Sanguis Amoris escrita por Stormy McKnight


Capítulo 1
Capítulo 1 - Minha Confissão


Notas iniciais do capítulo

Olá! Tudo bem?

Sanguis Amoris é o meu primeiro Yuri com elfas e retrata um pouco do meu passado de modo ficcional e espelhado no que aconteceu comigo. Eu resolvi contar uma parte da minha na forma desse Yuri com elfas de duas raças diferentes, os Elfos negros e os elfos brancos, representados aqui pelos "Umbra Veil" e os "Lumen Walkers" Obs: Falarei sobre os nomes das raças nas notas finais.

Boa leitura!



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Sanguis Amoris

 

1 - Minha Confissão

 

O nascimento sempre é um grande fardo para nossas mães. Elas fazem um grande esforço para nos trazer ao mundo. E então, quando deixamos o ventre de nossas mães, nós nos apavoramos pois não temos nenhum conhecimento do que nos espera lá fora. E para nossos pais é sempre uma benção quando conseguimos sair do ventre.

 

Quando cresci, eu perguntei ao meu pai, o Rei Tamuz Allaros, sobre minha mãe, e ele me disse que ela havia morrido ao dar à luz a mim.

 

Porém, um rei não pode viver sem uma rainha ao seu lado, então ele casou com minha tia, Semiramis Allaros, que sempre escondeu uma forte afeição por meu pai, mas nunca revelou isso, pois nunca se deu bem com minha mãe, e ela esperava que um dia ela morresse para poder casar com meu pai.

 

Até que esse dia chegou.

 

Meu pai e minha nova madrasta organizaram uma enorme festa para celebrar o vindouro casamento, a fim de que a linhagem dos “Umbra Veil”, os senhores da noite, continuasse governando o reino de Ravenhorn.

 

Eu, Thayla Allaros, fui adotada e fiquei aos cuidados de minha tia.

 

Então, meu pai contratou vários mestres para me ensinar diversas disciplinas, Astrologia, Matemática, o nosso antigo dialeto élfico, e até a falar a língua dos humanos. Ele dizia que todo tido de conhecimento era válido caso eu quisesse governar Ravenhorn algum dia.

 

Mas, eu nunca quis ser uma governante de Ravenhorn. Eu nunca quis ser uma Rainha ou possuir qualquer título nobre. Eu só queria ser como qualquer um. Livre.

 

Eu me dedicava bastante aos estudos, mas as vezes eu dava umas “escapadas” para a floresta perto do castelo, quando ficava entediada com os estudos.

 

Eu não gosto de viver em um castelo, de ser rica, de carregar o nome Allaros, porque é um fardo muito pesado para mim…

 

Agora mesmo eu estou sentada na borda da janela do meu quarto, escrevendo em meu diário, com a brisa do vento passando pelos meus cabelos prateados a minha pele negra como madeira velha.

 

Nós, Umbra Vail, possuímos um inimigo conhecido como Lumen Walkers, também chamados de “Elfos livres”, eles veneram as estrelas, ao contrário de nós que veneramos a Lua, e são diurnos. Eles são pobres e muito selvagens.

 

Eu aprendi sobre os Lumen Walkers com um de meus mestres que disse que meu pai foi enfático ao dizer que era preciso conhecer o inimigo e se possível, ficar longe dele.

Os Umbra e os Lumen nunca se deram bem. É uma rixa que dura anos e continua a existir até hoje.

 

Lua, estrelas, vivem no mesmo céu desde que o mundo se formou. Por que os Umbra e os Lumen não podem viver juntos e em paz? Eu não entendo.

 

Por que temos que viver separados um do outro?

 

Então, eu olhei para baixo da janela e a vi. Ela era muito bonita. Tinha cabelos dourados, uma pele bem pálida, e os olhos dela eram azuis como o mar. A mesma estava na frente do castelo, vestindo um vestido marrom cheio de remendos, diante dos guardas de meu pai.

 

Os guardas rapidamente a detiveram. Parecia estranho uma Lumen vir até o castelo sem nenhuma proteção, e os guardas certamente deviam achar aquilo suspeito também.

 

Eu escutei a voz dela.

 

— Me deixem passar, preciso falar com o seu Rei — a mesma exclamou.



Ao sentir uma presença ao redor dela, ela voltou o olhar para o alto e me viu. Eu fiquei bastante deslocada. Meus nervos estavam à flor da pele.

 

Então me afastei da janela.



Em seguida, deixei o diário na minha escrivaninha e fiquei andando de um lado para o outro freneticamente, tentando imaginar o porquê daquela Lumen Walker ter vindo ao castelo dos Umbra Veil.

 

De repente, escuto um estrondo. A porta do meu quarto se abre, deixando um pouco de claridade entrar no ambiente.

 

Volto minha atenção para a porta. Uma sombra entrou no meu quarto e então fez um gesto para fechar a porta em seguida e a mesma se fechou.

 

A sombra foi se aproximando de mim e se revelou.

 

Então eu a reconheci, Almarah, Capitã da guarda de meu pai. Os longos cabelos prateados dela estavam presos em um rabo de cavalo com uma tira de algodão azul marinho. Seus olhos verdes como os de todos os Allaros, estavam turvos. No semblante, ela estampava uma cara de séria. A armadura prateada cobrindo quase todo o corpo, exceto os braços e as coxas, brilhavam intensamente na luz do luar.

 

— Thayla — ela me chamou.

— O que foi, Almarah? — eu a interroguei.

 

— O seu pai está lá embaixo. Ele me mandou chamá-la para ajudá-lo na negociação com a invasora Lumen — a mesma explanou para mim.

 

— Por que? — contestei.

 

— Seu pai disse que você já é madura o suficiente para tomar uma decisão. Ele disse que acredita que você saberá agir com diplomacia — Almarah justificou.

 

Então eu fiquei refletindo antes de tomar uma decisão.

 

Apesar de eu ser uma jovem adulta e com certa experiência devido aos ensinamentos que recebi de meus mestres, eu estava muito nervosa, me sentia deslocada.

 

— Ele está lá embaixo com sua mãe — A Capitã comentou.

 

— Semiramis não é minha mãe — Contestei — , apesar de eu gostar muito dela. Meu pai só se casou com ela por uma necessidade.

 

— Na ausência da falecida rainha Cleo, ela é sua mãe, garota — Almarah rebateu.

 

— Eu não gosto desse casamento deles. Eles por acaso se amam de verdade? — Questionei-a.

 

— Quem se importa com isso? Contanto que o reino se mantenha estável com um Rei e uma Rainha no poder…

 

Então, Almarah continuou.

 

— Você vem ou não? — Ela retrucou de maneira bem direta.

 

— Claro. Por que não? Eu estou interessadíssima em conhecê-la.

 

— Você a conhece? — Almarah supôs.

 

— Não. Não é por isso que eu estou indo lá falar com ela?

 

Eu fiquei insegura. Eu tive medo de contar que eu já tinha visto ela da janela. Mas, tecnicamente eu também não a conhecia de verdade.

 

— Muito bem. Eu a acompanharei até lá, princesa — Almarah balbuciou.

 

— Primeiro, eu não gosto de ser chamada de “princesa”, e segundo, eu acho que eu vou lá sozinha… — exclamei.

 

— Tudo bem — a Capitã assentiu — Faça como quiser, mas eu ainda acho que você precisa de um guarda - costas. Quem sabe o que aquela Lumen pode tentar?



Então eu sai do meu quarto e fui para a sala do trono ver o que a Lumen queria.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado^^

Como eu disse, eu vou explicar sobre os nomes das duas raças élficas aqui.

Os "Umbra Veil", que seria "Véu negro/sombrio", são os elfos da noite. Eles são ricos e poderosos. Bem, miticamente falando, os elfos negros possuem uma pele que nem a de um vampiro, que queima se ficar exposta a luz solar. Mas, os meus "Umbra Veil", não tem esse problema, só que eles preferem viver em castelos, escondidos, fechados para o mundo.

Os "Lumen Walkers" ou "Andarilhos da luz", como a PP se refere, "elfos livres", são os elfos do dia, que são pobres, mas são "livres", mas é no contexto de espírito. Eles são livres pra acreditar no que quiserem, adorar o que quiserem, irem aonde quiserem, fazerem o que quiserem. Eles são mais "de boas". Ainda sim tem rivalidade com os Umbra, por motivos de crenças.

Nota: "Umbra" é "Sombra, negro,etc" em latim. "Lumen" é "luz" em latim.

Alguns personagens tem seus nomes inspirados em deuses da Babilônia.

Acho que por hora é só. Até a próxima postagem.



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