Castle escrita por Romanoff Rogers


Capítulo 24
XXIV - Trazer ela de volta


Notas iniciais do capítulo

HEYYYYYYYY
hm, não tenho nada pra falar hoje kkkkkkk

Só comentem, genteee, por favor, me dê sua opinião!!! Posso demorar responder um pouco mas respondo rsrsrs (desculpa) Não esqueçam de recomendar e favoritar!!! Ajuda muuuuito

Sigam @romanoff.rogers



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/761459/chapter/24

 

 

 

O fraco rei faz fraca a forte gente. — Luís de Camões

 

Natasha piscou devagar, e assim que respirou fundo todo o seu corpo doeu, fazendo-a perder o ar. Um sobressalto a atingiu, instantaneamente ela se lembrou da queda que sofreu e do fogo. Estava sobre uma superfície macia, o quarto estava completamente claro e seus olhos ainda tentavam se adaptar, sem sucesso.

Um ruído alto atormentava sua cabeça, ela parecia ter sido drogada. Tentou levantar, em desespero, mas seus braços estavam presos, assim como as pernas, e uma dor lacinante a atingiu, fazendo-a gemer de dor.

— Você se queimou, provavelmente vai doer. - Natasha se virou para a voz ao seu lado, arregalando os olhos. Não, não era possível. Como ela havia ido parar lá? A resposta a atinge rápido, quando finalmente enxerga a o homem plenamente. Ela havia sido sequestrada. Sequestraram a rainha de Romanoff e Rogers.

— Você perdeu o juízo?! - ela gritou, com raiva, tentando se levantar. - Stark, me solta!

Ele apenas a olhou, em silêncio, enquanto ela gemia de dor e esperniava, mas as grossas correntes de ferro celavam seus pulsos e tornozelos. Na parte de cima da panturrilha tinha um curativo do tamanho de um livro, provavelmente havia se queimado no fogo. Não teve tempo de pensar em nada, ela sabia extamente onde está.

Seus olhos subiram do machucado para o rosto de Tony. Olheiras profundas pendiam em seus olhos, ele estava mais magro e pálido. Seus olhos não tinham expressão, apenas olhavam pra elas. Ele parecia completamente louco.

— Quanto tempo eu dormi?

— Dois dias.

— Ah, meu Deus. - Ela murmurou, desesperada. Só queria ver Steve, Tthomas, Wanda, só queria ir pra casa. Aquilo ainda parecia um sonho muito estranho na qual ela acordaria ao lado de Steve preocupado e sorrindo, mas a cada segundo ele parecia mais distante. - Queria te tirar dessa confusão.

— Não devia nem te-la iniciado. - ela atacou, claramente não querendo nem olhar para ele, ainda tentando se soltar.

— Você sabe que quem começou foi seu pai.

— E você sabe que inocentes sempre pagam em guerras. - falou, olhando bem pra ele. - Eu vi o que você fez em Surgut, Tony. Eu vi as crianças mortas.

Isso o atingiu como um soco, mas se forçou apenas a olhar para o lado, desviando os olhos dos dela. Tony se dividiu em dois. O sob o efeito das sombras, e o Tony. Aquele, de frente para ela, era só o homem com uma rachadura na armadura.

— Pare com essa loucura, Anthony, pelo amor de Deus! Pessoas estão morrendo! - Natasha tentou dizer, e ele negou.

— Cadê o amuleto da minha mãe?

— NÃO SEI ONDE ESSA PORRA ESTÁ! - ela gritou, cada vez com mais raiva e tentando se soltar mesmo com a enorme dor. - Droga, Tony, me deixa sair daqui!

— Eu quero o amuleto da minha mãe. Vou te trocar por ele. - Natasha engoliu em seco, sentindo o desespero a atingir.

Lembrou das palavras de seu pai, que aquilo não podia cair em mãos erradas. E Steve não hesitaria em entregar, e Tony sabia. Steve não teria tantas dificuldades para achar onde o colar está, droga, droga, droga! Ele não podia aceitar isso.

— Tony, aquilo é perigoso. - Ela começou, olhando para seus olhos frios. - É magia negra. Não pode...

— Eu sei. - Ele disse, cruzando os braços. - Por que acha que eu quero tanto?

Natasha ficou em silêncio, sem ter o que dizer. Apenas o fitou, incrédula. Tony enlouqueceu completamente.

Tudo estava interligado, ela sentia. A única coisa que faltava era o elo principal, que ela não havia descoberto ainda. Tudo tinha sua semelhança, ia se encaixando, só faltava algumas peças para formar o cenário desastroso ao seu redor.

— Quero muito aquilo de volta e o fim da guerra, mas primeiro vou assustar o Steve. Deixar ele sem notícias suas por um tempo, quanto acha que ele vai durar?

Natasha cerrou os punhos, sentindo uma raiva misturada com impotência que borbulhou tanto que doía. Ainda bem que sabem do que ela é capaz, ou Tony estaria sem todos os dentes da boca e infértil.

— Se for uma boa menina te deixo confortável e ninguém vai te encostar. Mas se tentar alguma gracinha... Vai ser daqui pro calabouço, e do calabouço pra sargeta. Boa noite. - ele se levantou, afastando a cadeira que sentava pra longe dela. Colocou a coroa na cabeça e saiu.

Ela fechou os olhos, esfregando o rosto forte com os dedos, tentando pensar. Tudo que sentia era ódio e estar presa a uma cama novamente era um pesadelo. Ela nunca mais queria usar algemas nos braços, mas não durou muito tempo sem elas.

(...)

Passaram-se horas intermináveis, Natasha não tinha a menor noção de tempo. As horas logo viraram dois dias inteiros, ou seja, quatro dias sequestrada. Nada de Steve. Será que ele se recusou a entregar o colar? Era melhor assim, mas Natasha se sentiu triste de imaginar ele abandonando-a.

Ela não estava em uma sela, muito pelo contrário. O quarto era grande, com paredes claras e bonitas, com uma janela grande bem perto dela, não o suficiente para toca-la. Barras de ferro enormes e grossas a impediam até de pensar em liberdade.

A cama estava no centro do quarto vazio, de madeira, até confortável, com uma colcha e travesseiros. Ao seu redor, havia apenas uma mesa para refeições e dois livros sobre contos de fadas que ela começou a ler mas odiou. Mas teria que se ocupar com aquilo. Sabia que Tony estava sendo MUITO gentil com ela, e o motivo a fazia sorrir. Medo. Talvez não medo dela, isso também, mas medo de Steve. Se tocasse num fio de cabelo dela ela sabia que Steve iria arrombar as portas de Stark e tomar o reino inteiro só para socar sua boca.

Os guardas traziam as refeições em bandejas de ferro, uma gororoba estranha que parecia junção de vários restos. Ela mal comia, e uma vez por dia uma enfermeira aparecia para cuidar de seu machucado.

— Vai ficar cicatriz? - Natasha murmurou, fazendo a mulher tremer. Acho que tinha medo dela. Se perguntou se seria pela história de como ela decaptou o rei de Tyton sem dificuldade.

— Talvez uma pequena. - a ruiva bufou, irritada, antes de jogar a cabeça para trás na cama. Acabou cochilando.

Sonhou com Steve. Ele abria a porta do quarto e a levava embora em seu colo. O sonho foi interrompido por um barulho alto lá fora.

Por um segundo pensou que fosse ele, prestes a salva-la. Mas logo Tony entrou no quarto. Seus olhos estavam mais negros que o normal, o cenho franzido de raiva. Sua postura mudara totalmente, as veias saltadas por todo seu corpo o faziam parecer um maluco. Natasha tentou se encolher, vendo ele se aproximando mas foi em vão.

— Você mandou ele explodir as minas?! - gritou, irado.

— Tony, eu não sei do que você está faland... - as mãos dele pararam em seu pescoço, enforcando-a. O desespero atingiu Natasha com a falta de ar, sentiu o corpo inteiro em chamas.

— TONY! - uma voz estridente gritou, e ele rapidamente largou-a, antes de chutar a mesinha, fazendo os livros e a bandeja vazia cair num barulho alto. Ele gritou, irado pelo quarto, com as mãos entre o rosto.

Natasha, ainda vermelha e tentando respirar, encarou a cena assustada. Pepper cruzou o quarto sem medo nenhum e o abraçou, murmurando coisas em seu ouvido. A ruiva estava completamente atônita. Quem era aquele?

Ele saiu do quarto cambaleando, parecendo mais controlado, e Pepper foi até Natasha se sentando ao seu lado. Seus olhos estavam cheios de desespero e as mãos tremiam.

— Explodiram um setor inteiro das minas de ouro, no norte. - Pepper explicou. Natasha apenas a encarou, querendo explicações do por que Tony havia tido um surto e tentado arrancar seu pescoço fora. - Eu não sei mais o que fazer, Natasha. Ele... Ele...

— Pepper, fala. - Natasha pediu, com a voz danificada. Ela hesitou um pouco, seus olhos estavam cheios de lágrimas.

— Ele fez um pacto, Natasha. Com as sombras. - a ruiva se obrigou a manter-se impassível. Tudo conectado. - Para descobrir o que aconteceu com seus pais. Mas saiu do controle. Ele está sendo usado, elas forçam ele a fazer as coisas.

Natasha encarava Pepper assustada, sentindo uma vontade imensa de sumir daquela guerra. Seus olhos pararam na janela, pensando.

— Quem fez isso com ele, Pepper?

Ela engoliu em seco, mudando a direção do olhar. - Pepper?

— Parem a guerra. Ajudem meu Tony. - ela pediu, se levantando, já saindo do quarto.

— Pepper! Pepper! - ela tentou, em vão, a loira já havia ido.

Aquilo estava virando um enorme avalanche e logo destruiria todos.

(...)

Um dias antes

Ele estava sentado na mesa de reuniões, de braços cruzados e cenho junto. Os olhos encaravam firmemente o próprio escudo e sua espada ensanguentados. Acharam no meio dos escombros e deixaram do jeitinho que estava.

Natasha ocupava todo o pensamento dele. Ele não saia daquela sala, o dia inteiro fazendo estratégias e planejando, sem dormir nem comer. Muito menos fazer a barba.

Não conseguia se imaginar sem ela. Seu interior tremia violentamente, ele se sentia falhando a ponto de desabar. Ela não podia estar morta. Não podia. Alguns já falavam nessa possibilidade, mas ele sequer deu ouvidos. Sentia em eu coração que ela estava viva. Mas sentia seu sofrimento também.

Assim que completaram vinte e quatro horas de seu sumiço, um pelotão de dez homens, os melhores espiões de Romanoff apareceram em seu portão. Volo havia chamado-os para encontrar Natasha, mas ele sabia muito bem onde ela estava. Em Stark.

Steve recusou a ideia no começo. Não acreditava que Tony seria capaz disso. Mas o forçaram a aceitar essa possibilidade. Então só restava fazer ele devolve-la.

Os espiões de Romanoff foram até Stark, e Steve fez questão de que as ordens fossem dele. Assim que chegassem ao norte de Stark, mais ou menos quatro dias depois, eles explodiram uma mina de ouro. Isso daria prejuizos enormes a ele.

Só esperava que isso não resultasse em Natasha sendo ferida.

(...)

"Steve,

Eu vou ser claro.

Não importa quantas minas tente destruir. Quantas cidades queime. A única chance de ter Natasha de volta é me dar o colar. É minha única oferta.

Em dois dias me encontre na fronteira em Block e e Dwanson. Leve homens, não me importo. Meu único propósito ali é realizar a troca, se atacar, eu vou atacar. Terá sua noiva de volta na ponte de pedra bem na fronteira.

Pense bem em seus atos. Na próxima vez só vai recer o corpo.

Do seu amigo,

Tony."

Ele gritou, jogando uma cadeira com uma força que nem sabia que tinha contra a prateleira. Ela tombou, derrubando todos os livros no chão, e logo a arma destruiu um vaso de dois mil anos, partindo para a pilastra da sala, que ficou com marcas fundas de sua raiva.

— Não pode entregar o colar. - Volo disse, entediado. Steve foi até ele, com a espada levantada, e parou-a perdo do seu rosto, fazendo Tthomas se levantar da cadeira. Ele estava irado.

— Isso é culpa sua. - disse, cerrando os dentes. - Tudo isso é culpa sua.

— Você não entende.

— A única coisa que eu entendo é que você provocou tudo isso de propósito e está vendo dar errado agora, o colar vai voltar para o seu lugar. - ele disse, guardando a espada, e olhou para cada pessoa ali. Sam, Hill, Bucky, Mattheos, Chharles. - Partimos ao amanhacer.

Saí da sala com um destino só. O quarto dela.

Meu instinto me fez pensar em bater, mas lembrei que ninguém responderia. Abri a porta devagar, instantaneamente sentindo seu cheiro. Encarei sua cama, passando a mão pelos lençóis intocados. Comecei a revirar tudo. Armários, gavetas, não li cartas nem invadi sua privacidade mais que o necessario, eu precisava acha o Abuktar que estava escondido dentro do Yoktir, o cofre armadilha. Procurei por todo lugar, atrás dos móveis, embaixo, em cima, dentro, fora, por vários minutos. Esfreguei os olhos, respirando fundo.

O olhei para a parede em cima de sua mesinha, onde o quadro que fiz pra ela meses atrás estava perfeitamente pindurado. Do nosso beijo depois de tanto tempo. Ela estava tão linda. Me aproximei, acariciando seu rosto na pintura. Seus olhos verdes encaravam os meus, e tudo que eu queria era que ela voltasse para mim.

Depois não iria ter medo mais. Iria me casar com ela.

Meus devaneios foram interrompidos quando notei o colar que ela usava. Primeiro, era um colar com pingente preto, que agora estava branco. Aquilo era claramente uma mensagem pra mim, só eu saberia. Olhei ao redor, tentando entender.

Meus olhos pararam no manequim sem cabeça feito de material macio, com a base de grossos aros de metal formando um vestido, atrás do seu closet. O material do maniquim era o mesmo tom de branco.

Corri até ele, analisando o objeto minuciosamente. Após não achar nada, puxei seu corpo para cima para derruba-lo, e a parte de madeira revestisa de branco se soltou da parte de ferro. E lá dentro era oco, onde a armadilha de Natasha estava, provavelmente com o colar dentro. Sorri, vitorioso, com o objeto entre as mãos, e encarei-a na pintura.

— Vou te trazer de volta custe o que custar.

(...)

Não dormi, de novo. Minha barba estava bem crescida, fazendo-me ficar bem mais velho. A expressão de insanidade devido a semana sem dormir intensificavam isso. Envelheci vinte anos em uma semana.

Pintei a madrugada inteira. Em uma semana fiz três quadros dela, um deles tinha apenas um de seus olhos de esmeralda com alguns fios ruivos destacados. Seu olhar estava brilhante e feliz.

Outro ela estava em um cavalo, cavalgando de armadura. Os cabelos soltos balançando ao vento e determinação no olhar.

Depois ela e eu, no jardim, de mãos dadas. Seu vestido violeta se destacava com as tranças ruivas e eu estava sorrindo. Ficou perfeito. Acho que nunca gostei tanto de um quadro assim.

Quando o sol nasceu, eu o observei. Ela podia estar vendo o mesmo céu que eu agora, e esse foi meu consolo. O que me deu forças para sair daquele quarto e buscar minha noiva.

Me preparei, sabendo que todos já se preparavam também. Coloquei minha armadura, acomoanhada da coroa prata. Eu não queria usar armadura, mas aquilo podia terminar mal.

Assim que desci, de coroa, todos reunidos no hall de entrada desceram numa reverência.

— Não dormiu de novo? - Bucky perguntou. Ele não iria. Ficaria com Wanda, e tudo bem.

— Não tenho tempo. - respondi, curto e grosso. Não queria ficar nenhum segundo atoa.

— Tudo está pronto, majestade. - Sam disse, se aproximando. Saí do castelo, adentrando o pátio semi destruído, ele estava muito melhor. Observei todos os irmãos de Natasha de armadura preta, eles estavam completamente sérios e em silêncio. Qualquer um tremeria com a imagem. O resto do batalhão estava montado, me esperando.

Montei no Romanogers, o cavalo que usamos para fugir de Stark. Ele relinchou, como se soubesse que vamos trazer sua dona de volta.

— Vamos traze-la de volta, garoto. - disse, acariciando seu pelo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

AAAAAAA LOGO LOGO VEM OUTROOOOO

Comentemmmmmm
Favoritemmmmmmmm
Recomendemmmmmmmmm

Siga@romanoff.rogers