Love by Grace escrita por RainhaDoCafe


Capítulo 1
Que Tipo de Homem É Você?


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, parabéns às Aurietas, que conseguiram ser tombadas COM uma cena do OTP! Passada a ferro...
Enfim, para diminuir um pouquinho esse sofrimento, escrevi as minhas esperanças (ou ilusões) para o terceiro beijo entre Aurélio e Julieta.
Lembrando que saí correndo antes de postar e estou refugiada em um local que não pega nem sinal de fumaça. kkkkkkkkkkkk
Divirtam-se, minhas amoras! Todo carinho para vocês!



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Era uma tarde qualquer no Vale do Café. Na fazenda Sampaio, Julieta ainda se recuperava do acidente sofrido durante o ataque na casa de chá. Durante esse período de “repouso”, aceitara a ajuda de Aurélio para convencer os fazendeiros da região a lhe venderem suas terras.

Aliás, não pode evitar o sorriso ao lembrar-se de como aquele homem a protegia, a queria. Sempre fora uma mulher de fibra, mas sentiu medo ao ser atacada injustamente pela população do Vale. Sabia que se não fosse pela coragem dele, uma tragédia poderia ter acontecido.

Perdida em seus pensamentos, nem percebeu as batidas na porta. Tião foi o responsável por atender a ilustre visita.

— Dona Julieta, é o senhor Aurélio Cavalcante.

Ela quase saltou do sofá, não fosse pelo tornozelo machucado. Tião pediu licença e retirou-se, deixando o casal acompanhado apenas da atração que sentiam.

— Espero não estar incomodando. Vim ver como você estava e aproveitar para falar de negócios.

— Estou me recuperando, obrigada pela preocupação. Sente-se.

Aurélio observou a delicadeza na voz de Julieta. Já havia se acostumado com o jeito ríspido e, às vezes, debochado dela. Mas agora era diferente. Existia algo diferente em sua amada, algo que fazia suas esperanças transbordarem.

— Conversei com alguns proprietários de terras. Disse que as palavras de Xavier e de meu pai eram fruto de uma inveja desenfreada pela senhora, que apenas buscavam vingança. Contei a verdade sobre a falência de minha família e, dessa forma, consegui convencê-los a negociarem com a Rainha do Café.

Os olhos de Julieta brilhavam, não só pela retomada de seus planos no Vale, mas por ser Aurélio quem a estava ajudando nessa caminhada. Nunca havia se sentido tão segura. Sabia perfeitamente que poderia confiar naquele homem. Seu coração gritava isso!

— O-obrigada... Aurélio!

O nome dele soou como música da boca de Julieta e, pela primeira vez, não estava acompanhado por “senhor”. Surpreso, perguntou:

— Você está bem? Está sentindo alguma coisa?

— Não se aflija. Estou bem... Acontece que... não sei como retribuir o que tem feito por mim desde que nos conhecemos. Aurélio, eu abri meu caminho sozinha, enfrentei meus piores pesadelos, sobrevivi a coisas terríveis sem ter em quem confiar. Daí você aparece e me apresenta um mundo de sentimentos que pensei serem proibidos para mim. E mesmo com a minha dureza, minha rigidez, você não desistiu. Que tipo de homem é você?

As palavras dela saíam tão naturalmente quanto suas lágrimas. Aurélio colocou-se de frente para ela, com uma das mãos ergueu o queixo de Julieta, fazendo-a olhar em seus olhos, enquanto a outra acariciava as bochechas da mulher, umedecidas pelo choro.

— Julieta, eu não sei o que você carrega em seu passado e és livre para me contar ou não. Mas quero que saiba que sempre estarei ao seu lado. Nunca conheci alguém tão forte, destemida e inspiradora. Seria impossível não me apaixonar!

Em um gesto inesperado, Aurélio ergueu a mão esquerda de Julieta e retirou o par de alianças que trazia no dedo anelar. Ela apenas observava, não sabia como reagir. Apenas sentia que, após anos de sofrimento, as portas de sua prisão começaram a ser destrancadas.

— Eu sou o tipo de homem que deseja e luta pela felicidade da mulher que ama. Quero ser seu amigo, ser um confidente, ser...

— O AMOR DA MINHA VIDA! – Completou Julieta, antes de beijá-lo.

Aurélio, mesmo pego de surpresa, correspondeu de imediato, envolvendo-a em seus braços, enquanto ela repousava as mãos no rosto do amado.

O beijo foi demorado, como se ambos estivessem saboreando aquele momento. Compartilhavam todo carinho, respeito, afeto e ternura que sentiam. Não havia pressa, nem receio de serem flagrados. O mundo se resumia a Julieta e Aurélio.

Quando o beijo terminou, seus rostos se distanciaram o suficiente para que os olhares se encontrassem. Sorriram e, em seguida, se abraçaram. Ela sentia-se protegida. Ele estava renovado. Entre os dois havia cumplicidade e a certeza que esse amor seria cultivado a dia após dia.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem, amoras.
Escrevam o que acharam. Todos os comentários são bem-vindos!
Beijos! ♥