Jealous, are you? escrita por Renata


Capítulo 1
It's all Eloise's fault!




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Penelope Featherington sempre fora apaixonada por Colin Bridgerton. E isso é totalmente culpa de Eloise. Claro que sempre é um eufemismo, porque Penelope só o conheceu quando tinha 12 anos. Ela e Eloise estudavam na mesma turma e, um dia, nas férias, Eloise a chamou para passar uma tarde em sua casa. Chegando lá, Penelope encontrou a casa lotada e ficava cada vez mais vermelha conforme a amiga ia apresentando-a para todos os irmãos como sua “melhor amiga e alma gêmea”. Os Bridgertons eram, como Penelope pode perceber, extremamente educados e a receberam de braços abertos como se ela fosse uma nova adição para a família.

— Você gostaria de um picolé, querida? – Violet Bridgerton, a matriarca da família, ofereceu para ela.

— Ah, claro – ela respondeu sem jeito. Convenhamos, quem é que fica completamente à vontade na primeira vez na casa de um amigo?

Violet chamou-a para a cozinha e abriu o freezer da geladeira na ponta dos pés.

— Temos de kiwi, nata, morango... Hmm, esses são os que estão na frente, não consigo ver os do fundo... – Ela se apoiou na geladeira e se impulsionou para enxergar mais ao fundo.

— Nata está bom para mim – Penelope disse rapidamente, não queria que a própria sra. Bridgerton virasse um picolé.

— Tem certeza? – Penelope assentiu, mas tinha convicção de que a outra não viu. – Sinta-se à vontade para pegar quantos quiser – ela disse ao entregar o picolé para ela.

Ela tirou o sorvete da embalagem e jogou-a no lixo.

— Vem! – Eloise disse animada, agarrando a mão da amiga que não estava ocupada. – Quero te mostrar meu quarto.

Ela puxou Penelope, que rodopiou e parou com o picolé em uma coisa sólida. Olhando para baixo, viu que era a blusa de alguém.

— Me desculpe, eu não tive a intenção – Penelope murmurou apressadamente, o rosto esquentando.

— Não tem problema nenhum, querida. – A voz de Violet surgiu do lado dela. – Colin, tire já sua camisa e me dê, vou colocar na máquina de lavar.

— Ok. – Foi tudo o que Colin disse antes de levantar a barra da camisa e subir pelo corpo, entregando para a mãe em seguida, que já saiu da cozinha. – Tudo bem? – ele perguntou rindo e colocou um dedo na bochecha de Penelope. – Você está bem vermelha.

Penelope se afastou um pouco e ergueu a cabeça imediatamente. A visão dos músculos dele não tinham feito babar, não é mesmo? Ou tinham? Será que estava com um filete de baba escorrendo pela boca? Ela sentia ondas de calor saindo de seu rosto.

— Pare de encher o saco, Colin! – Eloise reclamou e puxou novamente Penelope. – Vamos indo, mais tarde eu pego outro picolé para você.

— Prazer em te conhecer, Penelope – Colin disse enquanto elas se afastavam, ainda rindo.

•••••••••

Colin tinha 17 anos quando viu Penelope pela primeira vez. E nesse momento o olhar dela passava bem longe dos olhos dele. Até ele chegou a corar um pouco. Era tudo culpa de Eloise, se ela não tivesse puxado o braço de Penelope naquele momento todos teriam evitado aquela situação constrangedora.

Com o passar dos anos, Colin podia sentir Penelope olhando-o durante suas visitas, não que seus olhares já tivessem se encontrado alguma vez, ela era rápida demais para isso e, portanto, Colin gostava de provoca-la. De certa forma, era reconfortante saber que a melhor amiga de sua irmã mais nova tinha um crush em você. Depois de um tempo, Penelope simplesmente se transformou parte da família. Um piquenique? Vamos chamar Penelope. Um passeio no rio Tamisa? Vamos chamar Penelope. Férias na casa de campo? Temos que arrumar um quarto para Penelope.

— Não acredito no que estou vendo! – Benedict, ao lado de Colin, murmurou espantado.

— O que foi? – Colin perguntou ao tentar ver o que o irmão observava. Eles tinham uma visão privilegiada, o altar da igreja tinha alguns degraus de altura e podia ver todos os convidados.

— O que foi? – Anthony sibilou do modo que apenas os irmãos mais velhos sabem fazer.

A marcha nupcial começou a tocar. Anthony se virou imediatamente para olhar Kate na entrada da igreja.

— Portia Featherington não fez Penelope usar amarelo – Benedict explicou.

Anthony obrigou seus olhos a saírem de Kate e pousou-os em Penelope, que vinha na frente carregando flores, junto com as outras damas de honra.

— Kate disse que foi ela que escolheu a cor do vestido das meninas – Anthony sussurrou.

Colin olhou atentamente a seda azul que formava o vestido que Penelope usava, depois subiu o olhar para seu rosto. Ela estava linda, um sorriso iluminando seu rosto e o azul contrastando perfeitamente com o ruivo de seus cabelos.

— Não sabia que a Penelope era tão bonita – Benedict sussurrou conforme elas se aproximavam pelo corredor. – Ela e Kate são amigas, ela deve ter escolhido azul especialmente para ela.

— Acho que amo a Kate – Colin sussurrou de volta.

— Se estivesse um pouco mais perto de mim – Anthony disse entre os dentes – eu te daria um chute.

•••••••••

— Acho que a Penelope pode estar namorando – Eloise soltou em um almoço de domingo. Este era um dos momentos em que somente a família se encontrava ali, com Kate e Simon como os agregados.

Colin se aprumou na cadeira imediatamente.

— Quem é ele? – Anthony perguntou de modo protetor. Assim como Edwina, a irmã mais nova de Kate, ele havia abrigado Penelope embaixo de suas asas de irmão mais velho.

É claro que Colin só estava prestando atenção na conversa pelo mesmo motivo.

— Eu não sei – ela deu de ombros. – Se ela não me disse nada é porque não é importante. Aliás – ela acrescentou – só vi os dois juntos uma vez.

— Ah, por favor! – Colin forçou o humor. – Vocês conseguem imaginar Penelope Featherington namorando? Ela que...

— Não se esqueça, queridíssimo irmão, – Eloise começou calmamente, olhando fixamente o mais velho nos olhos e depositando o garfo no prato – de que Penelope Featherington é minha melhor amiga.

— Se brigarem, deixo os dois sem sobremesa – a voz de Violet veio da ponta da mesa.

— Está com ciúmes da Penelope, Colin? – Daphne perguntou rindo, mas ele pode ver pelos olhos dela que a pergunta era real.

— É claro que não! – ele respondeu indignado. Ele estava com ciúmes.

Violet Bridgerton se levantou e foi até a geladeira pegar a sobremesa.

— Penelope já tem 22 anos – ela comentou de costas para os rebentos. – Pode namorar quem bem entender.

O que a matriarca da família Bridgerton falava, estava falado.

•••••••••

O bom de morar em Londres era que tinham vários parques. O ruim de morar em Londres era exatamente o mesmo motivo. Existia um parque enorme no caminho entre a casa dos Featheringtons e dos Bridgertons. E, mesmo sendo enorme, ainda era a forma mais rápida de se locomover entre os lugares, principalmente se estivesse carregando uma mala pesada. Como as árvores tinham folhagens muito densas, os poucos postes que iluminavam o ambiente não serviam para basicamente nada.

Penelope caminhava apressadamente arrastando – graças a Deus – a mala de rodinhas quando a música aleatoriamente mudou para Baby’s on Fire. Ela não pode resistir e desacelerou o passo, mexendo os quadris e as pernas no ritmo da música.

Colin vinha pela esquerda quando se deparou com a cena dela dançando no meio do parque. Não pode evitar um sorriso.

— Oi!

Apesar da música, Penelope escutou o grito, parou de súbito e olhou em volta com cautela, arrancando os fones de ouvido na pressa. Ela pode observar uma figura masculina se aproximando.

— Q-quem está aí? – ela se ouviu gaguejar. O homem continuava se aproximando.

— O que você está fazendo sozinha nesse escuro no parque, senhorita? – A julgar pelo tom da voz, o homem parecia bem satisfeito de tê-la encontrado.

Ele continuava andando até que passou embaixo de um dos poucos pontos iluminados.

— Colin! – ela gritou para ele, relaxando instantaneamente.

— Eu não conseguia ver sua expressão, mas aposto que estava morrendo de medo – ele comentou e parou bem ao seu lado. – O que está fazendo aqui sozinha, Penelope?

— Indo para sua casa.

— Com uma mala? – ele ergueu uma sobrancelha.

— Oh! – ela se sentiu corar. – A família do Nigel, namorado de Philippa, convidou mamãe e Prudence para passarem um tempo na casa de campo deles.

— E eles não te convidaram? – uma explosão de raiva surgiu dentro dele.

— Bem, não. Mamãe disse que todos pensaram que eu ainda estaria na faculdade. – Ela assumiu uma expressão pensativa. – Embora já seja a segunda semana de férias.

— E em vez disso vai passar um tempo em casa – ele disse com raiva.

— Uh... – ela olhou atentamente a expressão de Colin e se encolheu por dentro. – Me desculpe, foi idiotice pensar que eu não estaria atrapalhando. Talvez ainda haja tempo de eu pegar o trem e ir para a casa de minha avó e ficar lá com Felicity.

— Não diga besteiras, sempre será bem-vinda em casa. – Colin resmungou e arrancou a alça da mala da mão dela. – Eu levo para você.

Ele começou a dar passos largos e ela se apressou para acompanha-lo.

— É sério, Colin – ela disse ofegante. – Eu posso ficar na casa de minha avó.

Ele parou de súbito e ela esbarrou em seu ombro.

— Por que diz na casa de sua avó e não as sua casa? Certamente já tem idade o suficiente para ficar sozinha.

— Eu sei – a voz de Penelope não passava de um murmúrio. – Não sei do que minha mãe tem mais medo: de eu sozinha na casa, ou da casa sozinha comigo.

— Penelope... – ele parou, sem saber como consolá-la por ser parcialmente expulsa de casa. Colin ficou de frente para ela. – Não se sente incomodada por ter sido excluída do convite?

Ela suspirou.

— Na verdade não. É claro que teria sido delicado da parte de qualquer um deles perguntar se eu gostaria de ir, mas minha resposta seria negativa. – Ela deu um sorriso sem graça. – Todos os primos do Nigel estarão lá. E sempre que estou perto da sra. Berbrooke ela fica me jogando para cima do primeiro solteiro que aparece. Com a minha mãe junto é pior, ela coloca lenha na fogueira e fala que não tenho coragem de falar com garotos sozinha.

Colin conhecia bem a família Berbrooke e quase soltou um rosnado ao imaginar Penelope perto daqueles incompetentes. Ele espirrou, seguido de um ataque de tosse.

— Acho que está pegando um resfriado dos fortes. – Ela tentou pegar a mala de volta mas ele afastou a mão dela. – Não devemos estar muito longe da sua casa, vamos logo.

Ele concordou com a cabeça.

— Se não fosse eu – ele começou próximo as escadas que subiam para o nível da rua de sua casa – quem gostaria que fosse andando ali no parque?

— O demônio.

— O que? – ele se assustou.

Ela soltou uma risadinha.

— Entre encontrar um homem desconhecido tarde da noite e encontrar o demônio, eu prefiro o demônio.

Colin Bridgerton deu uma gargalhada. Que foi interrompida por outro ataque de tosse.

•••••••••

Eloise entrou no quarto de Daphne, que estava sendo usado por Penelope neste momento e deu uma risadinha.

— Não está um pouco curto para você?

Penelope olhou para o pijama que estava vestindo com um sorriso.

— Talvez.

— Penelope Anne Featherington! Esse short só cobre sua bunda! – Eloise fingiu indignação. – Eu tenho irmãos, sabia!

— Vejamos. Anthony está casado com Kate e não mora mais aqui. Benedict saiu com Sophie. Colin está de cama. Mas Gregory... – ela olhou para a amiga. – Devo ficar preocupada com ele?

— De fato. – Eloise tentou esconder o riso. – Ele é mais baixo que os outros três, você pode acabar não vendo seu ataque. – Ela olhou atentamente para a estampa na frente do pijama. – Acho que se você estive com um pijama dos Vingadores seria bem perigoso, mas nunca se sabe.

Elas explodiram em risadas.

— Seus irmãos me veem como uma irmã mais nova, você sabe.

— É claro – ela deu de ombros. – Além do mais, esse pijama não é nada perto do biquíni que já usou na frente deles.

— Por favor, não me lembre de certos momentos da minha vida. – Penelope jogou um travesseiro na amiga, que desviou com graciosidade. Ela reparou na roupa da outra. – Vai sair com o Phillip?

— Sim. Só passei para ver como você estava.

Penelope fez um gesto abrangedor que incluía a cama, o pijama e o notebook aberto na Netflix.

— No paraíso. Aproveite a noite.

— Pode deixar que eu vou aproveitar. – Eloise deu uma piscadinha e saiu do quarto.

•••••••••

Colin não descia as escadas faziam dois dias. Sua movimentação era unicamente da cama para o banheiro. O resfriado não era tão forte, mas ele estava abatido e sua garganta doía.

O som da porta abrindo o tirou de seu cochilo e ele abriu apenas um olho para ver quem era. Um par de pernas vestindo um short de pijama bem curto entrou em seu campo de visão. Deveriam pertencer a Eloise ou Francesca. Ele olhou atentamente para as curvas e pensou que seriam uma fonte de estresse a mais, já que teria que ficar atento a todos os machos que se aproximariam delas – dela – quaisquer de suas irmãs que fosse. Ela fechou a porta delicadamente.

Colin abriu devidamente os olhos e observou a garota em sua frente atentamente. Não tinha irmãs ruivas, não que ele soubesse. Então aquela só poderia ser Penelope – no seu quarto – vestindo um pijama do Clube das Winx, com a personagem Bloom. Ele sabia quem era porque sua irmã Hyacinth o obrigou a assistir com ela uma vez. Era infantil e, a julgar pelo fato de que ficava justo em partes mais volumosas e folgado em outras, ele poderia afirmar que pertencia a ela desde que era criança. Mas, estranhamente, ficava provocador.

— Eu não pretendia te acordar – ela disse suavemente. – Só vim trazer o chá. É de erva cidreira com mel e limão. Minha mãe sempre faz quando estamos com dor de garganta.

Ele ficou tocado pelo gesto. Penelope se adiantou e deixou a caneca quente sobre o criado-mudo dele.

— Muito obrigado, Penelope – ele murmurou rouco e limpou a garganta em seguida. – Tenho privado vocês de minha voz esses dias.

Ela deu uma risadinha.

— Colin, está acordado? – Violet gritou do corredor. Mesmo se ele ainda estivesse dormindo, depois do grito da mãe não estaria mais.

— Se minha mãe te ver aqui ela vai ficar uma fera comigo! – Colin sussurrou se sentando na cama. Penelope fez menção de sair pela porta, mas ele segurou seu punho. – Não, ela vai acabar te vendo.

Rapidamente, ele a puxou para a cama, fazendo-a se encaixar de lado no seu corpo e puxou as cobertas até seu queixo, cobrindo o cabelo dela. Um braço firme passou pela cintura dela, puxando-a para mais perto de seu corpo. Ela soltou um muxoxo.

— Shh! – ele murmurou para ela no momento em que Violet abria a porta e entrava no quarto. – Oi mãe – ele falou um pouco enérgico demais.

— Oi Colin. – Ela olhou desconfiada para ele. – Vou para a pizzaria com a Francesca, Hyacinth e Gregory. Benedict e Eloise saíram. – Ela apontou um dedo para o filho. – Não se atreva a incomodar Penelope. Se sentir fome, desça e faça você mesmo.

— Claro.

— E vou repetir, Colin. Eu espero que você use a educação de lorde inglês que eu te dei e não importune Penelope com a desculpa de que está doente demais para levar a colher a boca.

— Eu nunca fiz isso! – ele reclamou indignado.

— Me engana que eu gosto. Boa noite, querido.

— Tchau, mãe.

Ele esperou os passos descerem as escadas, a porta da frente se trancar e o barulho do carro virar o quarteirão para ligar o abajur e cobrir a cabeça com as cobertas. Por causa de sua menor estatura, Penelope encaixava perfeitamente no corpo dele. Quadril com quadril, joelhos com joelhos, boca com orelha.

— Seu namorado sabe que você está deitada aqui comigo? – ele sussurrou na orelha dela e viu com prazer os pelos do braço dela se eriçarem. Ela tentou se afastar, mas ele a trouxe para mais perto, roçando seu quadril na bunda dela.

— Q-quem? – ela gaguejou.

— Seu namorado – ele murmurou e roçou seu corpo no dela novamente. – Aquele que Eloise diz que vive te fazendo sorrir.

— Luke? – Com um pouco de esforço, ela conseguiu se virar para ele.

— Então esse é o nome dele? Luke – ele disse com desprezo.

Penelope soltou uma risada.

— Se eu não te conhecesse, Colin, diria que está com ciúmes.

— Pois eu estou! – ele exclamou alto, o som se intensificando embaixo dos cobertores e batendo como uma carícia na pele de Penelope. – Já tem uns três meses que Eloise disse que você estava namorando e desde então eu não paro de pensar em você com outros caras e o quão isso parece errado porque esses caras não são eu!

Penelope olhou impressionada para ele.

— Eu não tenho namorado.

Em um segundo a boca dela Colin já estava cobrindo a dela, sua língua reivindicando cada canto de sua boca, deixando-a sem ar.

— Pensei que me visse como uma irmã – ela murmurou quando se separaram.

— Eu também pensei – ele disse rindo.

Ele a puxou, fazendo-a ficar por cima dele, seus se agarrando as costas dela em um abraço apertado. Tarde demais, ela percebeu que Colin só estava de cueca. Ela repousou suas mãos nos ombros dele.

— E agora? – perguntou.

— Você gosta desse tal Luke? – ele fez uma careta.

— Bem... ele é um cara legal – ela respondeu francamente, se amaldiçoando por dentro.

Um olhar malicioso passou pelo rosto de Colin.

— Eu também posso ser um cara legal.

Ele os rolou na cama, ficando por cima. Olhando diretamente nos olhos dela, ele desceu sua mão direita pela lateral do corpo, os dedos passando por cada curva dela escondida embaixo do pijama. A respiração dela estava acelerada, os seios subindo e descendo na frente dele de forma hipnótica. Seus dedos se infiltraram dentro da calcinha e ela ofegou no momento em que ele roçou a palma da mão no ponto mais sensível, os dedos descendo para sua abertura já molhada.

Penelope podia senti-lo crescendo e olhou para ele corada.

— Você quer fazer isso? – ele perguntou, a respiração também acelerada.

— Faz uns bons cinco anos que sim – ela usou de humor para tentar se livrar da tensão que estava sentindo.

Ele a beijou e passou um braço pelas suas costas, fazendo-a sentar e tirando a blusa do pijama. Instintivamente, ela tentou cobrir os seios, mas ele bloqueou o movimento segurando as mãos dela.

— Não – ele disse suavemente e beijou a testa dela. – Você é linda.

Em algum momento, eles acabaram se livrando dos cobertores, que residiam embolados, quase caindo da cama. Eles se deitaram novamente e Colin beijava cada parte do corpo de Penelope que ele conseguia alcançar, fazendo-a se sentir confortável e admirando a beleza que ele levou muito tempo para notar.

— Você já... – ele deixou o resto da pergunta no ar.

Ela apenas negou com a cabeça e ele agradeceu silenciosamente por ser o primeiro dela. E, se dependesse dele, o único. Ele deixou ambos nus e estendeu o braço para o criado-mudo, onde pegou uma embalagem laminada da gaveta. Colin voltou a beijá-la enquanto introduzia um dedo e depois dois dentro dela. Penelope se contorcia embaixo dele e agarrava seus cabelos. Ele tirou os dedos e, antes que ela pudesse soltar um som de reclamação, substituiu por seu membro. Ele a sentiu enrijecer-se.

— Vai passar – ele murmurou em sua bochecha, os lábios tocando a pele dela. – Eu vou fazer passar.

E ele fez. Se controlando para não se perder no calor úmido e extremamente apertado dela, ele seguiu com movimentos lentos enquanto descia a boca para um seio dela e beijava e lambia e mordiscava e chupava.

— Colin! – ela gemeu, arqueando seu corpo de encontro com o dele. Ela sabia que estava perdida desde o momento em que ele a puxou para debaixo dos cobertores. Qualquer chance que ela pensara que tivera de esquecê-lo ao tentar sair com outras pessoas fora anulada.

Os gritinhos e gemidos que Penelope dava eram os melhores sons que Colin já havia escutado. Ele sabia que ela estava perto e estocou mais fundo, fazendo-a se agarrar nele e vibrar ao seu redor.

•••••••••

— Ai meu Deus! – a exclamação de Eloise viajou pela casa na manhã seguinte.

Da porta, ela observava Colin e Penelope dormindo na mesma cama, o braço de Colin sobre os ombros de Penelope, o cabelo ruivo dela contrastando com o travesseiro branco.

Colin abriu os olhos e encarou a irmã prostrada na porta, as mãos na cintura e uma expressão muito zangada no rosto.

— O que foi? – Violet gritou, subindo as escadas.

Penelope acordou com os gritos e Colin puxou-a mais para si.

— O que foi que você fez, Colin? – Eloise perguntou incrédula. – Isso é incesto!

— O que? – a sra. Bridgerton berrou desesperada do corredor, quase derrapando ao chegar no quarto.

— Não somos irmãos, por Deus, Eloise! – Colin berrou também, perguntando-se qual era a pena por matar sua irmã mais nova.

— É como se fossem! – ela se virou para a mais velha. – Mãe, diz pra eles!

Violet olhava a cena de boca aberta, o canto do lábio tremendo.

— Se vistam – ela disse ao dar meia volta e sair do quarto. – Apenas se vistam.

Penelope olhava a cena se desenrolar em sua frente sem dizer nada, até que um ataque de tosse a sacudiu.

— Eu não acredito! – Uma Eloise muito furiosa tirou o chinelo do pé e correu para a cama, batendo em Colin a cada palavra que proferia. – Você passou gripe para a minha melhor amiga!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Qualquer erro de português por favor me avisem.