Macgyver Undercover escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 5
Perturbada




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P.O.V. Riley.

A mãe dela ficou louca. Ficou perturbada.

Mas, como Diana é uma bruxa não pode ser internada. Porque se ela fica com raiva ou com medo, faz as coisas explodirem, os vidros estourarem e as pessoas voarem longe.

Nós viemos visitar, eles moravam numa mega mansão.

—Ai, vocês não tem medo que os malucos achem vocês aqui?

—A mansão é protegida por vários feitiços de ocultação e tem um feitiço que faz a mansão parecer abandonada. Como vocês devem ter notado.

—É. Por fora ela está horrível.

—Ela não está horrível, ela só parece horrível.

Eu fui a primeira pessoa a ver Diana. Ela estava menos magra e o cabelo estava pintado de ruivo. Um ruivo meio castanho. Mas, os ossos das bochechas ainda estavam salientes.

—Oi Diana.

—Não se incomode. Ela raramente responde. Quase não fala.

—O que ela está fazendo?

—Pintando.

—Ela está pintando nas paredes. Parece criança.

Jack deu risada. Então, Claire olhou para Jack e os olhos dela faiscavam de raiva.

—Você acha engraçado Dalton?! A minha mãe passou dezessete anos presa num lugar frio, úmido e escuro sendo torturada por aqueles cretinos e tendo o mínimo para se viver! Minha mãe era uma pessoa alegre, que gostava de moda, falante... engraçada. Agora ela quase não fala! Não dorme direito! Tem ataques de pânico! Só dorme á base de remédios que são tão fortes que derrubariam um elefante!

Diana começou a gritar.

—Calma, calma mãe. Tá tudo bem.

—Não! Não!

Ela apertava os ouvidos e gritava. Claire foi chegando perto dela devagar.

—Calma mamãe. Tá tudo bem, ninguém vai ferir a senhora. Calma.

—Tudo bem mãe.

Claire abraçou Diana.

—Eles querem pegar a minha filhinha. Eles querem machucar o meu bebê. Mas, eu não vou deixar eles. Não. Eu não vou deixar.

—Eu sei mãe. Vamos, tá na hora de comer.

—Comer. Eu gosto de comer.

—Eu vou fazer panquecas com ovos e bacon.

—Bacon. Eu... eu gosto de Bacon. Bacon é bom.

—Isso Bacon é bom. Eu vou fazer a sua comida tá bem? Fica ai. Quer que eu ligue a TV? Eu vou ligar a TV.

Claire ligou a TV num canal que passava vídeo clipes.

—Não toquem na minha mãe. Sem contato físico. Especialmente vocês dois, garotos. Podem tentar conversar com ela, mas não encostem nela.

Claire saiu e Diana voltou a pintar na parede. Ela pintava símbolos, entre eles eu reconheci o brasão da família dela.

—É o brasão da sua família.

—É. Me lembra de casa. Nós íamos passar as férias no Castelo.

—Você tem um Castelo?

—A minha mãe tem. Ela é muito bonita. O nome dela é Rebecca. Eu não gostava dos bailes, mas ela me subornava com panquecas e chocolate.

—Parece bom.

—Para alguém que quase não fala você está falando bastante.

Jack comentou, mas ela não respondeu.

—Decidiu ficar quieta?

Ela olhou pra ele, ela parecia assustada. A mansão começou a tremer.

—Qual é, eu sou o Jack. Jack Dalton, eu servi no Afeganistão. Eu protejo as pessoas.

O tremer virou chacoalhar.

—Jack, acho melhor você ficar quieto.

A esposa do Senhor Clairemont desceu as escadas.

—Ai! Ela não interage com ninguém do sexo masculino, ainda mais com homens com um perfil como o seu. Se não sentar ai e calar a boca ela vai te fazer voar longe.

—Um perfil como o meu?

—Ela ficou todos esses anos sendo torturada por soldados, militares. E você se veste como um soldado, anda como um soldado e acabou de admitir que é um soldado. A Diana não interage com ninguém do sexo masculino, exceto uma pessoa. O Mattew. Deixa ela quieta.

—Mas, se a Diana está viva então...

—Matt rompeu comigo á alguns meses. A Diana é a alma gêmea dele, a companheira dele. Não tem como competir com isso.

—Mas, se você não é mas esposa do Mattew então, o que ainda faz aqui?

—A Kenzie é amiga da Claire, eu sou amiga do Matt e estamos em guerra.

—Kenzie é sua filha?

—Não. Ela é minha melhor amiga.

—Mas, ela é adolescente.

—E dai? Ela é a humana mais corajosa que eu já conheci.

—Mãe, trouxe a comida.

Claire pôs o prato encima da mesa.

—Suco.

—Ah, eu esqueci o suco. Desculpe. Tem de laranja, de melancia e de uva.

—Melancia. Açúcar.

—Tudo bem. Suco de melancia com bastante açúcar.

Diana começou a comer, ela comia o bacon com a mão. O Jack não se aguenta. Ele pegou um Bacon do prato da Diana e ela não gostou. 

—Não! É meu!

Jack foi lançado longe. E ela pegou o bacon de volta.

—Ai.

—Meu!

—Não se meta com uma bruxa e o seu Bacon. Entendi.

—Eu ouvi o estrondo lá da cozinha. Aqui mãe o suco.

Ela começou a beber pelo canudinho. Então, ela estendeu o copo pra mim.

—Suco? Suco é bom.

—Ela tá oferecendo.

—Ela não vai me jogar longe vai?

—Não. Ela tá oferecendo. Você não... tentou tirar dela.

Eu tomei um gole e estava melado de tanto açúcar. Eca.

—Muito bom. Onde está o seu pai?

—Ele saiu pra caçar.

—Caçar?

—Ele não vai matar as vítimas. Vai beber um pouco, dar seu sangue para o ferimento fechar e fazê-las esquecer.

—Mas, ele pode beber de bolsas de sangue.

—Pode. Mas, se você pudesse escolher entre comer comida quente e caseira ou comida fria e enlatada... qual você escolheria?

—Comida caseira.

—Viu? A... as pessoas malvadas, não compreendem que se exterminássemos a sua raça, nós ficaríamos sem comida. Precisamos de vocês pra viver, como uma cadeia alimentar, sem presas o predador morre de fome e sem árvores o herbívoro morre de fome. Ainda não inventaram um substituto de sangue, o mais perto que chegamos foi sangue clonado e o gosto é horrível. Foi um fracasso.

—Você sabe quem inventou o sangue clonado?

Foi o Mac quem respondeu:

—Industrias Levi. Foram os cientistas da empresa do seu pai. Porque?

—Acharam que se inventando um substituto, a... as pessoas malvadas não iriam mais tentar nos caçar.

—Você quer dizer a Ordem.

Diana começou a gritar e a entrar em pânico.

—Calma, calma mãe. Tudo bem. Eles não estão aqui, não podem entrar aqui. Não sabem que estamos aqui.

E Diana se agarrou com força á Claire.

—Tudo bem mamãe. Você tá segura. Nós estamos seguras. Não fale esse nome. Não na frente dela. Mas, sim eles mesmos. Acredite, tentamos de todas as formas apaziguar as coisas, mas nada nunca funcionou. Então vamos acabar com eles. Exterminar as baratas.

—Você vai matar eles.

—Vou. E não vou sozinha. Não vamos mais fugir ou nos esconder, vamos revidar. Vem mãe, vamos tomar banho. Pentear o cabelo.

Ela tinha que dar banho na mãe dela, tinha que fazer a comida, tinha que levá-la no banheiro.

Nós voltamos á sede da Fênix porque fomos chamados.

—Tchau. E não se preocupem, não é ameaça.

Assim que chegamos á sede da Fênix, a Matty estava olhando a tela.

—O que aconteceu?

—Tem uma quantidade enorme de gente vindo pra cá. Não só dos Estados Unidos, pessoas de todos os lugares do mundo.

—Ela sabia. Ela disse antes da gente sair, não se preocupe, não é ameaça. Ela sabia que essa gente estava vindo pra cá.

—Quem?

—Claire.

—E o que essa gente quer aqui?

—Eu não sei, mas tenho uma teoria.

—Qual é a teoria?

—São todos sobrenaturais. E nada disse é aleatório. Ela está fazendo um exército. Para lutar contra a Ordem de Sangue.

—A tal seita que sequestrou Hayley?

—Sim. E nome dela de verdade é Diana. Diana Bishop. 

—Como Bridget Bishop?

—Sim.

P.O.V. Matty.

Tinha alguma coisa errada com a Riley.

—O que foi menina?

—Você não a viu. Você não viu ela Matty. 

—Ela quem?

—Diana. Ela ficou louca. Ela quase não fala, ela não fica sozinha, ela não interage com o sexo masculino. Ela desenha nas paredes da casa. O Bozer até tentou falar com ela, mas ela não respondia. Quando o Jack tentou chegar perto dela, a casa começou a tremer e o tremor virou chacoalhar. Ela ficou em pânico. Diana não gosta que ninguém encoste nela, ela entra em pânico, grita e esperneia. Claire falou que ela ficou anos presa naquele lugar, sendo torturada.

—Se a Claire sabe o que está acontecendo eu quero interrogá-la.

—Tudo bem.


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