Falcon escrita por Tatuane


Capítulo 2
Carta II


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Sakura passou bons minutos sentada, olhando diretamente para aquele papel em branco, tal como sua mente estava. 

Tremia um pouco, ainda estava muito surpresa pela atitude dele de lhe enviar aquela carta. 

Não eram tantas palavras assim, era verdade, mas cada uma daquelas letras eram preciosas para Sakura que ainda tinha um sorriso bobo nos lábios. 

Tinha tantas coisas para dizer a ele, tanto em seu peito e, com o passar dos minutos, tanto em sua mente, mas não sabia como escrever, era como se aquele pedaço de papel fosse muito pouco para e muito indigno de carregar tanto. 

Mas se não colocasse algo para fora, sentia que poderia explodir de tanto sentimento e de tanta saudade. 

Depois de quase uma hora, ela havia conseguido escrever um pouco que fosse e já o Falcão já batia suas asas, voando rumo ao céu, onde Sakura sentia estar, entre as nuvens. 

Suspirou contente, pegou Sarada, que ainda dormia, no colo e abraçou forte. 

A sensação de não ter sido esquecida era incrível! 

Os desertos do país do vento eram tão áridos, vazios e solitários que Sasuke se sentia como aquela areia escaldante que vez ou outra entrava pelas brechas de suas sandálias. 

Se perguntou como Sakura tinha paciência de atravessar seu deserto. Riu pensando no quão forte e persistente ela era para insistir tanto e enfim conquistá-lo. 

Aliás, eram muitos os motivos para admirá-la e ele gostava de pensar em todos, isso amenizava a saudade a ansiedade. 

Sim, poderia dizer que estava bastante ansioso por sua resposta. Queria saber notícias dela, de sua filha… Notícias da vila não, Konoha só lhe importava por ter seus bens mais preciosos ali dentro e, se precisasse saber de algo, que Naruto o avisasse, não queria gastar as preciosas palavras de Sakura com esse tipo de coisa.

Como o experiente viajante que era, ele já sentia a proximidade de uma tempestade de areia e por isso buscou a caverna mais próxima para se abrigar e ela, por sorte, tinha uma espécie de reservatório de água doce. Isso era bom já que estava com bastante sede e seu cantil já estava nas últimas, mas isso não o deixou tão aliviado quanto o canto do falcão. 

Por sorte ele havia chego antes que a tempestade castigasse o deserto e que a saudade castigasse ainda mais o próprio Sasuke que sem pestanejar pegou de suas patas o papel, mas era mais prudente montar seu acampamento antes e assim ele fez, montando barraca e também uma fogueira para esquentar a fria noite, só depois abriu a carta. 

Dentro dela havia um pequeno pergaminho e Sasuke não pôde deixar de sorrir quando desfez o selo e viu que se tratava de dois pequenos tomates. 

Era ótimo, estava com fome e já não tinha mais dos frutos que tanto gostava. Sakura o conhecia bem a esse ponto. 

Limpou um deles e mordeu, a carta seria um bom acompanhamento e era estranho ter que admitir que aquilo era o máximo que poderia chegar perto de “se sentir em casa”. 

Sem mais delongas, voltou sua atenção para o que ela havia escrito e, como poucas vezes na vida, sorriu bobo a todo momento. 

 

“Sasuke-kun, você não sabe o quanto eu e Sarada sentimos sua falta. 

Eu devo dizer que me surpreendeu muito que você tenha escrito algo para nós, eu pensei que, não sei como dizer de uma forma menos… Direta(?). Enfim, eu pensei que, com o tempo, fôssemos esquecidas e saber que isso foi uma mera impressão me deixou tão feliz… Acho que aconteceu o mesmo com a Sarada. 

Desculpe-me se minhas letras estiverem borradas, é que eu estou tremendo…

Ah, eu não vou fazer a controlada: eu estou muito, muito, muito feliz com a sua carta e é por isso que eu não sei como responder de uma forma decente. 

Eu queria saber dizer com palavras bonitas pra você o quanto eu te amo, o quanto eu sinto saudade e o quanto você faz falta aqui… Mas nesse momento eu só sei dizer isso. 

É uma pena que esse papel não seja capaz de mostrar a você o brilho nos meus olhos, o sorriso no meu rosto e de te fazer sentir o palpitar do meu coração. 

Ah… Acho que esse foi o máximo de beleza que eu consegui pôr nas minhas palavras. 

Ah, Sasuke… Me dói tanto que estejamos tão longe, mas em corpos, já que depois dessa carta, não tenho a mínima dúvida de que estamos sempre juntos em nossos corações.

Assim como já estamos eternamente juntos na nossa menina que com certeza vai sorrir muito quando tiver idade para entender o que diz sua carta. 

Eu sei que ela sente sua falta, do jeitinho dela, mas sente… 

Nós te amamos! 

P. S.: Coma os tomates, eu os selei com muito amor e carinho.”

 

Sasuke sorriu ao fim da carta que releu outras três vezes. Ela era mais eficiente que a fogueira para lhe acalentar durante a gélida noite do deserto. 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Beijo.



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