Castle escrita por Romanoff Rogers


Capítulo 19
XIX - Só dói quando eu respiro


Notas iniciais do capítulo

GUERREIROS, VOLTEI.

eu falei muito com vocês nesse período que fiquei sem postar no instagram (@romanoff.rogers), fiz brincadeiras interativas e deixei vocês a par sobre o progresso da fanfic. Vou falar bem rápido aqui para vocês lerem logo!
A morte dela me paralisou. Foi como se alguém muito próximo de mim tivesse morrido e eu fiquei deprimida por uns dias, não tinha mais inspiração. Mas o melhor jeito de deixar ela viva é as fanfics, e não vou parar com isso. Obrigada pela compreensão e amo vocêsssssssss
A morte do Tony não foi diferente, eu já sabia que ele iria passar dessa pra melhor, mas eu amo muito ele de verdade e quero o mesmo: deixa-lo vivo aqui. Só peço que não se esqueçam: !!!!!!!! nessa fanfic Anthony Stark não é mal!!!!!!!!. Nunca se esqueçam disso, por ele.
* eu infelizmente não consigo mais colocar imagens no capítulo. Vou ir atrás de ver o que acontece, mas por enquanto vai no link no nome da Wanda aí!

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O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente. - Fernando Pessoa

 

Natasha

O braço de Steve me puxou para trás, forçando-me a sair de perto da minha irmã, e eu estava em choque demais para relutar. Olhei para ele assustada, que falava com as outras pessoas coisas que eu era capax de ouvir. Um ruído alto ecoava no meu ouvido e qualquer som era abafado. Eu estava sem noção de espaço nenhuma, olhava apenas o rosto turvo de Steve.

Ele argumentava alto com as outras pessoas, talvez Thor, talvez Bucky ou Loki, mas eu soltei um gemido confuso e ele me encarou.

Perguntou algo que não ouvi. Seus braços passaram por minhas costas bem quando cambaleei para frente e ele me segurou firme, tentando falar comigo. Ele me fez andar, e só me deixei levar, já meio inconsciente. Acho que ele entendeu que eu não estava ouvindo ele, porque parou de falar comigo, só conduzia me segurando até uma porta que provavelmente era seu quarto.

Eu provavelmente bati a cabeça muito forte em algum lugar. De algum jeito meu corpo caiu na cama e apaguei.

(...)

Flashback On

Eu não conseguia entender nada. Ouvi gritos no corredor, e abri os olhos. Uma vela estava acesa, como sempre, e meu quarto, vazio. Isso nunca acontecia, minha Ama sempre estava lá. Mas dessa vez não.

Eu tinha seis anos. Levantei da cama com meus pezinhos sapecas batendo no chão gelado, carregando meu ursinho, curiosa para saber o que estava acontecendo. E sai na noite gelada de camisola.
Gritos femininos cortavam a noite, avassaladores. E minha curiosidade passou para medo quando notei que vinha do quarto da minha mãe. O percurso pelo corredor pareceu um quilômetro, considerei várias vezes voltar para a cama amedrrontada. Mas eu precisava ter coragem, esse era o bordão decorado que eu nem sabia o que significava. Mas achava que era aquilo, enfrentar aquela sensação ruim.

Assim que cheguei perto mãos me pegaram no colo. Aquele aperto forte e gelado, meu pai.

— Mocinha, não devia estar aqui. - Ele me repreendeu.

— O que está acontecendo?

— Oras, seus irmãos estão nascendo.

— Mais deles? Já? - fiz uma cara decepcionada.

— Sim, sim.

— E por que mamãe está gritando? - Perguntei, triste por isso.

— Sei lá, mulheres são fracas. Vou te levar lá para ve-la.

Entramos no quarto e fui recebida com um berro de dor arrebatador. Eu estava com medo, achei que ela fosse morrer. Fiquei fechando os olhos com as mãos toda hora, aquela cena era nojente e eu evitava chorar. E foi quando ouvi o choro. Desci do colo dele e me aproximei. Minha mãe não me viu, estava esperando o outro vir, ainda em dor. Eram dois!

Ela era tão pequena. Tão frágil. Eu a amei no segundo que a vi. Minha melhor amiga. Senti meus olhinhos se encherem de lágrimas, eu só queria abraça-la. A criada deu um tapinha em suas costas e a lavou. Fiquei encarando-a, tão encantada. Era minha primeira irmã, eu teria que protege-la do jeito que ninguém me protegeu.

— Quer segura-la? - a mulher gorda perguntou, depois da minha irmã já estar num cobertorzinho quentinho.

Pensei por alguns instantes. E se eu deixasse cair? Sentei no sofá e assenti. Senti como se fosse quebrar se eu tocasse. Sua pele redondinha e vermelha, olhinhos fechados e respiração lenta.

Ouvi seu coração batendo no mesmo ritmo que o meu, foi a melhor sensação que senti no mundo.

— Qual nome acha que ela deve receber? - meu pai perguntou. Ele gostou do bebê ter saído sadio, mas estava emocionalmente indiferente. Era como um trabalho tivesse sido sucedido.

— Wanda?

— Ok. Wanda Romanoff. Agora cuide dela.

E naquele momento decidi que seria eu e ela contra o mundo.

(...)

Acordei devagar, confusa. Meu corpo doía e eu estava sozinha no quarto de Steve. Me levantei devagar com uma careta, sentindo tudo estalar. Toquei minha cabeça, sentindo o galo, e lembrei exatamente do que aconteceu. Um nervosismo se instalou no meu corpo, prestes a arrombar a porta e sair, quando o dono do quarto entrou.

— Nat. - Steve me abraçou forte, depois se separando para me olhar. - Não devia estar de pé. Está me ouvindo?

— Eu estou bem.

— Ok.

— O que vocês fizeram? - a cada palavra me sentia morrer. Wanda.

— Nada. Loki está tentando explicar a situação, e Bucky está... Arrasado. Desculpa ter te deixado sozinho.

Respirei fundo, saindo pela porta e ele me seguiu. Abri a do quarto dela e logo dei de cara com seu violino no chão. O quarto estava uma zona, e Thor cuidava de um ferimento no queixo de Loki, sentado no chão. James estava na cama, apenas olhando para a esposa. Ele só olhava, temendo não poder toca-la.

— Quando eu toquei nela não aconteceu nada. - Loki disse, gemendo de dor em seguida. - Mas quando fui com o bisturi na intenção de machuca-la, minha teoria se confirmou. Isso está protegendo ela.

— E o que é isso? - Pergunti, temendo a resposta, e me sentei no parapeito da janela, onde um banco acolchoado pendia. Steve ficou do meu lado.

— Você está certa. É magia negra.

— Meu Deus. - Murmuro, fechando os olhos.

— Explique melhor. - Steve pediu.

— Posso estar equivocado, quando ela acordar saberemos melhor, mas...

— Ela vai acordar?

— Sim. É exatamente isso que está acontecendo com ela. Ela está acordando.

— Não entendi. - Disse.

— Tem algo dentro dela acordando.

— Tipo.. um super poder? - Steve chutou, nervoso.

— Sim. De magia negra. Algumas pessoas tem esse poder. Magos, feiticeiros, bruxas, todos passaram por esse período de coma para acordarem com seus poderes. Mas, se acordarmos ela antes do processo finalizar...

— Está dizendo que ela é uma bruxa?! - Bucky disse, sobressaltado, e Loki não parecia estar preocupado com seus sentimentos nem ter patas na lingua.

— Talvez.

— Ah meu Deus! Você é louco! - Ele gritou, se levantando agressivo em direção a Loki, que se afastou.

— Ei, ei! - Steve o parou, segurando seu peito, e eu levantei. Bucky explodiu, socando a parede no mesmo instante.

— Saiam daqui! - ele berrou, com lágrimas escorrendo dos olhos. Ficamos em silêncio, em choque. - SAIAM!

Os dois irmãos trataram de obedecer, mas Steve ficou com os olhos cravados nele. Olhos tristes, suplicantes. Mas ele não cedia, seu olhar era frio.

— Sai. - murmurou.

— Steve. - puxei sua mão, e ele só se deixou levar. Fomos para a sala de reuniões onde estávamos antes, e me acomodei ao lado de Steve.

— Você está bem? - Ele perguntou a Loki.

— Sim, obrigado. Eu sei que... pode ser difícil de acreditar mas eu já vi isso antes.

— Eu também. - Thor falou. - Foi na época que tentei convence-lo de largar esse trabalho doido.

— Mas eu nunca vi desse jeito. Tão forte. Cada bruxa tem sua cor, as de Salem eram roxas, tem magos com azul, bruxas com amarelo, mas...

Thor deu um tiquinho em seu joelho, e eles se olharam.

— E.. A dela é vermelha.

Tem algo que eles não estão contando. Steve não pareceu perceber, mas eu vi claramente.

— Não sei quanto tempo o coma vai durar, depende. Alguém fez um feitiço para acorda-la, e só ele pode desfaze-lo.

— Temos que encontra-lo. - falei.

— Tem algum jeito de encontrarmos o feiticeiro? - Steve perguntou. - Rastrea-lo ou saber seu nome.

— Rastrea-lo, sim. Não sei quanto tempo demoraria, mas eu posso providenciar isso assim que pegarmos minhas malas. Mas...

— O que? - perguntei, com medo do que ele diria.

— Dentro do quarto eu tentei dizer que... Se acordarmos ela antes do processo finalizar... Pode ter... - ele olhou pra Thor.

— Consequências.

— Que tipo de consequências? - Steve perguntou, com a mão na testa. Estava exageradamente preocupado com isso.

— Na verdade eu não sei. É imprevisível. Não sei de casos em que isso aconteceu, a maioria das pessoas que sofrem com isso não são reis com poderes de caçar o bruxo, mago, bruxa, feiticeira, sei lá, em fim, quem os acordou. Na verdade muitos que entram em coma morrem porque são enterrados vivos.

— Loki, para de falar disso. - Thor o repreendeu. - Tem muita coisa que não podem ser explicadas no mundo. E as pessoas criam histórias pra tentar explicar. Mas nem sempre são a verdade. Seres mágicos são muito incompreendidos. Ela foi escolhida para ser mais do que podemos entender. Ela poderá fazer coisas extraordinárias e isso não precisa ser uma coisa ruim.

— Você está dizendo... Que devemos deixar ela assim? - murmurei, absorvendo as palavras dele.

— Vocês decidem isso. Mas ela ainda é sua irmã.

Respirei fundo, cruzando os braços na cadeira. Queria chorar pra desabafar esse nó se formando em minha garganta, mas não consegui. Fiquei em silêncio e uma hora eles pararam de olhar para mim e me deixaram pensar quieta.

— Vou enviar guardas para acompanha-los até a vila, e... - Steve começou, sendo interrompido por Loki.

— Ah, não é preciso. Não quero que as pessoas saibam que estou fazendo aliança com o governo. - Loki sorri, e Thor revira os olhos.

— Ele quis dizer que quer ser discreto. E preciso pegar umas coisas na minha oficina e fecha-la. Voltamos antes do anoitecer.

— Como quiserem.

Steve os levou até a porta, mandou prepararem cavalos para eles e eu esperei no topo da escada. Ele voltou, e encostou no para peito de frente pra mim. Eu não sabia o que falar. Nem ele. Acho que nem tinha nada que pudessemos falar. Em algumas horas ele receberia o corpo do pai num caixão. Seu melhor amigo estava tendo um surto de tristeza. E eu, bem. Ele não gosta de me ver assim.

O abracei, deitando a cabeça em seu peito. Ficamos só assim, abraçados. E bastou naquele momento. Era tudo que podíamos fazer.

(...)

A criada apertou o corpete com mais força. Eu apenas encarava meu reflexo no espelho, pensando em mil coisas. Tudo acontecia tão rápido. Agora vou enterrar o pai do Steve.

Eu estava usando um vestido preto de renda até o chão. Meu cabelo estava solto com caixos caindo sobre as costas, e meus acessórios preferidos, a coroa preta e as unhas de ferro estavam a postos. Eu estava pronta, e sai dos meus aposentos o mais rápido que pude para ver se achava Steve, estava preocupada com ele por motivos óbvios. A manhã estava nublada, era muito cedo. Acabei achando apenas quem não queria.

— Droga.

Desci as escadas devagar, de cara amarrada. A última coisa que eu queria era meu pai aqui. Bevvan e Tthomas estavam ao seu lado.

Fiz uma reverência retribuida por eles.

— Mattheos não vem? - perguntei, na esperança de revelar o paradeiro do meu irmão, mas eu devia saber que ele nunca contaria.

— Oi, filha. - Ele me cortou, e olhei pra o lado, sem paciência. - Onde está Wanda e seu.. Marido?

— Ele está longe de você. E Wanda está doente, como disse a Bevvan. - respondi, tentando cortar o assunto.

— Ele me disse, não acreditei. O que ela tem?

— Não sabem, pai. Está apagada agora, e não deixam ver muito ela com medo de ser contagioso.

— Sei. - Ele cruzou os braços. Sua túnica preta era bem bonita, reparei. - E seu noivo? - Volo deu ênfase na última palavra. - Não é seu marido ainda por que?

— O pai dele morreu, pai.

— E daí? Agora ele é rei, só falta a coroação. Já sabem que dia vai ser?

— Não. - falei, querendo correr dali.

— E vão casar no mesmo dia, não é?

— Nós... Não discutimos isso ainda.

— Natasha, raios, já era pra você ter aberto as pernas para ele numa hora dessas e você fica perdendo tempo!

Revirei os olhos, e vi Bevvan segurando o riso. Tthomas não gostou nada do que ele falou.

— Com licença. - saí andando o mais rápido que pude. Minhas engrenagens começaram a funcionar.

Se ele quer tanto que eu me case com Steve, porque mandou Bevvan me chantagear com minha virgindade? Assim que entendi o que estava acontecendo parei. A resposta é: não mandou. Bevvan está sozinho tentando me derrubar e papai não vai gostar nada disso.

(...)

Steve passou por inúmeros funerais em sua vida. Isso porque sua família inteira morreu.

Ele sabia como agir. Sabia o que fazer de cor. Sabia o que sentir e como recuperar. Não precisava de ajuda. Mas não era o que eu achava. Ele lá em cima do altar, completamente sem expressão vendo o caixão do pai se aproximar, eu vi que ele estava prestes a desabar. E ele ia cair.

A igreja estava simplesmente lotada. Todos estavam aqui, reis de reinos vizinhos, todos os duques, condes, condessas, barões de Roger e Romanoff, membros do clero de todo o mundo, generais e tenentes mais próximos de Steve e seu pai, mas era claro que todos os lugares de Stark foram preenchidos as pressas. Não tinha um Starkiano pisando naquela igreja.

Vi Bevvan e Tthomas ao lado do meu pai. Tthomas piscou pra mim, e eu sorri. Meu pai me olhou também, cruzando os braços com um sorriso irônico. Revirei os olhos.

Bucky estava lá em cima, de terno preto, quietinho. Seus pais não puderam vir pois sua madrasta estava doente. Nada grave disseram, já se recuperaria. Mas ele quem não tinha forças para ajudar Steve, e tenho certeza que ele entendia.

Mas meus desvandeios foram interrompidos pelos olhos de Steve que desprenderam um segundo do caixão andando sobre rodas brilhantes em cima do tapete preto pela enorme e ornamentada catedral de quinhentos anos. Assenti devagar para ele. Aguenta. Você está indo bem.

A música funebre era horrível. Meu coração apertou e senti náuseas ouvindo aquilo. Uma orquestra completa tocava os acordes perfeitamente. Todos estavam em silêncio. Era o único som na sala, além do rangido da carruagem que levava o corpo.

O Arcebispo Fury estava lá, ao lado do Papa Nicolau V, no meio. E do outro lado estava Steve, perfeito, na mais ornamentada farda militar preta já o vi usar. Usava todas as medalhas do pai. E puxa, eram muitas.

Steve além de Rei é Capitão. Não sei porque não é General, mas ok. As pessoas mais importantes do mundo estavam naquela igreja e eu tremia igual a um pinguim, pensando coisas que não devia pensar. A verdade é que eu estava prestes a sair correndo.

Teria saido se não fosse Steve. Se não fosse ele...

A música diminuiu quando o caixão parou. O Papa Nicolau V era o único de branco tirando o Fury. A cerimônia foi toda em Latim. Longa, chata, cheia de coisas católicas idiotas horríveis. Steve só tinha que ficar lá, ouvindo toda aquela cerimônia triste sobre morte. Torturado. Nossos olhos ficavam vidrados um no outro.

Cheguei a apontar o vestido horroroso de uma Condessa de Romanoff e ele deu uma pontadinha de sorriso. Sei que estava aguentando bem. Até a hora que seria realizada a bênção final ao corpo. O caixão seria aberto.

Steve mal respirava. Esse era o ato de bravura dos reis, encarar pela última vez o corpo podre daquele que o deu a vida. Vi o pânico em seus olhos petrificados. Sua expressão não mudou nenhum segundo. E quando foi aberto, vi todos desviarem os olhos. Menos Steve. Ele encarou.

Muitos reis não conseguem olhar. Mas ele não mudou por um segundo a expressão no rosto. E o Papa proferiu a bênção final rápido como um raio. Algumas pessoas tamparam o nariz discretamente e ninguém olhou aquilo. Eu falava latim muito bem, mas não tenho ideia do que ele disse. Minha única concentração era Steve.

Ele estava prestes a explodir em lágrimas. Mas não chorou. Steve aguentou até o caixão se fechar. E quando se fechou, ele olhou para o teto, respirando fundo.

Rapidamente voltou a ficar impassível até a cerimônia prosseguir. E tudo acabaria com o desfile do caixão, a última chance aos aldeões a darem adeus a seu amado rei. Steve seguiu atrás, até fora da igreja. Fui com os convidados de honra ao meu lado, e permanecemos na enorme escadaria da igreja, onde os plebeus encheram as calçadas da praça enorme. A multidão gritava e jogava rosas no caminho, muitas pessoas choravam.

Steve permaneceu imóvel esperando a chique especie de carroça com rodas de ouro ser rebocada pela carruagem grande.
A música triste não parou um segundo, só ficou mais alta para acompanhar a marcha.
Steve tocou o caixão com a palma da mão aberta e assentiu para o cocheiro. Seu pai partiu e só voltaria após percorrer a cidade inteira, para ser enterrado no cemitério dos reis, nas catacumbas do castelo Roger.
Steve entrou no castelo, e o perdi de vista

(...)

Bevvan

Meu Satanás, esse funeral foi a coisa mais brega que já vi em anos. Tudo relacionado a essa igreja é brega, na verdade. No funeral do meu pai vou certificar que tenha uma quantidade absurda de vinho e músicas felizes. E abrir o caixão, meu Deus, que ideia de jirico.

Cheiro ruim do inferno, ninguém quer ver aquela nojeira não. Rogers já são nojentos vivos, imagina mortos.

Parece que iriam servir o jantar nos quartos hoje, mas não aguentei de fome, saí para procurar alguma coisa. Mas pelo visto isso não estava nos planos do meu pai.

— Eu quero saber o que realmente está acontecendo com a Wanda. Entendeu? - Ele falou, andando ao meu lado.

— E se ela morrer?

— Aí vai morrer, ué. Acho que Natasha está mentindo sobre a condição dela.

— Ouvi dizer que tem uma dupla de irmãos que fazem algo relacionado a poções aqui, e foram vistos entrando no quarto dela. - Falei, ansioso para sair de perto dele.

— Como eles são?

— Estranhos, sei lá pai. Vou descobrir os nomes, satisfeito?

— Não. Quero que descubra tudo e me conte. E Barton ainda não conseguiu arrimar um jeito de se infiltrar aqui e matar o idiota do Barnes. Se ele demorar muito vou mandar afoga-lo e você vai ter que mata-lo.

— Você está doido? - gritei o mais alto que planejava, e ele me olhou feio. Respirei fundo. - Steve vai me enforcar em um segundo se descobrir. E Natasha... Nossa ela.. 

— Está com medo, Bevvan?

Fiquei em silêncio, extremamente irritado.

— Não.

— Então cala a boca, não disse que vai matar hoje. Só se Barton não conseguir.

Assenti, querendo socar sua cara velha e sair andando.

— A última coisa... Eu não te daria essa tarefa se não confiasse que você vai se sair bem. - Ele falou, suavemente, não estava mentindo. Olhei para ele curioso, elogios vindos de Volo Romanoff sempre voltam e causam sua morte. - Natasha está com o colar de Maria Stark. Eu preciso dele mais que tudo, entendeu? Não posso forçar ela a me dar então preciso que roube.

— Por que você quer tanto uma jóia de uma rainha morta? - estranhei.

— Melhor não saber, teria que te matar. Mas haja o que houver não coloque ele no seu pescoço. Entendeu?

Queria perguntar. Queria insistir mais. Se Volo quer tanto, tem um valor inestimável e eu iria descobrir.

— Sim.

— Ótimo. E se eu souber que você está fazendo qualquer coisa para estragar o casamento, eu juro que te jogo para os dragões.

— Dragões não existem, pai. - ele dizia isso para nos assustar quando crianças, contava histórias dos enormes monstros que dizimavam reinos inteiros rapido como um raio.

— Claro. - ele sorriu, e foi embora.

Talvez eu finalmente conseguisse comer.


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Notas finais do capítulo

A Nat e a Wanda se amam tanto, cara. É lindo se se ver ♡♡
Gostaram da narração do Bevvan???

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