Uma companheira escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 6
Primeira conversa honesta




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P.O.V. Elijah.

Eu quero estar com ela. Mas, ela não quer estar comigo, embora ás vezes pareça querer estar.

—Temos que conversar. Não quero ter um stalker.

—Um o que?

—Um perseguidor.

Ela entrou numa casa.

—Não se preocupe, você vai conseguir passar da porta. A minha vizinha Nancy era bem velhinha. Ela morreu de causas naturais ontem no hospital.

Eu de fato consegui entrar na casa.

—Qual é a sua? O que você quer?

—Eu só... quero estar com você.

—Porque eu? É por causa da semelhança?

—Não. Mas, sim foi a semelhança e o fato de você ser uma duplicata que me atraiu á princípio.

—Mas, você sabe que eu não sou nenhuma das outras. Que eu sou eu. Certo? Porque eu quero alguém que goste de mim por quem eu sou e não como uma substituta para quem eu não sou.

—Sim. Estou ciente.

—Ótimo.

—Eu sinto que há momentos em que você gosta de mim, mas momentos em que você me odeia.

—Eu não posso gostar de você.

—E porque não?

—Porque você é um Mikaelson! Num minuto vocês são nossos..."amigos", no próximo estão nos matando! E eu não posso ficar perto de alguém assim, eu não quero alguém assim na minha vida. 

—Eu compreendo.

—Não. Não compreende não. E nem precisa. Mas, vou tentar explicar mesmo assim. Você é como uma sereia, elas são bonitas, atraentes, mas se chegar perto demais... elas te afogam e te devoram! Ou devoram e depois afogam. Você tem toda essa pose de herói, mas você não é o herói, você é o vilão. Você me lembra do Aro.

—Quem é o Aro?

—Um dos líderes do clã Volturi. Ele tem aquela fala mansa, mas é arrepiante de se ouvir quando se é criança e não tem noção do seu próprio poder. E ele mata uma pessoa sorrindo. Aquilo, agrada ele.

—E você acha que matar alguém me agrada?

—Eu acho que pra você... o mundo é insignificante. A vida é insignificante. Você arrancou o coração de uma velhinha numa igreja. Numa igreja! E jogou o coração fora como se fosse... sei lá, uma bola.

—Você sabe o que aquela velhinha fez?

—Sei. A agulha. Objeto amaldiçoado e tal. Mas, no fim não fez muita diferença fez? A mãe da menina morreu e você só olhou. Você teria matado crianças se o bruxo Vincent não tivesse achado outro jeito. Crianças! Tem essa noção?

—Eu sei muito bem...

—Você não sabe de merda nenhuma! Você pode ter sido um homem nobre um dia, mas agora... você é imundo e tem sido já há algum tempo. Se houvesse olimpíada pra canalhice estaria em primeiro lugar! Medalhista de ouro. Acho que empatava com os Mestres Volturi. Aqueles... demônios de olhos vermelhos!

Ela começou a chorar. Começou a surtar.

—Meu Deus o que eu to fazendo?! A Hope tudo bem. Mas... Elijah Mikaelson? O canalha, cretino que chacinou a minha família, a minha linhagem sem piedade?

Renesmee pegou um vaso e jogou na parede.

—Eu devia te matar. Mas, não vai fazer muita diferença vai? Alguém vai te trazer de volta, é como aqueles filmes de terror. Os mortos vivos, a vingança dos mortos vivos, o regresso dos mortos vivos, mortos vivos parte dez mil noite sangrenta. Não acaba nunca.

—Acha que... minha família é como um filme de terror?

—E você acha que não? 

Eu fiquei quieto.

—Vocês dormem não é?

—Sim. Dormimos.

—Qual foi a última vez, que dormiu tranquilo? Sem... pesadelos ou memórias te atormentando, ou culpa ou sei lá, alguém tentando te matar?

—Honestamente, eu não me lembro.

—Viu? Não acaba nunca. É como... estar preso num pesadelo interminável. Quando Marcel tirou suas memórias, ele tirou sua dor. Não tirou?

—Sim. Tirou.

—Talvez esse seja o jeito. Não todas, mas... só algumas. De todos vocês. Até mesmo as da Hope.

—Talvez tenha razão.

—Eu não quero me gabar, mas eu geralmente tenho.

—Vamos.

—Pra onde?

—Apresentar uma proposta.

Eu a levei para a mansão.

—Porque estamos aqui?

—Vamos apresentar a proposta.

—Que proposta?

P.O.V. Renesmee.

Eu fui arrastada para dentro daquela mansão.

—Ness? Tio Elijah?

—Eu acho que ele tem uma proposta.

—Que proposta?

—Eu que sei?

—A ideia foi sua.

—Que ideia?

—De apagar as nossas memórias ruins.

—Mas, foi só uma teoria! Eu tava surtando!

—Mas, pode estar certa.

—Jesus apague a luz! Você pirou.

—Ela pode estar certa.

—Caroline.

—Eu voltei.

—Não podem estar falando sério?!

Hope e eu falamos juntas.

—Vamos votar.

—Votar?

—Quem é a favor de apagar as memórias ruins?

—Eu.

Disse o Elijah.

—Eu.

Disse a Rebekah.

—Eu.

Disse Kol. Eles iam dizendo e se levantando.

—Quer saber, se não pode vencê-los... junte-se a eles. Eu.

—Meu Deus!

—Precisamos de uma bruxa poderosa o suficiente para fazê-lo.

Todo mundo olhou pra mim.

—Cacete.

—Por favor Ness. Por mim.

—Eu nunca fiz nada como isso antes. E se... eu fritar os cérebros de vocês.

—Vamos nos curar. Eu faço qualquer coisa para ser uma pessoa melhor para a Davina.

—Faço qualquer coisa pelas minhas filhas.

—Eu só... quero ter alguém.

—Jesus!

Eu comecei a respirar fundo, a bufar.

—Tá. Mas, temos que... eu preciso falar com o tal do Marcel.

—Tudo bem.

Logo o homem estava na casa.

—Vocês tem que estar muito desesperados.

—Eu que te chamei. Você é o Marcel não é? Marcellus?

—Sou eu. E quem é você?

—Renesmee Carlie Cullen. Olha, os malucos querem que eu apague as memórias deles. Não todas, só algumas. Mas, eu não faço a menor ideia de como fazer isso.

—E é por isso que estou aqui?

Eu comecei a ouvir as vozes na minha cabeça.

—Ein? Isso é possível?

—O que?

—Não to falando com você não. Tudo bem. Acho que... vale a tentativa. Quem vai ser a primeira cobaia?

Eles não responderam.

—Estou falando com vocês Originais! Quem vai primeiro?

—Eu vou. A ideia foi minha.

—Jesus me dê uma luz. Dá a mão ai.

P.O.V. Elijah.

Ela exitou em pegar a minha mão.

—Que Deus me ajude.

Então, ela pegou minha mão e seus olhos se perderam. Quando ela finalmente voltou á realidade... estava suando frio.

—Eu to passando mal. 

Ela caiu sentada no chão.

—Ness!

—Jesus! É a coisa mais horripilante e tenebrosa que eu já vi.

Então, ela vomitou.

—Meu Deus!

Hope a amparou e a levou para o banheiro.

P.O.V. Hope.

Ela ficou super mal.

—O que aconteceu lá?

—Eu vi. Eu vi tudo. Acessei as memórias dele. É como uma caixa de Pandora interminável! Gente sendo queimada viva, sendo drenada, torturada. Jesus apague a luz! Apague a luz Jesus!

Levei-a de volta para a sala. Eu a sentei no sofá e ela nem se mexeu, nem piscava.

—O que aconteceu com ela?

—Ela acessou as memórias do tio Elijah.

—Aquelas pessoas. Todas aquelas pessoas.

—Eu vou fazer um chá pra ela.

—Ela tá em choque tia Caroline. Chá não vai adiantar.

Tia Caroline serviu uma dose de uísque pra ela.

—Bebe isso menina.

A minha madrasta teve que forçar o uísque pela garganta dela. Então, ela fez o tio Elijah esquecer de todas as coisas ruins que ele fez. Depois, o meu pai, o tio Kol e quando chegou no fim. Ela não falava. Ela não se mexia, ela eventualmente piscava.

—Eu tenho que fazer ela esquecer tudo isso. Ela é a única amiga que eu tenho. Não posso deixar ela desse jeito. 

Eu tentei falar com ela.

—Ness. Ness. Renesmee? Você tem que tirar o escudo. Tá ouvindo. Você tem que tirar o escudo pra deixar o tio Elijah...

—Elijah? Elijah Mikaelson? Não. Não! Assassino! Monstro! Abominação!

Ela levantou e saiu correndo que nem uma doida.

P.O.V. Edward.

Eu a ouvi se aproximando. Ela estava correndo demais, a velocidade não diminuía.

—Mãe! Mãe! Pai! Socorro!

Nós todos saímos e ela chegou em casa. Estava completamente apavorada, transtornada.

—Ele vai me pegar! Não deixa ele me pegar! Eles querem me pegar!

—Querida, quem vai te pegar? Quem quer te pegar?

—Mikaelsons! Eu vi. Eu vi tudo. Tudo. Tudo. Incêndios. Gente queimando, gente sendo drenada, torturada. Corpos pra todos os lados. Gente compelida a se matar. Eles vão me pegar! Eles querem me pegar!

Jasper teve que usar seu dom para acalmá-la e Bella teve que dar banho nela, deitar com ela na cama.

Ela se deitou e se encolheu em posição fetal, se escondendo embaixo do cobertor.

—Eles vão me pegar. Eles querem me pagar. Todos eles.

—Vai ficar tudo bem querida. Ninguém vai pegar você.

Eu não me conformo com isso. Então, eu, Jasper, Emmett, Alice e Rosalie catamos algumas daquelas estacas e fomos lá tirar satisfação.


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