Castle escrita por Romanoff Rogers


Capítulo 1
I - Lembranças Amargas


Notas iniciais do capítulo

Honestamente, eu sugiro que leiam a fanfic no wattpad, lá ela está acabada e os recursos visuais deixam a experiência melhor!

AVISO:
Além do gênero romance e ação, essa história é de suspense e horror. A classificação indicativa é +18. Há cenas de sexo explícito, violência extrema, tortura, decapitações, empalamentos e magia negra.

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Playlist de Castle no Spotify:
No final da descrição do meu perfil há este link para acessar, espero que ouçam as músicas, além de deixar mais emocionante, foi de coração.

https://open.spotify.com/playlist/1qKDCRXQxd1iAET0FgiHWm?si=ZN-pR6fURXGqr5HsIMmWNA

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Por favor, não se esqueça de comentar e votar, ajuda demais! Boa sorte. Vocês vão precisar.



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— Rei Stark. - a voz de Jarvis atravessou meus ouvidos, e sonolento, abri os olhos devagar. Glória Senhor, eu estou muito tonto, que Odin me ajude. - Rei Stark!

 

Ele insistiu e comecei a me mexer, vendo seu rosto me fitando impassível como sempre, iluminado pelos raios de sol dourados que entravam pela janela.

 

 


Eu estava deitado sem camisa meio a mil e um cobertores molhados de cerveja, e tinha uma garota deitada no chão. Espera, tem uma garota no meu chão. Por que tem uma garota no meu chão?

— Estava conversando com a Lady Amélia, e decidi acordá-lo. - ele comentou, apontando para a loira bêbada no chão, que acenou para mim. - Já localizei uma outra roncando dentro do armário e tem um pé naquela jacuzzi.

Soltei uma risada, vendo Amélia se levantar do chão vestida com seu espartilho, apenas. A menina no armário acordou também, e saiu se arrastando.

— Obrigada, Elle, podem sair agora. - murmurei.

— Meu nome é Emily.

— Isso. Emily. Tchau. - elas fazem uma reverência, e não me dei o trabalho de acordar a outra dormindo na água. - Bom dia, Jarvis.

Ele fez uma reverência.

— A duquesa Potts chega esta tarde, devo lembrá-lo. - ele fala em tom de reprovação. - Sua futura noiva.

Meus olhos se fecharam, e só consegui sentir meu suspiro carregado de alma. Eu não amava Pepper. Ela é uma mulher forte, linda, rica e maravilhosa. E será minha rainha, o parlamento não aceita mais que eu não tenha herdeiros a essa altura do campeonato. Tinha tudo pra encantar meu coração. Mas ele já fora quebrado, e quando é quebrado uma vez, não volta ao normal.

Eu amava Wanda. Fora algo a muito tempo devorado pelo tempo, mas aprendi desde cedo a não confiar em ninguém além de mim. Restavam muito poucos ou quase nenhum sentimento bom a seu respeito. Ela é uma Romanoff, e todas as Romanoffs são bruxas.

Já fomos um só, nós três. Fomos um enorme e incomparável reino até nos repartirmos em três. Stark, Romanoff e Roger. Eu, Steve e Natasha sempre soubemos que seríamos os reis e rainha das três terras mais ricas do continente.

Stark é um grande reino que corta parte de um deserto quente. E nesse deserto minas de ouro inesgotáveis são exploradas a séculos. E isso nos tornava o reino mais rico da região.

E eu era o rei mais interessante. Joseph e Volo são dois velhos da idade da pedra.

— Senhor? O senhor está bem? - Jarvis me tirou de meus devaneios.

— Sim. Não preciso perguntar se está tudo absolutamente perfeito para a chegada dos Potts, certo? - perguntei, finalmente aceitando que não poderia dormir mais.

— Sim, senhor. Tudo ordenado.

— Ótimo. - disse, me levantando. - Pegue minha coroa.

(...)

Natasha

 


Eu fitava meu reflexo no espelho, perdida em pensamentos inúteis.
Você é Natasha Romanoff, e ninguém é mais forte que você.

Eu dizia isso a mim mesma todos os dias enquanto Anne escovava meu cabelo. Pelo menos eu acho que o nome dela é Anne.

Ela me ajudou a vestir meu vestido preto e justo com correntes negras de ferro indo das mangas até o chão, e completei com correntes no pescoço, meu brinco preferido de espadas e após ela prender meus cabelos num penteado trançado. Lábios vermelhos, minha coroa com cinco pontas afiadas na cabeça, e só restava encarar o dia que seguiria.

Sai com passos apressados para não me atrasar para o jantar, sem deixar de olhar bem as janelas lá fora. O dia estava lindo, e logo comecei a ouvir Wanda cantando uma de suas melodias irritantes pelo corredor.

 


— Quem morreu? - ela perguntou, dando voltas na minha frente, sorrindo. Ela dizia isso quase todo dia, como se não soubesse por que eu uso preto sempre.

— Bom dia. - murmurei sem animação alguma, com ela entrelaçando nossos braços.

— Nat! - ela riu de nervoso.

— Sabe que ele é bastardo, Wanda, então tem que ficar em segredo e você sabe. - insisti.

— Sei sim senhora. Mas você me entenderia se esse seu coração de pedra amasse alguém.

— Cala a boca! - disse, irritada, continuando impassível, e ela deu de ombros. Malcriada. Era o que acontecia quando se era a última numa longa linha de sucção, ninguém liga para seus bons modos.

— Bevvan voltou? - perguntei.

— Não, graças a Deus. - ela respondeu, e sorri. - Papai está esperando a gente. Parece animado.

Lá vem.

Fomos nós duas andando pelo castelo, recebendo reverências no caminho. Wanda estava de azul marinho escuro, um batom preto forte, e seus cabelos lisos estavam presos apenas pela enorme coroa, também de ferro negro. Éramos conhecidas por nossas vestes escuras e beleza estonteantes, pelo que me contavam.

As mulheres Romanoff são a muitos séculos conhecidas pela beleza avassaladora e todas as rainhas nascidas em berço de ferro são mortais como o próprio ferro romanoffiano.

Assim que entramos na sala de jantar, fazemos uma reverência pra ele. Eu odiava do fundo do meu coração reverenciar o homem mais porco de todo os três reinos.

— Minhas lindas filhas. - ele comentou, sem parar de cortar o pão em sua mão. Logo, o barulho de nossos saltos no chão era o que preenchia o ambiente. Era muito raro, mas todos os meus irmãos estavam fora.

As paredes de pedra preta estavam ali, como sempre. As flamulas vermelhas e pretas com o enorme desenho de uma aranha no centro cortada por duas espadas se cruzando, tremulavam perto de todas as janelas, símbolos da família Romanoff, e a mesa a minha frente estava cheia de frutas, tipos variados de pão, leite, suco.

Não comi quase nada, sabia que ele estava animado assim por alguma desgraça. E quando Volo Romanoff abriu a boca, eu tive certeza.

— Essa conversa é mais do seu interesse, Natasha. - levantei os olhos pra ele. Eu só me interessava em me tornar a rainha que nasci pra ser e ele sabia. - O rei Joseph está morrendo, e isso é uma ótima notícia!

Meus Deuses.

— Ótima notícia. - Wanda comentou revirando os olhos. Fechei os meus.

Steve deve estar arrasado.

— O que ele tem?

— Ninguém sabe ao certo, acham que é falência ou câncer no pulmão, mas têm certeza apenas que vai morrer logo. E o Steve precisará de uma rainha.

O encarei. Odiava ele ver vantagem em cima da gente. Odiava. Mas era tudo que ele sabia fazer.

— Eu não preciso de um rei para me dar poder. - disse cerrando os dentes e tentando controlar minha irritação, mas meu coração era espremido nesse momento.

Ele me ignorou.

— União entre os Romanoff e os Rogers. E quem sabe assim derrotemos a praga Stark de uma vez por todas. - ele zombou, sem parar de comer nenhum segundo. Ele e seu ódio pelos Stark.

— Os Starks não são nossos inimigos, pai. - Wanda lembrou.

— Eu sei, eu sei, o ouro deles é muito importante pra gente. O que o torna mais rico e uma ameaça.

— Quem vai comprar nosso ferro então? - minha irmã revira os olhos. Ela odiava esse tipo de conversa, mas sabia tudo.

— E os diamantes Rogers. - ele ergue a taça em sinal de brinde. Meu pai não ligava, apenas queria me casar com os diamantes. - E, Wanda, se revirar os olhos novamente vai perder um deles.

— Pai. Por favor. Esquece isso, eu lhe imploro. - me levantei, pronta para desenrolar meu discurso. - Nós somos um dos pilares mais fortes que herdou essas terras. Somos os Romanoff. Eu sou uma Romanoff, herdeira das frias linhas de ferro e não preciso me casar com um rei para garantir isso!

— Natasha. - sua voz vibrou firme, e ele se levantou também. - Você sabe que não pode governar sozinha. Você sabe que esse seu discursinho é verdade. Você é meu sangue. Minha herdeira. A guerreira mais temida desse continente.

Wanda nos encarava sem piscar.

— Um Roger não vai te diminuir se você não deixar. E você não vai.

Suspirei, com as mãos tremendo. Ele não estava falando sério, não pode ser. Eu não quero me casar com Steve. Eu não quero me casar com ninguém. E isso me mataria.

Eu conheço Steve. Ele foi meu amigo por muito tempo, quando éramos crianças. Assim como Tony. Bucky. Lembro-me perfeitamente de nós todos brincando juntos, quando nossa maior preocupação era quem ganhava os duelos armados de Tony. Agora, os duelos são com ferro, ouro e diamantes, e todos estão prontos para nos decapitar.

Comecei a bolar meu plano. Meu pai é o rei? Sim. Mas eu sou Natasha Romanoff, e todos me respeitam tanto quanto ele. Ele se curvaria perante minha vontade.

— Só aceito isso se Wanda puder se casar com quem ela quiser.

Vejo sua boca pintada de preto se escancarar e os olhos brilharem. Já meu pai, ficou furioso.

— Blasfêmia! Wanda se casará com algum duque, príncipe, quem eu mandar.

— Então é uma pena. - abri um sorriso vitorioso. Estava na minha mão. - Infernizarei a vida de Steve Rogers até ele me odiar e se recusar a casar comigo. Que pena, perderá um rei para ganhar um duque para a última na linha de sucessão.

Ele estava muito irritado, reflexo de seu punho esmurrando a mesa tão forte que achei que ia rachar. Nem pisquei, já Wanda deu um pulo e ficou de pé.

— Ótimo. Wanda será livre se você seduzir Steve Rogers e fazer ele se tornar SEU rei.

— Perfeitamente. - eu queria gritar com ele, mas permaneci séria.

— E eu quero um herdeiro. - quase vomitei naquele instante, e saí da sala antes que tudo caísse em mim.

Fui para a sacada mais próxima e passei a admirar as colinas que se entendiam para todos os lados de nosso reino. Meu reino.

Romanoff foi criada do fogo. Ascendemos e reinamos a centenas de anos essas gigantescas e colossais montanhas geladas. O inverno é excruciantemente frio, a primavera é fria, e até o verão é frio.

Então aprendemos cedo a usar o fogo muito cedo.

Não demorou para a voz aguda de Wanda gritar comigo, acabando com meus devaneios.

— Você está louca?! - me virei para ela com uma expressão despreocupada. - Sacrificar seu futuro por mim?! Natasha, você não precisava ter feito isso, santo Deus!

— Wanda. - ela se calou, me encarando. - Você me conhece. Sabe que o que importa pra mim é meu reino. Meu poder. Minha coroa. E você.

— Amor é a coisa mais maravilhosa que se pode acontecer com alguém, Tasha. Eu queria que você tivesse a oportunidade de entrar em contato com isso, porque você merece. - seus olhos encheram de lágrimas e eu a abracei.

— Steve é gostoso, pelo menos.

— Nat! - ela ri, abraçando firme minha cintura. - Obrigada. Muito obrigada.

Sorri. Aquilo fez tudo valer a pena.

— Quero que seja feliz. Mesmo que isso signifique James Buchanan Bucky.

(...)

Steve

 


— Você não pode fazer isso. - disse, sorrindo pra ele. Ele revirou os olhos com uma risadinha, e conduziu o cavalo até a casa certa.

— Foi só para ver se você está esperto, rapaz. - ele piscou, e eu analisei minhas opções.

Pense, Steve.

Ele é o mestre do xadrez, ninguém nunca ganha dele. E ali, naquele leito de morte, não seria diferente. Ele sabe que vai morrer. Eu sei até ele vai morrer.

— Sua vez, Steve.

Levantei a cabeça para fitá-lo.

— O rei... Sozinho no tabuleiro. - eu comecei, com a voz já falhando. - Ele tem seus peões, seus cavalos, suas torres. E tem o inimigo. Tem quem o defenda, mas sabe que no fundo está sozinho, porque se derrubarem o rei, o jogo acaba.

Ele não me disse nada, os olhos azuis como os meus apenas me encaravam.

— É assim que é. Não é?

— Se você tiver sorte... Sua rainha nunca te deixará sozinho. - ele comentou, com um sorrisinho se abrindo, e eu sorri. - Você é a pessoa mais forte que eu conheço, filho. Sei que nunca hesitaria em proteger seu povo, em fazer a coisa certa. Em proteger sua rainha, seus filhos.

— Com quem devo me casar? - perguntei, olhando-o.

— Você sabe. Seu coração sabe. - ele piscou pra mim, e eu sorrio. - Quando um coração de um guerreiro escolhe uma dama, ninguém destrói isso.

— Eu não escolhi ninguém, pai.

— Você só não sabe ainda.

— Você se lembra de quando seu pai se foi? - perguntei, incerto, e minha voz falhou assustadoramente. - Quando você ia assumir o reino. Ia assumir tudo o que passou a vida se preparando para.

— Como se fosse ontem. - ele abriu um sorriso fraco. Sua pele estava muito mais pálida que o normal, e círculos roxos descansavam em seus olhos. - Lembro do medo, da insegurança, da incerteza. Falhar, cair. As palavras que todo rei teme. Mas sei que vai se sair muito melhor que eu.

Neguei, com uma careta.

— Vai sim.

Olhei novamente para o tabuleiro, antes de executar minha jogada.

— Xeque-mate. - disse, e encontro seus olhos me fitando boquiaberto.

— Meu Deus... eu estou morrendo mesmo. - meu pai analisou o jogo de novo e de novo, sem acreditar que eu o derrotei.

Abri um sorriso triste, vendo-o jogar o tabuleiro para o lado bufando.

— Deixei você ganhar.

— Você nunca faria isso.

— Eu sei! - ele gritou, sorrindo, mas começou a tossir. Começou a tossir sem controle, e colocou um pano sob a boca. Depois de respirar fundo, tira o pano ensanguentado e joga no criado mudo ao lado.

Eu o encarava com os olhos cheios de lágrimas.

 


— Descanse. - eu disse, ele assente, se arrumando no lugar, e dormiu em instantes.

Fechei os olhos e não me permiti chorar. Andei com passos leves até a janela e encarei os muros como se minha vida dependesse disso.

Ouvi duas batidinhas de leve na porta. Fui até lá e abri.

— Alteza. - o soldado faz uma reverência. - O Senhor James de Buchanan chegou.

Abri um sorriso e assenti antes de olhar para meu pai dormindo sereno.

— Traga uma criada para ficar aqui com ele. - ordenei, e sai andando colocando a coroa na cabeça. Sua prata é totalmente cravejada de diamantes, e suas pontas, tão afiadas quanto lanças.

Ela não era oficialmente minha ainda, mas eu sei que logo será.

Fui para a frente do castelo, no enorme jardim enquanto uma carruagem marrom parou e Bucky desceu, com um enorme sorriso. Seu manto era azul com detalhes dourados por toda sua extensão, e suas botas lustradas como sempre.

— Bucky. - eu o abracei, dando tapinhas em suas costas e ele ri. Ele não tinha barba da última vez que o vi.

— Você está estonteante com essa coroa, Rogers. - ele comentou, sem largar o sorriso nenhum segundo. - Falta só uma rainha do seu lado.

Arregalei os olhos, e sei que estou com a cara mais assustada possível.

— Ela insistiu para vir comigo.

E dito isso, ele sai do caminho revelando a princesa Catrinna Buchanan, sua irmã mais nova, segunda na sucessão do trono Buchanan. Ela não é bastarda como Bucky, tem os olhos da lady Buchanan.

Seus cabelos cacheados eram morenos como os de Bucky, mas os olhos, doces e escuros. Seus traços são delicados, os lábios pintados de marrom combinando com sua coroa com joias escuras de painita. O estado de Buchanan tinha uma enorme abundância de painita.

— Majestade. - ela faz uma reverência quase até o chão, que eu retribuo.

— Milady. - e beijei sua mão. - É uma honra tê-los aqui.

— Obrigada. - ela ofereceu um sorriso e eu encarei Bucky. - Sinto muito pelo rei, Steve.

Assenti, respirando fundo. Bucky tombou a cabeça para o lado, sinal de "vamos sair daqui e conversar." Era sempre assim. Eu e ele, até o fim da linha.

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Catrinna Buchanan: https://pinterest.com/pin/147422587782009969/?source_app=android


Comentem e votem pls!

Ps. Peço perdão por esses  porque são as imagens que colocava no wattpad e o nyah não suporta, apenas ignorem! Beijos