Neighbors escrita por Miss Johnerfield


Capítulo 12
Twelve


Notas iniciais do capítulo

Hello guys! Como vocês estão? Espero que esteja tudo bem! Quero me desculpar pelos quase 60 dias de sumiço, mas não estava no mood para escrever. Acabei desenvolvendo outra fic que está a todo o vapor na minha cabeça e fui procrastinando para escrever esse capítulo, e quando tentava não saía nada legal. Enfim, chega de enrolação e vamos à leitura. Espero que gostem ♥



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“Parece que estou me apaixonando e eu
Estou perdida em seus olhos
Você me faz enlouquecer”

(Crazier – Taylor Swift)

 

(Rachel’s POV)

Eu não sei no que estava pensando ao beijar Noah. Parecia que havia um ímã invisível que me atraía em direção a ele e eu não consegui evitar. Eu sei que não era certo com Finn, mas ainda não havíamos firmado um compromisso ou algo do tipo. Saímos para jantar e Finn foi um cavalheiro, muito gentil e atencioso – seu interesse por mim era quase palpável, apesar dele insistir em dizer que não queria estragar nossa amizade ao apressar as coisas. Apesar do encontro, não sei como estamos, e nesse momento não quero pensar nisso, pois minha cabeça está girando.

Ele deve estar chocado demais com o que fiz, pois ainda não retribuiu o beijo. Quando estou prestes a interromper aquilo ele gentilmente me puxa para mais perto de si, pousando uma mão na minha cintura enquanto a outra sobe até a minha nuca, aprofundando mais o beijo.

Meu Deus, como o Noah beija bem! Não que ele precise saber, e ele jamais saberá disso, mas esse é o meu primeiro beijo, e é melhor do que eu esperava. Agora entendo porque Santana marcava território feito uma leoa que guarda seus filhotes. Ok, essa comparação foi terrível e eu definitivamente não quero pensar nela nem em ninguém agora.

Depois de alguns segundos – que pareceram minutos para mim -, me afastei de Noah procurando por ar. Ele olhava para mim com um misto de felicidade e espanto em seu rosto.

“Rachel... uau”, disse ele por fim. Sorri meio sem graça e desviei o olhar, sentindo um rubor em minhas bochechas. Ainda bem que a varanda estava escura e ele não conseguia ver meu rosto. Ele se afastou um pouco para me ver melhor. Tomei coragem e parei de encarar meus sapatos para olhá-lo nos olhos. Ele não parava de sorrir para mim, um sorriso que eu nunca tinha visto antes; o que ele geralmente reservava para as outras garotas com quem costumava sair.

Nem em meus melhores sonhos pensei em estar nessa situação, porque esse tipo de sentimento pelo Noah era novo; antes de todo esse rolo entre a gente eu não o via assim. Ele era como alguém da família, um irmão que eu nunca tive ou algo do tipo. Mas agora... Nossa, eu não consigo nem formular as palavras em minha mente.

De repente senti um aperto no peito, um frio na boca do estômago, como se estivesse fazendo algo muito, muito errado.

“Desculpa, Noah”, me ouvi dizendo. “Isso não está certo”.

“O que? Por quê?”, perguntou ele meio confuso.

“Eu... eu não devia ter feito isso. Nós somos amigos... o Finn é seu amigo... Eu estou muito confusa. Desculpe, eu vou para casa”. Me desvencilhei dele e saí da varanda. Noah veio atrás de mim e me segurou pelo braço. Senti um nó na garganta e engoli em seco.

“Rachel... Você e Finn estão namorando?”, indagou e eu pude ver uma sombra de dor transpassando seu rosto. Afrouxando o aperto ao redor do meu braço, ele me girou gentilmente pelos ombros para que pudéssemos ficar frente a frente. Balancei a cabeça negativamente e ele suspirou aliviado.

“Bom, eu não posso deixar de concordar com você, mas também não posso ser trouxa e dizer que não gostei ou negar o que aconteceu ali, porque eu gostei... e foi real”, disse apontando para a varanda de sua casa. Noah pareceu perceber meu nervosismo, pois no mesmo instante respirou fundo e se ofereceu para conversar com Finn sobre o que houve.

“Quer que eu conte a ele?”, perguntou Noah. “Bem... Isso pode me custar um olho roxo... Mas valerá a pena”, completou dando de ombros e sorrindo de canto. Deus, aquele sorriso!

Nem eu mesma havia percebido, mas me dei conta que nos últimos dias eu havia esperado tanto por isso que só desejei que o relógio congelasse por um momento para que eu pudesse apreciar melhor cada segundo daquele sorriso torto.

Sorri com a possibilidade de Noah estar disposto a apanhar só para que eu ficasse com a consciência tranquila, mas logo dissipei aquilo de minha mente. Finn havia, há poucas semanas, prometido para mim algo semelhante. Mesmo Noah sendo seu melhor amigo, ele se dispôs a dar um gelo nele se eu ficasse desconfortável com sua presença (antes de nós dois voltarmos a nos falar, claro). Isso não era certo... Eu não queria ficar entre os dois; eles eram melhores amigos, afinal. Como eu me sentiria se um garoto ficasse entre eu, Mercedes ou Kurt, por exemplo? Jamais colocaria nossa amizade em risco por um menino. E mesmo que eu não pudesse aproveitar a companhia de Noah do jeito que gostaria, não queria (e não iria) ser a garota entre ele e Finn.

“Não precisa contar ao Finn. Nós não estamos namorando e nem nada do tipo. Foi só um encontro, afinal”, disse dando um sorriso fraco.

Noah soltou uma risada e me olhou por alguns segundos. Por fim disse:

“Quer dizer então que Rachel Berry parte os corações dos garotos agora?”

Dei-lhe um tapa no braço e ele soltou uma exclamação de dor. Ri e esperei ele se recompor.

“O que eu quero dizer é que tudo está acontecendo rápido demais. Não quero ficar entre vocês dois. Entende?”

Noah concordou com um aceno de cabeça e começamos a andar em direção à minha casa.

“Boa noite Noah”, disse quando chegamos à porta da frente. Pela claridade da janela, meus pais ainda estavam assistindo à TV.

Noah segurou em minha mão e depositou um beijo em minha testa.

“Boa noite Rachel”. Sorri e ele virou-se e correu pelo gramado em direção à sua casa.

“E só para deixar claro”, exclamou ele a uns três metros de distância. “Eu não vou desistir!”.

“Você está falando sério? Isso não é uma competição!”, exclamei de volta.

“Pode apostar que sim!”, gritou ele antes de entrar.

Entrei em casa e cumprimentei meus pais, que assistiam TV na sala.

“Então quer dizer que você e o Noah são amigos de novo?”, perguntou Hiram.

“É, acho que sim”, sorri e me juntei a eles no sofá.

“Fico feliz por vocês. Não aguentava mais ouvir aquelas músicas tristes da Adele que você vivia escutando pelos cantos”, disse LeRoy.

“Nem tudo tem a ver com o Noah, sabia?”, rebati para ele.

“Sei, Rachel. Sei muito bem disso”, respondeu ele desconfiado. Ignorei as provocações e segui prestando atenção ao programa.

~*~*~*~

O restante do fim de semana seguiu tranquilo, sem muitos dramas. Não vi Noah no dia seguinte, pois ele havia saído com sua mãe e sua irmã para visitar uma tia que morava fora da cidade. Aquilo realmente era um sinal de que ele estava mudando, pois o Noah que eu conheci nos últimos anos jamais desperdiçaria um domingo visitando parentes.

Passei o dia ajudando meus pais a arrumar a casa. Lá pro final da tarde, quando terminei, encontrei Kurt e Mercedes em uma sorveteria no centro da cidade e de lá fomos ao shopping dar uma olhada em algumas lojas, procurando por nossos possíveis trajes para o baile de boas-vindas. Numa situação dessas sempre recorria ao Kurt, já que ele entendia de moda melhor que qualquer um que conheço. Não mencionei o beijo entre Noah e eu, mas contei a eles sobre o encontro com Finn e os dois pareceram bem animados.

“Experimenta esse vestido vermelho, Rachel. É a sua cara”, disse Mercedes me entregando um vestido longo bordado com pedrarias.

“Ele é bonito, mas é colado demais”, disse enquanto me olhava no espelho segurando o vestido em frente ao meu corpo.

“Obrigada, hobbit”, disse alguém enquanto tomava bruscamente o vestido de minhas mãos. Nem precisava olhar para saber Santana estava ali.

“O que faz aqui?”, indagou Kurt cruzando os braços e vindo em nossa direção.

“A loja é sua, por acaso?” perguntou ela revirando os olhos.  “O que acha que vim fazer aqui? Comprar meu vestido para o baile é claro!”, completou sorrindo. “Muito obrigada, Rachel. Esse vestido é a minha cara”, continuou ela enquanto segurava o vestido em frente ao seu corpo como eu havia feito momentos antes.

“Puck vai adorar esse, não acham?”, perguntou Santana de repente.

“Puck?”, perguntei.

Ela fingiu curiosidade enquanto me analisava por uns instantes.

“Ele não te contou, anã? Nós vamos ao baile juntos. Já que estamos namorando, é natural que ele seja meu par. Com certeza vamos ganhar as coroas de rei e rainha do baile, e esse vestido é perfeito para a ocasião. Conto com os votos de vocês!”, exclamou ela indo em direção a um dos provadores.

Eu não sei por que fiquei tão surpresa, mas as palavras de Santana me atingiram feito um soco no estômago. Não era possível que eu estava me iludindo outra vez, não é? Não. Se ele pensa que pode me enganar com esses joguinhos idiotas outra vez e achar que ficou por isso mesmo, está muito, mas muito enganado.


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Notas finais do capítulo

Será que a Rachel vai ser trouxa outra vez? haha não sei se a história está próxima do fim, mas tive algumas ideias para futuros capítulos e quero ver se consigo colocá-las em prática. O que vocês acham que podia acontecer? Quem sabe vocês me dão uma luz hahaha. Prometo creditar o autor da ideia caso eu use na história futuramente. Enfim, comentem a opinião de vocês, amo ler suas opiniões e comentários! Beijos e até a próxima (que espero ser em breve hehehe) ♥



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