Entre o amor e o ódio escrita por Mel Armstrong


Capítulo 3
Capítulo 2: Christine Blake


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/761352/chapter/3

                Chegar ao centro de Nova Iorque e observar o imenso prédio a sua frente, trouxe-lhe uma sensação da qual ela não estava preparada: Insegurança. Havia batalhado tanto todos esses anos para chegar a esse momento, porém suas mãos começaram a suar à medida em que o motor do Audi A5 Sportback reduzia ao estacionar na única vaga desocupada do estacionamento. Vantagens de possuir uma vaga exclusiva no estacionamento de sua própria empresa. “Isso é óbvio dado o fato da empresa ser tecnicamente minha”, pensou. Tecnicamente? Sim. A empresa nem sempre possuira seu sobrenome desenhado entre os demais reluzentes contornos do letreiro da empresa.

                Empresas Dalton&Blake International. “Uau”, sorriu levemente, mas orgulhosa, conforme seus pensamentos se desenrrolavam. Exatamente, multinacionais. Apesar da subsequente fundação e exploração de inúmeras empresas após a Segunda Guerra Mundial nessa área global, apresentar filiais, conseguir um bom desenvolvimento e prosperar, não é algo assim tão fácil. Por coexistirem diversas possiblidades de acesso à peças mais rentáveis, ou seja, com uma boa mão de obra, porém com baixo custo, o “filtro” que incorpora as empresas automobilísticas em todo o âmbito mundial se torna cada vez mais seletivo. “Pois é, automobilístico: Carros!”, olhou para as folhas que ocupavam as suas pernas.

                É claro que, apesar de terem obtido uma alta porcentagem no crescimento no fim do último ano,  não estavam no mesmo patamar de uma filial das empresas Volkswagen, que apresentava um valor de mercado de 94,4 bilhões de dólares. No entanto, o custo proposto anteriormente por uma dessas grandes multinacionais pelas empresas Dalton&Blake também havia sido vantajoso em comparação ao valor monetário que destinavam à fabricação das peças vendidas no mercado exterior.

                Essa era a maior vantagem que possuíam no momento, o reconhecimento no mercado. Com isso, o número de filiais estavam só crescendo, principalmente nos países em desenvolvimento, e o lucro advindo era ainda maior. Isso acontecia devido ao processo de instalação de uma filial nesses países em ascensão comercial, pois incialmente a construção ocorria através de benefícios do governo, como a doação do terreno para tal e a isenção de impostos. E por que o governo nos incentivava a “invadir” o seu próprio mercado trabalhista? Por dois motivos: geração de empregos – e isso em países com um alto crescimento urbano e uma progressiva taxa de desempregos, é uma boa opção -; além, é claro, do provável desenvolvimento industrial que eles receberiam.

                Devido a isso, a empresa se expandia, o que gerava ainda mais créditos para si e para os seus planos. Ser a vice-diretora de uma empresa multinacional lhe concedia além de benefícios visuais, como uma boa carreira e um bom nome, lhe dava também inúmeras possibilidades de compra com o lucro que ganhavam anualmente. Ou seja, mediante a alguma necessidade da empresa, ela – como vice-diretora executiva – poderia instaurar um projeto e apresentá-lo aos demais “sócios” (onde se incluiam chefes administrativos de diversos setores), e – se esse fosse aprovado –  ela poderia negociar uma outra empresa do mercado e arrendá-la aos seus domínios. Obviamente havia uma enorme burocracia por trás de todo o processo, entretanto, com a assinatura dos diretores dessa empresa em questão, ela oficialmente se tornaria dona do negócio. E, bom, era exatamente isso que ela pretendia fazer...

                - Chris? – juntamente com o rouco timbre, uma mão masculina repousou sobre a minha perna tirando-me do transe em que eu me encontrava. Voltei-me para o dono da voz, que estava assentado a minha direita no veículo.

                - Desculpe-me, Mason – suspirei em resposta – Eu estava em outro mundo.

                - Eu percebi, loira. Está na mesma posição a um bom tempo. – Mason me encarou, sorrindo. Seus dentes perfeitamente alinhados refletiam o brilho em seus olhos. Sua mão tomou a minha sobre o estofado. Carinho. “Ele era tão carinhoso”, pensei. – Está tudo bem?

                - Ah, Mason, está sim. Eu que me distrai. Foi só isso. Não se preocupe. – sorri em resposta. – A quanto tempo estamos parados aqui?

                - Não enlouqueça, mas acho que uns 20 minutos. – soltou uma risada frouxa.

                - O que?! – gritei em resposta – Mason Night! Por que não me avisou?! Mas, que droga... – recolhi todos os papéis que estavam espalhados pelo carro, apressadamente. Retirei meus óculos de leitura e os guardei, tomei a bolsa Chanel Shopper Preta que eu havia trago comigo e desci do Audi A5.

                À medida em que me dirigia ao elevador do estacionamento, meus saltos Scarpin faziam-se presentes ecoando por todo o local. Acompanhada por Mason, adentramos no elevador e seguimos para o andar do meu escritório. Os andares mudavam lentamente no visor do elevador e eu sentia o meu estômago embrulhar a cada número que passava. “Pare já com todas essas bobagens, Chrsistine! Você não precisa ter medo” pensei frustrada. “Eu não estou com medo!” contrariei os meus pensamentos. “Então por que você não consegue agir normalmente? São apenas mais alguns diretores. Só mais algumas cabeçar que irão rolar” retruquei. “Eu sei, é só que...”

                - Olha... – meus pensamentos foram mais uma vez interrompidos por Mason. Olhei-o em resposta, porém sua feição continuava impassível, fria, como ele sempre aparentava enquanto estava como meu guarda-costas. – Você não precisa fazer isso, Chris. Encará-lo mais uma vez. Há tantos funcionários nessa empresa. Tantos competentes para tal assunto. Só deixe que eles façam mais esse trabalho.

                Meu corpo paralisou. Minha respiração se acelerou e eu me vi enfurecida por todas aquelas palavras. “Não preciso fazer isso, Mason?!”, pensei, contendo a vontade de falar. “Eu tenho que fazer isso. Eu quero fazer isso! Quero vê-lo cair, assim como ele fez comigo”. Suspirei ruidosamente - tentando me acalmar – e o encarei. Sua expressão, apesar de ser a mesma, evidenciava a frustração em seus olhos. Ele sempre ficava assim quando eu não o ouvia. Frustrado. Eu entendo que ele queira me proteger, mas, no momento, eu não quero que ele faça isso. Quero que ele apenas me acompanhe e veja o que planejei fazer durante todos esses anos.

                - Mason, eu não posso fazer isso. Eu não vim até aqui para, simplesmente, deixar outro fazer o “trabalho sujo”. Você sabe muito bem o que tudo isso me custou... – Os olhos castanhos de Mason voltaram para frente. Suspirando mais uma vez, apertei o botão de “pausar” do elevador e me virei para o belo homem que me acompanhava. Estendi a minha única mão desocupada até seu rosto e o virei para encará-lo mais uma vez – Fique comigo, Mason. Esteja comigo nisso também. Me ajude.

                Virando-se, Mason tomou meus longos cabelos loiros em suas mãos másculas, atrapalhando-os, e os puxando levemente. Rendida, ele puxou-me até nossas bocas estarem muito próximas e nossos corpos colados. Entretanto, sua feição ainda se mantinha austera. “Está tentando me dominar, Mason?”, sorri provocando-o. 

                - Você é uma bruxa, sabia, Chris? Eu só queria ficar perto e olha o que você fez, não consigo mais me afastar. – seus lábios quase encostavam nos meus – Eu estou tentando te proteger, não quero que você sofra mais uma vez, mas você não consegue me ouvir. Agora você está cega com tudo isso. – Seus olhos ardiam e a sua expressão me deixava culpada. “O que você está fazendo, Mason? Por que está me deixando desse jeito?” – Mas, eu vou ficar ao seu lado. Até o fim. Até não ser mais necessário para você.

                - Mason... – eu clamei, tentando consertar o que ele havia acabado de dizer. “Ora, ele nunca dizia o que sentia, agora, quando eu preciso da sua força, ele me golpeia da forma mais cruel. O que você está fazendo, ein?”

                - Vamos lá, Christine. Está na hora de terminar o que começou há muito tempo. – ele se afastou de mim tão rápido quanto se aproximou e apertou o botão do elevador para prosseguirmos. Arrumando-me novamente, eu me virei ara ele, mas nada parecia ter acontecido. Ele ainda estava lá, estático e mortalmente frio.

                Balancei minha cabeça levemente, espantando todos os pensamentos que poderiam me atrapalhar no momento. “Se ele se matinha desse jeito, eu também me manteria da mesma forma”. Meus olhos encaram o meu próprio reflexo distorcido nas portas do elevador. Eu havia conseguido enfim chegar até ali e não iria retroceder. Não agora.

***

                - Chris!- Madd a chamou após a loira sair do elevador. Seu semblante era alegre, no entanto podia sentir que havia uma grande tensão em seus ombros.

Caminhando elegantemente, Christine se dirigiu a mesa em que Madd estava apoiada. Sobre a mesa de vidro impecavelmente arrumada, haviam diversas pastas alinhadas, um computador de última geração e uma singela placa, porém belíssima, que dizia “Emma Jackson, assistente pessoal de Christine Blake”. Trabalhando furiosamente, Emma estava recostada a sua cadeira enquanto terminava de digitar algumas modificações no último contrato da empresa. “Coitada da Emma, tão cedo e nós já a deixamos maluca”, sorri observando-a.

— Olá, Madd. – a cumprimentou de volta – Emma? Bom dia.

Despertando de seu transe, Emma esboçou um sorriso enquanto dizia: - Bom dia, Chris.

— Já está tudo pronto, Madd? Eles já chegaram? – perguntei firmemente.

— Alguns já chegaram sim, Chris, porém ainda falta uma pessoa. – ela desviou o olhar por um instante. “Só está faltando ele”, levantei o olhar para o relógio que havia naquela recepção. Eram 9:52h. Ainda faltavam alguns minutos para a reunião começar e, aproveitando disso, me dirigi à minha sala para guardar algumas documentações. Mason permanceu na recepção com Emma, enquanto Madd aproveitou para me seguir. Suspirei ao ouvir a porta fechar, “E aqui teremos outra conversa”.

— O que você quer me dizer, Madd? – perguntei enquanto guardava algumas folhas em uma pasta sobre a minha mesa. – Vai me pedir para desistir também?

— Eu não direi nada que você já não saiba, Chris. – a belíssima negra se assentou em uma das cabeiras de couro branco à frente da mesa.  Seus cabelos negros indomáveis estavam ainda mais volumosos hoje, mas ela os amava dessa forma. Madison Dalton era uma mulher única, tão incrível que jamais seria esquecida por alguém que a conhecesse.

Espontânea, batalhadora e invejável, eram os melhores adjetivos para descrevê-la. Trajada de um terno nude com saia lápis e uma blusa branca solta, e saltos também scarpin nude, sua pele negra se destacava com louvor, da forma como ela sempre gostava. Isso mesmo, Madison sentia orgulho da sua cor e isso é o que mais me encantava. Ela jamais tentou esconder-se por causa dos preconceitos que sofreu em toda a vida, sejam eles devido ao seu cabelo ou a sua pele. Madd era uma verdadeira guerreira, pois além de ser uma mulher em um mercado de trabalho automobilístico, ela também era negra. Imaginem só o desgosto daqueles malditos preconceituosos machistas? Pois bem, ela venceu todos eles e ainda permanecia firme nessa área. ”Meu maior orgulho”, pensou carinhosamente.

                Logo que o meu mundo desmoronou, Madd me apoiou e sustentou. Me deu um abrigo e formou minha nova família, juntamente ao Mason. “Madd e Mason: os ‘M’s que salvam”. Ela, que já possuía a empresa, trabalhava incansavelmente e carregava todos os funcionários “nas costas”, lutando para expandir a empresa e conseguir realizar seu sonho. Infelizmente, mesmo após os oito anos de convívio, ela nunca havia me dito uma palavra sobre o seu passado e tudo continuava incrivelmente enterrado, as únicas informações da qual eu sabia foram ditas por Mason há muitos anos. “Madison Dalton é um verdadeiro mistério, Chris, porém ela também é humana. O que eu sei é que Madd nasceu de uma família muto pobre no subúrbio do Brooklin e chegou até aqui com muito esforço e muitos sacrifícios; e é exatamente por tudo o que ela perdeu que nada disso merece ser relembrado, entende?”, foi o que ele disse. Mas, eu também nunca soube como Mason havia descoberto isso. Na verdade, nada disso realmente me importava. O que eu acreditava era que Madison Dalton era minha melhor amiga e uma irmã que o destino me concedeu e apenas isso. Não era necessário o restante.

                - Então o que você vai dizer, Madd? – perguntei encarando-lhe.

                - Tome cuidado com o que você escolhe, tudo bem? Isso tudo algum dia pode retornar pra você novamente. – seus olhos se fecharam calmamente e ela suspirou – Só não se machuque de novo, entendeu? O tempo cura muitas feridas, mas não quero que você fique mais oito anos presa ao passado. – Levantando-se, ela circundou a mesa e parou a minha frente. Seus olhos estavam firmes, como os olhos de uma mãe que repreendia o seu filho. – Prometa-me que depois disso, nós seguiremos as nossas vida e seremos a empresa multinacional mais foda que esse mundo de merda já viu.

                Soltei uma gargalhada quebrando o clima do ambiente.

                - Madison Dalto dizendo foda e merda na mesma frase? – sorri em respotas, segurando as suas mãos – Cadê toda a sua elegância no mundo dos negócios?

                - Ah, Chris, me erra. – gargalhou – Eu estou falando com a minha irmã agora e não com um daqueles gordos machistas. – Puxou-me para um abraço.

                Seus braços me apertaram carinhosamente e logo se afastaram. Ela retornou à saída, olhou para o relógio que marcava 10:05h e disse: - Já está na hora de irmos, Christine Blake. Você vem? Está na hora de...

                - Cabeças rolarem. – completei a frase que eu sempre dizia.

 Igualmente, segui até a saída e voltei meus olhos para o cômodo em que estávamos. Com uma extensa parede de vidro e movéis brancos com detalhes negros e chumbo, o  escritório de Chistine Blake fazia jus ao seu nome. Um carpete cinza claro cobria boa parte do chão, indo até as poltronas onde Maddison estava assentada anteriormente. A grande mesa de vidro com uma estrutura prateada reservava a visão de Nova Iorque apenas para a vice-diretora que assentava após a mesa. Uma pequena estante negra à esquerda guardava inúmeras pastas e alguns livros perfeitamente enfileirados. Ao lado da porta, um grande arranjo de folhas completava o ambiente. 

Ao lado da porta, selecionei um dos diversos botões e as cortinas automaticamente interromperam a passagem de sol pelo cômodo e tornaram-o escuro. “Ah, tecnologia...”

Fechei a porta e virei-me para encarar a realidade que me esperava.

A guerra vai começar.

***

                A belíssima porta larga de madeira se abriu e um pequeno grupo entrou na sala. Igualmente envidraçada como a sala de Christine Blake, a sala de reuniões da Empresa Dalton&Blake International, do ramo automobilístico, garantia uma visão deslumbrante da cidade de Nova Iorque. Banhados por alguns raios solares que adentravam na sala através das cortinas, os sócios do grupo e alguns outros convidados tiveram sua atenção roubada com a entrada dos principais integrantes da reunião.

                Madison Dalton vinha inicialmente acompanhada por Emma Stone. A secretária carregava algumas pastas, enquanto conversava os últimos detalhes com a diretora. Atrás de ambas, - com seu comprimento intimidante de 1,92cm – Mason adentrava elegantemente uniformizado e sério na sala de reuniões, sendo seguido pela vice-diretora.

                Christine viu Soren Craig assentado à direita da longa mesa enfumaçada repleta de pessoas. Nesse instante, ele a avistou e seu semblante adotou uma face surpresa e ela sentiu o seu estômago se contorcer secretamente quando seus olhos se cruzaram. Âmbar e verdes. Rapidamente eles se afastaram para que ela pudesse analisá-lo melhor.  Ele continuava o mesmo. “Não, o cabelo dele está mais curto”, pensou. Na altura do queixo, seus negros cabelos estavam tão belos quanto oito anos antes, apesar deles serem consideravelmente mais longos quando se conheceram.

                Afastando os pensamentos e mantendo o frio semblante que carregava, Christine se dirigiu à sua poltrona – que ficava à esquerda de Madison, que se assentava na cabeceira da grande mesa - , enquanto a presidente começava com as formalidades da reunião.

                - Há um novo assunto a ser deliberado esta manhã. – anunciou a morena, dirigindo-se a Soren e seus acompanhantes, com certeza acessores executivos. - Nós, a Dalton&Blake Internacional, entramos em contato com o seu grupo com uma oferta de incorporação. Mediante ao assunto abordado, iniciarei essa reunião, caso não haja nenhuma objeção.

                - Nenhuma objeção – disse Soren com um humor leve,encarando Madison com obstinação e depois Christine com confusão. – Porém, creio eu que não fui apresentado ainda à belíssima moça ao seu lado. – “Ele se fez de desentendido?”, a raiva borbulhava em meu âmago, “ou ele não está me reconhecendo?” - Se me permite, poderia saber o seu nome, minha querida? Acredito eu que estou um pouco confuso.

                - Não há problema algum. – começou ela num tom frio, claro e eficiente. – Cavalheiros, se há alguém que, como o presidente executivo de vocês, não pode me reconhecer, meu nome é Christine. Christine Blake. Eu sou vice-presidente e diretora executiva da Dalton&Blake International.

                A expressão de Soren foi impagável. Valera a pena os oito anos de mágoas e angústias. Malditamente valera a pena. Tão branco quanto uma folha, Christine permanecera com o seu olhar fixo em Soren até Madiso, após o seu discurso breve, passar a palavra a ela pelo restante da reunião. Seria questão de tempo até ela obter os papéis necessários para os negócios transcorrerem e ela enfim retirar tudo de Soren, assim como ele fez consigo.

                E assim fez. Após o término da reunião, Christine estava exausta, porém incrivelmente leve. A vingança brilhava em sua mente e em seu coração, porém a tormenta já havia passado, agora lhe restava aguardar. Levantando-se, ela se despediu de todos brevemente, deixando alguns papéis com Emma para que ela os guardasse em seu escritório, e se dirigiu ao fim da sala, onde Mason estava lhe esperando. Seus olhos se cruzaram e ela sentiu uma necessidade imensa de se jogar nos ombros largos daquele homem. Estava tão feliz que não notara o olhar concentrado que a seguia até a sua saída.

                À caminho do elevador, ao lado de Mason, em um clima mais ameno do que anteriormente à reunião, Christine conversava com ele sobre o jantar que ela gostaria que de fazer em sua casa no fim de semana. Dialogava sobre as músicas e as bebidas, quando, em frente à porta do elevador, uma rouca voz chamou pelo seu nome: - Christine!

                Paralisada, Chris voltou-se lentamente para o dono da voz que, apressado, vinha em sua direção com uma carranca raivosa. Seu estômago novamente embrulhou e, inesperadamente, seu coração rodopiou diante do som de seu nome sendo clamado pelos lábios tão amados no passado. Fitando Soren, ela esqueceu-se de tudo, sendo embargada pelas lembranças rapidamente. Parando próximo a ela, ele lhe encarou furiosamente e disse, tirando-lhe do passado bruscamente: - Que merda você pensa que está fazendo?!

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem, por favor! Seu comentário pode deixar uma "autora" muito feliz! ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Entre o amor e o ódio" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.