Os Guerreiros Do Reino Após Os Muros escrita por _milenayamamoto


Capítulo 14
Pelo Corredor Vazio


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura ♡



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Lua, abrindo a página de busca na internet, pesquisou por "Miya Museu Tóquio".

Vários resultados apareceram, mas todos eram sobre diferentes museus em Tóquio, nenhum sobre exposições de pinturas da Miya.

—Quer ver que aquela exibida tava mentindo? - Lua resmungou.

—Você sabe o sobrenome dela? - Sam perguntou.

—Não.

—Como não?

—E você sabe, por acaso?

—Eu não sei nem o seu, e isso porque estudamos juntos há três anos.

Lua digitou novamente "Miya Museu Artes Tóquio".

Outros resultados apareceram, e Lua clicou no primeiro link.

Uma página escrita toda em japonês foi aberta.

Sam se aproximou da tela, surpreso:

Wow...

—O quê? O quê está escrito? E desde quando você sabe japonês?

Sam apontou para a foto de Miya posando em frente a grandes telas pintadas por ela:

—Eu não​ sei muito bem japonês... ainda. Mas, olha. Não era mentira. Esses quadros são dela.

Lua deu zoom na imagen, realmente era a colega. Mas as pinturas estavam todas borradas nas fotos, sendo impossíveis de enxergar.

Lua clicou em um link que os direcionou até uma das redes sociais de Miya.

Haviam fotos dela praticando kyudo e pintando.

—Ela postou essa agora pouco. - Lua apontou para uma foto onde Miya estava tomando chá. - A legenda da foto está em japonês. O que está escrito, Sam?

—Algo sobre o quanto ela está adorando nossa cidade.

—Quer dizer que ela está aqui?

—Mas ela não nos conhece... Ela nunca veio para nosso colégio.

—E que essa legenda tem a ver com a foto, heim?

—Você consegue mandar um e-mail pra ela? - Sam perguntou, pensativo.

—Falando o quê? Ela vai ignorar o e-mail. Você mesmo disse que ela não nos conhece.

—E se a gente se encontrasse com ela? Pessoalmente.

—Pessoalmente? Você endoidou de vez? O álcool de limpar as mãos subiu pro cérebro, ou o quê?

—Oh, sua ignorante. Talvez ela tenha tido o mesmo "sonho", e nos reconheça.

—E onde vamos encontrá-la então, Sherlock?

Sam cruzou os braços e balançou a cabeça negativamente:

—Eu não sei.

—Afinal de contas, pra quê vamos encontrar ela? - Lua perguntou, desligando o computador.

—Eu estou com um pressentimento ruim.

—Já foi no banheiro? Devem ser gases.

—Lua, presta atenção. - Sam girou a cadeira onde Lua estava sentada, a fazendo ficar de frente para ele. - Tem alguma coisa errada acontecendo. Nós precisamos voltar pra Litari.

—Tem certeza que precisamos voltar pra lá?

—O que está acontecendo com você? Você estava tão disposta à ajudar aquele reino.

—Talvez eu precise acordar e perceber que isso tudo é perda de tempo.

—Perda de tempo?

Sam olhou nos olhos da colega, preocupado:

—Lua. O que aconteceu?

—Acho que é hora de você acordar também, Sam. - Lua se pôs de pé e saiu da sala, deixando Sam sozinho.

Ele, parecendo meio perdido, correu para o corredor. Mas Lua não estava em lugar nenhum.

—Lua?! - Sam chamou.

Não houve resposta.

—Eu acho que é hora de você acordar também? - Sam murmurou, caminhando pelo corredor.

O colégio estava vazio. Não havia ninguém em lugar algum. Chegando na porta da entrada, Sam olhou para o céu que estava com cor de chumbo, e era possível ouvir trovões distantes.

—Eu preciso acordar? - ele sussurrou. - Como assim?

Sam sentiu alguém puxá-lo pelo pulso, se virou e viu Lucas.

—Vai cair uma tempestade daquelas. - Lucas disse. - Quer vir lá pra casa? É mais perto que a sua.

—Eu preciso encontrar a Lua antes. - Sam ainda olhava em volta.

—Lua? Pra quê?

—Eu... preciso encontrá-la. Pode ir na frente, logo eu te alcanço.

—Não, Sam. - Lucas agora segurava a mão de Sam. - Você não...

—Serei rápido.

Lucas aproximou seu rosto do de Sam, ficando com os lábios a centímetros dos dele.

Sam, sentindo seu rosto esquentar, fechou os olhos com força.

—Você não quer ir. - Lucas sussurrou.

Sam abriu os olhos espantado, e se distanciou:

—O quê?

—Nada. - Lucas se aproximou novamente.

—Você está bem?

—Melhor do que nunca.

Um trovão rugiu alto. Pingos de chuva começaram a cair.

Lucas encarava Sam, seu olhar penetrante o deixando desconfortável.

—Lucas, o que você...? - Sam perguntou.

—Eu te conheço, Sam. - Lucas passou a mão pelo braço de Sam, o fazendo arrepiar. - Te conheço melhor do que você mesmo.

Sam virou as costas e seguiu novamente pelo corredor, verificando as salas de aula, todas vazias.

Lucas o seguia.

—Por que está me seguindo? - Sam perguntou. - Já disse que preciso encontrar a Lua.

—Talvez ela já tenha ido embora.

—Não. Ela deve estar aqui, em algum lugar.

Lucas segurou a mão de Sam, parando no meio do corredor:

—Desde quando ela é tão importante pra você?

—Você está estranho. - Sam respondeu, soltando sua mão da de Lucas. - Eu não sei o que você quer, mas...

—Você sabe muito bem o que eu quero. E sei que você quer o mesmo.

—Não, não quero. - Sam se virou novamente, andando pelo corredor tentando ignorar Lucas.

—Você não vai encontrá-las.

Sam parou, de costas para Lucas, e perguntou:

—O que você disse?

—Pelo menos não vivas.

Um relâmpago iluminou todo o corredor, e o estrondo do trovão balançou as janelas.


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Notas finais do capítulo

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