Who Knows? escrita por FeerChan


Capítulo 1
Prologue


Notas iniciais do capítulo

Oie gente, tudo bem?
Bom, espero que gostem dessa fanfic, é bem cliche, mas acho gostosinho para variar um pouquinho.


A história esta postada no Spirit, Wattpad e Inkspired

Boa leitura



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Lucy nunca conseguiu administrar bem sua inferioridade emocional e agora, mais do que nunca, já que por algum motivo aquele garoto havia se ofendido muito com sua atitude nada empática e transbordava suas emoções irracionais sem processar uma única palavra enquanto as cuspia em sua cara, tudo parecia desmoronar lenta e indevidamente.

― Você é uma pessoa ridiculamente vazia.

Não era novidade, até porque ela mesma já sabia disso e não era atoa que estava terminando aquele rolinho com Léo. Não poderia lhe oferecer aquele amor incondicional, muito pelo contrario, só estava com ele – e com outros – para tapar um buraco em seu intimo. Um buraco que havia se tornado mais profundo do que deveria e sem um motivo realista para tal.

― Você se quer tem amigos e se acha à gostosona, mas vive andando por aqueles corredores lotados do colégio, sendo simpática a todos e sem ninguém verdadeiramente ao seu lado.

― Você esta exagerando – pela primeira vez após dar o estopim do termino, Lucy tomou a liberdade de balbuciar, erguendo sua cabeça. Ela tinha amigos, ou melhor, ela tinha uma amiga – Levy.

― Não brinque comigo – riu irritado levando a mão até seus olhos cansados graças a aquela briga desnecessária com aquela que havia mexido consigo e agora o descartava como fizera com todos os outros ― Sua única amiga foi embora, Lucy. Ela se mudou de colégio e agora você esta mais sozinha do que nunca... Estou enganado?

Não ele não estava e por mais que ela quisesse negar da forma mais fervorosa que poderia existir, não havia palavras suficientes, muito menos motivos. Então apenas calou-se e como aquele velho ditado “quem cala consente”, Leo viu a abertura para continuar suas lamurias e xingamentos.

― E digo mais, se alguém fala com você é apenas para te pegar como brinquedinho sexual. Você já virou motivo de chacota entre os garotos do nosso colégio.

― Isso é mentira! – enfurecida com tais palavras relutou, não querendo aceitar que aquilo realmente poderia ser verdade.

― A é? Então me responda uma pergunta, com quantos da sua sala você já ficou? – parou para computar os nomes e passou a enumerar cada um deles. Quantos garotos ela havia ficado? Instantaneamente suspirou, se dando por vencida. Era mais fácil pensar quantos ela não havia beijado ou se envolvido mais a fundo.

Não era por maldade, apenas não se influenciava com o sentimento alheio, na verdade, para ela, tudo não passava de um bom momento com eles e depois sua vida continuava, então porque todos levavam aquilo tão ao extremo? Uma garota não poderia se divertir um pouco sem ser chamada de vadia maldita ou mal amada? Ah, claro... Isso quando não a chamavam de coisa pior, mas tal situação não vinha ao caso. O ponto era que ela não entendia qual era o mau em não querer se envolver emocionalmente com alguém e apenas se divertir sem compromisso.

Bufou, pensando alguma maneira de provar tanto a Loki quanto para si mesma de que ela poderia ter algo muito melhor que aquilo que todos comentavam em suas costas. Veja bem, Lucy poderia ser motivo de chacota no sentido amoroso, mas era uma boa garota, um pouco isolada por não ser boa em demonstrar seus sentimentos vividamente, mas nunca chegou ao vermelho com suas notas, alem disso sua simpatia era extrema assim como sua educação polida.

Pondo isso em nota, porque ela, dentre tantos estúpidos e miseráveis, não poderia conquistar um amigo e até mesmo se aventurar no amor, certo?

― Eu vou provar a você, e a todos que pensam essas coisas de mim, que eu posso ser bem melhor que tudo isso.

Suas palavras vinham e iam de forma irônica no ar, fazendo até mesmo Léo, em seu ápice se ódio, rir desbocado. “Impossivel” – foi o que ele disse e até mesmo o que seu subconsciente a alarmava, mas determinada a tal decidiu que a partir daquele instante seria muito melhor do que até então. Faria amizades e deixaria as coisas fluírem naturalmente, mesmo que não acreditando na possibilidade de encontrar um grande amor já que para ela esses romances fantasiosos não deveriam sair dos livros dos contos de fadas, mas... Quem sabe, não?

Quem sabe as coisas poderiam tomar um rumo diferente daquela vez.

Sentada em sua carteira, matutando quais as possibilidades de amigos que poderia arrumar, inflou as bochechas grunhindo de raiva e na sequencia bateu a testa na carteira, bagunçando os cabelos loiros com as longas unhas pintadas de branco. Estava frustrada, nunca na vida conseguiria encontrar alguém que se desse bem consigo.

Já no ultimo período, tombou os olhos a sua direita, vendo o menino sentado ao seu lado.

Era engraçado como aquele garoto conseguia ser tão displicente a ponto de estar usando seus fones de ouvido no meio da aula de história, não dando a mínima para o professor enquanto parecia escrever uma lista em seu caderno. Curiosa estirou o corpo um pouco mais para o lado, vendo que as anotações não passavam de utensílios domésticos – o que era bem estranho para um menino de dezessete anos, estar anotando algo como “pano de prato” em meio a aula. Não deveria ser uma lista de garotas ou até mesmo de jogos de vídeo-game?

Petrificada analisando as anotações, viu-se surpresa quando o mesmo a encarava descaradamente, removendo um dos fones de ouvido, dando a entender que se ela precisava de algo, só deveria falar logo.

― Seu caderno, o que você esta escrevendo? – perguntou sem pensar duas vezes que aquilo provavelmente não era da sua conta. Ele deu de ombros, fechando o utensílio, colocando os fones de ouvido novamente. Se ela não precisava de nada, apenas a ignoraria. 

Lucy bufou, percebendo que ultimamente suspirar pesarosamente e demonstrar inquietação já haviam se tornado algo muito comum em sua rotina, voltando as escorar as costas na cadeira dura, tombando a cabeça para trás, fechando os grandes olhos castanhos enquanto mais uma vez se martirizava por saber que não iria conseguir provar nada a ninguém.

― Oe – ouviu, percebendo que pela primeira vez dera atenção a voz forte do rosado ao seu lado. Ela sabia seu nome, Natsu, se lembrava por ter associado a idéia de verão com seu cabelo cor de rosa – estranho, sim. Mas fora a única forma de se lembrar quem era aquele menino, voltou sua atenção ao mesmo, o encarando de soslaio ainda com a cabeça tombada sutilmente.

― Nós somos os responsáveis pelo diário de classe de hoje – murmurou, e isso a deixou ainda mais desanimada. Como se não bastasse estar com a cabeça cheia de idiotices, ainda teria de cumprir os deveres de seus professores ― Eu tenho que resolver umas coisas, então posso pedir para fazer metade e deixar o restante na minha casa?

A pergunta parecia tímida. Visivelmente ele não desejava a incomodar, mas algo mais importante chamava sua atenção e mesmo que Lucy não quisesse ter de passar na casa do garoto depois de fazer metade do diário de classe, decidiu que não custaria muito, até porque não havia nada para fazer e então acenou positivamente dando um breve sorriso, finalmente ouvindo o sinal do final do período tocar.

O rosado acenou, em agradecimento, e Lucy o percebeu conversando com alguns garotos, pessoas nas quais ela mesma nunca havia se metido a conversar, quem diria beijar. O que era bem curioso já que todos pareciam muito bem dotados, pensou mordiscando o dedo enquanto analisava Gray.

Seus olhos correram para a porta de sua sala, percebendo Léo e seu sorriso desafiador, Lucy em resposta balançou negativamente com a cabeça, espalhando os pensamentos idiotas tendo em vista que se seu desempenho fosse tomar algum tipo de nota seria: trágico.

Frustrada e ainda por cima indignada com a provocação do outro, ergueu-se rapidamente da cadeira, caminhando em direção a Natsu o puxando pelo ombro, surpreendendo a qualquer um próximo. Os olhos verdes do mesmo se vidraram nos seus castanhos e ela pode sentir um pequeno frio na barriga acompanhado da pergunta mais obvia: Que diabos estava pensando ao agir tão impulsivamente?

― Hm, veja bem – começou, rodeada pelos amigos do rosado que encaravam tudo aquilo entusiasmados: “Seria possível que a princesa ira se declarar para Natsu Dragneel?” – esse era o pensamento de todos, mas a continuação fora mais surpreendente que o próprio devaneio insano.

― Eu vou fazer esse favor para você – referia-se em levar o diário de classe para a casa do mesmo ― Mas você vai se tornar meu amigo em troca.

A sala provavelmente não estava tão silenciosa, na verdade todos estavam inquietos falando coisa como “finalmente a aula acabou”, mas para Lucy que se mantinha com os nervos a flor da pele para uma resposta, havia uma espécie de bolha em seu entorno, a deixando absorta apenas nos lábios do rosado que se abriram, lhe fornecendo a mais inconcebível resposta na qual não era levada nem ao não, muito menos ao sim, mas simplesmente ao:

― Eu não tenho tempo para isso. 


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam?
Mereço comentarios?

Espero que gostem !

Bye Bye



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