Castle escrita por Romanoff Rogers


Capítulo 30
XXX - Diz para ele


Notas iniciais do capítulo

heyyyyyyyyyyyyy guerreiros
nada não, leiam. Só aviso que tem fanfic nova por aí e quero TODOS VOCÊS LENDO ELA!!!!!!!

leia as notas finais e siga @romanoff.rogers no instagram e @RomanoffRogers4 no twitter



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Até Deus tem um inferno: é o seu amor pelos homens.— Friedrich Nietzsche

 

Steve

Assim que o grito aterrorizante de Natasha ecoou por metros e metros até sair do túnel mais alto do que eu imaginava ser possível meus olhos assustados se ergueram para Volo, que estava sério. Um medo arrebatadoramente incapacitante me atingiu.

Eu tremia por inteiro, congelado, assim como Tthomas. Volo me encarou, engolindo em seco.

  - Não...

Ele não precisou nem se incomodar em tentar impedir, porque eu já havia mergulhado naquele abismo escuro antes de sequer pensar. 

Eu sempre vou atrás dela.

(...)

  - Natasha, responde! - tentei de novo, descendo e descendo aquelas escadarias gigantescas que não pareciam ter fim. Lá embaixo, bem distante, havia uma luzinha fraca que eu esperava que fosse ela.

Minha adrenalina estava tão alta quanto eu estava aterrorizado, praticamente pulava os degraus. Estava ofegante quando cheguei num salão gigantesco e vazio. Havia apenas uma porta enorme atrás do corpo encolhido de Natasha.

  - Natasha! - gritei, finalmente alcançando seus pés. Minha voz ecoava alta enquanto eu tentava falar com ela, mas nada. Toquei cada centímetro do seu rosto, analisando seus olhos verdes petrificados. Ela tremia violentamente com as mãos fechadas ao redor de algo. Fiz ela abrir as mãos e vi o colar.

  - Nat, por favor, fala comigo. - eu pedi, praticamente sussurrando. Mas ela sequer me encarou. Pele pálida, mãos frias, olhos vidrados, pupilas dilatadas e pulso baixo, eu soube que ela estava em choque. - Droga, Natasha...

Afrouxei seu vestido, tentando lembrar tudo que eu devia fazer. Ela cada vez estava menos consciente e mais gelada - Continua respirando, por favor. - pedi, tocando seus olhos. Deixei-a de costas e ela simplesmente fez o contrário do que eu pedi o are parou de sair. - Não, não, não, Natasha, caralho!

Abri sua boca, checando se não havia nada bloqueando a passagem do ar e não tinha nada, mas ela não voltava a respirar. Comecei a fazer respiração boca a boca, cada vez mais apavorado e num espasmo ela pareceu acordar, respirando fundo. Fechei os olhos, aliviados, tocando seu rosto para aquece-la.

  - Pelo amor de Deus. - murmurei, tentando faze-la olhar para mim. Ela o fez, sem dizer nada, e eu levantei seu corpo devagar unindo nossas testas. - O que aconteceu, Nat? O que tem ali dentro?

Ela não respondeu. Eu levantei, tentando com toda força do mundo empurrar a porta sem maçaneta, mas ela não fez nem menção de se mover.

  - Droga.

 Peguei o colar, colocando-o no bolso e depois ergui seu corpo perto do meu. 

  - Vamos sair daqui.

  - Steve! - ouvi a voz de Tthomas, segundos depois.

  - Achei ela! - gritei, e o som viajou.

 Demoramos uma eternidade para subir aquelas escadas lotadas de aranhas que saiam correndo quando passávamos. Assim que saímos, a visão que tive foi de Volo sentado no trono, esperando, e Tthomas andando de um lado para o outro.

  - Ah, meu Deus. - ele disse, vindo ao nosso encontro. Meu braço estava na cintura dela, sustentando seu corpo mole em mim. A ruiva olhou para Volo, aterrorizada, que apenas sorriu. Virei-a, indo direto para seu quarto, com Tthomas ao meu lado. Ele abriu a porta e logo sentei Natasha na cama.

  - O que aconteceu? O que tinha lá embaixo? O que aconteceu com ela?

  - Não sei. - disse, encarando Natasha quieta. - Não tinha nada lá embaixo. Só uma porta.

Ele cruzou os braços, analisando a irmã com uma cara preocupada. Segurei seu rosto, ajeitando seus cabelos trás da orelha.

  - Ei. Por favor. - murmurei, perto do seu rosto. - Fala comigo.

 Ela apenas mexeu os olhos para me encarar e tocou minhas mãos, antes de deitar meio aos travesseiros, quieta.

Levantei, passando as mãos pelo cabelo.

  - Ela estava em choque, Tthomas. E não tinha nada lá.

  - Vou tentar arrancar algo do meu pai de novo. Vamos mudar os planos?

Olhei para Natasha, suspirando. Queria deixa-la se recuperar, mas não podia. Era tudo por um bem maior.

  - Não. - ele assentiu, saindo do quarto. Arrastei a poltrona até o seu lado, analisando seus olhos fechados. Sabia que ela ainda não tinha dormido, mas parecia digerir algo em silêncio. Respeitei, não falei nada e ela acabou dormindo.

Me forcei a ficar acordado, morrendo de medo de ela parar de respirar de novo. Passaram horas e comecei a ler as traduções de Loki sobre o colar e outras coisas. Analisei o mapa de Stark novamente, marcando a área que Natasha disse. Se saísse como planejado, logo tudo ficaria bem.

(...)

Ttomas

  - QUE PORRA FOI ESSA, PAI? - Abri a porta do hall, onde os soldados de Rogers eram recepcionados devidamente por chefes de Rogers e os amigos do Steve conversavam com Volo.

Todos olharam para mim.

  - Vixi, tá puto. - Bevvan cruzou os braços.

  - Com licença. - ele disse, vindo até mim e agarrou meu braço. - Você está com algum problema?

  - Óbvio! - fiz questão de gritar antes de ele fechar a porta atrás de si e me jogar para dentro de uma sala. - Pai, o que tem lá embaixo?!

  - Você não é digno de saber. Não está pronto. - ele cruzou os braços, tentando conter a irritação, eu vi.

  - Natasha saiu de lá em estado catatônico, pai, não consegue nem dizer o que aconteceu!

  - Ela é medrosa. - disse. Eu ri, batendo os braços no corpo.

  - É parte do seu jogo, não é?!

  - Tthomas, cale-se, é melhor pra todo mundo. - ele ironizou, saindo de perto de mim.

  - Pai, que inferno! Dá para fazer alguma coisa certa na sua vida pelo menos uma vez?! - berrei, e ele parou, se virando devagar.

  - Não devo satisfações a você.

  - Você é meu pai. Não meu rei. - eu disse, apertando os punhos. Vi que ele estava com raiva, mas se dissipou quando agarrei o colarinho da minha roupa.

  - Sua mãe fazia a mesma coisa.

Fiquei em silêncio, sem saber ao certo como reagir.

  - Não fale como se ela estivesse morta.

Volo me analisou, impaciente, antes de dar as costas para mim.

  - Sabe o que tem lá embaixo, garotinho? O último dragão Romanoff!

  - Você é hilário! Filho da puta. - xinguei, saindo nervoso por aí. Taquei com força um vaso de flores mortas no chão, irritado. Não sei porque, mas aqueles decoradores gostavam de matar flores e coloca-las para enfeitar esse castelo assustador.

Andei pelos corredores, esfregando os cabelos. De repente um pensamento me veio à cabeça. Parei a primeira criada que vi.

  - A general Belova está aqui? - perguntei.

  - Sim, alteza. No nono quarto do quinto andar.

  - Obrigado.

Dei meia volta, subindo as escadas. Minhas mãos começaram a tremer de repente. Eu não fazia ideia que ela estaria ali, não trocamos cartas. Nenhum de nós gosta dessas coisas e somos orgulhosos demais para dizer que sentimos amor, mesmo que planejemos ficar juntos. Segundo ela, sou a única pessoa que chega perto de merece-la. E eu penso a mesma coisa.

Bati três vezes assim que tomei coragem.

  - Pode entrar.

Ouvi sua voz e abri a porta devagar. Ela estava abaixada embaixo da mesinha, procurando algo. Não se virou para me ver e eu sorri, cruzando os braços.

  - Está procurando sua dignidade?

O som seguinte foi da sua cabeça batendo na mesinha, o que foi seguido de um palavrão.

  - Pelo amor de Deus, meus pontos abriram?! - ela disse, se arrastando até o espelho. Vi sua cicatriz quase boa se estendendo de perto da sobrancelha até a lateral da cabeça, do tamanho exato de um machado. Ela suspirou, aliviada, e olhou para mim do espelho com aqueles olhos, tenha dó, aqueles olhos que me tiram o chão. - Sentiu minha falta?

 Assenti, sem tirar o sorriso bobo do rosto. Ela se virou, estendendo as mãos na minha direção, sinalizando para eu ajudá-la a levantar.

  - Então vem cá.

Puxei-a para cima, e logo seus braços abraçaram meu pescoço e a boca se uniu a minha. DEUS, ESSA MULHER NÃO EXISTE. FIQUEI DURÃO NA HORA.

Ela me jogou na cama, ficando por cima de mim.

  - Como você está? - perguntei, acariciando suas costas.

  - Vou ficar bem. - ela disse, analisando meu rosto bem de perto. - Senti sua falta.

  - Eu também. - passei os dedos devagar em sua cicatriz, analisando seus olhos com carinho. - Minha irmã sabe da gente.

  - Aghhh! - ela abaixou a cabeça, revirando os olhos. Sei que xingou Natasha de todos os nomes possíveis e ela ficava mais sexy ainda irritada. Não sei o que aconteceu entre elas e tenho medo de saber. - Que saco.

Sorri.

  - Você tem que tomar cuidado. - eu disse, e ela revirou os olhos. - O que estava procurando?

  - Minha adaga V-67. 

  - Em baixo da mesa, Lena?

  - Sim! - ela me socou, me fazendo conter uma carta. 

  - Nervosinha.

  - Idiota. - ela disse, abrindo outro sorriso diabólico e começou a se esfregar em mim.

  - Hm..meu Deus. Por que você está me torturando?

  - Porque você é um menino mal. - ela disse, tocando minhas sobrancelhas com os dedos. Eu não entendia porque ela fazia as coisas, o que era maravilhoso.

Nunca nenhuma das milhares de garotas com que fiquei me senti assim. Todas eram imaturas e muito exigentes, com ela tudo não passava do que era. Ela era minha versão loira e sem pau. Totalmente incapaz de falar sobre sentimentos, quase ninfomaníaca e tão feroz e agressiva quanto eu. Não tinha joguinhos, cartinhas e coisas idiotas, nenhum de nós se importava com isso e era o que fazíamos. 

Éramos honestos um com o outro e respeitavamos essa relação esquisita que se parece com amor. Ou sei lá. Não acho que alguém saiba o que é amor, então não importa o que é. Mas éramos perfeitos do nosso jeito maluco e defeituoso.

  - Você vai ver o que o menino mal vai fazer com você. - ela sorriu diabolicamente, me deixando completamente doido. Segurei seus pulsos e inverti nossas posições, me prensando sobre ela.

  - Eu definitivamente senti sua falta. - ela disse.

(...)

Steve

  - Steve. - sua voz doce me chamou. Levantei os olhos assustado, pulando da cadeira e fui até ela, que se sentou, com as mãos juntas.

  - Você está bem? - perguntei, me sentando ao seu lado.

  - Estou. - ela respirou fundo, mordendo os lábios. - Não pergunta. Por favor.

Franzi o cenho, decepcionado. 

  - Nat...

  - Por favor.

Suspirei, encarando a janela, irritado. Eu odiava quando ela fazia isso. Não disse mais nada, me levantando e continuei a a arrumar minhas coisas.

  - Você quase morreu.

Ela abriu a boca para dizer algo, mas fechou, esfregando os olhos. Ouvi batidas na porta e fui atender.

Deve ser brincadeira.

Encarei Clint Barton parado a minha frente, sério. Senti todo meu corpo tremer de ciúmes e irritação. 

  - Ela é toda sua. - eu disse, passando por ele sem olhar para trás.

(...)

Natasha

  - Mal momento? - ele murmurou, antes de eu me jogar nos travesseiros. Que inferno, bando de homem enxeridos. 

  - Sim - eu disse, me esforçando para ficar impassível e saí de debaixo das cobertas. - Não acredito que foi até Stark atrás de mim.

  - É o que.. amigos fazem.

  - Você não precisa ficar me salvando, enfia isso nessa sua cabeça dura.

 Ele sorriu, encostando na porta.

  - Preciso sim. E de nada.

 Revirei os olhos.

  - Obrigada.

  - Queria ver como você está. Desculpa interromper... a briga de vocês.

  - Tudo bem. - eu disse. - Estou bem.

  - Tô aqui a dois minutos e já sei que é mentira.

  - Você não quer ouvir sobre meus problemas de amor. - eu disse, e só depois percebi meu erro. Engoli em seco, subindo os olhos para encara-lo. Ele estava sério, perplexo e parecia em choque com a revelação.

  - Você ama ele.

  - Não amo. - eu disse, mas sei que menti muito, mas muito mal. Meu estômago estava embrulhado e senti as lágrimas vindo.

  - Mentirosa. - ele desencostou da porta,  e abriu um sorriso irônico sem me encarar. - As vezes eu me pergunto o que eu fiz de errado.

  - Nada. - murmurei, negando com a cabeça. Tapei os olhos, cansada. Estava cansada daquilo, cansada de tudo.

  - Ei. - ele se sentou do meu lado, e uma mão pousou no meu braço. Olhei para ele, com os olhos cheios de lágrimas.

  - Aconteceu. E-Eu nem sei o que é amor. Nem sei o que fazer. - admiti, engolindo em seco.

  - Fala pra ele. - desviei os olhos para as mãos, analisando minhas unhas. - Não vou dizer que... estou plenamente feliz com isso. Mas... eu me importo com você. E isso é mais importante que tudo.

Ele levantou meu rosto.

  - Você merece ser feliz. Fala pra ele.

Abracei Clint com força, deitando a cabeça em seus ombros e suas mãos envolveram minhas costas.

  - E... talvez tenha outra garota... - ele disse, e eu sorri.

  - Bobbi.

  - O que?! Como você sabe? - ele exclamou, e eu sorri mais.

  - Eu sei de tudo. 

 (...)

Steve

Me concentrei nas listas e preparativos que deveria repassar em alguns minutos para a equipe, tentando me distrair de Natasha. O que era inútil, ela vinha toda hora a minha mente e pensar em Clint me deixava mais chateado do que com raiva. É o amor, galera.

Fui até a sacada, respirando fundo. Estava cansado desse joguinho e não sabia como consertar. Batidas ecoaram na porta, provavelmente alguma criada dizendo o horário do jantar.

— Entra. - disse, sem animação.

  - Ste. - me virei, vendo a ruiva na porta do meu quarto. Fiquei sério, analisando-a. Completamente nervosa, mãos tremendo e olhos cheios de lágrimas.

  - O que aconteceu? - perguntei, ficando nervoso também.

  - Você aconteceu. - ela disse, respirando fundo. - Você... é a melhor... coisa que já me aconteceu. Eu sou feliz do seu lado todos os dias. 

Ela se aproximou até ficar perto de mim. Eu estava em choque.

  - Você... me aceitou do jeito que eu sou, você não se importa com meus defeitos e me protege de um jeito que ninguém nunca fez. Mas... eu acho que não foi nada disso. Acho que foi o jeito que seu cabelo cai nos olhos, sua barba, sua mania de roer as unhas. Acho que eu percebi quando você vociferou com Tony, dizendo que se ele me encostasse ele estaria morto. Acho que foi ali que eu percebi que eu.. te amo.

 Meus olhos cheios de lágrimas mal fitavam-a. Abri um sorriso diante da cara assustada dela.

  - Você o que? E-Eu acho que não ouvi.

  - Eu te amo. - ela mordeu os lábios, com certeza esperando minha reação. Uni nossos corpos, trazendo-a para o meu colo com nossos rostos muito perto.

  - Eu também te amo, moranguinho.

Ela acabou com a distância entre nossas bocas, me beijando ferozmente. Senti seu gosto doce enquanto nossas línguas dançavam em sincronia e sua mão segurou meu rosto. Coloquei-a sentada na murada, segurando firme para ela não cair e continuamos o beijo sem parar nenhum segundo. 

Foi um beijo apaixonado diferente de todos os outros. Ela me amava. Eu amava ela.

  - Então a gente vai casar? - perguntei, e ela sorriu, assentindo. - Você é perfeita. 

 Analisei seu sorriso tímido mas claramente feliz, tocando suas bochechas com o dedo virado e depois ela uniu nossas testas.

  - Não vou mentir mais para você. Desculpa. - ela murmurou, trocando a expressão para uma triste. Neguei com a cabeça.

  - Desculpa por ter.. dito aquilo. Foi horrível. - eu disse, acariciando suas costas.

  - Acho que estamos nós dois aprendendo a amar. - ela disse, e eu sorri. - Já entendi que... isso precisa de... Confiança e... honestidade... As vezes temos que engolir o orgulho em nome de um bem muito maior...

Assenti.

  - Você tem o melhor professor.

Ela abriu um sorriso.

  - Eu tenho.

 (...)

Tudo estava pronto. Jantamos como se nada fosse acontecer, Volo convidou os "plebeus" meus amigos para jantarem conosco, o que foi muita gentileza da parte dele, então eu estava preocupado.

No final, ele puxou Natasha e disse várias coisas a ela. Ela tentou se manter impassível mas provavelmente foram coisas desagradáveis que ela foi obrigada a ouvir.

  - Rogers. - ouvi a voz de Clint, e me virei meio tenso.

  - Barton.

  - Eu só queria dizer... Que eu e Natasha não temos nada. Só amizade e respeito um pelo outro.

  - Está tudo bem. 

  - Okay. Não deixa-a escapar, vai se arrepender pro resto da vida. - assenti, e ele estendeu a mão para mim, que eu apertei. - E se machuca-la, não ligo se você é rei, papa, Deus, mas eu vou te matar.

Ele sorriu, e deu meia volta. Limpei a garganta, continuando meu caminho. Ele teria que entrar na fila. Acho que até Tony vinha me matar se eu machucasse ela, o que não pretendo.

Fomos arrumar nossas coisas finais, sairíamos de madrugada. Já tínhamos nossas roupas de camponeses e cada um tinha uma mochila com seus suprimentos, e logo passaríamos em cidades para reabastecer, mas até lá era muito chão.

Esperei, ansioso. O plano era Natasha bater nas portas de todos, indicando que os soldados tinham sido redirecionados e era seguro sair. E quando aconteceu saí do quarto, já pronto e fomos até o fim do corredor, que estava bem escuro.

Cumprimentei meus companheiros e abracei Natasha, beijando o topo de sua cabeça.

  - Está nervosa?

  - Talvez. - ela disse, abrindo um sorrisinho.

  - Cadê o Tthomas? - Sam perguntou, nos fazendo olhar ao redor.

  - Ah, mas nem fodendo! - a ruiva em meus braços murmurou, e quando segui seu olhar vi Tthomas andando com Yelena. - O que essa garota está fazendo aqui?

  - Garota, Natasha? - ela ironizou, revirando os olhos. 

  - Yelena descobriu do plano e disse que existem muitos ninhos de jacarés perigosos lá, mas ela já serviu infiltrada nos pântanos e sabe identifica-los.

  - Foda-se, prefiro ser comida por um jacaré! - ela disse, irritada.

  - Você já viu um jacaré de Stark? Eles são enormes, devoram seu corpo pequeno em uma bocada.

  - Corpo pequeno?! Tá maluca? Perdeu a noção do perigo, menina? - ela foi na direção da loira, que respondeu a agressão e eu tive que segurar Natasha e Tthomas Yelena.

  - Que maravilha. - Scott murmurou e Sam respirou fundo, preocupado com o tempo.

  - Nat, Tthomas tem razão, se são ninhos, são muitos jacarés e eles são perigosos. - eu disse. - Você pode ir se não se matarem.

  - Sim, majestade. Isso depende da sua noiva, apenas.

Natasha praticamente gruniu na direção dela, e saiu xingando em xhosa. Ela abriu uma gaveta, puxando uma alavanca dentro dela, fazendo a parede e o próprio criado mudo se deslocarem para o lado, revelando uma escadaria mergulhada em um breu absoluto.

  - Cuidado com as aranhas. - disse, já descendo.

  - Aranhas? Puta merda. - Scott murmurou. Fui atrás de Natasha, que acendeu uma tocha, e Tthomas foi por último para fechar a passagem. Sam segurava outra tocha, atrás de Hill e Scott.

 Natasha segurou minha mão, provavelmente seu medo tendo algo a ver com hoje de manhã. Devolvi o aperto, sinalizando que estava com ela.

  - Ai meu Deus, aranha, aranha! - Scott berrou, fazendo o eco ser alto.

  - Shhhhhhh! - falamos ao mesmo tempo.

  - Fica quieto, deixa eu tirar! - Hill disse, segurando Scott, e tirou a aranha do ombro dele.

  - Ufa!

 Descemos mais um pouco, e logo vimos uma portinha de pedra. Natasha empurrou uma, fazendo-a deslocar para o lado. Ela colocou a cabeça para fora, checando se não havia ninguém.

  - Sam, apaga. - pediu, fazendo o mesmo com a sua. Saímos todos, e novamente Tthomas fechou a porta. 

 Paramos ao lado do curral onde nossos cavalos estavam e logo cada um tirou o seu. Natasha ficou com sua égua que morava em Romanoff, chamada de Princesa. Achei bem fofo, mas ela provavelmente deu o nome bem mais nova. Subi no Romanogers e Tthomas em seu cavalo puro sangue preto que ele disse chamar Pesadelo. Yelena tinha um cavalo marrom escuro com uma crina preta e brilhante, acho que nem deu um nome. 

Colocamos nossos capuzes e simplesmente saímos do castelo. Não tinha ninguém vigiando e não sei como Natasha conseguiu isso.

Fomos até a floresta no local marcado, e Bucky desceu de uma árvore, ajudando Wanda em seguida.

  - Foi horrível, nunca mais piso numa floresta depois dessa semana. - Wanda disse, subindo no próprio cavalo que se chamava Escarlate.

  - Nunca ouvi tanta reclamação. - Bucly também subiu no seu, com a mochila nas costas, e seguimos caminho, em silêncio. Andamos para longe do castelo pela estrada, encontrando alguns drogados e ladrões, mas cuidamos deles sem problema. Logo paramos numa floresta para arrumar as camas e montamo-as em círculo, amarrando bem os cavalos. 

As camas eram na verdade colchões enrolaveis e juntei a minha com a de Natasha.

  - Acordaremos ao amanhecer para continuarmos, provavelmente cruzaremos a fronteira de Stark depois de amanhã. - disse.

Hill seria a primeira da ronda, e depois seria eu. Deitei ao lado de Natasha, trazendo-a para perto de mim. Ela estava quieta meio ao escuro, sendo iluminada apenas pela luz da lua.

  - O que foi? - sussurrei quase inaldivelmente.

  - Estou com um mal pressentimento.

 Engoli em seco, porque eu também estava.


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Notas finais do capítulo

FINALMENTEEEEE se entenderam!!! agora o casamento sai. Eu sei que quando vocês pedem casamento é na verdade pq tão ansiosos pro lepo lepo kkkkkkkkkkkkkkk safados.
ou QUE PUTA OTP QUE EU CRIEI! Deus eu amei esse casalzão Yelena e Tthomas, mandem sugestões de nomes para shipp kkkkkkkkk querem mais sobre eles?
Uuuuuuuuuuu o que acham que vai acontecer? BJS

comentem favoritem e sigammmmmmmmmmm