus travesseiros de pena de ganso. Uma delas estava na penteadeira e passava o batom de Rosalie nos próprios lábios fazendo uma melecada.

—Chega! - Ele falou alto fazendo com que ficassem em um silêncio assustado. - Para sala! Agora, todas. Vamos, vamos. – As meninas correram para sala e sentaram-se no sofá com cara de que iam chorar. Uma delas esfregou os olhos e ele precisou agir rápido. - Não chorem, não chorem. Olhem! Que tal se a gente trouxer os colchões aqui para a sala e o tio Emmett contar uma história?

—Como um clubinho? – Perguntou Renesmee com os olhos brilhando.

—Sim. - Ele respondeu embora não soubesse direito o que era um clubinho.

Elas voltaram a gritar animadas correndo para buscar os colchonetes que tinham trazido. Emmett afastou os sofás dando espaço para todas e depois com a orientação de Renesmee e a ajuda de todas construiu uma cabana usando lençóis, cabo de vassoura e alguns pegadores.

—Agora é hora da história.- Ele disse pegando um livro e vendo algumas fazerem caretas.

—Não queremos ouvir histórias.- Nessie falou.- Não somos mais criancinhas.

—É.- Concordaram em uníssono.

—Mas e se for...Uma história de terror? – Disse Emmett apagando a luz e acendendo uma lanterna fazendo com que todas gritassem e dessem risinhos agudos.

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—Então o pé grande bateu na porta e....- O som da porta abrindo fez todas gritarem e algumas se abraçarem fechando os olhos como se assim pudessem se proteger do pé grande. – Renesmee colocou a cabeça para fora.

—É a tia Rosalie! – Disse com evidente alívio e todas suspiraram.

—Quem quer dizer oi para Tia Rosalie?- Perguntou Emmett e um coro de “Eu” foi ouvido enquanto todas deixavam a cabana improvisada.

Quando Rosalie voltou para casa todas as luzes da sala estavam apagadas e a voz de Emmett era audível no cômodo. Logo um batalhão de crianças vinha ao seu encontro e ela sorria cumprimentando a todas enquanto depositava várias caixas de pizza e cupcakes sobre a mesa e pedia para que as meninas fossem lavar as mãos para jantar. Gargalhou quando viu a figura do marido se aproximando usando aquela roupa.

—Estou começando a achar que você tem um apreço por fantasias de animais. - Ela disse à guisa de cumprimento e ele deu de ombros fazendo pouco caso do comentário.

—Foi o Edward, aquele maldito.

— Desculpe a demora, preferir comprar pizza porque já estaria pronta. Também trouxe alguns cupcakes para elas e comprei waffles, ovos e bacon para o café da manhã.

Emmett estreitou os olhos vendo a quantidade de comida que ela comprou.

—Você sabia que vinham tantas? - Questionou.

—A princípio não, mas eu encontrei Ângela no térreo. – Explicou. – Me ajuda com as pizzas? – Perguntou puxando o capuz do pijama para frente e tapando a visão de Emmett. Ele riu

—Claro. Vai ser uma longa, longa noite.

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Depois do jantar, as meninas ainda tinham feito guerra de travesseiros, assistido alguns desenhos animados e brincado de karaokê usando um Dvd de músicas infantis que Bella havia colocado na bolsa de Renesmee. Quando enfim elas estavam cansadas o suficiente para dormir Emmett e Rosalie as acomodaram nos colchonetes e desejado boa noite dando um beijo em cada uma.

A pior parte vinha agora. Tinham que arrumar a casa. Rosalie se ocupou da cozinha enquanto Emmett ficou com a sala, trabalhavam com rapidez, eficiência e principalmente silêncio, com medo de que alguma das crianças acordasse.

Quando enfim puderam se deitar já era madrugada e ambos estavam exaustos.  

—Você foi maravilhoso com as crianças.- Rosalie se aconchegou mas no corpo do marido.

—Elas acabaram comigo.- Ele riu.- Mas foi divertido.- Passou a mão pela cintura dela e acomodou a cabeça no encaixe de seu pescoço provando o local com a língua.

—Achei que estivesse cansado. – Rosalie disse fechando os olhos e segurando no ombro dele.

—Ah! Com certeza não cansado demais.- Ele distribui beijos por seu pescoço e deixou que as mãos percorressem a lateral do corpo da esposa.

—Emmett...- Murmurou baixinho. – As crianças...

—Vamos ser silenciosos.- Disse ele descendo beijos pelo seu pescoço e colo até se dar conta de que o corpo de Rosalie sacudia em espasmos que não tinham nada ver com prazer. – O que foi? – Ele se irritou e ela sentou na cama se afastando.

—Me....me desculpe...- Nova onda de risadas. – Mas não dá para fazer nada com você usando essa roupa, Emmett. Desculpe. – Ela voltou a rir se segurando na beirada do colchão e só aí Emmett se deu conta de que ainda usava o kigurumi.

—Merda. Vou dar um jeito nisso. – Disse retirando a peça com rapidez e atirando-a de qualquer jeito pelo quarto voltando a ficar de regata e moletom. - Pronto.

Arrastou-se para perto de Rosalie beijando sua boca e puxando-a para seu colo deixando que as mãos escorressem para dentro do tecido suave da camisola que ela usava. Uma batida soou na porta e uma vozinha se fez ouvir.

—Tia Rose? - Era a voz de Renesmee e Emmett choramingou em silêncio caindo pesadamente na cama enquanto Rosalie se recompunha.

—Pode entrar, meu anjo. - Um rangido ecoou no quarto quando a pequena empurrou a porta, Nessie apertava Torrão contra o peito e tinha os olhos castanhos brilhando com lágrimas contidas.

—Eu tive um pesadelo. Posso dormir aqui com vocês? - Perguntou com voz chorosa e Emmett sentiu o seu coração se aquecer.

—Claro que pode, vem aqui que o titio Emmett vai te proteger de todos os pesadelos. - Com rapidez a pequena se aproximou da cama subindo por baixo dos lençóis e se colocando no meio do casal.  Rosalie lhe deu um novo beijo de boa noite e a embalou suavemente até que ela adormeceu.

—A noite não saiu como você planejou. – Rosalie falou no silêncio do quarto.

—É.- Ele riu lembrando que tudo o que ele queria era paz e tranquilidade naquele fim de sábado. - Mas eu sempre gostei dos improvisos. Com certeza essa noite está no meu Top 10.

—Eu não sabia que você tinha um Top 10. – Ela o encarou acusadora falando baixinho para não acordar a sobrinha.

—Tudo o que você precisa saber é que todas elas são com você. - Ele enlaçou sua mão na dela sabendo que a resposta a tinha agradado e ficando ainda mais feliz por saber que era verdade. Rosalie fechou os olhos pronta para dormir.

Emmett fez o mesmo e por mais que a noite tenha sido cansativa e ensurdecedora ele teve a convicção de que mal podia esperar para ter seus próprios filhos com Rosalie. Queria aquela alegria que só crianças poderiam trazer em sua casa todas as noites. Finalmente sentia que estavam prontos para o próximo passo.