Faz pouco mais de 6 meses que escrevi algo, sobre mim ou qualquer outra coisa, não sei se ainda consigo por em palavras tudo o que quero. Mas essa história não é apenas sobre mim, L, que foi o modo que decidi chama – lo, está distante, ou sou eu que sou a culpada disso? A realidade é que tudo está estranho e cada vez mais me afundo em duvidas e indecisões, ele é uma delas.

Me incentivaram a continuar essa fanfic, que não é nada mais que minha vida de modo figurativo em certas partes, só que eu não sei como, comentar nossas conversas? Brigas? Inventar situações?

Triste olhar pro passado e ver coisas que não vão acontecer mais, grupos desfeitos, personalidades mudadas, opiniões seguindo caminhos que um dia dissemos que nunca iria acontecer. Eu sinto falta das risadas, de como éramos crianças, de promessas que fazíamos.

Os papeis se inverteram

Um anjo despedaçado passa despercebido entre demônios e um demônio bom se destaca no meio de anjos.

Ele se tornou tudo o que um dia eu fui, eu me orgulho disso, de certa forma, saber que ajudei alguém a tentar ver o mundo com outros olhos é gratificante.

A criança cresceu, e eu que tanto teimava em não ver sofro, igual quando um filho sai “das asas da mãe”, ele saiu das minhas asas, se tornou alguém que escapa entre meus dedos, como se tentasse segurar um pouco de água, você se molha mas ainda não a prende.

Ele se tornou uns do que eu tenho medo, ciúmes, inveja, ódio, amor e muitos sentimentos juntos. Isso me corrói.

Eu perdi o controle sobre mim, usei drogas das quais sempre fui contra, bebo até não aguentar, me meto em situações que não são de meu agrado.

Desculpe, L, eu tentei ser alguém perfeita e exemplar a você, mas eu já não sei mais o que é certo ou errado, que bom que já não me pede mais conselhos pois eu não saberia os dar, e que bom que encontrou novas pessoas a quem contar seus segredos pois eu já não conseguia mais escutar.

Que bom que encontrou pessoas em sua vida que serão melhores do que eu jamais fui.