Notas sobre um coração quebrado escrita por Puella


Capítulo 6
Rhapsody


Notas iniciais do capítulo

Oiê!
Então vim com mais um capítulo.... e bem estamos chegando na reta final da nossa shortfic... espero que apreciem a leitura... aliás, ainda estou digerindo End game... vou assistir de novo.... e mal posso esperar pela série do Loki que vai sair em breve.... sem mais delongas vamos ao que interessa...



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Duas semanas antes, Loki soube por meio da ligação de um amigo do conservatório, que Sigyn havia se retirando das atividades do mesmo, por, segundo ele, circunstâncias misteriosas. Preocupado, Loki tentou entrar em contato várias vezes com sua então ex-esposa, mas, aparentemente, ela parecia ignorar suas ligações.

Porém, a ligação de Pepper fez com que o pianista tomasse uma atitude. No dia seguinte pegou um voo para New York. Ele não quis esperar pelo fim de semana. Disse para o diretor responsável do conservatório de Viena que houve uma grave emergência familiar. Mil coisas perpassavam a sua mente. Sentindo-se culpado, por ter cedido ao desejo que tiveram naquela noite. Ele conhecia Sigyn muito bem. Imaginava que a jovem estava confusa e assustada. Ela não era do tipo de pessoa que sabia se manter fria e calma em situações atípicas. Ele é quem costumava ser o equilíbrio dos dois quando eram casados.

Loki não avisou a ninguém que estava chegando em New York. Dentro de um táxi ele olhava para o pedaço de papel onde havia o endereço de Sigyn, que fora passado por Pepper.

                                                                                     *

Era de manhã cedo quando Sigyn se levantou. Após a discussão com Pepper na tarde anterior a garota decidiu tomar uma atitude. Tomou banho, penteou os cabelos e tratou de terminar a faxina do pequeno apartamento, intercalada a alguns momentos de enjoo, que ela ainda sentia por causa de sua gravidez. Odiava usar moletons, mas naquela situação era a única escolha que tinha. Até porque, sua silhueta física não cooperava muito.

Sigyn era uma jovem do tipo tronco estreito, cintura fina e quadris largos, e nas últimas três semanas ela notou que sua barriga estava bem saliente para uma barriga de três meses. Ela decidiu  fazer um ultrassom com seu ginecologista, o Dr. Strange e descobriu que na verdade, estava esperando gêmeos. Saiu desolada da clínica e mil coisas giravam em sua mente. Num impulso pediu demissão do conservatório onde trabalhava, embora a diretora do lugar insistisse para que ficasse, pois ela era muito talentosa. E desde então evitava sair de casa. Não atendia as ligações de seus pais, ou de seus amigos e nem mesmo as de Loki.

Agora ela se encontrava sentada no sofá, pensativa e ao mesmo tempo, acariciando sua barriga saliente porem pequena. Eram dois serezinhos crescendo ali dentro, e Sigyn não sabia por onde começar, ou como começar. Pepper tinha razão, ela não poderia esconder aquilo por muito, ainda mais agora que sabia que não era apenas um bebê, mas sim dois a caminho.

Um apito do interfone a trouxe de volta a realidade. Talvez fosse Pepper, pensou. Talvez ela tivesse algum bom conselho para lhe dar. Sem nem ao menos perguntar quem era a garota apertou o botão liberando a entrada pela porta principal do prédio.

                                                                                     *

Quando Loki estava prestes a se identificar apenas ouviu um estalinho liberando a porta principal. Ele entrou sem hesitar subindo as escadas até chegar ao número do apartamento dela.  Quando finalmente parou em frente a porta ele apertou de leve a campainha esperando que a pessoa do outro lado abrisse.

Sigyn abriu a porta achando que se tratava da amiga, mas ficou estática quando viu a pessoa que estava diante de si. Loki também a fitava de volta. Notou que ela tinha algumas olheiras no rosto, mas ainda sim, não aparentava estar doente. Os cabelos presos num coque mal feito – que ficava lindo nela – e um... moletom cor de rosa largo.

— O que está fazendo aqui? – foi o que ela conseguiu dizer após um breve silencio.

— Um bom dia para você também, Sigyn – Loki lhe respondeu calmo (embora estivesse ansioso por dentro) e irônico.

Mais um breve silencio emudeceu o casal. Sigyn foi ficando pálida. O que Loki estaria fazendo aqui, se ele estava em Viena? Só um motivo poderia ter tirado ele de lá e feito o mesmo cruzar o oceano para estar ali...

“Pepper...”

— Não vai me convidar para entrar – a voz suave dele a chamou de volta.

Ela piscou os olhos, nervosa, logo de maneira desconcertada lhe deu passagem para que entrasse. Loki passou por ela, olhando-a com cuidado. Era visível o desconforto que ela tinha ao vê-lo ali.

— Eh... s-sente-se – ela apontou para o sofá, nervosa.

Loki virou-se para ela.

— Sigyn, não precisa ficar nervosa, eu não mordo.

Ele estava muito calmo, ou pelo menos aparentava.

— Deve estar imaginando o porquê de eu estar aqui, suponho.

Sigyn o encarava de volta, mechendo as mãos de maneira involuntária e nervosa, e então ela evitou encará-lo. Estava envergonhada.

— Quando iria me contar?

Ela não lhe respondeu. Ficando ainda mais cabisbaixa. Não tardou muito para que ela sentisse seus olhos umedecerem. Sentiu certa proximidade dele próxima a si. Com o dedo indicador e o polegar ele levantou-lhe o queixo fazendo com ela o encarasse. Ele era sério.

— Devia ter me contado assim que descobriu Sigyn.

— Para quê? – ela falou começando a chorar – Eu... não queria parecer o tipo de mulher que quer segurar um homem por causa de um filho...

— O quê? Sigyn! – agora Loki se mostrava levemente irritado, afastando-se dela – Como pode pensar uma coisa mesquinha e egoísta como essa? Se você está grávida, deveria ter me contado desde o inicio... a criança não tem nada a ver com os problemas que nós dois temos... e depois, acha mesmo que eu seria o tipo de homem que a deixaria sozinha com um filho? Sabe o quanto eu queria ter filhos com você quando éramos casados... – havia uma leve decepção em sua voz.  

 A essa altura ela soluçava, estava levemente corada comprimindo o próprio peito com as mãos unidas uma a outra tentando inutilmente conter o choro. Loki se sentiu mal por aquilo, não era bom que ela ficasse alterada ou sentindo emoções fortes. Arrependido ele a fez sentar em dos sofás, sentando em seguida ao seu lado. Sentiu-a encostar a cabeça em seu peito, e ele deixou que ela chorasse.

— Desculpe... – ela balbuciou com a voz embargada – eu sou mesmo um idiota... eu sei disso melhor do que ninguém...

— Shhh – ele a silenciou com um dedo indicador – você só é meio idiota de vez em quando, mas só um pouquinho... – ele dizia com um tom levemente carinhoso.

Ela riu em meio ao choro. Sigyn continuou com a cabeça apoiada no peito dele, enquanto Loki lhe afagava as costas.

— Sobre o bebê... – ele ia perguntar mas foi interrompido em seguida.

— São gêmeos. Dois meninos.

— Gêmeos? – Loki falou surpreso.

— É... e além do quê... eu estou apavorada...

— E eu também – ele falou olhando para um canto qualquer e depois a encarou – eu posso?

A jovem o olhou de volta entendendo o que ele queria dizer. Sigyn segurou sua mão colocando-a sobre o seu ventre por baixo do moletom. Loki percebeu a saliência, era uma barriguinha pontuda, mas ainda pequena. Ele sentiu uma sensação muito boa internamente. E Sigyn também.

— O que faremos? – ela perguntou de repente.

Loki demorou um breve momento para finalmente lhe responder.

— Venha para Viena comigo.

— Mas, isso... Loki, está falando sério? Nós somos separados.

— Não quero ficar longe de você, ainda mais agora...

A jovem o fitou triste.

— Está assim por causa dos bebês ou de mim?

Loki deu um suspiro.

— O dois, ou melhor, vocês três – ele fez um leve carinho em sua barriga – Sigyn, eu ainda tenho mais dois meses em Viena, e depois voltarei para cá.

— Eu achei que você estava indo embora de vez...

— Não – ele balançou a cabeça – foi por um tempo, eu aceitei porque era uma ótima oportunidade, e também porque eu precisava de um tempo para o nosso... ah, enfim. Então, você aceita? Olha, eu ainda sinto alguma coisa por você... sinto muito a falta de sua companhia, não encontro nem mesmo uma parceira de violino que se compare a você, mesmo com todas as nossas brigas estúpidas e sem sentindo  – ele a olhou nos olhos – acredite, me separar de você foi uma das coisas mais difíceis que já fiz até hoje, e eu... – ele foi silenciado por um beijo.

— Eu também... – ela falou colando o rosto no dele – mas isso me fez perceber o quanto eu te amava e quanto eu fui estupida em alguns momentos.  Saiba que eu senti muito a sua falta esse tempo inteiro também.

— Oh, Sigyn... – ele disse antes de lhe dar um beijo carinhoso no canto dos lábios...


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Notas finais do capítulo

Eu sei que essa não é a minha melhor fanfic, já estive em épocas melhores para escrever... então me desculpem... mas achei melhor não me delongar muito com essa aqui... ela ia ter mais capítulos, mas devido a falta de ideias, achei melhor deixá-la mais compacta e sem muita enrolação até pq a ideia era ser uma história curta mesmo... atravessei alguns problemas pessoais no trabalho isso me deixou meio mexida nas últimas semanas... mas, graças à Deus voltei aos eixos de novo e assim é a vida... quero ir aos poucos tocando o barco por aqui... quero tbm agradecer pelos comentários deixados... ;)
Bjs e até o próximo!



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