O meu amor e os meus desejos permanecem inalterados. Mas basta uma única palavra sua para que nunca mais lhe fale no assunto. - Orgulho e Preconceito

— STEVE, droga, para de andar! - eu disse, irritada. Tentava me deslocar o mais rápido possível, mas aquela coisa era super difícil de lidar.

Ele quase corria, estava literalmente fugindo de mim. Deus, eu iria acabar com a raça do Bevvan, eu estou com tanta raiva que mal pensava direito.

Steve finalmente parou de andar e entrou em seu quarto, fechando a porta. Não bati, entrei seguindo-o, e ele encarava a janela em silêncio e de braços cruzados.

— Steve, eu n...

— Você mentiu, Natasha. - disse, sem me olhar.

— Droga, Steve, você sabe que o Bevvan faz de propósito!

— Foi muito pior saber por ele. - Steve direcionou os olhos para mim e preferi que ele não tivesse me encarado. Senti meu coração quebrar em mil pedaços com seu olhar. Um olhar frio de decepção.

Eu podia ter feito mil coisas, deixa-lo triste, com raiva, mas saber que eu o decepcionei me fez tremer de medo de aquele olhar ser permanente e meus olhos encherem de lágrimas. 

— Eu não estava pronta para contar.

— E teria me contado se Bevvan não tivesse terminado o trabalho?

— Steve, eu sinceramente não sei, porque ele não significa mais nada pra mim nesse sentido, Rogers, ciúmes não vai apagar nada do que aconteceu, mas...

— Natasha, ciúmes? Eu não ligo se você teve outras pessoas. Você sabe que eu tive. - engoli em seco. Peggy. Se ele estava falando dela, a coisa estava feia. - Eu perguntei. Você disse que não. Você mentiu pra mim, Romanoff. Se me conhece um pouco sabe que mentira é uma das coisas que mais odeio no mundo inteiro.

Não consegui dizer nada, apenas me forcei a ficar séria e desviei os olhos. Ia acabar fraquejando se ele continuasse me encarando daquele jeito.

— Você já mentiu pra mim outras vezes?

Várias. Não tive coragem de responder.

— Uau. - ele deu um sorriso irônico, se virando para a janela.

— Eu não sinto nada por ele. - eu disse, respirando fundo.

— Eu vi o jeito que ele foi até Stark atrás de você. E como ele te olha. É como eu olho.

— Você não é como ele, Steve. - me aproximei.

— Eu estou me sentindo um idiota completo. - ele me encarou. - Eu também sou seu cachorrinho? Você me beija e depois vai me largar por outro também?

— Não, Steve, pelo amor de Deus!

Eu estava voltando a ficar com raiva. Agh!

— Clint sabia que eu não sentia nada por ele mas quis continuar comigo, pra mim era só diversão, e era a única coisa que eu conhecia. Ele ficava com outras garotas igual ficava comigo, nunca deu chance para eu me apaixonar por ele. Era tudo que eu tinha e já tive na vida, ele se importava comigo quando mais ninguém queria me ouvir!

Ele ficou quieto, sem me encarar.

— E agora eu tenho outra coisa, eu tenho o que você me dá, e se você quer jogar isso fora por ciúmes, Rogers, eu sei que é ciúmes porque seu ego foi ferido, o problema é seu.

Ele se virou bruscamente na minha direção, o que me fez dar um passo atrás e isso não me orgulhou. Me obriguei a ficar firme encarando seus olhos bravos.

— Por que você está aqui? Eu me pergunto, por que ela apareceu do nada querendo casar comigo? Era uma verdade que eu não queria aceitar e agora faz muito sentido. Estou me sentindo ainda mais otário, Deus. Então fala, Romanoff, por que você está aqui?

Respirei fundo.

— Você realmente quer saber? Não minto mais pra você.

— Que gentileza. - ele cuspiu. Vi hesitação em suas palavras. Ele queria parecer bravo e me magoar do jeito que eu magoei ele, mas eu vi que ele só estava triste. Eu sei como é ser usada e se sentir idiota por isso, e por mais que eu não me orgulhasse agora, foi exatamente o que eu fiz.

— Eu troquei a felicidade da Wanda pela minha. Prometi te conquistar se meu pai deixasse Wanda se casar com Bucky. - contei, e vi seus olhos se desviarem na mesma hora, abrindo um sorriso triste. - O que eu não sabia era que seria mais feliz aqui que em qualquer outro lugar.

Ele se virou e foi novamente até a janela, vi seus dedos tremendo e os olhos chateados/decepcionados/bravos fitando o horizonte.

— Você pode sair.

— Eu não vou a lugar nenhum! - falei, irritada, e novamente ele me encarou.

— Eu sou Rei desse castelo e ordeno que você saia.

Encarei-o, séria.

Não. Ele não estava fazendo isso.

— Você o que? - silabei.

Ele respirou fundo.

— Eu ordeno que você saia.

— Se eu sair agora, eu não vou voltar, Rogers. - falei pausadamente e trincando os dentes.

Pude ouvir o som do meu coração sendo estilhaçado e as bolhas de raiva estourando em minhas veias. Submissão é a única coisa que eu não suporto no mundo e ele sabe. Sabe que eu nunca iria perdoa-lo por isso.

— Sai.

O vento até fez curva de tão rápido que me virei. Joguei as muletas no chão, sem me importar com o barulho. Eu estava com tanta raiva que nem senti dor quando soquei a perna no chão e saí como se não tivesse nada, batendo a porta atrás de mim tão forte que as paredes tremeram.

Okay, Steve, eu vou sair.

(...)

Narrador

— Não quero ouvir, definitivamente! - Loki disse, entrando no quarto carregando uma pilha de livros. Thor veio atrás, antes de se jogar na cama do irmão.

— Eu sei que você não quer ouvir, mas eu não aguento mais guardar isso para mim, acho que vou acabar fazendo uma loucura. - ele sorriu.

— Se não me envolver, tudo bem. - ele respondeu, abrindo um livro sobre a mesa a sua frente.

— Acho que não. Tudo aconteceu quando o castelo começou a desabar.

Flashback on

Thor acariciou o pelo de um cavalo marrom e branco, ajeitando sua cela.

— Você melhorou muito, Tyrone.

Tyrone relinchou, fazendo Thor sorrir. Derrepente um som arrebatadoramente alto ecoou. Os cavalos ao seu redor ficaram inquietos, relinchando alto enquanto tudo tremeu por alguns instantes.

— Pelas barbas de Odin, o que é isso? - ele se levantou, sem saber ao certo o que fazer. Entrou no castelo, vendo apenas homens completamente nervosos nos corredores, correndo de um lado ao outro. Ele entendeu na hora.

Um ataque.

— Loki, onde será que você está?! - ele disse, andando pelos corredores. Tinha que achar aquele idiota, não sabia dar um soco! Se entrassem ali ele tinha que ir embora com o irmão e infelizmente abandonar Steve.

Ele procurou em seu escritório, quarto e depois biblioteca. Quando se aproximou, ouviu vozes.

— Me larga! - uma mulher disse. Thor se colocou atrás de uma coluna para observar.

Cinco guerreiros de Stark rodeando uma mulher.

— Que rostinho bonito você tem, garota.

— NÃO ME ENCOSTA! - ela chutou-o com força, fazendo o homem recuar e os outros ficarem em alerta.

— Ah, você vai ver! - o outro disse, irritado.

Thor não pensou duas vezes antes de se lançar contra o homem, jogando-o no chão com os outros dois. Socou seu rosto com força e logo estava de pé segurando sua espada.

Rapidamente os outros foram investir contra ele, enquanto um segurava a mulher pelo braço. Sua espada se chocou contra a dele, logo se movendo para atacar outro que vinha cambaleando em sua direção.

Cortou o pescoço do mais alto, que caiu engasgando sangue enquanto mais um o atacava. Foi ferido no rosto, mas logo devolveu com um chute que o fez ir ao chão, e o loiro terminou com mais um chute.

Foi agarrado por trás, antes de cair junto com o atacante. Thor se livrou dele dando uma cambalhota para trás e o acertou com os dois pés juntos em seu queixo, apagando o penúltimo.

— Pra trás ou eu mato ela! - O homem disse, e Thor ficou imóvel. Seus olhos pararam na garota em seus braços que olhava para ele de um jeito impossível de desvendar. Ela não parecia com medo.

Os olhos castanhos claros fitavam-o com curiosidade, quase encarando aquilo como um desafio. Seu vestido azul estava sujo mas mesmo assim ressaltava suas belas curvas.

— Tá bom. - Thor abaixou a espada, apoiando-se nela em seguida. Ficou parado, tranquilo.

O homem estava amedrontado e Thor ter ficado parado o deixou nervoso.

— Deita no chão!

— Ok. - Thor obedeceu, deitando no chão de lado pra ele. - Está bom?

— Larga a espada! - mandou. A garota riu. - Você riu, garota?! Quer morrer?!

— Não. - ela respondeu, se forçando a conter o riso.

— E agora? Quer que eu imite uma cobra? Eu sei imitar. - Thor cruzou os braços.

— Cala a boca!

— Nossa, não prec... - ele foi interrompido pela mulher, que chutou o meio das pernas do homem.

Quando caiu para trás, a faca que estava em seu pescoço se deslocou, abrindo um corte grande no ombro.

— Ah, droga! - Thor disse, já se levantando, e com um golpe apagou o homem.

Ela colocou a mão na ferida, em choque. Seu vestido ganhava uma coloração escura e o desespero crescia em seu coração. Ela se abaixou, tentando respirar e ficar calma, mas sangue era tudo que ela via. Thor segurou suas costas, com os olhos correndo seu ombro.

— Ah, meu Deus, eu vou morrer. - seus olhos encheram de lágrimas e seu peito descia e subia muito rápido. Sangue escorria cada vez mais.

— Não vai! - Thor falou, abaixando a manga de seu ombro, revelando um corte grande. - Deus, eu ia te tirar das mãos dele, por que você fez isso, garota?

— Você ia imitar uma cobra!

— Eu não ia fazer isso, garota!

— Meu nome é Jane Foster!

— Pare de gritar, Jane Foster!

Ela fechou os olhos, sem conseguir olhar. Thor puxou com força o pano de uma mesa, colocando ao redor de seu ombro.

— Eu vou morrer.

— Não vai. - ele disse, tocando seu queixo com a mão suja, fazendo-a olha-lo. - Olhe pra mim. Eu prometo. Você não vai morrer.

Jane não conseguiu dizer nada, apenas encarou seus olhos claros como água. Ela se acalmou, apenas com seu doce oceano de olhar.

Um barulho veio do corredor, e Thor rapidamente a trouxe para seu colo, entrando no primeiro quarto que viu, e colocou-a na cama. Seus passos foram rápidos até a cômoda, e sem dificuldade ele a arrastou até parar na frente da porta, e depois foi a vez da penteadeira e logo do sofá.

— Okay, pensa, Thor. - ele entrou na suíte, lavando as mãos bem. - Você está acordada?

— Sim... Eu acho. - ele ouviu sua voz.

— Fique acordada, ok?

— Certo...

O loiro começou a procurar tudo que precisava para tentar faze-la parar de perder sangue.

— Hmm...Jane, você tem irmãos?

— Sim, três... ai, homens mais velhos e casados. Toby.... e Cameron Foster.

— Interessante. Tenho um irmão também. Onde você mora?

— Num castelo em Molotov...

— É longe daqui. - ele disse, entrando no quarto e colocou as coisas em cima da cama.

— Qual seu nome?

— Thor. - ele respondeu, sorrindo.

— Thor o que?

— Só Thor. - seu sorriso diminuiu, sem olha-la.

— Como o deus? - ela perguntou, e seus olhos se encontraram.

— Sim. Vou ter que...

— Tá bom. - ela disse, corando.

Ele desamarrou seu vestido, ajudando-a a tirar as mangas decoradas, e logo se deitou novamente.

— Vai doer.

Jane assentiu, respirando fundo. Thor limpou o ferimento, fazendo-a gritar como se fosse esfaqueada novamente. Ela xingou diversas vezes, com lágrimas escorrendo enquanto ele realizava o trabalho.

— Como você sabe essas cois... CARALHO, meu Deus! - ela choramingou, com as unhas cravadas no lençol.

— Meu irmão se mete em muitas cagadas. E você xinga mais que um pedreiro.

— Mentira... AI PORRA. Isso dói, senhor!

— Não foi muito fundo, só grande. O sangramento diminuiu. Então não vou dar pontos, não tenho todo o material necessario para isso e pode infecionar. Mas você não pode se mexer, certo?

— Certo. - ela engoliu em seco. Thor amarrou com força um curativo, e por cima um pano branco, que praticamente a imobilizou na cama.

O loiro encarou as mãos sangrando, e depois o rosto cheio de lágrimas da dama.

— Não acredito que não tem uma gota de álcool escondida nesse quarto. - ela murmurou, respirando devagar.

— Infelizmente deve ser uma dama muito chata que vive aqui. - ele respondeu.

Seus olhos azuis pregaram em seu rosto sem sair mais. Olhos tristes.

— Por que está me encarando assim? - ela perguntou, curiosa.

— Eu falhei com você. - respondeu, sem tirar os olhos dos dela.

— Não. Você me salvou, Thor. - ela segurou suas mãos, fazendo-o arrepiar com o toque. - Nem sei onde estaria uma hora dessas se não fosse por você. Obrigada.

— Não precisa agradecer, Jane Foster.

Ela sorriu. 

Eles ficaram o ataque inteiro juntos, ele tentando distraí-la da dor e mal sabia que perderia o sono por dias por causa daqueles olhos castanhos.

Flashback off

— Ela é uma nobre, Thor. E você... um ferreiro sujo que atrai raios.
— Ela é linda, Loki. - ele ignorou o irmão. - Não consigo dormir tem semanas. Vou visita-la todos os dias.

— Ela está aqui no castelo?! - ele encarou o loiro de olhos arregalados. - E você vai até o quarto dela?!

— Vou. Ela não se recuperou ainda, e a viagem até Romanoff e longa, Steve sugeriu que ela ficasse aqui até se recuperar com a família. O pai dela me agradeceu muito por te-la salvo e me deixou visita-la. Até ofereceu ouro.

— Você aceitou, né?!

— Óbvio que não. - Thor cruzou os braços.

— Você é um idiota. - Loki disse, abrindo a porta. - Vamos, tenho que cuidar da princesa.

(...)

— Natasha, o que você está fazendo? - Bucky disse, entrando no quarto. Eu colocava minhas roupas na mala compulsivamente.

— Eu vou embora. - disse, completamente irritada e magoada. Eu estava prestes a explodir.

— Vai o que? Tá maluca? E o Steve?

— Foda-se o Rogers, ele me mandou ir embora. - eu disse, querendo socar ele para fora, mas minha perna parecia querer explodir.

— O que?

Não respondi, apenas mancando de um lado ao outro no quarto. Parei, com uma dor insuportável e me encostei na mesa, fazendo careta.

— Natasha. - Bucky segurou minhas mãos. Olhei para ele, com a raiva se dissipando e só restou meus olhos marejados. Agradeci a minha incapacidade de chorar, que pelo menos me impedia de chorar por homem. - Sua perna, para com isso.

— Eu não ligo pra minha perna, James, eu vou embora. - disse, me soltando dele.

— Você quer mesmo ir embora?

— Sim. - eu falei, dando a volta na cama para pegar mais roupas.

— Você está mentindo? - ele cruzou os braços, me encadando com uma sobrancelha arguida.

— Sim. - não parei de fazer as malas, sentindo meu coração tão apertado que não conseguia respirar.

— Você não pode ir, Nat. Você está nervosa e ele também, depois ele vai se acalmar e vir atrás de você, sabe como ele é. - engoli em seco, sem olha-lo. - E... Wanda precisa de você.

Parei.

O desgraçado atingiu meu ponto fraco.

Respirei fundo, largando as roupas e manquei até a varanda, me afundando no banco. Ele ficou perto de mim mais um pouco, para ter certeza de que eu não iria surtar e logo saiu.

Devagar me acalmei, me fiz observar cada traço da mais maravilhosa vista do mundo, o pôr do sol em Roger. Isso só me lembrou de como Steve foi atencioso e me deixou com uma das melhores vistas do castelo. Eu o decepcionei. Lembrar do seu olhar fez aquele sentimento ruim me corrompeu, estava como se alguém tivesse me enforcando.

Queria sumir, queria ir até ele e o fazer perdoar-me, mas para isso eu tinha que perdoar ele primeiro.

Bucky

Abri a porta do quarto do Steve.

— Eu não quero ning... - ele parou de gritar quando viu que era eu.

— O que está acontecendo? Porque todos estão gritando hoje?

— Que inferno. - ele praguejou, se sentando no exato mesmo lugar que a Natasha, algumas sacadas dali. Espero que não dê para ve-la, ou ele tacaria aquele sofá lá embaixo.

— Por que Natasha estava fazendo as malas chorando como se tivesse sendo colocada pra fora? - Okay, ela não chorou, acho que não é capaz disso, mas cruzei os braços. Era melhor ele ter uma boa explicação pra esse show.

— Ela foi embora? - ele me encarou, com medo era a palavra certa.

— Eu impedi, ou ela teria colocado as malas numa carruagem e saído rapidinho. Disse que você mandou ela ir embora.

Ele apoiou a cabeça nas mãos, esfregando-as nervosas pelos cabelos, e depois os cotovelos nos joelhos. Olhei para a coluna de concreto ao lado do seu closet cheia de marcas de espada, ele atacava a coluna sempre que estava com raiva, e a espada agora se encontrava ao seu lado.

Tirei-a do lugar e me sentei.

— Abre a boca, Rogers.

— Ela mentiu pra mim! Droga, eu sou um idiota, Bucky, eu sou tão idiota. - ele fechou os olhos e vi que seu coração estava mais magoado do que sua mente com raiva. - Ela tem... outro cara.

— O que? - arregalei os olhos.

— Um caso antigo, mas ele é louco por ela. E quando eu perguntei ela mentiu. - seus olhos levantaram para mim. - O mesmo cara que quer te arregaçar.

— Clint Barton. - cruzei os braços. - Então você não tem com que se preocupar.

— Que inferno, Bucky, ela usava ele. Do mesmo jeito que me usa. Eu sou só diversão pra ela. - ele falou, erguendo o corpo e vi em seus olhos decepção misturada com coração partido.

— Como você pode dizer isso, Rogers? Tá maluco? Ela é doida por você. Só não sabe ainda.

— Há. Claro, Bucky. Você é muito sonhador.

— Eu conheço ela tanto quanto você. Vejo como ela te olha. É igual ao jeito que você olha pra ela.

— Cala a boca, James, não preciso me sentir mais idiota do que já estou. - ele saiu de perto de mim, antes de se apoiar na murada, iluminado pelo pôr do sol. Eu o admiraria, mas meu melhor amigo estava passando por uma crise de amor.

— Você está sendo idiota agora. - Disse, e ele me lançou um olhar amargo. Eu posso aguentar isso, mas com ela ele não pode fazer esse olhar destruidor. - O que você disse pra ela?

— Eu... - ele travou, olhando pro céu. - Ordenei que ela saisse.

— Ah, meu Deus. - bati na testa. - Parabéns, você é um idiota, Rogers!

Ele respirou fundo, cruzando os braços sem me encarar.

— Você podia ter feito qualquer coisa, mas ordenar uma coisa pra mulher mais ameaçadora desse continente foi a pior possível. É melhor você tirar esse orgulho da cara e ir pedir desculpa pra ela assim que ela se acalmar.

Ele se virou pra mim, com raiva e vi que ele ia gritar comigo. Mas Loki entrou quase arrombando a porta, ofegante como um cavalo.

Meu coração teve um estalo e me levantei enquanto ele tentava respirar.

— A Wanda acordou.