Lucifer escrita por Capitu


Capítulo 4
Capítulo 1 - Recém casados! [part.4]




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    Gabriel estava todo sujo e surrado quando o oficial Clarence e os outros da LAPD o levaram.

— Lucifer, está tudo bem?

— Não, Chloe. E na verdade nem eu sei o que está acontecendo aqui.

— Como assim?

— Aquele homem. O que acabou de ser preso.

— Sim?

— Ele é um anjo. Só que o mais louco nisso tudo é que não o reconheci! É como se ele não fosse daqui, entende?

— Não, não entendo, mas tenho todo o tempo do mundo pra você me explicar. Agora vamos indo... E dessa vez, eu dirijo. Você não está nada bem.

— Eu preciso é de um bom gole de whisky e sem gelo.

— Queria ter o seu metabolismo...

— Todos queriam, benzinho... -entra no carro seguido pela esposa.- À delegacia?

— Pode apostar que sim.

— Essa é a minha mulher!

***

— Ella... Você tem que voltar ao seu trabalho. Não posso te alugar assim.

— Você não está me alugando. E eu não te perdoaria se me afastasse de você.

— A fantasma que te espiava no banho.

— É...

— E enquanto você dormia.

—Isso também.

— E também quando...

— Chega, Ray Ray. Pode parar que eu já entendi. Você me espiava enquanto estava invisível. Acho que não quero saber mais detalhes.

— É que vocês humanos são criaturas curiosas.

— Ai é?

— Tipo os bebês? Estão sempre a vazar por algum buraco e sempre de uma forma ou cheiro diferente.

— Em geral o cheiro nunca é bom. -Ella fica pensativa a imaginar um bebê com a fralda suja.

A porta é aberta e então surge a doutora Linda.

— Olá, meninas! Espero não estar incomodando...

— Você nunca incomoda, Linda. Pode entrar. E Ray Ray, essa é a melhor psico-terapeuta que Los Angeles pode oferecer. Quiçá, a América!

— Não ligue pra ela, é muito exagerada. -disse Linda, enrubescida.

Azrael descontraída apenas ria.

— Ray Ray, Ella... Eu vim pra avisar vocês que o horário de visitas acaba em 5 minutos. Além disso, o Lucifer e a Chloe já foram. E precisam que você na polícia, Ella. Acho que prenderam alguém na investigação em que você estava ou algo assim. E não se preocupe que eu já falei com o médico, mais tarde ele passa por aqui e assina a alta da Azrael. Aí ela vai poder ir pra casa comigo. Não pra LUX, é claro. Não queremos que ela caia de porre de novo. Vamos pra minha casa. Assim tenho companhia, já que o Amenadiel está na Cidade Prateada, não é mesmo?

***

Enquanto isso, na delegacia...

— Não importa que mundo é este. Eu não falo nada se antes não me conseguirem um bom advogado. Se vier umas prostitutas na visita íntima eu também não reclamo. -falou Gabriel debochado.

— Não negociamos com assassinos. -falou o agente Clarence Weeb.

— Eu já disse e repito. Não matei aquele casal! -mesmo algemado, Gabriel enfrentou o policial, mas foi contido pelo parceiro dele.

— Calma lá. Você não quer acrescentar agressão a uma autoridade no seu currículo, ou quer?

— Não. Agente... -ajeita o cabelo e lê o nome na camisa do policial- Collins. Bonito nome. Quem escolheu? A mamãezinha?

   Quando Gabriel acabou de provocar o policial, antes que ele fizesse menção a revidar, irrompe no local Lucifer e Chloe, já prontos para colher o depoimento.

— Olá, detetives! Já disse hoje que amo o nosso trabalho? -a sorrir com a cara de safado de sempre, Lucifer pega um donnout da caixa que estava sob a mesa de um dos policiais.

— Senhor Morningstar. Senhora... -antes que o policial terminasse, Chloe o interrompeu.

— Chloe. Só Chloe, Clarence. Olha, eu sei que tecnicamente o meu marido e eu estamos em licença por causa do casamento, mas você sabe que não consigo ficar longe do trabalho. E ele também não. Sempre se desdobrando entre a boate e as coisas na polícia...

***

    Lucifer entra na sala de depoimentos e se tranca lá com o detido. Velhos hábitos nunca se perdem. Gabriel estava sozinho, já que os policiais tinham se distraído conversando com Chloe do lado de fora.

    Os dois anjos se encararam, mas Gabriel parecia cansado demais para enfrentar quem quer que fosse. Principalmente alguém chamado Lucifer. Como se estivesse perdido após ter feito uma longa jornada.

— Me diga meu bom homem. Ou melhor dizendo... Anjo... Porque matou aquele jovem casal? E de uma maneira tão grosseira e sórdida! Até onde sei, anjos não estão autorizados a matar humanos. Que mal eles te fizeram? E porque eu não te conheço? Claramente você é um anjo, mas duvido que seja meu irmão Gabriel. Ele não andaria assim... Aos farrapos como você. Entrou em uma briga de bar ou algo assim? Aliás, Gabriel é mesmo seu nome?

— ...

— Não vai falar nada?

— Você fala demais. E eu não compactuo com o diabo. Não importa de qual universo alternativo ele venha. -Gabriel respira fundo e o encara

— Universo alternativo? Interessante... Isso faria de você, meu primo? Ou algo assim?

— Algo assim.

***

    Quando Maze, Trixie e Dan iam saindo de casa um homem ao longe de chapéu e sobretudo branco os observava. Não dava pra ver quem era por causa dos óculos rayban e do chapéu. Mas era alto e não tirava os olhos da casa.

— Dan! Vai indo na frente com a Trixie. Eu vou de moto depois.

— Que é que tá havendo?

— Tá vendo aquele cara ali? Não sei, mas não estou gostando nada disso. E acho que nem você e nem a Chloe gostariam que a Trixie visse meus métodos em ação.

— Ah, tá. Entendi.

— Papai! Vamos ou não? Desse jeito vou chegar atrasada! -gritava a Trixie do carro.

— Estou indo!

— Tchau querida! Vou resolver umas coisas e mais tarde nos vemos para uma batalha de... Do que você quiser.

— Tchau, Maze!

    Após o carro sair com Daniel e sua filha, Mazekee se aproximou do homem suspeito com cautela e em prontidão com uma de suas facas demoníacas nas mãos, para o caso de ser atacada pelo desconhecido.

— Se eu você você, não tentaria isso, demônio.

   Homem tirou os óculos e o chapéu. Para sua surpresa parecia uma cópia do Lucifer.

 


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