— Por que mentiu para o anjo, Rowena? – James perguntou assim que entraram na enorme casa luxuosa.

— Eu não menti, James. Seria impossível eu já estar grávida em poucas horas depois de transar com o Samuel.

— Mas Hécate disse que podia o sentir.

— Não quer dizer que eu esteja grávida. Agora chega desse assunto! – Rowena disse subindo as escadas da casa indo até seu quarto.

"Rowena lia o livro de Hécate, quando encontrou um feitiço para roubar poder de deuses. Foi aí que ela teve a ideia de enganar Hécate.

Como estava no bunker, seria meio complicado de invocar um deus e roubar seu poder, mas mesmo assim tentou. Ela se trancou no quarto de Sam, e começou a fazer o feitiço de invocação, precisava do poder de uma deusa para enganar outra, e somente Lakshmi teria o poder para isso.

Então Rowena concluiu o feitiço e Lakshmi apareceu.

— Por que me invocou, bruxa? – A deusa exigiu.

— Não fique brava, minha deusa. Eu só precisava do seu poder. – Rowena disse ousada.

— E por que acha que lhe darei meu poder?

Rowena deu um leve sorriso se aproximando da deusa e apontando para a prisão para deuses criado por Hécate.

— Por que você não pode fugir, e eu aprendi uns truques com Hécate. – Rowena explicou.

— Aquela maldita!

Rowena tinha um símbolo desenhado nas mãos, então fez um corte ali e um corte no braço de Lakshmi e uniu seus sangues.

Uma luz se fez no quarto e no fim, Lakshmi caiu no chão fraca.

— Eu sei o por que quer meu poder. Eu vi no seu íntimo. Quer enganar a Hécate, mas não pode. Já está consumado. Você não pode fugir do destino que Maya lhe deu. – Lakshmi falou.

— Blá, blá, blá. Já sei o que deuses pensam, mas não quero me sujeitar aos seus caprichos. – Rowena recitou um feitiço e a deusa desmaiou. Ainda precisava da deusa, pois com seu poder bloqueado, não poderia usar 100% dos poderes de Lakshmi. Logo após esconder a deusa, ela foi colocar seu plano em ação."

— Eu enganei, Hécate. – E um sorriso brotou no rosto da bruxa.

∆∆∆

— Rowena fugiu com o meu filho? – Sam questiona decepcionado.

— Ela afirmou que não estava grávida. – Castiel contou.

— E você não pôde ver se ela estava falando a verdade. – Dean perguntou.

— Foram apenas poucas horas desde a suposta concepção, fica difícil ver algo. – Castiel justificou.

— Temos que encontrar ela, e a trazer para o bunker. – Mary disse. – Só assim saberemos a verdade, e vamos poder controlar a situação.

— Mary tem razão. – Castiel concordou.

Sam não quis ouvir mais nada, foi para fora, precisava pensar um pouco sozinho.

Dean foi lá fora encontrando Sam encostado no carro. Lhe ofereceu uma cerveja que Sam aceita.

— Como você está? – Dean pergunta a seu irmão.

— Ela me enganou e me usou por poder, Dean. – Sam falou tomando um gole de sua cerveja.

— Você supera maninho. – Dean fala tentando o consolar. – Agora o que acha de procurarmos um caso pra distrair?

— Acha que se ela estiver mesmo esperando um filho meu, ela irá me contar? – Sam perguntou meio sem ânimo.

— Se tratando da Rowena... Eu não sei.

E as semanas iam se passando, e nada de Rowena, até parecia que ela havia sido engolida pela terra.

Dean e Sam estavam num caso onde um anjo tinha sido assassinado e eles tinham que saber quem tinha feito isso e por quê.

Os dois andavam enquanto conversavam sobre o caso em uma lanchonete.

— O que você acha que está por trás disso, Dean? – Sam questionou.

— Acredito que nada bom. – Dean responde, para logo em seguida Sam começar a cuspir sangue caindo no chão sem ar. – Sam? Sam! O que houve? – Dean tentou acudir o irmão.

— Olhe os bolsos dele. – Uma voz conhecida feminina diz se ajoelhando diante de Sam.

Dean olha a sua frente e nota que era Rowena.

— O que você fez com ele? – Ele a indagou colocando suas mãos no pescoço dela.

— Sam. Não tem. Muito tempo. – Rowena falou quase sem ar e Dean a soltou. – Eu não fiz nada. Foi James. Agora encontre logo a bolsa de feitiço nele.

Os dois procuraram a bolsa de feitiço e Rowena a encontrou e com uma palavra fez bolsa pegar fogo salvando Sam.

O Winchester mais novo agora tentava se recuperar do feitiço enquanto Rowena explicava tudo.

— A 2 meses eu deixei o James por um anjo, Gabriel, e agora ele está se vingando matando anjos e quem esteve no caminho dele, como Sam. – Ela explicou.

— Bruxos. – Dean falou impaciente.

— Você ficou com o Gabriel, Rowena? – Sam perguntou num tom paciente e incrédulo.

— Ele era atraente, e o sexo era ótimo. – Ela disse deixando os Winchesters incrédulos e sem palavras.

— Certo. E sobre meu filho, Rowena? – Sam perguntou curioso, já que mesmo depois de 6 meses sem a ver, ela não parecia estar grávida.

— Feitiço de Lakshmi. Consegui enganar Hécate para ter meu poder de volta, sem precisar engravidar de fato. Só não pude matar Lakshmi porque ela fugiu, nem pude roubar todo o poder dela.

Gabriel apareceu diante deles com o bruxo James.

— Querida, encontrei o infeliz que estava matando meus irmãos. – Gabriel disse jogando o bruxo preso no colo da ruiva. – Todo seu, querida.

— Isso, James, é por tentar matar o Sam. – Ela o empurrou, recitou um feitiço e James começou a cuspir um líquido escuro e a ter convulsões e em seguida queimou.

— Ei, Rowena, eu fui atrás desse humano pra você, e você só se importou por ele tentar matar o Sam? – Gabriel fingiu indignação.

— Querido, você sabe...

— Claro, a ligação de Maya. A corda que ela os enlaçou não pode ser quebrada, e pior que eu tentei. – Gabriel diz sem querer levar a sério.

— Corda? – Sam estava curioso.

— Maya os uniu e montou um roteiro que ninguém pode mudar, por mais poderoso que seja. – Gabriel olhou para Rowena. – Mas eu não me importo, podemos fazer isso funcionar a três. – O anjo fez uma cara safada.

— Que nojo! – Sam e Dean dizem juntos.

— Só uma sugestão. – O anjo disse.

— Não. – Sam cortou as ideias.

Alguns dias depois, no bunker...

Após mais uma noite de pizza e diversão, Sam tomava uma cerveja e falava com Rowena.

— Sam, tudo que eu fiz... – Ela pausou.

— Rowena, tudo isso já passou, o que importa agora é o que você quer fazer no presente.

Rowena olhou sedutoramente para Sam, como se revelasse tudo num olhar.

A noite foi tão intensa que os dois só dormiram quando amanheceu.

Era quase meio dia, Sam acordava – depois de uma noite quente de puro sexo – vendo uma bela ruiva em seus braços, deitada em seu peito. Ele acariciou os cabelos dela o que a despertou.

— Você poderia ter uma cama maior, já que vamos ter uma relação. – Ela disse suavemente e sem tirar a cabeça do peito de Sam.

— Está certa disso? E o Gabriel? – Sam a questionou.

Ela se virou para ele apoiando seu queixo em seu braço que estava no peito de Sam.

— Gabriel era bom no sexo, muito gostoso... Mas você, Sam... Quase tivemos um filho, talvez sejamos tudo o que o outro buscava. Melhor aceitarmos nosso destino, não acha? – Ela diz.

Sam se põe por cima de Rowena a beijando.

— Então porque não continuamos o roteiro que Maya nos deu? – Sam disse.

— Não podemos fugir para sempre, não é...?

Sam sorriu para ela, pois independente do que viria pela frente, dessa vez os dois aceitariam, e estaria tudo certo...