Wild hearts run
Your time has just begun
Keep chasing for the sun, don't slow it down
Wild hearts run
We'll all animals inside
Go brave into the night
Don't slow, slow, slow it down

Corações selvagens pulsam

Sua hora apenas começou

Continue perseguindo o sol, não vá devagar

Corações selvagens pulsam

Somos todos animais por dentro

Seja corajoso na noite

Não vá, vá, vá devagar

Wild Hearts - R5

Mulheres. Draco aprendera, com o tempo, que havia inúmeros motivos para admirá-las, uma vez que tivera diversos exemplos ao longo de sua vida da força e capacidade interior que elas tinham por natureza, a começar por uma das mais famosas no mundo bruxo: Lilly Potter.

Lilly Potter foi forte e corajosa o suficiente para se colocar entre a maldição da morte e seu filho, o qual foi salvo pelo amor incondicional que tinha pelo mesmo.

Em seguida, vinha Minerva Mcgonagall. Rumores de grandes perdas circulavam pela sociedade, contudo, ainda que tais fofocas fossem verdadeiras, sua antiga professora de transfiguração, sem dúvidas, era uma mulher extremamente inteligente e de pulso firme, de maneira a honrar o título de Diretora da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.

Molly Weasley superou anos de pobreza e criou brilhantemente sete filhos com amor e carinho apesar de todas as dificuldades, tendo que se manter forte o suficiente para a família quando perdeu um dos gêmeos para a guerra.

As irmãs Black também eram exemplos: Andrômeda Tonks foi expulsa da família ainda jovem e perdeu o marido, a filha e o cunhado para a Segunda Guerra Bruxa e, mesmo com toda a dor que sentia, conseguiu manter-se de pé e criar o neto, o qual era apenas um bebê quando os pais morreram.

Narcisa Malfoy, sua amada mãe, por sua vez, despendeu anos de convivência ao lado Lucius Malfoy, de modo que foi obrigada a manter a classe desde os momentos de glória até o fracasso, além de ser capaz de fazer o possível e o impossível para manter seu filho bem e vivo, embora isso significasse ir contra aos ideais pregados pelo marido.

Até Bellatrix Lestrange, apesar de louca e extremamente cruel, teve a capacidade de criar seu próprio espaço em uma sociedade predominantemente masculina que eram os Comensais da Morte.

E claro, em que pese não fosse bruxa, Jane Granger, a qual recuperara a memória com a ajuda da filha, também pertencia a esta lista. Afinal, não era para qualquer um ter que lidar com uma realidade diferente de sua e com as consequências de um mundo o qual não pertencia.

Havia também as mulheres que cresceram com ele: Ginny Weasley, hoje Potter, foi a única garota no meio de sete irmãos, superou uma guerra e se casou com ninguém mais, ninguém menos do que Harry Potter, o que a colocava na mira da mídia a maior parte do tempo. Era ex-jogadora de um dos melhores times de quadribol do século, declinando sua posição apenas quando deu à luz ao primeiro de seus três filhos, somente para logo em seguida se tornar uma das mais respeitadas repórteres esportivas do Profeta Diário.

Luna Lovegood. Em pese o ar de sonhadora e todos os apelidos que ganhara na época da escola, se mostrou forte o suficiente para batalhar em uma guerra, se tornar uma das mais renomadas pesquisadoras, ao lado de seu marido, Rolf Scamander, e ainda ser mãe de gêmeos.

E obviamente, não poderia se esquecer dela. Hermione.

De fato, ele sabia que havia muitos adjetivos que a definiam: bruxa mais brilhante da sua geração, heroína de guerra, melhor amiga do menino que sobreviveu, grifinória, sabe-tudo, nascida-trouxa, Ministra da Magia, esposa e mãe. Contudo, antes de todos esses adjetivos, existia outro. Acima de tudo aquilo, como as outras anteriormente citadas, ela era mulher, e assim como toda e qualquer mulher, a castanha teve que lidar com diversos encargos por sua natureza, razão pela qual ela merecia ser admirada, amada e respeitada. Em verdade, Malfoy se impressionava em como a sociedade em um geral se prendia a conceitos tão antigos, não importasse quantas conquistas ela tivesse alcançado, olhando-a com ressalvas por ela ter nascido com um bonito par de seios.

Hermione Granger-Malfoy é o exemplo de ser humano que esteve frente a frente com o julgamento alheio desde muito cedo, sendo Draco responsável por muitos dos comentários que a importunaram por anos. Todavia, ela teve a capacidade de, majestosamente, pisar sobre todos os obstáculos que encontrou pelo caminho e ainda de deixar o orgulho de lado em que perdoou e pouco depois se apaixonou pelo sonserino.

Atualmente, além de ser uma esposa presente e mãe maravilhosa para dois filhos, Maxon¹, de 17 anos e Scorpius, de 11, e estando a três meses do nascimento do terceiro, A morena também exercia o mais alto cargo do Ministério da Magia, sem faltar um dia sequer, resolvendo todos os tipos de problemas que a imaginação poderia alcançar.

Isto sem considerar que, de igual forma, a antiga grifinória enfrentava o falatório cotidiano da sociedade bruxa acerca questionamentos de sua competência e do mérito para exercer seu ofício, vinda não apenas de fofocas alheias, mas também de diversos acordos e relações internacionais negados por líderes de outros ministérios, quase que escancaradamente por esta razão e, como se todo estes ônus não fossem suficientes, a bruxa mais brilhante de sua geração ainda tinha que lidar o constante falatório atiniente à sua vida pessoal, desde as supostas suspeitas que a rondavam por ela ter escolhido o “ex-comensal fracassado” ao herói de guerra e ter engravidado no último ano de Hogwarts, até a recém revelada sexualidade de seu filho mais velho, o qual assumira publicamente seu relacionamento com um intercambista de Ilvermorny, Aspen Leger².

O mais impressionante, todavia, era que por mais que passasse por toda essa rotina estressante, ela conseguia estar ali, dormindo serenamente em seu tão adorado lado direito da cama de casal que dividiam naquele elegante, porém simples apartamento que compraram há alguns anos com o esforço de trabalho e conseguiram deixar de morar de favor na casa de sua tia Andrômeda.

Draco, então, desviou os olhos da adorável face de sua esposa para o ventre da mesma e se perguntou se ali havia outra futura guerreira, o que fez sorrir.

— O que aconteceu para você estar sorrindo desse jeito assim tão cedo? - disse sua esposa com uma voz sonolenta, despertando-o do transe que há pouco se encontrava.

— Apenas refletindo em como seria bom se tivéssemos uma menina desta vez e também contemplando todos os feitos, pequenos ou grandes, de algumas das mulheres que me cercaram e continuam me cercando no decorrer da vida - respondeu, simplesmente - Devo dizer que a senhorita é uma figura de destaque.

— Ah, eu sou? - perguntou com um sorriso enquanto esticava os braços para que ele a ajudasse se levantar - Posso perguntar o motivo?

— Pelo simples fato de você ter passado por tudo o que passou e continua passando todos os dias e ainda estar aqui, com um sorriso no rosto.

— Há certas coisas que fazem todo o sacrifício valer a pena - respondeu, tocando-lhe a face - Você, os meninos, este bebê e, não só para mim, como para todas as mulheres, cada nova conquista, batalha que superamos e direitos que conseguimos conquistar.

— E são por essas e outras que o sexo feminino merece profunda admiração. Vocês têm são guerreiras natas, com corações selvagens que estão sempre pulsando e dispostos a lutar por aquilo que acreditam, de modo a aflorar uma grandiosa força interior - pausou - Não se vê esse tipo de coisa na população masculina como um todo - constatou - É possível observar isso até no xadrez. Quer dizer, o que seria do Rei sem a Rainha?

— Provavelmente um homem morto - respondeu, sendo obrigada a parar o riso que se formava em sua garganta quando sentiu algo se mover dentro de si.

— O que foi? - questionou o loiro, estranhando a reação da morena.

— O bebê se mexeu - disse, pegando a mão dele e colocando sobre seu ventre, somente para perceberem a criança se movimentar mais uma vez - Quer mesmo que seja uma menina? - indagou, sustentando o mesmo sorriso de antes.

— E porque não? Além de todas as razões que eu tenho para admirar vocês, já existem homens o suficiente nesta casa.

— Concordo, se bem que não duvido que logo Maxon queira se mudar - argumentou, com um ar triste.

— Pois é. Nem dá para acreditar que o garoto vai se formar em Hogwarts daqui alguns meses e tem um namorado. Parece que foi ontem que me contou que ele estava a caminho...

— Eles crescem tão rápido. Scorpius já está indo para o segundo ano também...

— Olhando por outro lado, pelo menos sabemos que pequena Eadlyn vai demorar algum tempo até chegar neste ponto - falou, fazendo um carinho na barriga da esposa.

— Eadlyn³? Já está escolhendo o nome?

— E porque não? E esse tem um significado interessante. Significa “princesa”, como se estivesse predestinada a reinar e comandar a própria vida.

— É um nome forte. Definitivamente - constatou.

— Assim como o ser humano que ela um dia certamente será... Agora, venha! É Dia Internacional da Mulher e tem uma surpresa te aguardando na cozinha! - exclamou enquanto se levantava e estendia as mãos para ajudá-la.

— Ah, sério? - perguntou, ansiosa, afinal, Draco sempre lhe fazia algum mimo diferenciado neste dia e seus filhos sempre lhe mandavam alguma carta ou arrumavam um jeito de participar.

— Sério - respondeu ele quando terminou de colocá-la de pé.

Ao chegarem na cozinha, Malfoy observou o sorriso de Hermione se estender ao se depararem com duas figuras que conheciam muito bem.

— Meninos? O que estão fazendo aqui? - questionou ela, com um sorriso radiante.

— Viemos somente prestigiar a mulher mais importante das nossas vidas, não é Scorp? - disse o mais velho com um sorriso galante, o qual certamente herdara do pai, e jogando levemente os cabelos loiro-mel para o lado.

— Sim. E nós também sentimos sua falta - continuou Scorpius timidamente, desviando os olhos para o brasão da Sonserina em seu uniforme, fazendo com que as madeixas que mesclavam o loiro e o castanho de caíssem sobre os olhos castanhos.

— Eu e o seu pai sentimos falta de vocês também. Não é, Draco? - respondeu, para logo depositar um beijo na cabeça do filho mais novo e um na bochecha do mais velho.

— Com certeza! A casa fica mais vazia sem vocês - concordou, ao cumprimentar os filhos com um abraço em cada um.

— Mas ainda assim, vocês não precisavam ter saído da escola só para isso. Vão acabar perdendo algum período de aula - sopesou a mulher, que apesar de feliz, estava receosa com a ideia de um dos dois perder algo importante.

— Mas nada, dona Hermione. A ideia foi do papai e a gente queria te ver. Você é nossa mãe, vale a pena perder alguns períodos para te ver. Além do mais, a Professora McGonagall sabe que estamos aqui - rebateu Maxon, usando um argumento que sabia que a tranquilizaria - Agora vamos comer, porque nós estamos com fome e trouxemos a comida de Hogwarts que você queria - disse o rapaz, retirando várias tortas, pães, frutas e doces de dentro da manga do sobretudo.

— Obrigada, meninos - sorriu - Esperem, como sabia que eu queria... - começou, parando no meio do caminho e desviando o olhar para o marido.

— Você ficou três dias falando da bendita torta de abóbora de lá. Não achei que faria mal - deu de ombros - Contudo, eu não estava ciente de que eles trariam isso tudo.

— Eu peguei um pouco da mesa da Sonserina e Max pegou uma boa parte da mesa da Grifinória - explicou Scorpius.

— Sim. Esse feitiço indetectável de extensão nunca foi tão útil - concordou o mais velho com um sorriso travesso nos lábios.

— E ninguém percebeu? - indagou Hermione.

— Feitiço de desilusão - esclareceu Scorpius.

— Você não é muito novo para saber este tipo de feitiço? - perguntou Hermione, na medida em que um vinco começava a se formar em sua testa.

Se dando conta do que havia falado, o garoto arregalou os olhos e olhou para o irmão.

— Eu ensinei. Scorpius é dedicado, tem um grande potencial e demonstrou interesse. Não vi motivos para não ensinar - disse Maxon.

— Eu só espero que não estejam usando isso para coisas erradas - alertou a Ministra da Magia.

— Só para despistar o Filch durante a noite - confessou o mais novo.

— Meninos...

— É realmente só para isso, mamãe. Às vezes eu acordo durante a noite e quero ler ou a ideia de uma música me vem na cabeça e é melhor sair de lá do que incomodar os meninos do dormitório acendendo a luz ou fazendo barulho - justificou Scorpius.

— Para mim é basicamente a mesma coisa - relatou Maxon, fazendo a mãe sorrir, afinal, o dom para a música que ambos os filhos tinham era algo que tanto ela quanto seu marido sempre haviam incentivado - Exceto que eu também saio para encontrar o Aspen às vezes - terminou o rapaz meio sem jeito, coçando a nuca e desviando o olhar.

— Filho... - começou Draco.

— De noite as pessoas não ficam olhando!Além do mais, não é como vocês pudessem dizer alguma coisa - pontuou.

— Sabe, tem certas vezes que eu detesto a capacidade desse moleque de nos deixar sem argumento - bufou o homem ao seu lado, fazendo-a suspirar em concordância.

— Tudo bem, Maxon. Você tem razão. Somente cuidem não sejam pegos - aconselhou Hermione - Isso vale para os dois. Entendido? - questionou, fazendo os mais jovens balançarem a cabeça - Ótimo. Agora, vamos tomar café porque, fora o fato de todos estarmos com fome, eu e seu pai e eu temos que trabalhar e vocês precisam ir para a aula - encerrou, observando os três começarem a arrumar a mesa e se sentarem em seguida.

O café da manhã prosseguiu levemente e com muitas risadas, conforme eles conversavam sobre os mais variados assuntos, passeando de acontecimentos passados, da importância do presente e de possibilidades futuras, oportunidade em que os garotos se mostraram animados com a chance de terem uma irmãzinha.

— Muito obrigada mais uma vez, meus amores - agradeceu a Malfoy um pouco antes de dar um beijo na testa de cada filho e um selinho no marido.

— Que isso, mãe. A gente te ama e é o seu dia. Evidente que nós iríamos arrumar um jeito de te prestigiar - respondeu Max.

— Sim, nós fazemos isso todo ano - ponderou Scorpius.

— E este não é um costume que temos intenção de mudar - completou o ex-sonserino, abraçando a esposa por trás da melhor maneira que pode.

—Acho que está na nossa hora, Scorp - anunciou o grifinório, com uma olhada no relógio.

— Verdade - concordou o primeiranista.

— Mãe, vou sentir saudades. Fique bem e não se esqueça que eu te amo - despediu-se Maxon, dando um beijo na bochecha da mãe - O mesmo para você, pequenininha - falou, acariciando o ventre de Hermione - Pai, qualquer coisa mande notícia. Te amo também - continuou, indo abraçar Draco.

— Tchau mamãe, tchau papai. Amo vocês! - disse o mais novo, abraçando cada um deles.

— Amamos vocês também, meninos - despediu-se a mais velha.

— Sim, e se acontecer ou precisarem de alguma, não hesitem em entrar em contato - complementou Malfoy - Ah, eu já ia me esquecendo! - exclamou, se virando para pegar um cartão na mesinha de centro - Aqui. Entreguem nossas felicitações para a Professora McGonagall e às demais professoras da escola e não se esqueçam de enviar as de vocês...

— Já fizemos isso, papai. Mandamos para todas elas. Vovó Narcisa, Vovó Jane, tia Andrômeda, Sra Weasley, tia Ginny e a tia Luna - contou Scorpius.

— E estamos desejando Feliz Dia Internacional da Mulher a todas as nossas amigas e professoras durante o dia - afirmou o rapaz.

— Ótimo - sorriu a Granger-Malfoy - Agora, vocês realmente precisam ir.

Após mais um beijo e um abraço por parte dos pais, o grifinório e o sonserino entram na lareira e partiram para Hogwarts.

— Hora de nos trocarmos - anunciou o homem, pegando a mão da mulher para irem para o quarto.

— Espere - parou-o, entrelaçando o braço em seu pescoço, culminando com que ele a abraçasse pela cintura - Obrigada. Por tudo. Por me valorizar, comemorar esta data todos os anos, trazer os meninos aqui, passar estes valores para eles e principalmente por me amor.

— Eu seria um louco se não te valorizasse ou não te amasse - começou - Você é incrível! E olhe tudo o que passamos! Mesmo com todas as burradas que eu fiz na minha vida, você decidiu ficar ao meu lado e me dar três filhos maravilhosos. Eu que tenho que agradecer por nunca ter desistido de nada - declarou, encostando sua testa na dela - E são por essas e outras que eu me sinto obrigado a te relembrar todos os dias, ainda que de maneira ínfima, que tudo isso que você enfrentou e enfrenta cotidianamente valeu e continua valendo a pena - explicou - Mas como a data é comemorativa, por que não fazer algo diferente? - questionou, com um sorriso, levando uma das mãos para face dela, enxugando uma lágrima que ali escorria.

— Ah, Draco. Eu gostaria que ao menos metade das mulheres deste mundo tivesse uma pessoa como você ao lado delas - disse Hermione emocionada.

— Obrigado. Em verdade, toda mulher merece ter o seu valor devidamente reconhecido. Eu juro que mesmo depois de anos naquela promotoria, eu ainda não consigo entender como existe tanta que insiste em subjugar o sexo feminino em pleno século XXI - prosseguiu, recordando-se não apenas dos variados casos de violência contra a mulher que encarava em seu trabalho, mas também do evidente olhar que a sociedade possuía sobre o assunto.

— É por isso que lutamos pela inclusão feminina a cada dia - explicou a Ministra - Vai assistir meu pronunciamento acerca da data no Ministério hoje, não é?

— Acredita mesmo que eu iria perder de te ver naquele palanque exalando confiança e poder? - perguntou, retoricamente, soltando um riso.

— Acho bom. Vai ser no meio do expediente - avisou - Creio que seja o melhor horário. De regra, todos estão lá, desde os nossos amigos até aqueles que nunca esbarramos pelo corredor - complementou - Ah, depois do trabalho nós vamos visitar minha mãe, Molly, sua tia e esse ano temos a sua mãe, não é? Ela com certeza vai gostar de receber visita.

— Sim. É verdade - concordou, feliz com os dizeres da esposa. A questão era que, por conta da não aceitação do patriarca Malfoy em razão das novas escolhas do filho, durante anos os Granger-Malfoy tiveram pouquíssimo contato com Narcisa e praticamente nenhum com Lucius, de modo que a família somente se reaproximou com o adoecimento de seu pai, o qual somente em seus últimos meses de vida se arrependeu das atitudes que tomara quando mais novo e decidiu reconstruir o vínculo familiar, aceitando a parte da família que até então renegara - Fico feliz que conquistado o respeito e a aceitação dela. Não são todas as pessoas que têm esse privilégio - riu.

— E não foi à toa, não é? Não é para qualquer um te manter um Malfoy na linha - disse, com um sorriso travesso.

— Fico grato que seja você a encarregada - entrou na brincadeira, beijando-a em seguida - Obrigado por tudo, morena. Eu te amo e sempre estarei aqui para o que precisar. Não se esqueça disso - proclamou, depois de um momento de silêncio ao mesmo tempo em que acariciava o ventre da castanha.

— Eu amo você, meu loiro, e obrigada por tudo também - pausou - E saiba que, de todas as pessoas deste mundo, não existe outra pessoa com quem eu gostaria de ter dividir a vida, os problemas e os filhos que não fosse você - terminou, pousando uma das mãos sobre dele.

E após mais alguns momentos e um beijo intenso, ambos entrelaçaram os dedos e, juntos, seguiram rumo a mais uma pequena vitória a ser conquistadas.