The Coffee Boy escrita por Ivy Harper


Capítulo 12
There’s Always Time for a Cocktail!


Notas iniciais do capítulo

Antes de começar a leitura, quero agradecer imensamente a todos que estão acompanhando essa fic. Já estamos no 12º capítulo e o número de visualizações me surpreende todos os dias, estou muito feliz pelo resultado que estou obtendo com esse conto. Quero saber a opinião de vocês, não esqueçam de comentar a história, isso me ajuda muito a continuar com a história e também mudar o rumo de muito coisa. Muito obrigado e uma boa leitura.



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Roy ainda se rejeitava a acreditar que tudo aquilo tinha sido um sonho, e ainda mais que havia sonhado com Oliver e ele daquela forma. Foi tudo tão real, ele conseguiu sentir o calor de Oliver dentro do quarto, até mesmo o cheiro do perfume caro dele, mas tudo não passava de coincidências que o sonho só fixou na mente de Roy.

O garoto tentava esquecer aquilo, mas era tudo que vinha a sua cabeça e ele simplesmente não aceitava. Ele não aceitava ter uma queda por Oliver, ele não aceitava gostar do que havia acontecido no sonho, ele não aceitava pensar em Oliver de uma forma mais íntima e sentir sua cueca ficar mais apertada. Aquilo era completamente inaceitável na cabeça de Roy.

O celular tocou e ele nem pensou duas vezes antes de atendê-lo, precisava de algo para se distrair. Era Cindy.

— Me diga que tem algum plano pra hoje à noite, ou hoje à tarde, ou até mesmo agora. Preciso me distrair. – falou sem nem ouvir a amiga.

— O que houve? Posso ajudar? – perguntou ela preocupada.

— Pode ajudar me levando pra algum lugar hoje. Caso não leve, não pode me ajudar. – respondeu curto e grosso.

— Nossa! Alguém teve uma noite ruim. – falou surpresa.

— Muito pelo contrário... – Roy estava só de cueca sentado à mesa, ao olhar para baixo lembrou-se do sonho mais uma vez só por ver parte da cueca branca com uma mancha que não estava lá antes de dormir. – Enfim. – suspirou. – Vai me levar ou não? – perguntou mais uma vez.

— Sim. Hoje tem uma festa na mesma casa noturna da festa de ontem, podemos ir lá caso não tenha algum compromisso mais importante. – sugeriu a garota.

— Nos encontramos na porta às oito. – respondeu prontamente.

— O que aconteceu para você ficar assim? Por acaso está apaixonado e precisa de bebida pra esquecer? – Cindy queria saber o que de fato incomodava Roy.

— Eu não sei. Sinceramente não sei o que acontece comigo. Mas eu preciso sim beber e esquecer muita coisa. – proferiu um pouco mais aliviado.

— Tudo bem então. Esteja lá na hora marcada que também estarei. Até mais tarde. – Cindy despediu-se e desligou o telefone.

▪▪▪

Embora o encontro estivesse marcado para as oito da noite, Roy chegou uma hora mais cedo na porta da boate e já se adiantou, entrando e indo direto para o bar, precisava beber, precisava perder os sentidos, embora não fosse muito de fazer aquilo, a noite passada exigia dele.

O garoto conhecia seu corpo e seus limites, sabia que não poderia simplesmente começar a beber feito um louco, então preferia começar com uma água tônica e uma dose da vodka mais fraca do bar. Assim que a bebida chegou, o celular do garoto tocou e ele o tirou do bolso, era Cindy, o que fez ele prontamente atender.

— Já estou chegando. Tudo certo pra hoje? – perguntou a garota do outro lado da linha.

— Assim que chegar venha direto para o bar, estou aqui. – advertiu o rapaz, ouvindo uma gargalhada da amiga.

— O que houve com você, rapaz? Eu nunca te vi tão nervoso assim a ponto de não me esperar para algo. Tem alguma coisa que eu precise saber, Roy? – Cindy estava curiosa demais.

Roy sabia que, se ele contasse, Cindy falaria sobre aquilo até o dia que o sonho dele virasse realidade, então preferiu evitar o assunto. – Assim que você chegar vou lhe contar o que houve. Agora vem logo! – ele desligou o telefone e o guardou de volta no bolso, já tinha uma história inventada para contar.

Cindy não demorou a chegar, ela já estava perto quando Roy desligou o telefone, o mesmo já estava na segunda dose de vodka.

— Olha só! Nem me esperou para começar a beber. – Cindy sorriu assim que o amigo virou o rosto para ela.

Há alguns dias os dois haviam brigado, Roy já estava se deixando ser afetado pelo álcool, então levantou-se do banco e abraçou a amiga. – Me desculpe pelo que falei, eu sei que não deveria nunca negar minhas raízes ou ter vergonha delas. Eu prometo que nunca mais vou fazer pouco caso disso aqui. Eu tenho orgulho de ser morador do Glades, você me ensinou isso, Sin. Eu te amo! – ele abraçou a amiga com mais força, e a mesma só conseguia rir.

— Você nem começou a beber direito e já está assim? Você é um caso sério, Roy. – ela retribuiu o abraço e se afastou do amigo. – Está tudo bem, eu também exagerei naquele dia, também lhe devo desculpas. – ela bateu no balcão e pediu um energético ao barman, que a serviu quase que prontamente. – Mas me conte, o que aconteceu para você estar assim? – ela continuou insistindo na pergunta.

Embora a cabeça de Roy estivesse embaralhada, ele ainda lembrava da história que havia inventado para conta à amiga, tratando de colocar o plano em ação assim que conseguiu lembrar de todos os detalhes. – O trabalho está começando a ficar estressante, os funcionários de lá andam me tratando mal, se não fosse pela Felicity ou Oli... – ele pausou, chamar o patrão pelo nome na frente de Cindy entregaria o jogo imediatamente, então ele preferiu pigarrear e fingir que a bebida havia ficado presa na garganta para então continuar a frase. – Ou o Sr. Queen para me ajudar, não se o que seria de mim. – concluiu.

— Eu sabia que não seria fácil para você, se precisar de qualquer coisa, sabe quem me terá como amiga pra sempre, não sabe? – Cindy estava convencida, não tinha mais questionamentos a fazer, muito menos julgamentos, só conseguia apoiar o amigo.

— Obrigado! Por isso eu te amo. – ele deu um gole em toda a vodka do seu copo e o colocou no balcão novamente, pedindo agora um energético para acompanhar a amiga.

A música começou a tocar mais alta, mais agitada, e Roy só conseguia pensar em se divertir com sua amiga. O sonho com Oliver já havia sido esquecido, ele nem sabia se recordaria daquele sonho depois da noite que estava tendo. Ele só queria comemorar o novo emprego, a amizade conquistada de volta e toda a felicidade que estava vivendo durante aquela semana, coisa que não era rotineira em sua vida, mas aquilo estava mudando. Roy comemorava uma vida nova.

A pista de dança estava escura, muita gente, o calor das pessoas dominava o local. Vez ou outra Roy puxava algum desconhecido na pista para dançar, fosse homem ou mulher, ele só queria saber de se divertir e contagiar as pessoas ao seu redor. Quando ultrapassava os limites, Cindy o puxava de volta e o mantinha perto dela, ao menos uma pessoa ali tinha que estar controlada.

— Roy, você está muito solto, fica quieto um instante. – alertou ela em voz alta, perto do ouvido do amigo. A música alta não permitia que os dois conversassem normalmente.

— Eu estou me divertindo! – respondeu ele, abraçando a amiga em seguida, que retribuiu o abraço só para mantê-lo quieto por alguns segundos que fossem.

— Vem, vamos sentar um pouco – ela nem forçou muito a voz, apenas puxou o amigo até o bar e o sentou ali, ficando ao lado dele.

— Eu quero beber! – ele gritou, já chamando a atenção do barman, que vinha na direção dele.

— Não, chega de bebida por hoje! – Cindy fitou o rapaz do outro lado do balcão e negou com a cabeça, fazendo o mesmo se afastar.

Após alguns segundos em silêncio e atento a pista de dança, Roy falou alguma coisa. – Sin, quem é aquela? – perguntou enquanto apontava para algo ou alguém.

— Quem? – Cindy olhou para trás, mas não sabia ao certo de quem Roy estava falando, havia muita gente ali, seria difícil distinguir a pessoa a qual ele se referia.

— Deixa, eu vou lá. – o garoto levantou, mas Cindy não deixou ele dar mais nenhum passo.

— Você não está bem, Roy. Não pode sair por aí sozinho, vai acabar bebendo mais e caindo bêbado na rua. – advertiu a garota.

— Eu prometo que não vou beber, certo? Prometo! – Roy estendeu a mão para a amiga e apontou o dedo para ela. – Dedinho. – ele sorriu como uma criança que fazia um trato com outra.

Cindy não conseguiu aguentar e gargalhou, e depois de hesitar muito, deu o dedo a Roy. – Tudo bem! Por favor, não faz nada que vai se arrepender depois. – ela continuou no bar enquanto o amigo se afastava.

— Pode deixar. – comunicou enquanto se afastava e ia à direção de uma garota de cabelos curtos e castanhos no meio da pista de dança.


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Notas finais do capítulo

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