Heart in Flames escrita por Vingadora


Capítulo 14
Super-Walmart


Notas iniciais do capítulo

Bom, eu tenho evitado me prolongar muito nas notas iniciais, então quero apenas desejar uma boa leitura e espero que curtam bastaaaante esse capítulo.

O último capítulo ficou enorme, eu sei, mas havia taaaanta coisa pra contar que me senti incapaz de reduzir a história.
Acho que foi maior capítulo já escrito em todas as temporadas até hoje.

Enfim, não se esqueçam de mim ao se depararem com o campo de comentários. Lembrem-se sempre do quão feliz eu fico ao receber comentários das minhas leitores e leitores MARAVILHOSOS!

Aproveitem o capítulo ♥



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 Quatro garrafas de whisky.

Uma história emocionante da vida de Joey, o dono do bar.

Duas músicas country e três dos anos 80 tocando no jukebox.

Já no karaokê, somente os clássicos dos primeiros anos da era 2000.

Joey desmaiou no sofá dos fundos de tanto sono e birita.

Stark e eu dominamos a entrada, colocamos a placa de “fechado” na porta da loja e desligamos as luzes da entrada, para não sermos atrapalhados enquanto terminávamos de entornar o que restava de bebida boa na coleção precária de Joey.

Por fim, estávamos deitados no chão, ao lado do jukebox, agora desligado, admirando o teto com revestimento de madeira escura.

ㄧVocê desligou o telefone na cara do Steve. ㄧTony, assim que entendeu que o assunto de diferentes cores de madeira havia terminado, resolveu começar um novo.

ㄧSim. ㄧconcordei.

ㄧQuando ele descobrir que você voltou, acha que vai ficar feliz por saber que desligou na cara dele?

ㄧVocê não vai contar, vai?

ㄧClaro que vou! Eu vim à Terra para causar o caos, Lilly.

ㄧEntão, acho que ele vai. ㄧdisse apenas, sem querer entrar em discussões por conta do fortíssimo efeito do álcool.

ㄧVocê o ama de verdade, né?

ㄧMuito. Amo mesmo.

ㄧVocês terão lindos filhos. ㄧele resmungou enquanto erguia metade do seu corpo e recostava as costas na parede bem ao lado do jukebox.

ㄧÉ, teremos. Se ele quiser ficar comigo, claro.

ㄧO quê? Você tá doida, menina! Não ouviu o que o cara falou?! Mas é claaaro que ele quer. ㄧTony ergueu a garrafa de Bourbon e tomou mais um gole.

ㄧJá viu meus olhos, Tony?! ㄧperguntei usando um tom alto demais enquanto apontava para minha cara ㄧEu tenho um olho de cada cor.

ㄧE ele nasceu nos anos... sei lá. Vinte? Ele deve estar mais que acostumado com bizarrices. Ele não te conheceu como Kate Heastings? O que são olhos de duas cores perto de uma identidade inteira ser uma farsa? Pelo menos, dessa vez, ele descobriu ao mesmo tempo que você essa nova versão poderosa.

ㄧMas e se for demais pra ele? E se ele...

ㄧAh, cala a boca! Deixa ele decidir isso e vê se não enche.

Passados vários minutos em silêncio, percebi que Stark acabara adormecendo, com a cabeça encostada na parede e a boca aberta escancarada.

Resolvi retirar meu casaco debaixo da cabeça, que eu usava como travesseiro, e usei-o como cobertor para os braços de Tony, que agora usava uma camisa de manga cumprida, emprestada por Joey. Decidi seguir seu exemplo e cochilar um pouco, pois, de fato, o cansaço simplesmente estava vencendo.

Eu não queria sonhar. Queria, no máximo, dormir o suficiente para que conseguisse descansar e acordar pronta para aniquilar Mandarin no dia seguinte. Claro que, infelizmente, não controlamos nosso subconsciente. Principalmente depois de beber além do necessário.

Só consegui ter clareza disso quando Killian apareceu para mim.

Mas agora não era mais o Killian que eu conhecera anos atrás e sim um novo homem. Um homem transformado. Ele era como os que nos atacaram na cidade de Harley. Estava com um brilho alaranjado assustador e me encarava de maneira feroz.

Você me abandonou. ㄧsua voz soou em minha mente, apesar dele não ter mexido com os lábios ㄧMe deixou naquela noite e tudo o que tive como resposta fora uma carta escrota.

ㄧAl, eu... ㄧtentei usar o apelido antigo que somente eu usava com ele, mas foi em vão. Sua ira só cresceu.

Não. Agora você vai pagar. Todos vocês pagarão.

E então, dando passos firmes em minha direção, passou suas duas mãos em tom alaranjado em torno do meu pescoço e fez uma pressão absurda, que, muito em breve, seria capaz de arrancar minha cabeça fora. Apesar das minhas insistentes investidas de tentar impedí-lo de cumprir com seu plano de me eliminar, percebi que a cada segundo que se passava, o fim da minha vida se aproximava.

Killian me assassinaria e eu não seria capaz de fazer nada para impedi-lo.

ㄧLilly. ACORDE!

Dei um pulo assustada e percebi que tudo realmente não passou de um sonho, apesar de muito real. Passei a mão no pescoço para conferir se tudo estava nos conformes e percebi que meu despertador ambulante estava ali, bem na minha frente.

ㄧEi, vamos. Joey emprestou o carro e uma grana. ㄧTony estava de pé, com um óculos escuro protegendo suas olheiras e um copo de café em mãos. ㄧTome. Beba isso. É café puro e sem açúcar. Vai ajudar com a ressaca e o cansaço.

Peguei o café que ele ofereceu e sentei-me melhor para digerir o líquido.

ㄧEstamos saindo em dois minutos, te aguardo lá fora.

ㄧE para onde iremos? ㄧresolvi perguntar, enquanto me levantava do chão para acompanha-lo para fora.

Apesar do desconfortável colchão, eu não sentia muitas dores. Olhando pela janela, pude concluir que deveriam ser quase seis da manhã, pois a claridade começava a despontar no céu acinzentado.

ㄧMiami, claro ㄧele disse como se fosse o óbvio, e realmente era. ㄧ, mas antes tenho que fazer umas paradas. ㄧNum movimento rápido, abriu a porta do bar e me encarou, indicado que esperava que eu passasse na frente.

ㄧComo o Joey emprestou dinheiro e carro para nós? ㄧperguntei, agora em sã consciência dos fatos.

O cara nem nos conhecia e resolvera emprestar dinheiro? Isso era realmente duvidoso.

ㄧBom, ele percebeu, finalmente, quem eram os seus clientes e além de ajudar a manter nosso segredo, ele descolou uma graninha para nos ajudar com a viagem. ㄧele contou enquanto tirava um bolo recheado de dinheiros do bolso da jaqueta que ele usava.

Ah, claro. Ele estava ajudando Tony Stark. Mais um membro do seu fã club que encontramos no meio do caminho.

ㄧE que carro ele nos emprestou? ㄧantes que eu terminasse de perguntar, Tony lançou-me as chaves e eu pude olhar o chaveiro ㄧUm Audi? Um roceiro tem um Audi?

ㄧQuem ia imaginar? ㄧTony ergueu as mãos apresentando falsas surpresas ㄧO Joey tem uma fazenda, além do bar. O cara é cheio da grana.

Dei uma olhada para trás, rumo ao bar com a porta já fechada e fiquei boquiaberta com a nova informação.

ㄧTemos que chegar em Miami ainda hoje. ㄧEle relembrou enquanto se direcionava para o R8 estacionado bem em frente ao bar.

ㄧA quanto tempo estamos de distância da Flórida?

ㄧJoey disse que estamos a 8 horas. Mas eu afirmei que conseguiríamos chegar em 7 com o carro dele. E 6, se você dirigisse. ㄧsorrindo para mim, ele abriu a porta do carona e entrou sem cerimonias no carro.

E pela primeira vez neste longo dia que passamos juntos, eu tinha certeza de que tudo realmente estava bem entre nós dois.

✤✤✤

A estrada parecia seguir nosso fluxo e nos ajudou bastante em todo o trajeto. Nenhum carro lento à nossa frente, nenhuma necessidade absurda de frear por conta dos animais.

Quanto mais nos aproximávamos do estado da Flórida, mais distante ficava o intenso véu de neve que nos perseguiu por toda a madrugada anterior.

A única parada que fizemos durante todo o trajeto, fora para comprar mais um celular pré-pago e tivemos dificuldades para relembrar o número do Harley que, sendo nosso informante, passou perfeitamente o endereço da atual localização do Mandarin. Tudo indicava ser uma mansão privada, próxima a costa, e que não possuía nenhuma ligação com qualquer aspecto terrorista. O antigo dono era um importante diretor hollywoodano que fez sucesso com diversos filmes de ação.

Portanto, tudo nos levava a acreditar que Mandarin havia realizado a compra através de terceiros investidores.

Tony tinha certeza de que era Killian, mas eu ainda daria meu braço a torcer pelo homem. Não era capaz de acreditar que ele realmente estava envolvido com aquele tipo de negócio. Ele era, possivelmente, um dos homens mais patriotas que conheci ao longo da minha vida e, por este motivo, seguia firme em lhe dar o direito da dúvida.

Quando atravessamos os portais de entrada da Flórida, o relógio digital apontou que completara a décima segunda hora do dia e aquilo, para nós, era uma grande vitória.

ㄧVamos direto para a mansão. ㄧinformei, enquanto modificava as coordenadas do GPS do carro, rumo ao endereço que Harley e o Jarvis nos dera horas atrás.

ㄧNão, não! Eu disse que precisávamos fazer uma parada, Lilly.  ㄧa euforia no tom de voz de Stark era surpreendente.

ㄧNós já fizemos. ㄧrelembrei. ㄧCompramos o celular e-

ㄧNão, Lilly. Precisamos parar num mercado. De preferência, bem movimentado e que possamos andar despercebidos. ㄧele apontou para o boné que o Joey lhe presenteara, assim como o óculos escuros que ele já usava.

ㄧO que você precisa comprar numa hora dessas? ㄧquestionei desacreditada no seu pedido.

ㄧOlha, precisa entender meu ponto de vista. Você tem seu fogo, sua agilidade, sua astúcia e coragem. Eu, no momento, só tenho a parte da coragem e um pouco de inteligência. Sem minha armadura, ficaria impossível atacar Mandarin, principalmente porque o cara deve ser rodeado de seguranças. ㄧenquanto ele explicava, eu ia me situando na sua atual situação e compreendendo totalmente seu ponto de vista ㄧSeria muito fácil se eu simplesmente pedisse para você entrar lá e fazer churrasquinho de cada um deles, mas, ainda sim, Lizzie. Essa luta é minha. Então, eu preciso estar preparado para o que está por vir.

ㄧVocê me convenceu quando disse coragem e inteligência. ㄧsorri, confiante e, num movimento ab-rupto, mudei a direção do volante e, cortando diversos carros na rodovia mais movimentada da Flórida, rumo ao caminho indicado pela placa “Walmart à 140 metros”.

Encontrar uma vaga no Walmart, nunca fora algo fácil. Contudo, encontrar uma vaga na Walmart, em época de festividades no fim de ano, era quase que algo surreal. E isso parecia ser um bom sinal total para Tony. Indicava que os dois andares do multimercado estavam lotados.

Consegui uma vaga bem ao lado de uma komi e uma árvore enorme, que proporcionaria ao carro uma boa sombra enquanto esperava. Tony não perdeu tempo ao descer do carro num movimento rápido e começar a andar pelo pátio rumo as portas laterais.

ㄧÉ o seguinte. Preciso que você compre um par de luvas, bolinhas de natal, um spray dedetizaste de mosquitos e baratas. Vou precisar também de um daqueles carrinhos de controle remoto com a bateria inclusa e seringas. ㄧele foi montando uma lista extremamente aleatória que sequer fazia um sentido para mim, mas anotei mentalmente todos os itens, enquanto me afastava dele e buscava uma outra entrada.

Antes de passar pelas portas principais, coloquei o chapéu que sol que Joey emprestara para Tony, alegando que seria um ótimo disfarce para mim e o óculos de grau, quase que me fazendo acreditar que as lentes eram dois fundos de garrafa.

Minha visão não demorou muito para se adaptar ao grau da lente e, logo, pude me ver caminhando entre os corredores, empurrando um carrinho de compras e caçando os itens presentes em minha lista mental.

Enquanto eu passava pela sessão de eletrônicos, pude me deparar com uma das televisões apresentando o jornal do dia, que indicava mais uma notícia recente dos ataques de Mandarin.

Não pude ouvir o som do que o âncora do jornal relatava, mas em vermelho, o título da notícia deixava bem em envidêcia do que se tratava.

MAIS UM ATAQUE À ROSE HILL.

SERIA MAIS UM PASSO DE MANDARIN?

As imagens apresentadas pelos takes do jornal, mostravam como a cidade se encontrava hoje pela manhã, após os agressivos e insistentes ataques de um grupo terrorista.

Um helicóptero que gravava as imagens ao vivo e mostrava que pouco havia mudado desde a manhã. Possivelmente toda a população estava nas ruas naquele instante para deixar explícito sua aparência na televisão nacional. Observar aquelas imagens e perceber o tipo de mal que Mandarin era capaz de fazer, me fazia sentir uma brutal e angustiante ira.

A que ponto chega a necessidade de alguém mostrar sua força para usar outros humanos em prol da sua luta e destruir vidas inocentes para vencer uma batalha?

Eu não sabia bem quais eram as motivações de Mandarin, mas sabia que seu jogo sujo com a minha nação,  meu povo, acabaria hoje.

Não demorei a coletar tudo o que Stark entendeu por necessário para criar as suas armas e logo me vi na fila, aguardando a minha vez para passar minhas compras.

Enquanto esperava, acabei escolhendo perder meu tempo observando as capas das revistas dispostas bem a minha frente. A maioria delas falava sobre produtos de limpeza eficientes para a casa, carros velozes que eram baratos e, por fim, revistas adolescentes, que narravam a vida social de ícones famosos e tão desejados pelas meninas de 14 anos.

Enquanto passeava com os olhos penas gravuras e textos narrativos, fui pega de surpresa com uma das revistas bem reluzente que carregava uma imagem potente da cidade de New York, durante o ataque dos Chitauris. De início, pensei que fosse uma revista bem velha, já que, de acordo com Tony, aquela batalha havia ocorrido dois anos atrás, porém, após ler a chamada que acompanhava a foto, fui surpreendida pela nova informação.

CONHEÇA OS VINGADORES.

OS VERDADEIROS HERÓIS DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA E DO MUNDO.

Num movimento súbito de curiosidade, tomei a revista em minhas mãos e a abri diretamente na página informada na capa.

De cara, deparei-me com um título extremamente sensacionalista, que afirmava que Tony Stark era o verdadeiro líder do grupo de heróis eu se uniu para salvar a Terra do ataque alienígena promovido pelo deus nórdico Loki Odinson.

Ler o nome de Loki tão bem mencionado ali, fez-me sentir um calafrio percorrer a espinha. Segui com a leitura, querendo saber quais foram as motivações expostas por aquela reportagem para o ataque de Loki.

Mas, ao invés de ler sobre o vilão, o que tive como recompensa foram listas de características dos heróis presentes na batalha.

Mencionados na entrevista em uma ordem considerada de prioridade estavam Tony, como o líder do grupo e o membro que organizou os armamentos utilizados pelos heróis; Hulk, o guerreiro verde que destroçou diversos alienígenas e, de acordo com fontes de confiança, deu uma surra em Loki; Thor Odinson, o meio-irmão e deus do trovão, que esteve presente também numa outra batalha, no Novo México e era um verdadeiro herói para a nação americana. Seguindo a lista, era possível encontrar também Steve, considerado uma lenda americana e possuía diversas estrelas entorno de sua foto, como se aquilo pudesse destacar mais ainda o uniforme vermelho e azul que ele usava em sua foto. Por fim, Natasha e Clint eram mencionados como a retaguarda dos heróis. Especificamente, a matéria usava as palavras “de ex-assassinos de elite à ícones heroicos americanos” para defini-los e tenho certeza absoluta que Clint teria amado ler aquilo. Eu esperava não encontrar mais ninguém, porém, ao virar a página, encontrei o núcleo da revista inteiro para àquela que eles denominaram como a princesa do fogo.

Uma série de imagens com resolução ruim de uma loira guerreira no meio dos chitauris, eram acompanhadas de textos de fãs, dedicados à mulher que morreu para salvar o mundo durante a batalha.

Os textos pareciam ser de redes sociais e cartas enviadas dos fãs para a revista, alegando terem sido salvos, conversado e terem a ouvido conversar com o Capitão América sobre maneiras de salvar mais civis.

Um dos textos de fãs, relatava que ela quebrara a porta da frente de um prédio com o intuito de colocar civis em segurança lá dentro, já outro relatava sobre o fato dela usar um chicote e adagas como armas e que não parecia haver dificuldade alguma para destroçar os alienígenas.

Seguindo com as notícias, deparei-me com uma imagem final, de uma mulher caída no meio dos destroços, usando um longo vestido preto e com pequenas fagulhas de fogo ao seu entorno. Era uma imagem também de qualidade ruim, mas que alegava ser a deusa do fogo, que deu a própria vida, como uma bomba, para matar diversos alienígenas que a rodearam num ato surpresa de ataque.

Observar aquela imagem, que mal dava para enxergar meu rosto ou até mesmo o cabelo avermelhado que eu tinha certeza que eu estava naquele momento, fez-me sentir-me adorada. Todas aquelas pessoas adoravam a deusa do fogo. Eles imaginaram que ela se sacrificou para salvar vidas e destruir o plano do deus Loki.

Mal sabiam elas que, na verdade, Loki só viera à Terra para busca-la. Ou melhor. Para me buscar.

ㄧPRÓXIMO DA FILAAA! ㄧfui pega de surpresa com os berros da mulher responsável pelo caixa que eu aguardava na fila e, ao constatar que sua gritaria era para mim, abandonei a revista dentro do meu carrinho e o empurrei até me aproximar o suficiente para passar meus produtos.

Eu sabia que, caso comentasse da reportagem com Tony, ele adoraria inflar seu ego com aquelas palavras bestas que o enalteciam demais.

✤✤✤

ㄧUse essa tesoura aqui para recortar a notícia.

ㄧJá falei que eu vou jogar essa revista fora, Stark. Você é um ridículo mesmo!

ㄧNão, não jogue! Para de ser estraga-prazeres e corta logo a notícia. Quero notícias mais recentes para minha parede do escritório da minha nova casa.

Ao comentar sobre sua casa, fui levada imediatamente a nossa realidade de novo.

Stark estava sem casa, assim como eu. Diferente de mim, que perdi minha casa por um incidente com fogo, a sua mansão em Malibu foi destruída por Mandarin, que ordenou um ataque à sua casa, logo assim que ele fez uma ameaça publicamente ao terrorista para todas as emissoras de televisão do mundo.

Claro que, agora, ambos estávamos sem um lar, mas não era necessariamente um problema para nenhum de nós.

Stark era, possivelmente, um dos homens mais ricos do mundo e eu tinha uma boa fortuna guardada da minha época de A Million Faces.

Agora, neste instante, ele estava terminando de organizar suas armas na mala do carro que ele passou boas três horas montando num quarto de hotel barato que alugamos durante o período de Tony como “Doutor Maluco e as armas do Super-Walmart”. Enquanto ele projetava novos apetrechos, fui responsável por organizar duas rotas: entrada e saída, além de vias alternativas, para o caso de acontecer algum imprevisto com nossa saída principal.

Usei um mapa que conseguimos no hotel, além do bloco de notas que roubamos da recepcionista para traçar nosso plano.

Apesar de estarmos no escuro e não possuirmos uma visão mais interna do local que atacaríamos, traçamos pequenas ideias que, em geral, deveriam funcionar.

A ideia era que nós dois nos separássemos e entrássemos por locais diferentes, então, eu precisava adquirir um outro meio de transporte.

Evidentemente que, assim que saímos rumo ao estacionamento do hotel, avistei uma Ducati Monster esportiva estacionada do outro lado do pátio, sem dono ou qualquer outra pessoa por perto e meus lábios se abriram num sorriso triunfal.

ㄧVejo você na mansão? ㄧTony indagou, depois de fechar a mala do carro e me encarar já ciente de qual era meu plano.

ㄧEu seguirei você até a via principal acabar e você usará a primeira rua de acesso, enquanto eu usarei a via lateral, próxima a praia. ㄧfalei novamente o primeiro passo do plano criado por nós de forma precária e rápida, enquanto pegava de sua mão a jaqueta que me ofertava ㄧLá, cada um buscará um acesso de entrada e usaremos os celulares para nos comunicar caso haja algum problema. ㄧterminei de vesti a jaqueta no mesmo momento em que Tony colocou seu boné.

ㄧVamos nessa, camarada. Vamos salvar o mundo mais uma vez.


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Notas finais do capítulo

Quem estava com saudades da Lilly e as suas paixões por moto?

Já perceberam que ela pilota motos desde a primeira temporada e que esse também é o veículo de um certo capitão? Isso mesmo, queridos. Este amor foi planejado desde os primórdios!

O que acharam da Lilly e sua reação com a notícia na revista a tratando como mártir?

E como a população reagirá quando souberem que ela não morreu?
Posso dar um spoiler? Haverá um GRANDE impacto na vida da Lilly quando as pessoas descobrirem quem ela realmente é.

Sentiram que a tensão entre os dois está mais leve? Isso tudo deve ser efeito da última conversinha intensa deles no bar do Joey, né?

Aos fãs do Harley: ele não sumirá, prometo. Ele só está em escanteio agora, porque neste momento ele é jovem demais para vivenciar essas experiências que Tony e Lilly estão vivendo.

ANYWAY, espero que tenham gostado do capítulo que, apesar de não ter muita ação, tem muita reflexão e é extremamente importante para a mudança de situação na história: OU SEJA, estamos dando um passo inicial para o fim da batalha contra o Mandarin.



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