Ironias do Amor escrita por Lyse Darcy


Capítulo 17
CAP 17 – Um Bilhete Anônimo Irônico


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Espero que curtam mais esse capítulo"
Desculpa algum erro que passou ...
Boa leitura!



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Rose e Finn entraram no apartamento que estava na penumbra e silencioso, nenhum sinal de Rey, ou que ela sequer tivesse estado no local, ela correu até o quarto da amiga a procura de algum indício dela ter estado ali e, logo em seguida fugido para outro local, mas não havia nada ali que indicasse. O rapaz entrou pelo quarto e antes de pronunciar qualquer palavra a viu sentada na beirada da cama, chorando com um macacãozinho de bebê nas mãos, que ambas compraram um dia antes do jantar, ele não entendeu o porquê daquela peça de vestuário estar ali, não quis saber, antes procurou uma maneira de consola-la.

— Rose, nossa amiga é forte! E ela vai aparecer. – Sorriu ao pensar nas palavras subsequentes. – E se tem uma coisa que posso garantir é que o ‘Esquentadinho’, quando coloca uma coisa na cabeça não para até conseguir. – A garota sorriu fracamente com as palavras dele, então pensou no quanto Rey significava para Ben e, sentiu um certo alívio ao constatar que a amiga tem o apoio de um rapaz como o Solo.

Assim, ela levantou a vista embaçada pelas lágrimas e o fitou longamente e se inclinou e delicadamente selou seus lábios nos dele, o ato o pegou de surpresa, por alguns instantes, mas em seguida o beijo foi correspondido, de modo terno e suave, quando a garota se desprendeu do moço falou num ânimo reformado.

— Nós somos mais fortes, quando salvaguardamos ou ajudamos aqueles a quem amamos. – Ele entendeu o alcance das palavras dela e, ela completou.

— Ben Solo é forte porque ama a nossa Rey. – E ele ficou perplexo com as últimas palavras e piscou um par de vezes e, Rose concluiu.

— Vamos ligar para Mark e avisar que Rey não esteve aqui, espero que eles obtiveram mais sorte e respostas com as imagens das câmeras.

(...)

Na sala onde ficava o servidor, o trio observava atentamente cada imagem que passava pelos monitores. Ben já estava ficando impaciente por não ver nada que desse uma pista ou imagem que explicasse o sumiço de Rey, saiu, pois, queria sentir o ar frio nos pulmões e o ar gélido a acariciar sua face, para conseguir clarear sua mente, a noite estava límpida e o céu estava estrelado, ergueu os olhos e contemplou quando uma estrela cadente, cruzou o céu, sorriu fracamente, ao lembrar de que quando menino cruzava os dedos e fazia um pedido, afim de ser realizado.

Arrazoou consigo que as estrelas cadentes não são de fato estrelas, mas sim corpos celestiais como meteoros ou pedaços de asteroides que se iluminam ao atingirem a atmosfera do planeta. Agora tudo que ele desejava era ter a sua Rey bem, e com isso cerrou os olhos e pensou no filho ou filha que já era uma realidade, sabia que queria formar uma família com ela e, ter filhos, contudo, os planos dele se adiantaram, numa surpresa bem-vinda.

Pensou em seu pai, e em quanto sentia sua falta e imaginou em como seria poder compartilhar tal notícia feliz, e ainda sim tinha a sua mãe e, em quanto tempo não se falavam, e sentiu um nó na garganta se apertar.

Parecia que sua vida era envolta em uma maldição, pois todos a quem ele amava ou que se importava de algum modo escapavam por entre os seus dedos, e isso não poderia acontecer de novo, ele não poderia permitir que mais uma vez as coisas sucedessem do mesmo modo. Nesse momento o seu celular vibra e o traz de volta, olha o visor e nota que o nome que reflete não era o que desejava ver, no entanto precisava atender aquela ligação, um tanto quanto curiosa e, assim apertou no retângulo verde do écran.

— Alô.

— Olá jovem. – A voz metalizada respondeu. – Consegui uma grande ajuda para o nosso caso I.C.A. e isso fará com que tenhamos êxito! – A voz saía num tom de triunfo. Todavia o silêncio do outro lado do telefone incomodou Snoke que soou ríspido.

— Solo, está me ouvindo? – Ben, não conseguia raciocinar nada a não ser o que fosse relacionado a Rey e seu desaparecimento misterioso. Com isso ele pigarreou para temperar a garganta.

— Estou Johannes. Quais as novidades para o caso. – Falava tentando passar entusiasmo na voz. No entanto, seu interlocutor era muito astuto e de um modo matreiro, inquiriu sondando Ben.

— Vejo que tem algo lhe perturbando meu rapaz! Posso lhe ajudar em algo?

— Obrigado! É muita gentileza de sua parte querer ajudar, mas estou bem. – Mas sua voz denunciou no quanto ele tentava esconder a sua apreensão, então Snoke ficou reticente por alguns segundos e tornou a falar.

— Muito bem então, Solo. Não tomarei mais o seu tempo. – E antes de finalizar aquela ligação falou algo muito estranho. – Espero que você ache o que está procurando.

Então Ben, desligou seu aparelho, sentindo uma pontada de estranheza naquela ligação tão fora de hora. Porém afugentou tais pensamentos e, caminhou para a sala do servidor novamente e notou que Mark falava ao telefone com uma feição séria parecia não estar recebendo uma boa notícia, assim ele ouviu.

— Continuem procurando, vão agora a lugares que ela tenha afinidade. – Parece que a voz aflita do outro lado solicitou algo, o que ele respondeu racionalmente.

— Rose, vão procura-la onde falei. Amanhã se ela não tiver aparecido, aí sim vamos acionar a polícia.

Nesse momento Ben Solo, estava ficando totalmente desarmado até que .... Olhou para o monitor e viu quando o carro de Rose, Rey e Finn chegou. Então, resoluto apontou para a tela do monitor, quando a garota saltou do carro.

— São eles! Agora passe as imagens com mais calma para observarmos os detalhes do entorno da casa. E se havia alguma atividade suspeita.

— Que exagero! Deve ter sido crise de hormônios, mulheres grávidas tem isso. Sabia? – Lisa falou tentando justificar a situação, com isso os dois homens a olha em reprovação. E Mark tenta corrigir.

— Talvez ela foi vítima aleatória de algum meliante que a sequestrou e agora temos que esperar eles entrarem em contato e pedir um resgate. – Solo concordou com a cabeça, todavia ele sentia que aquilo era de um modo estranho uma ação de vingança pessoal, e se pronunciou.

— Pode ser Samurai, mas algo me diz que pode ter mais coisa aí. Vamos continuar passando as fitas. E ele anuiu com a cabeça e voltou a clicar o botão.

E as imagens foram passadas com mais cautela e cada quadrante da tela não passava despercebido, Ben e Mark olhavam com muito cuidado, atentavam para cada carro chegando, e as pessoas saltando deles e adentrando na casa, até chegar o último convidado, Ben Solo, desse momento em diante a movimentação nas imagens diminuiu consideravelmente, avançaram um pouco e chegaram ao ponto em que Rey estava sozinha no jardim da frente, cabisbaixa e os braços em torno de si para espantar o frio. Caminhou até o laguinho artificial e se abaixou para brincar com os peixes aquela distração durou poucos segundos, e novamente se levantou e andou até o portão de ferro a câmera que filmaria as imagens do lado de fora estava com defeito, assim não via mais nenhuma imagem. E Solo esmurrou a mesa em contrariedade.

— Como pode acontecer? Acabar as imagens desse modo? – Mark arqueou a sobrancelha e falou logicamente.

— As vezes câmeras tem lapsos, como causa de queda de energia ou flutuação dos dados, mas agora sabemos o ponto exato das imagens, calma Estranho, vamos encontrar a Rey! – Sorriu amistosamente para o amigo que estava começando a se agitar novamente.

Nesse momento ele começou a teclar alguns comandos no servidor central e obtém uma tela dividida em vinte partes iguais, cada uma apontava uma imagem diferente. A câmera que havia falhado era a única que não trazia mais imagem, enquanto que as outras nem sequer falharam um único momento.

Mark achou aquilo muito estranho, então digitou mais uma vez e a imagem que era captada era do muro da casa para a rua no trecho do portão, e novamente começou a assistir as imagens de Rey saindo e caminhou poucos metros e, um carro escuro encostou e saltou um homem corpulento e com um lenço na mão colocou sob o nariz e boca da garota e a puxou para dentro do veículo e, este desapareceu rapidamente rua afora.

A reprodução presenciada naquela tela deixou todos perplexos, e uma lágrima gorda rolou na face de Ben e, essa imagem nem Mark ou Lisa havia testemunhado. Ver o amigo assim tão destruído os deixaram pesarosos. E Lis se aproximou de Solo e tentou o consolar.

— Estranho, ela é uma garota forte, vamos encontra-la, você vai ver!

— Agora não Phasma, eu preciso pensar e tentar descobrir mais, saber se alguém vai entrar em contato, pedindo algo em troca da Rey.

Lisa sentiu a tristeza nas suas palavras, mas também sentiu um certo alívio ao ouvir ele a chamar por seu apelido, evidenciando que sua zanga com ela estava se dissipando, então preferiu se silenciar para não o irritar mais. Então a voz sensata de Mark se fez ouvir novamente, ponderando todos os eventos e razoou de modo calmo e lógico.

— Agora que temos as imagens que põe fim ao mistério do desaparecimento de Rey, mas não o fim do problema. Podemos tirar duas conclusões disso. – Olhou para o seu amigo e a sua esposa de modo racional e prosseguiu. – A primeira é, a garota foi sequestrada por um grupo muito burro, ou muito apressado, por que não derrubaram o sistema? Apenas cortaram a energia de uma câmera. – Apontava para o monitor, onde estava a câmera congelada com a última imagem. Solo olhou para o monitor e completou.

— Ou não sabiam que tinham câmeras interligadas num sistema .... Ou pior, deixaram como pista para montarmos o quebra-cabeça. Para encontrarmos a Rey. – Mark completou.

— Realmente, Estranho, faz todo o sentido. O que nos leva a outras perguntas: Quem faria isso? E por quê? – Lisa acompanhava todo o raciocínio dos homens e perguntou olhando para o marido.

— Meu bem, você mencionou duas conclusões qual seria a segunda? – Mark riu para ela e depositou um beijo no alto de sua cabeça e falou.

— A segunda era: Ninguém aqui dentro dessa casa independente de quão desastrosa tenha sido a noite teve culpa desse desfecho trágico, claro que os acontecimentos contribuíram para os ‘bandidos’ ter vantagem, então mesmo que tivessem terminado como planejado a noite. – Olhou para Lis e sorriu. – E Ben completou.

— Teriam levado Rey embora!

— Exato! – Concordou Mark.

— Agora não percamos tempo com questões menores, vamos ser práticos de agora em diante. – Esclareceu ele e completou.

— Amor, liga para Rose, peça para ela vir para cá. – E antes que a esposa falasse qualquer coisa ele se adiantou.

— Phasma, por favor! Vamos nos preocupar com Rose, ou seja, lá o que for que tenha para me dizer, depois. Agora vamos nos concentrar em resolver esse problema de Rey, se eles estiverem lá fora podem estar correndo perigo, assim é melhor que todos fiquem aqui. Ela concordou com a cabeça e saiu para fazer a ligação.

(...)

Ben e Mark estavam horas analisando cada detalhe daquelas imagens e, perceberam que o carro que levou a Rey embora, tinha chegado quando Solo encostou o veículo para adentrar a casa, ultrapassaram normalmente como que passando aleatoriamente e, tudo indica que eles apenas contornaram a quadra, pois eles voltaram, mas estacionaram um pouco mais acuado e desligaram os faróis.

Em seguida saiu do automóvel um sujeito loiro, porém a penumbra não contribuía para descrevê-lo, então algo surpreendente aconteceu diante de olhos. O homem atravessou a rua tranquilamente e colocou um boné no meio do caminho para dificultar ser visto pelas câmeras, com isso cortou o fio da câmera da guarita, não parecia preocupado em derrubar o sistema, ou se mostrava amador, antes suas ações eram precisas, sabia muito bem o que estava fazendo.

Solo observou o sujeito colocar algo na guarita, piscava um par de vezes e solicitou para Mark retroceder a imagem, e ele atendeu e voltou a imagem e, novamente e voltou para a cena em que o homem cortava um fio, com isso pede.

— Samurai, pode fazer o vídeo ir mais lento? – Ele anuiu com a cabeça e atendeu à solicitação.

E as cenas iam passando lentamente mostrava o sujeito colocando um envelope na guarita. Ben arregalou os olhos e percebeu que aquilo tudo fora arquitetado por alguém que conhecia os seus passos e mais ainda os de Rey. Então, se levantou repentinamente e saiu da sala. Mark o acompanhou.

O dia já estava se iniciando e o sol já despontava em meio as árvores, a brisa fresca da manhã despertou os dois homens que caminhavam pelo jardim até a guarita que dava acesso à rua, Ben avançou e foi direto ao local que as imagens apontavam onde o sujeito de boné havia deixado algo.

A caixa de correios continha algo, ele nem esperou Mark abrir o compartimento pelo lado interno, foi logo pelo lado de fora e colocou seus dedos longos no interior da caixa e sacou dela em envelope pardo, sem nenhuma descrição ou endereço de remetente, Bem Solo, entrou novamente com a carta em mãos, nisso ambos se entreolharam confusos, porém esperavam por algo assim.

(...)

De volta a sala de estar, encontrou um grupo apreensivo, todos voltaram sua atenção para o que havia na mão esquerda de Solo, o grupo já estava a par dos últimos acontecimentos e isso os deixaram muito apreensivos e o silêncio foi quebrado quando Mark perguntou.

— Estranho, vamos abrir o invólucro e tentar resolver as coisas, ou vamos chamar a polícia? – Olhou para ele e continuou. – Embora ache mais sensato chamarmos as autoridades, pois esse caso está fugindo de nossas mãos. A isso Ben olha o envelope e de volta ao grupo e fala grave.

— Vamos resolver por nós mesmos! Eles estão jogando com a gente, ou melhor comigo. – Fez uma pausa e tornou a falar. Além do mais, nessa carta pode haver pistas ou instruções de como devo agir.

— Mas vamos agir rápido, não podemos perder tempo, todo ele é precioso. – Pontuou Finn, Solo olhou ele enviesado para o seu interlocutor e completou.

— Ele tem razão, PRECISO, agir rápido!

— Não precisa ser assim, Estranho, tem a mim, seu amigo e vou sempre lhe apoiar. – Colocou a mão sobre o ombro de Ben e deu uma leve tapinha, e ambos sorriram.

— Sim Samurai, somos uma dupla e tanto!

— Agora, Estranho deixe de enrolação e abra esse envelope.

Solo abriu o invólucro e retirou um papel pardo com frases formadas com recortes de revistas e, mordeu a bochecha interna em puro nervosismo, ao ler o que estava escrito, o conteúdo o pegou totalmente de surpresa, e em pura fúria socou a parede várias vezes e foi com tanta força que sangrou por entre os dedos. E falou raivosamente.

— É guerra que estão pedindo, então terão!


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