Castle escrita por Romanoff Rogers


Capítulo 47
XLVII - Desespero e raiva




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A dor precisa ser sentida. — John Green


Steve

Natasha estava desmaiada em meu colo enquanto eu encarava a parede da carruagem a minha frente firmemente, tentando me manter erguido. Clint Barton está morto. Bucky pode estar morto. Sam pode estar morto. Todos podem morrer. Natasha me odeia.

Segurei seu corpo com mais força, analisando seu rosto com um machucado na têmpora. Limpei o sangue ao redor com a manga, tentando cuidar dela o máximo que pude. Suspirei pesadamente de preocupação, tremendo de nervoso sem desviar o olhar. Meu Deus. Estava tudo desmoronando.

A carruagem parou depois do tempo que pareceu uma eternidade e saí para fora dela com Natasha nos meus braços, indo direto para meu... nosso quarto. Abri a porta com dificuldade e deitei Natasha na cama, ajeitando-a debaixo dos cobertores. Uma criada apareceu, fazendo uma reverência.

— Cuide da testa dela, por favor. – ela assentiu, saí do quarto, praticamente correndo pelos corredores. Muitos soldados estavam de ronda no corredor após a invasão e fizeram reverência para mim, mas eu não consegui sequer pensar em responder, passei direto por todos com urgência, chegando na enfermaria. Abri a porta e a primeira coisa que vi meio aos muitos leitos diante mim foi Wanda, de vestido vermelho se levantar. Fui até ela com passos rápidos e Wanda desmoronou nos meus braços.

Abracei a Romanoff em meus braços, tenso, enquanto ela soluçava, com um grande ferimento na região da boca. Observei Bucky e Sam diante mim. Meus melhores amigos. Bucky tinha o peito enfaixado, parecia sério. Já Sam tinha corte se machucados pelo corpo, um mais forte na cabeça como se tivesse sido nocauteado. Ambos lado a lado, inconscientes e Wanda chorava agarrada a mim.

— Vai ficar tudo bem, Wanda, eles vão melhorar. – murmurei, acariciando suas costas com ternura e fechei os olhos, temendo mais por ela que por Bucky. Energia vermelha começou de leve a flutuar ao meu redor, enquanto ela tremia. – Wanda...

Droga. Olhei ao redor, rezando para ninguém entrar no quarto.

— Não consigo controlar. – ela resmungou, levantando a cabeça. Coloquei-a sentada na maca vazia ao lado de Bucky e me abaixei, segurando suas mãos.

— Só respire fundo e se acalme. Você consegue. – disse, e ela assentiu, fechando os olhos. Depois de alguns segundos as manchas vermelhas foram desaparecendo até sumirem. – Isso.

Wanda fungou, limpando os olhos e me sentei ao seu lado, com os cotovelos nos joelhos e abaixei a cabeça.

— Por que ele fez isso, Steve? – ela perguntou.

 

— Não sei. – respondi.

— Ele...?

— Sim. – assenti.

— E a Natasha?

— Ela estava lá. Tentou impedir, mas... Aqueles homens seguraram ela. – meu sangue começou a ferver quando repassei a imagem de ela sendo ferida na minha mente. – O que ouve, Wanda?

Ela suspirou, olhando para Bucky.

Wanda

Estava em nosso quarto lendo um livro de romance. Eu não era fã de livros, mas aquele estava ocupando meu tempo de modo agradável. A porta se abriu, revelando Bucky de armadura e segurando sua espada e capacete. Fiz uma careta.

— O que raios você estava fazendo? Achei que ia escrever uma carta ao seu pai.

— Eu ia, mas então resolvi treinar com Thor.

— Com Thor? Daquele tamanho? – ironizei, fechando o livro.

— Está me subestimando, Wanda Maximoff Romanoff? – ele arqueou uma sobrancelha e eu sorri. – okay, eu levei uma surra. Mas demorou muito para eu perder.

Ele gemeu de dor enquanto andava, tirando a armadura do corpo e colocando-a no baú com o símbolo dos Buchanans.

— James? – o chamei e ele olhou para mim. – Quando vai atender o pedido do seu pai?

Ele suspirou, por um segundo parando de tirar a armadura, me ignorando.

— James, não me ignore. – disse, irritada. – Não pode fugir dele para sempre.

— Posso tentar.

— Eles vão querer conhecer a netinha deles em breve. - ele abriu um sorriso, tocando minha barriga de leve como fazia sempre desde que descobrimos.

— E daí?

— E você disse que iria me levar para conhecer as montanhas de flores de Buchanan. E as minas de ouro e de painita.

— Eu vou. Quando meu pai morrer. – ele respondeu, querendo cortar o assunto.

— James Buchanan Barnes Romanoff, eu quero conhecer sua família.

— Eles são terríveis.

— Seu irmão Tyrone não é.

— Sim, mas Catrinna é, Terry Buchanan é, Laila Buchanan, aquela vagabunda, é.

— Não fale assim da sua madrasta, James, está agindo igual criança.

— A irmã drogada dela é, aqueles filhos melequentos também.

— Okay, fique fugindo da sua família, mesmo. Não quer que eu os conheça, tem algum problema comigo?

— NÃO. – ele olhou para mim, terminando de vestir a calça e se sentou de frente para mim, de costas para a janela. – Você é minha família. Steve e Natasha são minha família. Eu quero esquecer deles. Estou cansado de ser chamado de bastardo.

Suspirei, segurando sua mão.

— Eu sei. Então não quer mostrar para eles que se casou com uma princesa linda?

Ele olhou para mim, sorrindo e se levantou.

— Você se acha como uma Romanoff. – ele foi até a cômoda, pegando seus anéis.

Meu sorriso desapareceu quando eu o vi surgir da janela, entrando no quarto com o arco e flecha erguido, pronto para disparar.

— JAMES! – gritei, saltando no lugar. Ele olhou para mim mas foi tarde. Clint Barton disparou em seu peito, fazendo-o apenas arregalar os olhos encarando o loiro a sua frente.

— Sinto muito. – Clint disse.

Meu grito alto chamou sua atenção, e ele largou James, que caiu no chão num baque, com os olhos arregalados. Continuei gritando e gritando desesperada para me afastar enquanto ele se aproximava de mim. Num instinto abracei minha barriga com uma mão e levantei a outra, tentando desesperadamente ativar meus poderes.

Em vão. Usando um castiçal ele acertou-o em mim, me fazendo cair de costas comuma dor gigante e senti gosto de sangue. Enquanto ele se afastava ergui as mãos, conseguindo formar uma rajada vermelha e o mandei para o outro lado do quarto.

Engatinhei até James, com lágrimas desesperadas quando a ficha caiu. James vai morrerMeu Deus.

Assim que cheguei até ele toquei seu rosto pálido com os olhos arregalados, e nessa hora eu já chorava desesperadamente.

— James, por favor. – solucei, ouvindo em algum ligar Clint levantar.

E foi quando a porta se abriu. Sam.

Ele se jogou em cima de Clint, o impedindo de fugir e eu não olhava mais, apenas ouvi o som da luta. Respirando fundo para tentar me acalmar toquei a flecha, olhando para James meio aos soluços. Por favor. Por favor. Lute. Viva. Por mim. Puuxei uma toalha dobrada da cadeira para pressionar sua ferida ao redor da flecha que sangrava muito, bem perto do seu coração.

Comecei a gritar por ajuda enquanto o fazia, soluçando e ouvindo as coisas se quebrando atrás de mim. Olhei para eles, Sam tinha um enorme ferimento na cabeça, encolhido no chão enquanto tentava se levantar e Clint segurava a espada.

— Clint! – gritei, e ele olhou para mim. – Não faz isso! Pense na Nat, por favor! – implorei.

Ele continuou olhando para mim, e depois para minha mão repousando na barriga. Algo dentro dele mudou. Clint largou a espada, com os olhos cheios de lágrimas. Segundos depois dezenas de soldados o rederam. Seu olhar se perdeu do meu enquanto socorriam meu marido. E então não vi mais ele.

(...)

Steve

Meus passos firmes cruzavam o corredor. Meus punhos cerrados, desci até o salão principal e vi o general Talbot, o comandante de todas as tropas do castelo. Ele conversava com o gereral Ross, do conselho de guerra. Os dois pararam de falar e fizeram uma reverência a mim.

— Majestade.

— General Talbot, o senhor sabe quais homens estavam responsáveis pelo cercamento da execução?

— Sim, todos três são da minha divisão.

— Ótimo. Eu quero eles mortos em uma hora.

Eles se olharam.

— Sim, majestade.

— Mande colocarem as cabeças deles no portão da frente. Quero todos os seus homens que estão atoa em forma logo em seguida.

Ele assentiu.

— O que houve, majestade?

— Eles feriram a Rainha.

Suas sobrancelhas se ergueram. Dei meia volta, voltando a subir as escadas. Procurei meu tio covarde em todo castelo, mas o desgraçado não estava em lugar nenhum. Vários responsáveis pelas mais diversas coisas me procuraram e receberam ordens, e logo parei na porta do lado de fora, de frente para um batalhão de homens, e no portão, a cabeça de quatro homens, sendo um deles a do condutor da execução.

— O Rei de Roger, apresentar! – Ross gritou, levando todos a fazerem uma continência a mim. Assenti de leve, sem expressão. – Descansar!

— Três de vocês estão mortos por traição a coroa. Eles não só desrespeitaram a autoridade da rainha deles, mas também feriram-na! Eles tocaram a Rainha de Roger, princesa de Romanoff, minha esposa! – gritei com eles, absolutamente consumido pela raiva. – Todos que ousarem desrespeitar sua rainha terão o mesmo destino!

Fiz uma pausa, olhando para eles.

— E um intruso atentou contra a vida do Tenente Wilson, de James de Buchanan, e da princesa Romanoff, e vocês deixaram! Deixaram invadir a casa de vocês! Todos os homens nesse pátio falharam, hoje, e se isso se repetir todos vão para o front em Catlam. Lá, se falharem, é melhor começarem a rezar.

Gritei com todos eles por dez minutos inteiros, finalmente passei o comando para Ross, desaparecendo para dentro do castelo. Fui até a torre da minha mãe, observando da janela meu reino, com os braços cruzados, tomando uma decisão.

Ninguém vai tirar mais nada de mim.

(...)

Natasha

Pisquei os olhos inchados, encarando o teto do meu quarto. Eu estava morta pelo esforço e com uma terrível dor de cabeça pelas lágrimas que não escorriam mais. Eu não tinha forças para me mexer, mal tinha vontade de respirar.

Steve deixou ele morrer.

Clint está morto.

Eu não consegui salva-lo.

As portas se abriram devagar e uma criada baixinha entrou. Mexi a cabeça e ela percebeu que eu estava acordada. Fez uma reverência que eu ignorei.

— Precisa de algo, majestade? - perguntou, de cabeça baixa. Olhei para a janela escura e percebi que dormi por horas.

— Roupas. - murmurei. Eu tinha que ver Bucky. Ver o quão grave era a situação.

— Sim, majestade. Devo preparar seu banho?

— Sim. - respondi, me levantando devagar. Eu estava com as mesmas roupas e quando cheguei perto do espelho vi um pequeno curativo beje na minha têmpora. Não me lembrava como isso ocorreu, mas continuei meu caminho até o banheiro.
Tirei a roupa, entrando na água morna que a criada preparou para mim. Sais de banho davam um cheiro doce que suavisou minha dor de cabeça. Prendi os cabelos, abaixando até o pescoço na água.

Meu Deus. Clint estava morto.

As lágrimas preencheram meu rosto até pingarem todas na água. Uma dor insuportável apertava meu coração enquanto eu tentava digerir o que aconteceu.

Bucky. Wanda. Sam.

Pulei para fora da banheira, me secando rápido e vesti apenas o vestido azul marinho que a criada escolheu para mim, calcei meus sapatos e saí correndo.

— Onde está o Sr. Buchanan? - perguntei a uma criada, que apontou para a porta da enfermaria lá embaixo.

Desci as escadas correndo, ignorando os olhares das pessoas no corredor. Abri a porta da enfermaria, e todos os olhos lá se viraram para mim. A sala era gigante, cheia de janelas com cortinas e dezenas de macas brancas e aparelhos distintos em cada uma.

Vi os olhos cheios de lágrimas de Wanda, seu coração estava partido e um corte em sua cabeça indicava que ela fora ferida também. Bucky estava em uma das macas e Sam, seu guarda costas, em outra. Steve estava lá também, me fitando com os olhos tristes e sobrancelhas franzidas. Eu devia estar péssima.

Me aproximei deles, devagar e Bucky só tinha um ferimento, mas era claramente grave. Seu peito estava enfaixado milhares de vezes e uma grande mancha de sangue cobria sua pele do lado direito do peito.

Já Sam estava acabado. Todo seu corpo tinham ferimentos e roxos. Ambos estavam desacordados.

— Ele entrou sem nem eu nem Bucky vermos. - Wanda murmurou, chorando abraçada ao corpo. - E cravou uma flecha no peito dele.

Algumas lágrimas escorreram dos meus olhos petrificados.

— Eu gritei e ele bateu na minha cabeça com um castiçal e eu caí. Sam veio correndo e eles lutaram pelo quarto. Eu tentei ajudar o James. Mas então Sam caiu. Clint podia ter matado ele. Mas ao invés disso ele se entregou.

— E agora ele está morto. - eu murmurei, sentindo as lágrimas escorrerem mais intensamente. Fechei os olhos, tremendo. Ah, meu Deus.

— Por que ele fez isso? - Wanda perguntou meio aos soluços contidos.

— Volo está com o filho dele. - engoli em seco, abrindo os olhos.


— O que? - ela murmurou, me olhando completamente acabada. - Ele tem um filho?

— Eu... não sei. - funguei, finalmente encontrando coragem para olhar para Steve. Ele me encarava com aqueles olhos arroxeados pela combinação do vermelho choro e o azul oceano de suas íris. - Eu estou indo embora. - disse, dando meia volta.

As lágrimas preenchiam meu rosto e fui para fora da sala.

— Natasha. - Steve me chamou, mas eu não parei. - Natasha, pelo amor de Deus, eu sei que está doendo, mas...

— Não está doendo. - me virei para ele, meu rosto estava puro desespero. - Eu estou com raiva. Eu estou com MUITA raiva. - minha voz falhou, se transformando num choro intenso.

— Meu tio nunca devia...

— Foda-se seu tio, Rogers, eu seria capaz de matar ele agora, mas um garoto está sem pai por culpa sua! - gritei, me aproximando dele. - Você ficou olhando ele morrer sem fazer nada pra impedir, Rogers, NADA!

— Você sabe que depois que se condena alguém a morte não há nada que eu pudesse fazer, Natasha! - ele segurou meus braços mas eu acertei um soco em seu peito, seguidos por mais. Steve não esboçou reação, muito menos me impediu de bater nele.

— Você é a porra do rei, Steve Rogers! - virei para sair mas ele me segurou.

— Clint quase matou três pessoas, sua irmã grávida uma delas, por mais que eu quisesse eu não podia fazer nada! Nada, Natasha, eu não podia fazer nada!

Pisquei algumas vezes.

— Ela está grávida mesmo? - perguntei, sentindo as lágrimas escorrerem sem interrupção.

— Sim.

Cheguei para trás, me apoiando na murada com os olhos atrás da minha mão me mantendo apoiada. Meu Deus. Meu Deus. Abri os olhos, segurando ali com força para tentar respirar, mas o desespero me consumia. Filho?

E meus olhos perderam totalmente o brilho quando eu o vi. Meu rosto se contorceu num olhar mortal e comecei a tremer. Steve olhou para trás para ver para onde eu estava encarando, mas antes que ele pudesse impedir eu andava até Gal Rogers.

Só não arranquei seu olho usando as mãos ali mesmo porque senti Steve me segurar.

— ME SOLTA! - berrei.

— Majestade, eu... - Gal começou, calmo como sempre e eu perdi a paciência.

— EU VOU TE MATAR! - gritei, me contorcendo para Steve me largar, mas ele aguentava firme os tapas e socos que levava.

— Clint Barton é um assassino. - ele disse, com raiva e o desgraçado teve coragem de se aproximar mais. - Ele invadiu e quase matou uma nobre e dois homens Rogerianos, se sabe um pouco das leis dos Três Reinos a punição para isso é execução.

— Você não tem poder aqui, SEU VERME.

— Eu sou o próximo da linha de sucessão e VOCÊS mandaram que eu protegesse esse castelo a qualquer custo.

— Você devia ter prendido ele e esperado eu chegar, Gal! - Steve gritou, quase perdendo a paciência.

— Não existe nenhuma lei que me impeça de executar alguém sob o comando do castelo. - ele cruzou os braços. - Clint Barton é um assassino. Ele merecia morrer.

— Sabe o que mais a lei diz, Gal? - Steve perguntou, e o homem a minha frente ergueu uma sobrancelha confuso. - Que se ela quiser ela pode acabar com a sua cara.

Steve me soltou, e mais rápido do que ele poderia esperar eu acertei um soco tão forte no rosto de Gal que ele caiu para trás. Estava pronta para terminar o serviço quando Steve me agarrou de novo, me tirando do chão e me puxou dali.

Ele finalmente me largou, de frente para uma janela e eu respirei fundo, limpando as lágrimas. Se controle, Natasha. Ah, fodase, meu controle foi para a puta que pariu.

— Eu vou embora.

— Natasha, você é a porra da rainha desse lugar, você está louca? - Steve perguntou, aumentando minha raiva.

— Eu não quero olhar pra sua cara, muito menos deixar o filho do meu... amigo morto nas mãos do meu pai! - gritei andando em círculos me sentindo pegar fogo. Eu tinha que aliviar de algum jeito. E foi socando com força a parede de pedra.

— Para com isso! - Steve segurou meu punho sangrando enquanto abaixei a cabeça para conter um grito de dor. - Santo Deus, Natasha!

— Sai de perto de mim! - eu disse, sentindo ondas de emoções descontroladas percorrendo meu corpo. Mal sabia ele que soquei a parede para não arrebentar seu rostinho bonito.

— Natasha, você não pode ir embora. - ele, ainda me seguindo pelos corredores. Sua pose de rei implacável que acha que pode mandar em mim me irritava profundamente.

— Me impeça. - desafiei, com sangue nos olhos e ele me segurou.

— Natasha, tem gente que ligou os pontinhos. Querem te acusar de adultério. - encarei-o incrédula. - E tecnicamente não é mentira.

— Não ouse...! - gritei, irritada mas ele me interrompeu.

— Ele foi te ver em Stark, não foi? Bevvan disse isso. E você nunca contou o que aconteceu lá. - não disse nada, com vontade de explodir. - Muito bem, então lide com suas ações como uma rainha.

Eu estava com tanta raiva que podia partir seu crânio nessa parede com um golpe, mas mesmo assim senti meus olhos cheios de lágrimas.

— Nosso reino está sendo conquistado. Tem uma doença se espalhando. Vá para Romanoff, mas espere alguns dias. Até as coisas se acalmarem. - suspirei, nervosa e puxei meus cabelos. - As pessoas estão questionando o que viram na praça. Todos estão muito alarmados e se descobrirem que foi Volo quem mandou vão querer guerra contra vocês. Todos suspeitam, mas se for real...

— Tem uma criança em perigo. - eu disse, fechando os olhos e escaparam algumas lágrimas que tentei inutilmente limpar.

— E vão ter muitas mais se não resolvermos tudo isso. - ele disse, suspirando e passou a mão na cabeça, me observando tentar engolir o choro com dor no rosto. - E eu sei que dói perder alguém, Nat. Mas você tem que pensar no que esse alguém iria querer para nós. - não disse nada, fitando a janela. - Não se esqueça que eu estou aqui.

Ele se afastou devagar, suspirando e eu vi as quatro cabeças empaladas no muro da frente. Os homens que me agarraram. Os homens que ousaram questionar a autoridade da Rainha de Roger. Steve não estava brincando quando disse que ia matar todos que me encontrassem.

Olhei para ele, indo embora e encostei a testa na janela. Pensei em socar a parede de novo, mas ele leu meus pensamentos.

— Se quebrar essa mão nunca mais vai segurar uma espada na vida. - ouvi sua voz, ficando mais irritada e me contentei em jogar um vaso de planta contra a parede.


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Notas finais do capítulo

o mundinho romanogers está em crise.

Sei que estou meio ausente aqui e na página, mas pfvr não deixem de comentarrr eu leio e amo todos os coemntários perfeitos de vcs. Se quiserem criem uma conta no wattpad, certeza que não vão se arrepender.

sigam @romanoff.rogers no instaaaaaa



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