Batalhas e Memórias escrita por KLKaulitz


Capítulo 12
Subjugada


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal a história está ficando cada vez mais dark... Espero que gostem.



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— Está louco! Helena gritou pra ele quando tirou a mão de sua boca

— Shiiii!!! – Leonel sorriu pra ela – dá pra fazer silêncio?

— Oh Leonel! – ela o abraçou enterrando sua cabeça no peito dele, ele a apertou – Senti tanta a sua falta

— Eu também senti Helena, nem acredito que esteja viva... pensei... pensei que... – e então ele recostou seu rosto no cabelo dela e começou a chorar

— Está tudo bem, eu estou bem...

Leonel a afastou olhando melhor pra ela. Seu rosto se suavizou.

— Porque cortou o cabelo?

— Eu senti que deveria mudar... muitas coisas aconteceram...

— Sim, eu soube... sinto muito... mas eu...

— Eu sei, papai me disse o que aconteceu entre você e William.

— Você ainda está presa?

— Sempre estarei presa Leonel – ela tocou lhe o rosto, ele fechou os olhos

— Queria poder tira-la daqui...

— Eu sei... eu também queria.

— Fuja comigo Helena!

— Não posso, o meu lugar é aqui – ela se afastou dele

— Como seu lugar pode ser aqui sendo que sofre?

— Eu encontrei o meu lugar, me sinto útil ajudando os doentes, os mais desafortunados... talvez por isto sobrevivi.

— Você tem que tomar cuidado com William.

— Eu sei, mas o que me preocupa agora é que se ele te pegar aqui comigo poderá matar você.

— Ele não sujaria as próprias mãos... – disse Leonel virando as costas e olhando da greta

— Não estou tão certa quanto o assunto é você, mas agora tenho que ir Leonel, está perigoso!

— Se eu conseguisse tirar você daqui, você iria comigo? – ele segurou no braço dela quando ela tentou ir embora – Iria Helena?

— Não sei te dizer ao certo Leonel – ela o olhou com olhos tristes.

E então Helena saiu. Olhou para todos os dois lados e rapidamente andou até o seu aposento. Quando entrou fechou a porta atrás de si e ficou ali respirando ofegante.

Helena estava extremamente abalada, seu dia havia sido difícil e sabia que ainda tinha uma coisa a ser feita. Sentiu naquele momento nojo de si própria. Como podia ainda continuar naquele lugar? Tudo o que ela precisava fazer era dizer a Leonel as palavras necessárias, que ele a ajudaria a escapar, mas ela não havia conseguido.

Helena sabia que para continuar livre teria que se deitar com William. Ela se sentou na cama olhando para a porta pensativa. Se sentia um objeto e o pior... Se sentia mal por ainda permitir que William a vencesse, depois de todo aquele tempo, de todas as coisas que ele fez com ela. Ela ainda iria se deitar com ele. Não! Ela pensou e deitou-se na cama se encolhendo.

Ficou ali pensando nas consequências em se deitar com ele. Queria um filho? Com certeza ela queria, mas não queria que William a tocasse novamente, não depois dele ter a agredido, traído e desconfiado dela. Mas também queria sua liberdade e para isto não havia outra forma.

Helena não sabia quanto tempo ficou ali deitada, mas quando deu por si já estava tarde e nem havia se banhado. Com os cabelos bagunçados e pensando que já era tarde se colocou para fora do corredor e saiu em disparada para o quarto de William. Quando ela abriu a porta teve uma enorme surpresa ao adentrar no quarto.

Uma das empregadas estava em pé se vestindo e William estava sentado em uma das poltronas que ficava em frente a cama. Estava com uma taça na mão. Quando ele a viu abriu um sorriso como se aquela cena não significasse nada. Por um outro lado, ela ficou ali parada imóvel não acreditando no que estava vendo. Quando a mulher a viu ficou com muita envergonha. Saiu do quarto imediatamente, passando por ela com cabeça baixa.

William se levantou e colocou a taça em cima de uma mesinha indo até ela. Ele ainda sorria cinicamente. Ele colocou suas mãos no ombro dela e ficou ali parado a olhando.

— Pensei que não viria

— Não tive escolha – ela disse fria

O sorriso dele se desfez. Como se tivesse se ofendido.

— Você teve escolha Helena e escolheu vir até aqui – ele se virou e voltou a pegar o cálice e beber – tire a roupa! – gritou pra ela

Helena sentiu mais nojo ainda, viu que ele fedia a bebida e a sexo. Não acreditava que iria se sujeitar a isto. Sabia que aquilo era mais do que humilhação. Talvez ela conseguisse fugir. Foi pensando assim que Helena virou as costas pra ele e saiu do aposento. Correu a toda. Pelos corredores. Começou a chorar por perceber que William estava atrás dela. Ela passou pelo jardim seguindo adiante pelo corredor. Desceu as escadas a toda. Ficou desesperada ao ver que o portão estava fechado. Então ela virou-se a esquerda e entrou em um grande galpão. Ela pensou em despistar William e entrou dentro do estabulo. Se escondendo atrás da portinhola onde ficava o cavalo. Ficou ali quieta. Respirando ofegante. Tampou as duas mãos quando viu William passando bem próximo a ela.

— Helena! Helena! – ele gritava – Helena! Eu sai que está aqui em algum lugar! Nós podemos resolver isto da melhor forma! Basta aparecer!

Ela não teve coragem. Sabia que ele a castigaria.

— Se eu encontra-la será pior pra você! Apareça! – ele berrava

Helena começou a tremer. Como queria que Leonel a ajudasse naquele momento. Começou a chorar percebendo que ele sempre teve razão. E que William era perigoso.

William sentiu toda a raiva emanar por seu corpo. Como desejava aquela mulher. Escutou o choro vindo de trás da portinhola onde o cavalo estava preso. Sentiu o tesão invadir seu corpo quando a viu sentada encolhida no chão cheio de raiva por ele. Mas era isto que ele queria. Que ela descontasse todo o seu ódio nele.

Ela se levantou num pulo quando ele chutou a porta a abrindo. O cavalo passou por ele. Ela ficou ali sem ter como sair.

— Vou tê-la aqui e agora! Como um animal! É isso que você quer? Pois é isto que terá!

— Não vou me deitar com você William! Eu sou sua rainha! Você me deve respeito! Não sou uma de suas prostitutas!

— Não, você não é! – E então ele agarrou-a pelo cabelo, puxando o rosto dela para trás. Ela colocou as mãos dela nas dele em cima do cabelo, tentando se soltar dele, o arranhando, mas foi em vão. Ele a jogou no chão. Ela caiu agachada e em um só movimento ele montou sobre ela. Como um animal selvagem. Mordeu brutalmente o pescoço dela e tirou a calça dele. Helena tentava se afastar. Mas ele a prendia contra o chão e prendia as mãos dela. Foi ali mesmo que ele a possuiu. No feno no estabulo. Colocou uma das mãos nela e percebeu que ela estava molhada.

— Eu sei que você me quer – disse ele chupando os dedos – não sabe como sinto falta do seu gosto, ah Helena, você será minha e por me desafiar não somente esta noite, mas todos os dias a partir de agora, você irá me servir. Será minha puta como você disse!

— Eu jamais irei me deitar com você!

— Mas você vai! Sei que você me quer!

— Nunca! – Ela se debatia contra ele

— Mas vai! – então ele subiu o vestido dela, rasgando o pano.

Helena começou a chorar percebendo que aquilo era desumano. Ela estava se sentindo humilhada  e subjugada. William a queria de qualquer forma e iria fazer ali daquela forma. Helena juntou toda a sua coragem e força e lutou contra ele, erguendo seu corpo. William vendo que ela estava irredutível deu um tapa muito forte na cara dela o qual ela caiu zonza do chão, ele vendo que por um momento ela ficou atordoada se colocou dentro dela a força dando estocadas rápidas.

Após o ato desonesto William se levantou e vestiu-se.

— Não queria que tivesse sido desta forma, mas você não me deu escolha.

Helena estava quieta, com os olhos fechados. Então ele saiu. Ela ficou ali um bom tempo, apenas tendo sido encontrada por Demétrios. Que a vendo no chão nua. A cobriu com sua capa e a carregou nos braços. Levou a até seu aposento e mandou chamar o médico. Helena chorava desorientada no colo de Demétrios. Ele a colocou na cama gentilmente e ficou ali com ela até que o doutor aparecesse.

— Foi William quem fez isto com a minha rainha?

— Si-sim... – ela gemeu sentindo dor pelo corpo

— Sinto muito...

E realmente Demétrios sentia. Olhava para Helena e via apenas uma criança ali. Desprotegida, nas mãos de um louco. Ela era tão boa e generosa com todos e jamais havia o feito mal. Sabia que William estava perdendo a sanidade, mas fazer aquilo a própria mulher era cruel de se ver. Ele a largou ali quando o doutor chegou. Helena estava feridas nas mãos e braços, seu rosto marcado pelo tapa. Sem falar que havia sido humilhada, como um animal.

A notícia logo se espalhou, toda a província estava sabendo sobre as atrocidades que William cometerá a rainha e logo Leonel ficou sabendo. Sua raiva foi tanta que ele invadiu o palácio do rei e chegou a sala do trono. Os guardas logo quando o viram desembainharam suas espadas.

— Deixem ele! – Disse William se levantando e indo até ele

— Eu vou mata-lo seu cretino!

— Eu estou esperando por isto – disse William tirando sua espada.

— Como ousa toca-la? Ela é perfeita de mais pra você não é? Eu sabia que por trás desse rosto havia um monstro!

— Isto não é da sua conta!

— é sim, a partir do momento que você a feriu!

E então eles começaram a lutar entre si. William atacou Leonel que se defendeu. As espadas se juntaram e depois eles se afastaram. Todos ficaram horrorizados olhando aquilo. E logo uma das acompanhantes de Helena chegou no quarto dizendo que Leonel estava lutando com o rei. Ela ficou aterrorizada e pediu para chamar Demétrios. Que logo apareceu.

— Mandou me chamar minha rainha?

— Sim, preciso que me ajude a chegar até onde William e Leonel estão.

— Minha rainha, se me permite dizer, melhor que não vá, isto é briga entre homens.

— Não posso deixar que William machuque Leonel – disse ela se apoiando em Demétrios – agora me ajude!

Enquanto isto Leonel estava com a boca sangrando devido William ter dado um soco na cara dele, mas Leonel não deixou barato e raspou a ponta de sua espada na perna esquerda de William que agora mancava.

— Você vai me pagar com a vida! – disse William largando a espada quando Leonel largou a dele e então começaram a lutar na mão mesmo.

Ao chegar no local Helena ficou horrorizada ao ver aqueles dois homens lutando por causa dela. Ficou extremamente magoada.

— Parem com isto vocês dois! Agora!

E como se as palavras dela fizessem efeito eles se soltaram e se levantaram do chão.

— Não acredito que estou realmente vendo isto, William você me insulta ferindo ao meu irmão assim.

— Seu irmão? – William riu – ele a deseja Helena não seja idiota!

— Não fale assim com ela – disse Leonel pegando sua espada novamente

— Está vendo... Ele quer lutar por você, e eu não permitirei que isto aconteça!

— Eu não quero que ninguém lute por mim! Nem mesmo você Leonel – disse ela olhando pra ele

Leonel a observou, ela estava com o rosto marcado, ficou sabendo por sua mãe que William havia abusado dela por tentar fugir. Para ele foi pior que a morte, pois sabia que ela estava infeliz naquele lugar e que não conseguiria fazer nada.

— Eu vou voltar William e vou acabar com você!  - disse Leonel apontando a espada para ele.

— Então venha! Estou te esperando! Venha!

— Pare com isto William! - Helena gritou pra ele

— Já mandei ficar calada! Mas logo cuidarei de você mais tarde... – Disse William rindo

Helena apertou o braço de Demétrios que estava ao lado dela e disse pra ele bem baixinho.

— Você serve tanto a mim quanto a ele, se tivesse que me proteger você o faria?

— Sim minha rainha – Demétrios disse

— Então quero que não deixe William encostar em mim novamente.

Ele olhou para ela, se sentindo dividido, mas percebeu que tinha um voto de protege-la também de qualquer mal. E o que William fazia era errado.

— Sim minha rainha, eu o farei.

Leonel se aproximou de Helena e tocou o rosto dela onde estava marcado. William naquele momento sentiu um tremendo ódio dele. E o atacou com sua espada. De repente foi tudo rápido demais, Helena não viu pois a visão foi interferida pelo corpo de Leonel que se colocou entre ela a protegendo. Helena escutou um grito e algo caindo pesado no chão. Ela apertou o abraço de Leonel forte. E Demétrios segurou a em seu outro braço e no ombro. Depois ele a puxou para seu peito e a tirou dali, mas Helena viu... o corpo caído no chão... Mas não era de Leonel...

Seu pai estava ajoelhado no chão com a espada fincada em seu peito. Leonel estava estatizado olhando aquela cena e William com a cara de louco entre eles, ofegava e sorria satisfeito.

Helena gritou naquele momento, o grito ecoou pelos salões. Ela lutou contra o aperto do braço de seu guarda, o qual a soltou. E correu até o corpo de seu pai se abaixando. Tirou lhe a espada do peito jogando a no chão.

Ela colocou a cabeça dele em seu colo. E começou a chorar. Sthepan ergueu suas mãos, tocou lhe a fase dando um sorriso e seus olhos se fecharam, suas mãos moribundas caíram sob o chão.

Helena chorou compulsivamente. Gritava sob o salão. Todos a olhavam com dó. Exceto William que havia deixado o local. Leonel se abaixou chorando também percebendo o que havia feito.

— Eu vou te matar William - Helena gritou pegando a espada que havia matado seu pai e caminhou para onde William havia ido, sua roupa suja de sangue e olhar fora de si.


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Notas finais do capítulo

Não esqueçam de deixar o seu recadinho ;) abraços.



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