Quando acontece escrita por Joker


Capítulo 8
8


Notas iniciais do capítulo

"Vigie seus pensamentos, eles tornam-se palavras.
Vigie suas palavras, elas tornam-se ações.
Vigie suas ações, elas tornam-se hábitos.
Vigie seus hábitos, eles formam seu caráter.
Vigie seu caráter, ele se torna seu destino."
-Frank Outlaw



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/761933/chapter/8

Sua coluna se endireitou quando seus olhos passaram pelas letras a sua frente, seu coração começou a bater um pouco mais rápido e distraindo-a do seu redor.
Não conseguia acreditar no que estava vendo era como se os últimos meses  eles tivessem correndo para pegar o próprio rabo por assim dizer.
Ela afastou o bolo de papel de seu colo e levantou da onde estava sentada, não sabia ao certo quanto tempo estivera por ali mas ficar sem saber a estava deixado ansiosa.
Sentia um turbilhão de coisas, grande parte dela sabia que o verdadeiro culpado ainda estava solto e Moyra corria perigo mais do que antes.
Brock apesar da aparência dura, fora doce o suficiente para deixa-la  usar o banheiro um tempo depois de soltar literalmente o bolo de informações sobre ela, fazendo com que Blue sentir-se ainda mais culpada por quase prender um inocente.
Apoiando a testa contra a parede fria tentou tranquilizar seu coração que ainda batia descoordenadamente.
O barulho da porta chamou sua atenção, por mais que soubesse que Brock não a machucaria nunca era demais ficar atenta ao redor.
O homem na frente de Brock lhe parecia ligeiramente familiar, o cabelo cor de areia estava bagunçado e a camisa que vestia amarrotada.
—Policial Duches.- Blue quase não percebeu quando levantou a mão para alisar o centro de sua testa, aquela situação estava ficando ainda mais confusa do que já estava.
Ambos os homens não possuíam nada que dissessem que tivessem uma ligação, enquanto um havia se tornado policial o outro carpinteiro mesmo sendo um dos alunos mais brilhantes de sua turma.
—Você deve esta ferrado comigo Brock.- Gregor Duches virou-se para trás balançado o dedo na direção do outro.- Sequestrar um federal ?Mesmo que o verdadeiro culpado seja preso você ainda vai rodar por sequestrar uma federal!
Blue arqueou a sobrancelha conforme observava os dois, não que quisesse ficar no meio da briga deles mais o fato de que mais um policial acreditava na inocência de Brock significava que alguém havia armado para o cara, a pergunta chave era, quem havia acumular rancor o suficiente para matar e culpar outro alguém?
Alguns assassinos em serie matava para ser conhecido...Pela 'fama' que seus crimes lhes daria, então por que matar e jogar a culpa em outro homem?
Quando voltou os olhos para Brock ele a estava encarando, avaliando sua expressão como se esperasse por algo.
—Vão me deixar saber o que esta acontecendo ou precisam de  mais um tempo?- Os minutos estavam correndo e para alguém, mais especificamente Moyra cada um contava.
—Peço que desculpe meu irmão agente Grace, a situação que ele se encontra pode tê-lo deixado desajeitado.- Duches caminhou mais para frente até parar quando seus olhos encontraram a corrente que ainda prendia o tornozelo de Blue.- Meu Deus...!Ela não conseguiria passar pela maldita porta trancada Brock!
Olhando por cima do ombro esquerdo do policial Duches ela o viu dar de ombros e se sentar na cadeira. Seus olhos não haviam a deixado um minuto sequer.
—Então...Você acredita que esse tempo todo estávamos errados?-Blue sentou-se na beirada do sofá enquanto Gregor abria o cadeado.- Que a vida de Brock foi marcada por um engano.
Gregor Duches podia sentir a dor e o cansaço na voz da agente, ele sabia como era sentir-se impotente enquanto um homem era acusado injustamente. Lembrava-se de quando seus pais havia trazido Brock para casa, o garoto não havia falado uma palavra durante dois anos e por mais que tivessem a mesma idade Gregor sabia que nem de perto a vida do outro havia sido tão fácil quanto a sua.
Brock acima de tudo não era um assassino e mesmo sendo um ermitão Gregor sabia que o cara nunca teria coragem de machucar alguém.
Blue levantou-se do sofá quando a corrente fora retirada dela, mesmo que não precisasse abaixou-se até nivelar seu rosto ao de Brock.
—Já que o cara ali tem tanta certeza...Eu vou ajuda-los a provar a sua inocência...Mas para isso temos que pegar o verdadeiro assassino.- Brock sentia-se hipnotizado pelos olhos acinzentados da detetive e quando seus olhos focaram nos lábios dela sentiu seu coração disparar.- Me entende?
Ele sentiu a cabeça balançar de forma afirmativa, mesmo que lá no fundo não fizesse a menor ideia do que havia acabado de confirmar.

                                                  *

Ele esteva apertando a peça de roupa nos últimos minutos sem saber o que faria em seguida, sua peça final havia desaparecido e desde que soubera era como se seu pequeno jogo tivesse sido em vão, tudo aquilo por nada! 

Sentia a raiva o domina-lo novamente e seus dedos apertarem ainda mais na peça que conseguira obter de sua menina, tinha que a encontrar o mais rápido que conseguisse.

Seu tempo estava acabando assim como sua paciência, a garota que havia pegado assim como as outras não tinham nada de parecido com a peça mestra. Nem ele ao menos sabia o porque de telas pegado, mas não conseguia resistir a tentação.

Era tão bom sentir o gosto do medo e a obediência que poderia exercer sobre alguém, principalmente em criaturas frágeis e tolas como as quais havia conseguido capturar, mas sua chave mestra...A menina de seus olhos nunca se dobraria sobre qualquer tipo de ameaça, sabia que ela preferiria morrer ao se curvar as suas vontades e isso o excitava.

E acima de tudo era maravilhoso ver que andando entre eles ninguém o olhasse com desconfiança, Brock Harrison poderia  ter sido um problema inicialmente se genialmente não fosse esperto ao culpa-lo depois pela sua falta de experiência.

A tola criatura fora gentil demais para desconfiar dele e agora pagava por sua inocência de julgamento. 

Ele caminhou até a mesa a onde havia largado o embrulho e tornou a guardar a delicada blusa antes de sentar-se na frente do computador e terminar a escrita que havia iniciado.

                                              *

O coração de Lazarus fraquejou ao ler o titulo da matéria, escolheu sentar-se antes de continuar a ler a matéria. Um dia após Blue e Riscoe partirem em busca de um suspeito ele e Brian voltaram para casa.

Ele tentou ligar para Blue no dia seguinte a sua volta porem tudo o que conseguira fora uma mensagem eletrônica. E quando ligara para a mãe dela tudo o que conseguira fora, que era normal a demora para noticias seus filhos poderiam ficar dias sem contato mais sempre voltavam com um arranhão ou outro.

O que recebera da mãe de sua mulher não fora nem um pouco calmante para Lazarus, ele não a queria de nenhuma forma machucada nem por mais leves que fossem seus machucados e se importava com Riscoe o irmão dela.

Ao se lembrar do irmão de Blue sentiu a esperança crescer-lhe no peito, nem por um segundo havia pensado no irmão dela. Diferente do telefone de Blue no quarto toque a ligação fora atendida.

—Queen.- Mesmo que a voz do outro lado estivesse sonoramente cansada Lazarus não conseguia parar de pensar se Blue estava por perto.

—Ei cara me desculpe incomoda-lo...-Ele não sabia o que dizer direito, se perguntava como Riscoe estava ou se já perguntava sobre a tal matéria que havia recebido.

Do outro lado da linha Riscoe Queen sentia-se perdido, não sabia o que dizer para Lazarus e sabia que o outro homem havia ligado para ele quando não conseguiu se comunicar com sua irmã.

Ainda não havia conseguido nem ao menos ligar para sua família para dizer o que havia acontecido e olhando para Alistar podia ver que o cara sentia-se quase tão culpado quando ele mesmo.

Em partes Blue fora impulsiva ao sair do carro e ir em  direção ao armazém sem esperar nenhum dos dois,  eles sabiam como ela era e nenhum dos dois fora esperto o suficiente para prever suas ações quando o carro parasse.

—Você é o primeiro para quem estou dizendo isso...Lazarus...Blue naquela noite...-O silencio dominou os dois lados da linha, nenhum dos homens sabiam o que dizer.- Blue naquela noite entrou no armazém sozinha.

Lazarus podia jurar que seu coração havia parado por frações naquele momento e por mais que soubesse o que estava por vir não queria admitir para si mesmo.

—Blue esta oficialmente desaparecida desde a madrugada do dia vinte e cinco.- O celular escapou de suas mãos quando, pela primeira vez seu mundo parou.  


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Olá galerinha.
O que acharam?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Quando acontece" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.