Chegou o jantar para Amara, foram todos os "amigos" dos Winchesters, mas para azar de Sam, Rowena foi acompanhada não só de Crowley, como também de seu novo... Namorado.

Sam sentia raiva por ela estar acompanhado de outro, a comida mal descia por sua garganta, e é claro que isso não passou desapercebido pelos outros, ainda mais os olhares que Sam e Rowena trocavam.

Ao final do jantar, todos conversavam tranquilamente, mas Sam estava incomodado, não só pela companhia de Rowena, como também sobre seus sonhos, e se fossem obra de um feitiço? Não custava nada perguntar a ruiva.

Discretamente Sam foi até Rowena quando esta ficou por um instante livre da companhia de James, e a chamou para uma conversa particular. Foram para um local reservado do bunker.

— O que foi, Samuel? Quer enfim acabar com o meu novo noivado? – Rowena disse ríspida.

— Noivado? – Perguntou surpreso, mas logo mudou de assunto. – Bem, acho que fui enfeitiçado, e queria que...

— É sobre os sonhos? Acha que eu faria algo daquilo? Por que acha que eu iria te por um feitiço no qual eu estaria envolvida e ao seu lado?

— Envolvida? Como sabe dos sonhos?

— Todos nós fomos enfeitiçados. Bem, não é simplesmente um feitiço, é algo tão poderoso que não sei se será fácil desfazer. Temos que fazer uma escolha, escolher a vida que sonhamos ter de verdade, se escolher errado, eu não sei o que pode acontecer. – Rowena contou.

— Que? Mas eu já sei qual é a minha escolha! – Sam disse.

— A vida dos sonhos é o que existe no nosso íntimo, por isso tome muito cuidado ao escolher. – Rowena alertou. – Se um de nós escolher errado, os outros também sofre.

— Mas minha escolha sempre será a vida real. – Sam empurrou Rowena contra a parede e a beijou até acabar o fôlego. Sentir a pele dela colada a sua foi a melhor sensação que ele teve em anos, e ainda mais por que foi correspondido por ela.

— O que foi isso? – Rowena questionou ainda em choque depois de se separarem.

— É a vida que eu escolho, Rowena. Uma vida com você. – Sam respondeu olhando os olhos dela.

— Sam, eu estou noiva. De outro homem. Não vou deixar essa oportunidade de uma vida normal para viver com um caçador. Já pensou nas consequências de um caçador casado com uma bruxa? Não quero isso pra mim. – Ela disse. – E ah, você é um bruto! – E saiu.

Sam se lamentou por ter sido tão direto.

Rowena apareceu no salão principal do bunker e disse a seu noivo que queria ir embora – na verdade queria fugir daquilo que sentiu ao beijar Sam, não queria se dar ao luxo de amar alguém, ainda mais um caçador.

— O que houve? – James perguntou, quando já estavam no carro.

— Eu não queria mais ficar lá. – Ela respondeu sem o olhar. – Estou cansada.

— Qual sua relação com esses Winchesters?

— Nós tivemos uns negócios juntos. Fergus os conhece melhor.

— Melhor você ficar longe deles, não gostei deles. – James disse autoritário.

Rowena não disse nada, pois seus pensamentos seguiam em Sam e no beijo que ele lhe dera.

Horas depois...

Sam ainda não tinha dormido, estava pesquisando sobre quem teria o poder de controlar seus sonhos, até que sua pesquisa é interrompida pelo som de seu celular tocando, o identificador dizia ser Rowena e ele atendeu.

— Rowena? – Perguntou ao atender.

— Você tem que evitar que seu irmão durma, enquanto todos estivermos acordados, ele não pode nos pegar. – Ela disse.

— Que? Como sabe disso?

— Venha me encontrar e te conto tudo.

Alguns minutos depois Sam encontrou Rowena em um restaurante 24h de beira de estrada.

— Diga, o que você sabe sobre quem domina nossos sonhos? – Sam perguntou a Rowena assim que chegou.

— Nossa, achei que depois do que tivemos, iria me tratar com um pouco mais de delicadeza. – Rowena respondeu com um olhar sedutor.

— Você me diz que não quer nada comigo, e agora vem com essa?

— Sabe como ele controla os sonhos? Com seu desejo mais íntimo, Samuel. E por que acha que estamos juntos em seu sonho? Só porque você me deseja? – Sam a encarou confuso. – Temos que mata-lo, ou um de nós pode fazer a escolha errada, e todos nós morremos.

— Temos que alertar o Dean.

— E encontrar o livro, Sam. O causador de tudo isso, é o dono do livro. Nele deve ter como desfazer o encanto.

— Maya. Depois que ela apareceu que os sonhos começou, e nas minhas pesquisas tinha algo sobre a deusa Maya, deusa dos sonhos e da ilusão. – Sam contou. – Temos que avisar o Dean urgente!

Minutos depois, Sam estava de volta ao bunker, mas agora com Rowena, foram para o quarto de Sam – na verdade o motivo deles irem para o bunker era alertar Dean sobre Maya, e procurar o livro, mas a conversa que tiveram antes de chegar os levaram até o quarto de Sam, ela disse que poderia experimentar uma relação com o caçador, porque a muito não sentia aquilo, e queria ter o privilégio de poder ter algo verdadeiro, ou talvez não da parte dele, mas o que tinha a perder?

Enquanto beijava Rowena, Sam não via a hora de poder sentir sua pele na sua, — agora na vida real, não só nos sonhos.

Assim que o justo vestido preto de Rowena caiu por seus ombros indo ao chão, Sam beijou seus ombros a levando com cuidado a cama como se ela fosse de porcelana e pudesse se quebrar. Sam admirou cada parte do corpo da bruxa, tocando cada parte daquela pele macia e distribuindo beijos no corpo dela.

Ele tirou suas roupas e o que restava da roupa que Rowena usava, a tornando enfim sua, sentindo enfim o quão maravilhoso era ter a ruiva em seus braços, e o melhor de tudo, dessa vez era real.

Após terminarem de realizar seus desejos mais profundos, passaram a conversar. Rowena estava com a cabeça deitada no peito de Sam e ele acariciava seus cabelos ruivos e macios.

— Por que está com ele? – Sam perguntou se referindo a James.

— Eu me sentia atraída por você, mas quando começou os sonhos... Pensei que talvez conhecendo alguém, esse sentimento que tenho por você fosse passar...

— Mas não passou.

— Não.

— E como ficamos agora? Vai deixar ele pra ficarmos juntos?

Rowena levantou sua cabeça do peito de Sam apoiando seu braço esquerdo no peito dele.

— Sam, você é um caçador e eu sou uma bruxa, isso não tem como dar certo.

— E por que não tentamos? O que temos a perder?

— Acho melhor só aproveitarmos o momento, por enquanto. – Ela o beijou e Sam se pôs por cima dela para recomeçarem tudo de novo.

— Como você quiser... – Ele disse.

Por mais que se mantivessem ativos, não poderiam resistir ao sono para sempre, e o cansaço os pegou, e o pior, nem avisaram ao Dean sobre o caso dos sonhos.