Deus dos Erros escrita por Dramoro


Capítulo 13
A Criança Cega


Notas iniciais do capítulo

Hello people! Se vocês leram até aqui, acredito que estejam gostando da história. Portanto, continuarei postando capítulos periodicamente. Espero que gostem :)



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Uma nota seguida de muitas outras. Rápidas e curtas elas formavam uma sinfonia de toques. Dedos de um lado e dedos do outro, cada parte ligada através de placas de vidro e luz, como se não estivessem separadas de verdade.
— Pq vc não foi pra aula hj? – digitou Ágata. – ?????
— Sono. – respondeu Fábio. – E daí?
— Vou te socar, garoto!!! Tô indo aí.
— Tá. Vou comprar algo pra comer. O q vc quer?
— Eu q – o celular de Ágata caiu no chão. – HEI! Você é ce…? - ia dizer a garota olhando para o lado enquanto se abaixava para pegar o celular.
Um clichê de filme surgiu em seu dia como um pop-up. Um jovem alto e negro movia-se ao seu lado, também agachado, tateando o chão à procura de algo. Seus olhos estavam ocultos por um par de óculos escuros, porém a verdade sob eles estava bem explícita. O rapaz era cego.
— Desculpa, desculpa! – pediu o jovem envergonhado segurando o joelho de Ágata. – Eu derrubei algo? Quebrei alguma coisa?!
Ágata viu três linhas finas traçando o destino de seu celular, mas resolveu que contar aquilo não era necessário.
— Não. Não quebrou nada, não se preocupe. – mentiu. – Você está perdido? Quer ajuda?
A menina tentou ajudar o rapaz cego. Ela pegou sua mão e ao mesmo tempo em que se levantava também o ajudava a se erguer. O garoto era apenas um centímetro mais alto que ela, mas aparentava ser alguns anos mais velho.
— Na verdade eu estou perdido sim. – disse o jovem. – Algum imbecil roubou minha bengala, tentei correr atrás dele e perdi a conta dos meus passos. Quando vi já estava perdido.
— Tinha que ser no Brasil. – comentou Ágata apoiando a mão no ombro do rapaz. – Onde você mora? Não tem ninguém que possa te buscar?
— Bem, tem a minha mãe… mas eu não tenho como ligar pra ela. Roubaram meu celular também.
— Mas você se lembra do número? – Ágata pegou seu celular e tentou desbloqueá-lo, mas a tela estava cheia de manchas pretas, arruinada pela queda.
— Lembro. – confirmou o rapaz.
A menina olhou ao redor. Ambos estavam em uma praça não muito longe da entrada do colégio no qual Ágata e Fábio estudavam. Todos os seus amigos e colegas já haviam ido embora. Poderia voltar e pedir ajuda para algum funcionário ou professor, ou…
— A casa do meu amigo é bem perto daqui. Você pode ir comigo e de lá ligamos para sua mãe. O que acha? – propôs Ágata.
Sem muitas opções o rapaz cego aceitou o convite e, guiado por Ágata, foi até a casa de Fábio. O menino atendeu a porta com o rosto amarelo de uma noite mal dormida e tédio. Ele usava roupas levas e uma touca cinza, hábito que adquirira quando não podia usar casacos e capuzes devido ao calor. Apesar de não dizer nada, as perguntas do menino estavam estampadas em seu rosto.
— Hã? – balbuciou Fábio.
— Aconteceu algo no caminho. – disse Ágata balançando o celular quebrado. – Ele precisa de ajuda.
Podemos usar o seu telefone?
— É claro. Entrem.
— Muito obrigado. – agradeceu o rapaz cego esticando a mão para Fábio. – Não sabe como estou aliviado com a sua ajuda. Meu nome é Joel.
— Prazer, Joel. Sou Fábio. – respondeu o menino. – Não precisa agradecer.
— Preciso sim. – respondeu Joel avançando para dentro da casa. – Você não faz ideia do quanto.

Olhar para Otávia era como observar chamas avançando lentamente por um pavio cujo comprimento era incerto. Após o julgamento, Charles e Leonardo foram levados de volta para os trilhos ferroviários onde a batalha de Marcus acontecera. De lá, o menino carregou Leonardo pela névoa de volta para Nagameiro, bairro no qual o prédio em que moravam residia. Otávia esperava por eles diante da parede na qual os desenhos da família de fantasmas estavam desenhados. Ela ouvira cada palavra do relato de Charles sem olhar para ele. Sem se mover ou falar. Sua única reação era pousar a mão sobre o desenho de um menino pequeno e gordinho na parede. Um toque saudosamente aflito.
Charles sentia-se responsável por tudo que acontecera. Se não tivesse descido ao estacionamento, não teria ouvido a conversa de Marcus. Não teria o seguido. Não seria feito de refém. Não teria entregado Marcus a seus captores e feito um pacto com eles.
— Não foi sua culpa. – disse Otávia finalmente, como se soubesse exatamente como ele se sentia. – Se vocês não tivessem intervisto, o resultado seria pior.
— Como? Ele só foi pego por minha causa. – argumentou Charles.
— Ela está certa, Charlie. – comentou Leonardo que estava sentado no chão encostado à parede enquanto sua perna lentamente readquiria forma. – Marcus não tinha chance contra aquela consumida, sem reféns, ela provavelmente teria o obliterado.
— “Obliterado”. O que é isso afinal? Ouvi isso várias vezes no julgamento. – questionou Charles.
— Não podemos “morrer de novo”, mas podemos ser obliterados. – respondeu Leonardo tirando os óculos escuros. – Não é como ser devorado por demônios, queimado pelos anjos ou apodrecido pelos espectros. Ser obliterado é deixar de existir de vez. Não sobra nada de você. Você é esquecido.
Talvez esse não fosse um destino tão cruel assim. Se Charles fosse esquecido, Heitor, Fábio, seu pai, Laiza, nenhum deles estaria sofrendo por tê-lo perdido. Todos estariam felizes e seguindo com suas vidas sem nem ao menos sentir que algo ou alguém estava faltando. E se Charles não existisse, também não sentiria falta deles, e nem sentiria qualquer outro sentimento, bom ou ruim.
— Mesmo se ele não fosse obliterado, sem você no julgamento… ele… - Otávia não terminou de falar apenas se virou.
Seus olhos desiguais, um normal e outro verde-água apagado, sempre o lembravam do que houvera em seu templo. Lembravam-no dos anjos e do desespero de fogo que eles trouxeram. Assim que seus olhares se cruzaram, Charles se encolheu, sentindo-se ainda mais culpado, e como uma reação refletida, Otávia fez o mesmo, envergonhada por sua aparência mutilada.
— Se, se, se… isso não importa! – resmungou Leonardo. – O que aconteceu, aconteceu. Como resolvemos agora?
— Temos que achar esse amuleto que Charles roubou. – disse Charles cabisbaixo. – Em uma semana.
— Otávia, você está aqui há mais tempo do que eu. Já viu algum amuleto nas coisas do Marcus? – perguntou Leonardo.
— Nunca vi amuleto nem nas coisas dele, nem em qualquer outro lugar desse prédio. Não foi aqui que ele escondeu isso.
— A Velha pode saber de algo? – indagou Charles.
— Talvez, mas como ela nos contaria? Ela não fala. – relembrou Otávia.
— Temos que achar algum fantasma surdo para ensinar LIBRAS pra ela. – Leonardo balançou os dedos do pé recém-reformado. – Isso já passou da hora.
— Ela não é “muda”… ela é… antiga. Marcus já havia me contato sobre essa Vivian Obá. Ele disse que ela obrigava a Velha a fazer profecias pra ela. Por isso ele a levou com ele quando fugiu. Ela foi o primeiro fantasma que ele acolheu. – contou Otávia voltando a olhar para o desenho de Marcus. – Mas não pode nos ajudar. Mesmo para um fantasma a Velha é muito velha. Tipo bem mais que milenar. Ela não consegue mais se comunicar direito através de linguagens.
— Então estamos ferrados. Não tem mais ninguém a quem perguntar. – enraiveceu-se Leonardo.
— O Maquinista talvez? – disse Charles percebendo a idiotice de sua sugestão segundos depois. – Ou… bem, exceto dessa vez, sempre que tive problemas teve alguém que me ajudou.
— Não. – disse Otávia secamente. – Ele. Não.
— Mas, Otávia, não temos mais ninguém. – retrucou Charles.
— De quem vocês estão falando? – quis saber Leonardo.
— Nepecrapto. – disse Charles. – Ele pode ajudar.
— Sim, ele “pode”. – Otávia cruzou os braços e apertou o olhar com raiva. – Mas você é ingênuo e imbecil se acha que ele vai. Aquele crápula é um manipulador. Tudo o que ele fala e faz, qualquer ajuda que ele dá tem um motivo egoísta por trás. Toda vez que você o ouve, ele controla você!
— Por quê? – questionou Charles em ceticismo. – Por que ele me controlaria? O que ele quer? Você vem dizendo essas coisas desde que eu cheguei, mas até agora nunca explicou o que tem contra Nepecrapto. Se você sabe de alguma coisa mesmo, por que não me diz de uma vez?
Otávia arregalou os olhos e enrijeceu o corpo, surpresa com uma pergunta mesmo que já a esperasse. Mas ao invés de respondê-la, ela simplesmente piscou os olhos como alguém que suprime lágrimas, e abandonou o cômodo. Sozinho na discussão, Charles olhou para o lado e viu Leonardo começando a se levantar.
— E então, Charlie? – perguntou o amigo. – O que você vai fazer?
Charles sabia que, mesmo sem argumentos expostos ou claros, Otávia podia muito bem estar certa. Nepecrapto não era bem intencionado, isso era algo que sabia desde o primeiro momento durante o qual o vira. Contudo, sem saber o que o bizarro realmente queria, restava se perguntar se poderia tirar mais dele do que ele poderia tirar de Charles. Usá-lo sem deixar-se ser usado. Será que conseguira? Charles não tinha certeza, mas sabia de algo crucial.
— Não há mais nada que possamos fazer. – concluiu Charles. – Vou chamá-lo.

O passado sempre persistia em se agarrar ao presente, como uma mãe que se recusa a soltar seus filhos, afinal, eles são antes de qualquer coisa extensões de si mesma. A imagem de uma mulher de cabelos negros e lisos em um corte curto capturava o olhar de Joel. Uma mãe segurando um bebê em um hospital. Não se parecia em nada com a criança de cabelos castanhos claros e encaracolados que olhava para o bebê como se ele fosse indubitavelmente a coisa mais incrível que já vira.
— Conseguiu ligar para sua mãe? – perguntou Fábio observando Joel segurar o telefone fixo da casa, ao lado de várias fotografias de família.
É claro que ele não imaginava que Joel podia vê-las. Não com todas as cores, como o menino deveria fazer, mas com apenas uma cor para cada pessoa. Mesmo que em imagens, um pouco de suas essências havia sido mantido nas fotos, uma material que apenas poucos olhos conseguiam enxergar.
— Consegui sim. – disse Joel desligando o telefone e se virando na direção de Fábio. – Dei o endereço a ela. Ela disse que chega dentro uma hora mais ou menos. Tudo bem se eu esperar aqui.
— Não se preocupe com isso. – disse Fábio tentando disfarçar seu desconforto o melhor que podia. – Quer alguma coisa enquanto espera?
— Posso usar o banheiro? – perguntou Joel. – Não precisa nem me levar, é só dizer as direções e eu me viro. Não vou sujar ou derrubar nada, sei me virar.
— Se você diz… é só andar alguns passos para esquerda e seguir reto. – disse Fábio. – Qualquer coisa é só chamar.
— Tudo bem, obrigado. – agradeceu o rapaz.
Joel tateou as paredes enquanto andava e seguiu as instruções de Fábio. Várias manchas de luz estavam espalhadas pela casa, traços de presença de pelo menos cinco pessoas. As cores mais vibrantes eram vermelhas e púrpuras. Embebiam quase todos os objetos e cômodos, o que tornava a locomoção de Joel extremamente mais fácil. Outras três cores cintilavam em alguns lugares, mas bem mais fracas. Entretanto, nenhum daqueles tons interessava ao rapaz cego. Era outra cor que ele buscava. Um tom específico e diferente.
Joel chegou até a porta do banheiro, abriu-a e entrou no cômodo. Mesmo após fechar a porta ele conseguia enxergar a cor vermelha que delineava as silhuetas de Fábio. O menino o seguira durante todo o caminho, irradiando uma aura de desconfiança. Ainda assim, era impossível que sua preocupação fosse sobre algo próximo à realidade. Não havia como Fábio saber de antemão qual era seu objetivo naquela casa. Sendo assim, depois de alguns poucos minutos, o menino se virou e voltou para sala, deixando uma linha de luz vermelha por onde passara.
O momento havia chegado. Joel abriu a porta buscando ser o mais inaudível possível. Observou as silhuetas de luz de Fábio e Ágata. As crianças ainda estavam sentadas no sofá assistindo televisão. Joel olhou ao redor, captando cada cor que havia na casa até achar a que buscava. Era uma habilidade única, ver a energia das pessoas, e de certa forma, isso o fazia ter uma nova visão sobre si mesmo. Seus olhos não funcionavam como os das pessoas “normais”, ele sempre fora a criança cega para os outros, mas não era essa a sua verdade. Comparados a ele, todos os outros eram verdadeiramente cegos, pois não podiam ver além da ilusão mundana de que eram a carne na qual viviam.
Sem mais delongas, Joel retornara à sua missão. Finalmente vira a cor que buscava. Um tom fraco de índigo irradiando de um dos quartos.

— Esqueçam aquele pirralho. – aconselhou Nepecrapto com seu sorriso doentio emoldurado pelos filetes de sangue que escorriam de seus olhos.
O consumido havia aparecido assim que Charles decidira chamá-lo, o que fez com que Charles se perguntasse se Nepecrapto tinha conhecimento sobre seus pensamentos e vontades, ou algo assim. Qual era a conexão entre os dois afinal?
— Ele não é um pirralho. – corrigiu Charles. – Pelo visto você já está sabendo de tudo. Como isso é possível?
— Da mesma forma que eu sabia que você iria morrer naquela noite. Mas não é sobre isso que você quer me perguntar, Char-lesss, ou é?
— O que você pode fazer para salvar Marcus? – interveio Leonardo, colocando-se na frente de Charles de modo protetor. – Desembucha.
O sorriso de Nepecrapto encontrou seu fim. O bizarro tirou sua cartola, deixando sua careca branca como um iceberg à mostra.
— Nada. – respondeu. – Nem mesmo eu posso enfrentar uma legião como a que o aprisionou. E não iria mesmo se pudesse, ele não é meu protegido. Não é meu trabalho.
— E de quem é? Como funciona isso? Está na hora de você me explicar sobre isso. – exigiu Charles.
— Seus novos amigos não te ensinaram nada? – questionou Nepecrapto como se estivesse enciumado. – Pergunte a eles!
Charles bufou e olhou para Leonardo.
— Todos nós temos um tutor, já te dissemos isso. – relembrou Leonardo.
— Por quê? – insistiu Charles.
O fantasma asiático pegou seus óculos escuros e os colocou, suspirando antes de contar algo velho e entediante.
— Você acredita em Deus? – indagou Leonardo.
— Não sei. Talvez. Por quê?
— Bem, os vivos têm seus deuses, nós temos os nossos. Existem quatorze “entidades” que controlam o mundo dos mortos. Os Treze Lordes da Morte e o Imperador dos Póstumos.
Charles franziu o cenho em confusão.
— Vou resumir o necessário. – prometeu Leonardo. – Um dos Lordes da Morte é responsável por “purificar” os fantasmas. Ele é quem cria e envia os anjos que te atacaram no seu cemitério. Ou seja, os Lordes são nossos inimigos.
— E esse… Imperador?
Leonardo olhou para Nepecrapto.
— O Imperador é o líder da maior legião de fantasmas que existe hoje. De alguma forma, ele consegue ligar consumidos a novos fantasmas. É por isso que todos nós temos um tutor. É a maneira que o Imperador tem de nos “proteger”. – explicou Leonardo com um claro ceticismo.
— E quem é o seu tutor? – perguntou Charles ainda confuso. – Ou melhor… quem é o tutor de Marcus?
— Não faço a mínima ideia. – respondeu Leonardo. – Desde que cheguei aqui, nunca vi ou ouvi falar sobre o tutor de Marcus. Não sei quem é.
Nenhum dos dois fantasmas conhecia o passado de Marcus. O menino era cheio de segredos. Mas havia alguém que parecia ter todas as respostas. Charles voltou-se para Nepecrapto.
— Não é um tutor. – disse Nepecrapto antes que a pergunta fosse feita. – Seu amigo é protegido por uma tutora. Porém, ele a renegou há muitos anos.
— Você a conhece? Quem ela é? – questionou o menino. – Qual é o nome dela, como eu a encontro?
— O nome dela é… Ardina. – revelou o bizarro voltando a sorrir. – E os únicos que podem encontrá-la são seus pupilos… - sua imagem imergiu nas sombras das janelas, desaparecendo com uma gargalhada rouca. – …conhece algum?

— Obrigado pela ajuda! Desculpe o incômodo. – disse Joel de dentro de um carro. – Vocês são realmente pessoas excelentes. Muito obrigado mesmo.
— Não precisa agradecer. – disse Ágata acenando, antes de perceber que Joel não podia vê-la.
Joel vislumbrou uma última vez as luzes das crianças, então fechou a porta do carro.
— Vamos. – ele disse à mulher que dirigia.
— ¿Has conseguido? – perguntou a mulher de cabelos crespos cinzentos e olhos azuis.
A Señora Deseara havia acolhido Joel há muitos anos em sua casa, desde o infeliz incidente que roubara a visão mundana do menino em troca de uma nova. Desde então, Joel e Deseara trabalhavam juntamente a outras pessoas de talento similar, com objetivos bem peculiares. Algo que apenas pessoas com tais dons poderiam fazer. Alvo a alvo, eles limpavam os mundos da imundice. Sempre de alma em alma, mas quase nunca enfrentavam alguém que realmente representasse um perigo. Não como agora.
— Sim, eu consegui. – Joel tirou os óculos, revelando seus globos oculares completamente brancos.
Ele tirou algo do bolso da calça e mostrou para a mulher através do retrovisor interno. Uma foto de dois meninos de seis anos vestidos com o mesmo uniforme escolar. Um era negro e tinha cabelos raspados, ele apoiava seu braço ao redor do pescoço de seu amigo, um garoto de cabelos encaracolados castanhos e claros. A aura azul índigo cobria o objeto com tanta intensidade, que era possível para Joel dizer que fora algo de grande valor sentimental para o antigo dono. Ainda era.
— Estamos a poucos passos do nosso objetivo. – disse Joel guardando o objeto. – Ele visita à família com certa frequência, mesmo que em sonhos. Sinto que ele não quer machucá-los, mas também não consegue se afastar totalmente.
— ¿Crees que va a volver? – perguntou Deseara.
— Sim, ele vai voltar. Vai visitar a família de novo. E quando o fizer, eu irei senti-lo. E então…
A imagem de um ser alvo de cartola e olhos sangrentos invadiu a mente da Señora Deseara, como um pequeno choque de rancor e ódio transmitido pela energia vingativa de Joel.
— …teremos justiça.


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Notas finais do capítulo

Se você gostou por favor me deixe saber para que eu continue motivado a escrever esta história. Até o próximo capítulo (14- O Oceano Afogado)!



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