Miraculous - Um Novo Início escrita por Ben10


Capítulo 17
Lost of Control


Notas iniciais do capítulo

Desculpem-me, de não postar no dia prometido... Eu tive um pequeno imprevisto com minha internet...

Lhes apresento o primeiro capítulo do arco Akiela!



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    A garota, agora sentada na varanda de um castelo feito de gelo, olhava para o nada, pensando: “Como isso aconteceu?”, mas sabia exatamente o porquê.

    Tudo começou com os sonhos... Ou melhor, com os pesadelos...

 

Um dia atrás

    Pâmela olha no chão, mas ele congela rapidamente.

    - O que está acontecendo? Tem alguém aqui? – Ela olhou ao redor, encontrando a amiga, que tinha uma feição assustada – Iasmin?

    - NÃO RELA EM MIM! – Gritou, se afastando dela.

    - O que? Geralmente sou eu que digo isso! – Pâmela coloca sua mão no ombro da menina, que congela instantaneamente – Iasmin? O QUE EU FIZ?

    Ela olha para as próprias mãos, que estão azuis e geladas.

    - O que está acontecendo comigo? E-eu não perco o controle assim... – Sua respiração já estava pesada.

    - Mas perdeu, para tudo existe uma primeira vez – Uma voz ecoa pelo local, fazendo-a arregalar os olhos.

    Pâmela olha para os lados, e consegue enxergar todos seus amigos congelados.

    - O que eu fiz? Eu não sou assim... O QUE ESTÁ ACONTECENDO COMIGO?!

    Ela coloca a mão no rosto e, desesperada, acaba acordando:

    - Era... Tudo um sonho? Ainda bem... – Diz, batendo a mão no despertador que está apitando, ele congela quase instantaneamente – Talvez... Seja melhor usar luvas hoje.

[...]

    - Pâmela você está de luvas? – Marinette perguntou, estranhando – Não combina com você...

     - An... Eu acordei com frio hoje... – Ela respondeu, dizendo a primeira coisa que brotou em sua mente.

     - Sério? Parece estar uns trinta graus – Nino começou a se abanar com a mão.

     - Sério – Deu um sorriso meio forçado – Vamos para a sala? Está quase na hora de bater o sinal – Disse, andando na frente deles, indo até a sala de aula.

     - Problemas com pesadelos e falta de controle, não é? – Iasmin murmurou, chegando ao lado dela.

     - O-o que? Não... – Desfez o sorriso forçado, abaixando a cabeça – Como você sabe?

     - Eu sofro com isso, reconheço uma pessoa assim – Ela deu de ombros, tirando um chocolate do bolso e dando para a garota – Doce me ajuda a ficar menos nervosa e meditação também. E, qualquer coisa, procura a Alya, ela é boa com conselhos.

     - Valeu.

[...]

     - Iasmin para de me cutucar, inferno! – Ela resmungou, no meio da aula, enquanto sentia a garota cutucar suas costas com o lápis.

     - Não, é legal te irritar. Você é tipo um meme ambulante, uma cara mais engraçada que a outra – Iasmin respondeu, cutucando-a nas costelas.

     - Para, desgraça – Pâmela começou a rir.

     - VOCÊ RI QUE NEM UM CAVALO! HAHAHA SOCORRO!

     - Sua idiota! Cê também ri que nem um porco engasgado! – Bradou, irritada.

     - ‘Tá, parei!

[...]

     - Marinette! Trouxe o combinado menina? – Perguntou Nino, enquanto saiam para o recreio.

     - Vocês estão contrabandeando drogas? – Alya olhou para Nino e Marinette, arqueando uma das sobrancelhas.

     - Não, é doce mesmo. – Ele disse, pegando a sacola das mãos da azulada – Opa! Toma o dinheiro!

     - Parece que vocês estão contrabandeando drogas! Sinceramente, especifique o “combinado” da próxima vez, isso foi esquisito – Alya continuou, revirando os olhos.

    - Ninoooo, me dá uns doces aí! – Choramingou Iasmin.

    - Não! – Ele deu a língua.

    - Seu chato! – Iasmin agarrou o pescoço dele, por trás, o prendendo numa chave de braço – ME DÁ LOGO A PORRA DO DOCE!

    - Pega! Pega! – Ele exclamou – Eu estou... Sem ar! Não consigo... Respirar!

    - Valeu! – Ela o soltou, pegando um dos doces, enquanto Nino recuperava o ar.

[...]

    Já na sala de aula, tendo aula de Álgebra, todos pareciam mortos... Até que a luz começa a piscar e logo apaga de vez.

     - UHU! VALEU DEUS! EU TE LOUVO E GLORIFICO AMÉM! – Pâmela gritou, erguendo os braços.

     - Ah, mas não é possível que a luz só acaba onde a gente está! – Reclamou Marco, batendo a cabeça na carteira.

     - Não é pra tanto, né, Pâmela? – Akira deu um pequeno sorriso, rindo baixo do afobamento da garota.

     - Como assim, Akira?! Sem aula! Tutz tutz! Milagres acontecem!

     - Você irá nos liberar, senhorita Bustier? – Perguntou a garota, esperançosa, já que, naquela situação, era quase impossível ler os livros.

     - Sinto muito Alix, mas a diretora não permitiu a saída dos alunos. Vão ter que ficar aqui até que a aula realmente acabe.

     A morena, que até agora estava comemorando, sentou na cadeira novamente e cruzou os braços. Iasmin riu de sua feição emburrada.

     - Eu vou resolver com o diretor o ocorrido, e vocês se comportem – Senhorita Bustier disse, saindo da sala.

     - Pelo menos não dá para estudar! Se ao menos desse para ver um filme... Aí eu dormia o filme inteiro – Pâmela resmungou, batendo a cabeça na carteira. – Eu agradeci, senhor! Por que?! Por que?! Eu poderia estar em casa vendo meus filhos, vulgo BTS!

    - Drama básico da Pâmela – Iasmin revirou os olhos, abrindo um livro

    - Iasmin, que gosto mais... Peculiar para livros... – Marco observou o título e a capa do livro, fazendo uma cara meio assustada.

    - O que tem? – Ela indagou, com tédio na voz – É a décima vez que estranham meus livros... Qualé?! É só um livro com sangue, mortes e... ‘Tá... É meio estranho.

    - Meu Deus... – Ele balançou a cabeça, negativamente, rindo fraco.

     - Ei! Podemos jogar verdade ou desafio! – Nino sugeriu, o que fez Pâmela levantar, animada.

     - Partiu! Bora cagar a vida dos outros! Melhor coisa!

     - Não, valeu. Eu passo – A outra negou, continuando lendo o livro, normalmente.

     - Vem, sua desgraçada! – Pâmela bradou, a puxando pelo braço, em vão, já que a mesma nem saiu do lugar – Menina, o que você come? Uns dez quilos de feijão só no almoço? Alguém me ajuda aqui!

     - Me deixa em paz, sua louca varrida! Eu não quero jogar! – Mostrou a língua, como uma criança.

     - Te pago um milk shake... – Subornou – E do grande! – Completou, jogando sua última carta na manga.

     - Suborno, não é? Que feio! – Balançou a cabeça, em negação – Mas bem pensado! Beleza, eu topo! Vem, cambada! – Chamou os outros – Se preparem para o... Interrogatório ou punição! – Falou, com uma voz sombria, colocando calafrios em todos.

[...]

    - Alunos, desculpem-me pela demora... – Disse a professora, entrando na sala de aula.

    Nesse momento, muito coisa já havia rolado na “brincadeira” que fora proposta: Alix teve de dar um selinho em Kim – agora ambos não conseguiam mais se encarar –, o mesmo acontecia com Iasmin e Nino – por dentro, Marco desejava estar no lugar do colega –, Chloé sorria maravilhosamente enquanto recebia uma massagem do próprio Adrien Agreste – Marinette tentava não manter contato visual –, Akira se recusava a tirar seu capuz – que ele usa para esconder seu cabelo cinza – e Pâmela ria de todos os que cumpriram os desafios.

    Senhorita Bustier colocou ordem no recinto e, logo após isso, resolveu dar a notícia.

     - Alunos ,fui informada que teremos uma apresentação musical na escola e a peça que nossa sala irá apresentar já foi escolhida pelos professores – Disse, sorrindo.

     - Qual seria? – Alya perguntou, já animada, e logo mudou sua expressão ao ouvir senhorita Bustier dizendo:

     - Frozen.

     - A PÂMELA TEM QUE SER A ELSA! PELO AMOR DE SANTO GOKU! – Iasmin gritou, levantando-se da carteira.

     - Ai, meus tímpanos – Kim reclamou, mexendo na orelha.

     - Imagine os meus, já que estou do lado dela... – Resmungou Marco.

     - Aham! – a professora limpa a garganta e continua a falar – Os testes começarão em uma semana, um bom tempo para se prepararem. Valerá meio ponto da média e quem não quiser atuar pode cuidar dos bastidores. Por hoje é só, vocês podem ir.

    Eles saem da sala, alguns pensando para que papel irão fazer testes e outros em ajudar a professora nos bastidores, claro, queriam a nota, mas não queriam atuar.

[...]

    A semana passou e o dia dos testes chegou

    - Você vai mesmo me obrigar a fazer isso? – Pâmela fez uma cara de tédio, bocejando.

    - Claro, você é perfeita para fazer a Elsa! Quem melhor para fazer a Rainha do Gelo, do que alguém que faz gelo? – Iasmin bateu palminhas, entusiasmada.

    - Vai tentar o papel de Anna, né? – Indagou, querendo não ser a única da dupla a passar vergonha ao fazer o teste.

    - Yep! Menina retardada e ainda canta... Melhor papel! – Ela respondeu, sorrindo.

    - Eu vou, mas você vai subir junto comigo no palco!

    - Tá... Idiota! – Iasmin resmungou, a empurrado para o palco do auditório.

    - Podem começar a hora que quiserem – A professora sorriu, pegando uma caneta e uma prancheta.

    - Okay... – Elas olharam o texto nas suas mãos e limparam a garganta.

[...]

    - Meu Deus, por que eu concordei em fazer isso? – Pâmela murmurou, se olhando no espelho com a roupa da Elsa – Que ridículo, pelo menos ainda uso luvas!

    - Vai ser melhor com o outro vestido, você fica bonita com ele – Falou o garoto, arrumando as cortinas do palco – Não que não ficasse bonita com qualquer roupa que vestisse....

   - Obrigada. – Ela agradeceu ao elogio – Akira, por que você não quis participar da peça?

   - Isso não é para mim, prefiro ser um diretor que comanda a peça nos bastidores, atrás das cortinas... Em vez de ser um ator, de quem todo mundo ri. – Respondeu – Eu acho que está na hora de você entrar de novo... E é melhor alguém parar a Iasmin, antes que ela tente levitar os doces do cenário!

   - Que? Merda! A Iasmin me paga! Respira fundo... Hora de acabar com a minha vida.

   - Só se solta lá.

   A garota subiu no palco e tentou ficar o mais natural possível, só que... Foi solta demais. Vocês devem saber da parte que Elsa fala que a festa acabou, não é? Então, as coisas saíram do controle da morena, que acabou, realmente, fazendo um muro de gelo com espinhos na sua frente.

    Ninguém esperava por essa, principalmente ela, que logo se assustou e travou.

   - Pâmela, Pâmela! Você está bem? – Iasmin dizia, passando a mão na frente do rosto da amiga, tentando acordá-la.

   - Fica longe de mim, eu não quero machucar você! – Exclamou, levantando-se e dando passos para trás.

   - Você não vai machucar ninguém, só fique calma – Akira tentava a acalmar.

   - Não, eu vou congelar todo mundo. Igual no meu pesadelo e... Vou ficar sozinha... Ninguém vai me ajudar...

   - Pesadelos? Para de drama! Não vai acontecer nada! Eu disse para você! – Bradou a outra, batendo a mão na testa – Deixa de neura!

   - Iasmin! Não é assim que você vai ajudar a menina!

   - E você é muito bom em ajudar pessoas, né, senhor Akira?

   - Não, mas sou melhor que você!

   - Vocês dois! Parem! Vão assustá-la ainda mais! – Alya colocou sua mão sobre o ombro de Pâmela – Você está gelada demais...

   - Não encosta em mim! – O chão começou a congelar, enquanto ela mantinha as mãos na cabeça – Isso não está certo... Não sou assim... Controlar é fácil... Então por que... – Ela olhou para as próprias mãos e saiu correndo para fora do lugar.

   - PÂMELA! ONDE VOCÊ VAI CRIATURA?!

   Mente vazia, isso é tudo que quer nesse momento... Então, por que não fugir? Um momento sozinha pode esfriar, ou melhor, esquentar a cabeça... Sentia frio, muito frio e não pensava em mais nada a não ser ficar longe de todos...

    Está sozinha sem ninguém para lhe ajudar. Na vida, nunca se sabe, você pode ter amigos sempre com você ou pode se isolar de todos... A escolha é sua... O que você quer para si?

 


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Notas finais do capítulo

A sombra fica mais fria depois que você sente o sol



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